Capítulo 3
Cristhian os cumprimentou e enquanto isso o loiro me viu e me cercou com seu olhar deslumbrado.
Narrando Cristhian:
Eu estava cumprimentando Karla e Victória quando vi Alex olhando para Diana. Nossa empregada.
Em outras palavras, minha empregada.
-Onde está Ana? - Karla perguntou.
- Vou te levar até ela, me siga - Diana captou o sinal e as mulheres a seguiram.
- Nossa, que menina linda! - Alex disse entusiasmado.
Eu me senti mal momentaneamente, mas não havia motivo.
Ciúme da empregada?
Não é o mesmo.
- Ela deve ter namorado - menti, fingindo desinteresse.
“Se eu tiver, farei com que ele esqueça num instante”, brincou.
Ignorei-o para não refutar o comentário e seguimos para a sala de jantar onde encontrei as mulheres sentadas bebendo o vinho que Diana serviu.
Diana narrando:
Cristhian chegou ao quarto acompanhado do amigo.
A loira sentou em um sofá perto de onde eu estava e Cristhian sentou casualmente em uma poltrona distante.
A chefe e seus amigos conversavam sem parar sobre assuntos não relacionados.
- Aceitaram? - perguntei ao loiro sem jeito.
– Com prazer – ele sorriu e pegou um copo.
- Você quer mais alguma coisa?
- Depende do que é servido.
Fiquei desconfortável com a resposta.
O jovem era bonito e bem arrumado, devia estar em casa ou menos, mas isso não lhe dava o direito de ter segundas intenções comigo.
Cristhian te contou o que aconteceu?
Só pode ser isso.
Homens assim devem adorar se gabar e falar sobre suas conquistas.
Mesmo com a empregada.
Eu estava prestes a sair da sala quando ouvi Cristhian perguntar.
Enviar.
- Meu copo, por favor!
Olhei para ele envergonhado e um pouco chateado.
- Acabou, vou trazer para você - enfatizei.
Fui até a cozinha e encontrei o Augusto lá preparando algumas coisas.
- Você pode me deixar fazer isso? - me aproximei pegando os copos - O sushiman ainda não chegou?
- Ele ligou e disse que iria se atrasar. Sirva muito vinho e champanhe e mantenha todos naquela sala por pelo menos alguns minutos.
- Não me diga
- Augusto, você poderia me trazer um casaco de frio? - Olhamos em direção à porta e vimos Cristhian.
Se for o mesmo.
Augusto saiu rapidamente e eu desajeitadamente tirei dois vinhos da geladeira e coloquei no balcão sem olhar para ele quando percebi que ele estava se aproximando.
- Ela parece nervosa.
- Ei? altamente tenso. Sua impressão - respondi naturalmente.
Senti seu perfume masculino invadir minhas narinas e então seu corpo forte e quente pressionou contra o meu.
- Você vai me dizer que não percebeu como Alex olha para você - disse ele em meu ouvido e inconscientemente, levado pelo prazer, fechei os olhos.
Foi muito louco e diferente sentir aquelas sensações quando ele se aproximou.
Suas mãos logo descansaram na minha cintura e seu pau pressionou abruptamente contra minha bunda.
Foi duro como uma rocha.
-Alex? - perguntei em um sussurro
- Nem pense em desafiá-lo. Você é meu – sorri ao ouvir essas palavras – minha empregada e eu não queremos ver você agarrado aos meus amigos – concluiu sendo rude
Depois de vê-lo sair da cozinha, fiz o mesmo com os copos da bandeja.
As mulheres pareciam beber mais que os homens e logo os copos ficaram vazios.
Aproximei-me de Cristhian e seu amigo que agora estavam conversando perto da lareira.
Narrando Cristhian:
Diana se aproximou com os óculos na mão e eu só queria saber se ela tinha consciência do quanto me comoveu.
Não apenas comigo, mas com qualquer outro homem.
- Um vinho? - Perguntado
- Claro - Alex rapidamente pegou um copo.
Peguei um vinho e bebi em alguns goles.
- A mesa já está pronta? - resolvi perguntar
- Será em alguns minutos - respondeu ele secamente.
- Se não me entendeu mal, tenho que perguntar qual é o seu nome – Alex pareceu interessado. Ele sabia como agia quando queria conquistar uma mulher.
-Diana
- É um prazer conhecê-la – Alex pegou a mão de Diana e a beijou.
Eu não sabia que medidas tomar.
Se Alex não fosse meu amigo, eu o teria mantido longe dela.
-Diana! - ouvimos Ana chamar
"Com licença", disse ele, dirigindo-se à minha esposa.
- Como você tem coragem de servir isso?
- O que eu fiz de errado, senhora?
- Foi isso que você fez de errado - ele jogou a bebida em Diana, deixando uma mancha violeta de vinho em sua roupa.
Fiquei ali sem saber o que dizer, vendo Ana tratar mal Diana enquanto ela passava a mão nas roupas sem fazer nada.
Encurralada, ela se virou e saiu da sala como um jato.
- Por que ele fez isso? - Me aproximei e agarrei o braço de Ana, fazendo-a se levantar.
Ela estava bêbada.
- A bebida estava quente!
"Você segurou o copo por minutos", eu disse mais alto do que pretendia, apertando seu braço ainda mais.
- Cristhian, calma cara - Alex interveio e só então notei os olhares assustados de Katia e Victória - Vou ver se Diana está bem - ele saiu do quarto enquanto eu estranhava meu comportamento com a empregada.
Diana narrando:
Corri para o banheiro principal limpando minhas roupas agora manchadas.
-Diana! - ouvi batidas na porta
Eu ia ignorar, mas as batidas não pararam.
Desliguei a torneira e resolvi abri-la.
- Olá – vi que a loira me olhava com curiosidade.
- Você está chorando?
Passei a mão pelo rosto vendo que havia uma lágrima solitária ali.
- Fiquei tão envergonhado que nem percebi – sorri fracamente.
- Está bem?
- eu diria acostumado
- Não sou o dono da casa mas posso afirmar que não é necessário que você entre novamente naquele quarto - respondeu ele sendo acolhedor.
- Um minuto – perguntei, fechando a porta.
Respirei fundo pensando no que fazer.
Eu queria sair de lá.
Eles me trataram tão mal que Ana não era novidade para mim. Mas eu senti como se ela tivesse me envergonhado. E não foi pela presença dos convidados, foi por causa dele.
Foi para Cristhian.
Abri rapidamente a porta e vi Alex com as mãos nos bolsos me esperando.
Deixe seus olhos em mim
- Vou mudar
- Ah claro. Estou indo embora, espero vê-lo novamente e também espero conversar com você.
Saí correndo da sala quando vi os amigos de Ana chegarem.
No dia seguinte acordei bem cedo e resolvi tomar banho.
Prendi meu cabelo em um coque e usei meu tradicional uniforme de trabalho.
Deitei na cama lembrando do que Ana tinha feito.
Na verdade, o que me passava pela cabeça era o fato de ter visto Cristhian olhar e não fazer nada para desaprovar sua esposa.
Claro. Ela é sua esposa.
Eu estava na cozinha quando vi o Augusto se aproximando.
- Aquele jantar foi um fiasco.
- Me desculpe por te deixar sozinho, não pude atender o patrão. Como você jantou? Você vai me demitir?
- Não se preocupe. O sushiman não quis mais vir e infelizmente o que aconteceu com você ajudou os convidados a irem embora. Os clientes subiram sem nem colocar nada na boca!
Dei um suspiro de alívio. Claro, Cristhian quase não sentiu minha falta.
Os patrões nem apareceram na cozinha pela manhã e fiquei muito grato por isso.
À noite ouvi a campainha tocar e imaginei que fossem eles.
Os chefes.
Augusto foi até a porta para abri-la e eu fiquei paralisada num canto, sem querer olhar nos olhos do casal.
- Boa noite, Sr. e Sra. Dalvin.
- Olá Augusto - disse Cristhian
Observei Ana se aproximar enquanto Cristhian estava no centro da sala, aparentemente sem saber o que dizer para mim.
- Diana, venha para o meu quarto – segui ela escada acima
Achei que você iria se desculpar pelo que aconteceu.
Sim, acabei de pensar.