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Capítulo 5

Confuso e inseguro, procurei palavras quando Augusto se aproximou.

- Seu pedido chegou

- Eu atendo - Sorri e olhei para Alex - Vamos? - Eu o convidei para me seguir.

Abri a porta e saí de casa com a loira logo atrás de mim.

As luzes não estavam acesas, apenas uma logo na entrada onde estava o porteiro.

Eu não sabia se Cristhian iria me penalizar por namorar Alex. Eu era a empregada e eles também eram amigos.

O que aconteceria se Ana soubesse que iria convidar o amigo do marido?

Mais à frente vimos um menino com caixas nas mãos.

O entregador.

Eu estava prestes a pegá-lo quando Alex o fez rapidamente e agradeci ao menino por ter retornado por onde veio.

- Vamos ficar aí - apontei para o jardim à esquerda da casa.

Eu realmente não queria que Ana olhasse pela janela e me visse.

- Comida japonesa

- Como sabe? - perguntei com um sorriso

- Como você pode não reconhecer esse cheiro? - ele respondeu olhando para mim - Bom... eu também vi na camisa do menino.

Sentei-me no banco do jardim, onde havia uma mesa de mármore e Alex colocou a comida ali e depois sentou-se ao meu lado.

- Você se lembra do jantar daquela noite?

- Sim - ele respondeu

- Então... ele está aqui - abri a caixa, pegando um pedaço

Enquanto Alex falava, fiquei surpreso com o quão boa e agradável era sua presença.

- Mas como você veio parar aqui? - ele perguntou de repente

- Eu estava sem trabalho - ouvi o portão abrir e olhamos para lá e vimos o carro do Cristhian entrar.

O farol potente iluminou a área onde estávamos e o carro acelerou repentinamente.

- Vamos - Alex me deu a mão e saímos de lá, parando perto da porta da frente e observando o carro parar, freando bruscamente.

- Fique aqui! - Alex perguntou e caminhou em direção ao carro, que até aquele momento estava com os vidros escuros fechados.

Cristhian estava bêbado?

A porta do carro se abriu e Cristhian apareceu com um olhar ilegível.

- O que era aquele cara? -perguntou Alex

Cristhian ignorou o amigo e olhou para mim.

- O que faz aqui? - ele perguntou, claramente chateado e irritado.

Trêmulo e desajeitado, fiquei paralisado, sem saber o que fazer.

Cristhian começou a caminhar rapidamente em minha direção, mas tudo parecia acontecer em câmera lenta.

Ele veio até mim e agarrou meu braço com força.

- Ah - reclamei gemendo.

Cristhian cheirava a cigarro e a várias bebidas nas quais mal conseguia pensar.

- Cristhian retira a mão - Alex ordenou atrás dele

- Saia da minha casa! - disse ele para a loira sem parar de olhar para mim - entre agora! Eu mando você... entrar agora! - ele falou com autoridade e sem parar.

Ele abriu nervosamente a porta do quarto e me empurrou, quase me fazendo cair, e sem esperar ele a fechou.

Encurralada, esfreguei a mão no braço onde Cristhian me apertou.

Parado na porta ele me olhou furioso e eu fiquei com medo do que viria.

Sua respiração era irregular e pesada.

- O que está acontecendo? - Vi Ana descer as escadas e logo seu olhar encontrou Cristhian - Querido, você está aqui...

Abaixei a cabeça me sentindo impotente, não sabia se corria ou apenas esperava.

Ana abraçou o marido que não moveu um músculo.

Seu ato mostrou claramente que ele fez todo o possível para não perdê-lo.

A condição de Cristhian era notável.

Seu cabelo bagunçado, suas roupas mal ajustadas e seu cheiro inconfundível.

Mas Ana o ignorou completamente, puxando o marido.

- Vamos subir. Querer alguma coisa? - ela perguntou enquanto Cristhian a seguia sem resistência

Narrando Cristhian:

Quando vi Alex e Diana conversando, me senti fora de controle e instintivamente perdi o controle e a tratei mal.

Eu não suportava a ideia de ver Alex tocando-a, beijando-a nos lábios e segurando-a nos braços como eu queria fazer.

A única coisa que eu queria era que isso não fosse uma posse, mas apenas mais um dos caprichos a que estou acostumada.

Ninguém tocaria em Diana até que eu pudesse tê-la.

                           

Diana narrando:

De manhã me culpei por não ter tirado Cristhian dos meus pensamentos. Mesmo depois de ele ter feito o que fez.

A noite em que o peguei com Ana me fez perder diversas vezes em uma excitação incomum.

A forma como ele a tratava era diferente, mas Ana parecia dominada e completamente devotada a ele.

Resolvi tomar banho e assim que saí comecei a vestir o uniforme e pentear o cabelo em um coque.

Quando eu estava preparando a mesa da cozinha vi Ana e Cristhian entrarem e me afastei vendo eles sentarem à mesa.

Diferentemente do que eu pensava, Cristhian não olhou para mim e agiu como se eu não estivesse ali.

- Senhora, eu... vou embora - falei olhando para ele, que mantinha uma postura indiferente.

- Ok, você pode ir.

Assim que cheguei ao quarto encontrei Augusto folheando um jornal.

- O que você está fazendo?

- Estou procurando o número de telefone da Sra. Margaret.

- Quem é esse?

- Mãe da Dona Ana

- Hum.

- Aah... O Sr. Dalvin disse para você limpar o quarto dele.

- Você enviou? - Augusto olhou para mim - Ok, vou te “obedecer”.

Subi e achei estranho que Cristhian me pedisse para arrumar seu quarto. Eu sempre fiz isso.

A não ser que...

Virei a maçaneta e vi muitas roupas caídas no chão.

Por toda a sala...

Todas as gavetas estavam em cima da cama e alguns de seus pertences estavam desarrumados em cima de uma cômoda.

Eu nem conseguia acreditar.

Olhei as roupas e resolvi abrir o armário vendo que parte dele estava praticamente vazio.

Insatisfeito, só havia uma explicação para isso.

Cristhian fez isso por despeito.

Saí do quarto e desci para procurar por ele na casa, ainda torcendo para que ele não tivesse ido embora.

Olhei pela janela da sala e os vi ligando o carro que chegou ontem.

Maldita seja!

Quando estava voltando vi Cristhian saindo da cozinha com uma mala na mão.

Eu parei imediatamente

- Seu quarto está um desastre! - Eu reclamei

Cristhian parou quando me viu surpreso do outro lado da sala.

- E? - sua capacidade de parecer completamente no controle da situação foi incrível - Bem... você é o funcionário e seu trabalho está mais do que claro aqui. Se não te faz bem, é só pedir – um sorriso zombeteiro apareceu em seus lábios.

Cristhian parecia saber que realmente precisava daquele emprego. Sua arrogância e desejo de me humilhar eram mais do que claros em seu olhar frio e raivoso, como na noite em que ele quase me levou para dentro de casa na ponta dos pés.

Procurei calma onde não havia e decidi não responder porque aguardava ansiosamente uma resposta.

- Você tem razão, me desculpe - ele sai rapidamente da sala.

Não era a hora.

Mas em algum momento Cristhian pagaria por isso!

Depois de alguns minutos decidi sair da sala.

- Se foi? - perguntei ao Augusto

- Ele?

- cristão

- Oh. Sr. Dalvin - corrigiu - sim, ele já se foi.

Assim que terminei minhas tarefas, sentei-me na cozinha e fiz um café rápido.

Alex virá me ver novamente?

Eu me perguntei o tempo todo.

Ela esperava que isso não afetasse o relacionamento entre a loira e Cristhian.

Afinal, eles eram amigos e parceiros.

O que Alex poderia ter pensado?

A forma truculenta como Cristhian agiu foi muito suspeita.

Ou assim eu queria que fosse.

Me fez sentir bem pensar que por um minuto ele estava com ciúmes de mim.

Na manhã seguinte, respirei aliviado.

Finalmente hoje eu não precisaria servir ninguém.

Não tinha compromissos para o fim de semana, mas uma folga da Ana me deixou feliz.

Na noite anterior, Ana e Cristhian não apareceram.

Augusto avisou que dormiriam ao ar livre.

Eu não deveria ter feito isso, mas isso me deixou decepcionado.

Eu estava terminando de arrumar minhas coisas quando ouvi alguém batendo na porta do quarto.

Era cedo e ele só poderia ser o mordomo.

Abri a porta e vi Alex parado ali com um largo sorriso.

- Olá – cumprimentei-o sem jeito.

- Bom Dia

- Você veio falar comigo?

- Acho que sim - brincou ele e então seu olhar percorreu meu corpo.

Lembrei-me de que ainda usava um pijama curto e justo.

- Pode esperar? Acabei de acordar

- Ok, te espero na sala.

Fechei a porta para tomar um banho rápido.

Eu realmente queria explicar para Alex e descobrir se ele havia falado com Cristhian depois daquela noite.

Eu estava vestindo jeans preto e uma camiseta branca e estava com o cabelo preso.

Peguei minha mochila com algumas coisas e fechei meu quarto indo em direção à sala e encontrei Augusto servindo um café para Alex.

- Está bem? - Sentei-me sem jeito no sofá.

- Agora ótimo, e você?

- Estou - Alex tomou um gole e me enxugou por alguns segundos.

- Você vai? - ele perguntou se referindo a minha mochila

- Sim, vou para casa hoje.

- É? Eu posso te levar – ele rapidamente pegou a xícara e colocou na bandeja que Augusto lhe entregou.

Me senti confortável e ansioso para continuar minha conversa com Alex e concordei imediatamente com a viagem.

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