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Capítulo 5

P.V. DRAKE HAYS

– Estamos com problemas.

– Fala.

Jacob abriu seu notebook em cima da minha mesa e começou a digitar, levantei da minha poltrona indo até ele. Ryan e Wesley também tentavam ver o que Jacob tanto digitava. Depois de alguns segundos fotos aparecem de várias pessoas mortas.

– Que foi isso? – Perguntei a Jacob.

– Esses são os caras do carregamento.

– Mas não matamos…

– O dono do carregamento fez isso. – Jacob mostrou foto de um bar pegando fogo. – Esse bar era do Fernando…

– Um dos nossos informantes.

– Sim, explodiram o bar. – Jacob falou fechando o notebook. – Foi mesmo cara que atirou nos homens do carregamento.

Voltei a sentar na minha poltrona e olhei para Jacob.

– Como sabe?

Jacob tirou do bolso uma caixinha e jogou na mesa, fiquei confuso e curioso ao mesmo tempo. Peguei a caixa com cuidado vendo Wesley e Ryan se aproximando para ver o que tinha na caixa abrir com cuidado vendo um pedaço de orelha de uma pessoa toda ensanguentada e um papel do lado. Ryan e Wesley saíram de perto resmungando. Abrir o papel.

‘Os homens do carregamento foi uma brincadeira. O cara do bar foi avisado. Se prepare, fedelho. Você mexeu com a pessoa errada. Atlanta terá um novo nome no comando e será EU!

Ass: LA’

– Quem é LA?

– Será que é um aviso de alguém de Los Angeles? – Wesley perguntou.

– Acho que não. Eles sabem que essa área é nossa, não seriam loucos de passar um carregamento por aqui sem falar antes. – Ryan disse.

Ele estava certo.

– Seja quem for está querendo ser dono de Atlanta. – Jacob disse.

– Isso não vai acontecer. Sabemos que é alguém querendo montar um império aqui, então vai precisar de muita coisa para isso acontecer. – Olhei para os garotos. – Ryan, manda quantos homens for preciso para andar pela Atlanta toda e descobrir algo.

– Tá bom. – Ele concordou e saiu.

– Jacob, entra em todas as câmeras nesta cidade e descubra algo.

– É pra já!

– Wesley, vai nos nossos informantes e espalha que estou dando cem mil para quem souber o nome do maldito que resolveu entrar no meu caminho.

Wesley esfregou a mão uma na outra sorrindo.

– Pode deixar.

[…]

– Como assim você ainda está dormindo com a Sra. Evans? – Perguntei passando a mão pelo cabelo.

Jack quer mesmo me deixar maluco. Mantendo um relacionamento com a primeira-dama não é bom. Fora que eu teria que resolver os problemas deles, quando olho para o Jack a palavra problema fica destacado na sua testa. E se a Madison souber…

– Calma, Hays. Não estou com ela porque quero. – Ergui uma sobrancelha. – Ok. Ela é muito gostosa na cama, mas sempre que me afasto ela dá um jeito de me encontrar de novo.

– Cara, você quer que a Mandy descubra que te levei comigo para uma das minhas “tretas” como ela diz, não é? – Levantei do sofá e liguei o videogame. – Ela ainda não está 100% comigo.

– Não quero você e minha irmã brigando. Eu vou dar um jeito nisso. – Jack disse decidido.

Entreguei uma manete para ele e começamos a jogar um jogo de tiro. Jack pode até tentar, mas não sei se vai conseguir. O prefeito não parece que vai deixar barato, também, né? O cara foi corno. Nem todo corno é manso. Resta saber como ele vai querer atacar…

– O prefeito vai ficar na sua cola. – Avisei.

– Mas ele não vai fazer nada.

– Quem te garante?

– Ah, Hays! Ele não é o primeiro e nem será o último a ser corno.

Olhei para ele e voltei a jogar.

– Ainda bem que minha mulher é sua irmã.

Jack riu.

– Ah, fica tranquilo, você está a salvo. – Rimos. – Não conta para ela que estou envolvido com a Sra. Evans. – Pediu.

– Óbvio que não contarei. Estou envolvido nisso. Se eu não tivesse te levado lá…

– Relaxa, Hays! Já falei que vou resolver.

Você fala e eu finjo que acredito, Jack. Suspirei.

Passamos a tarde toda jogando sem ter sido interrompidos, bebemos algumas cervejas e comemos algumas coisas. Quando eu e a Mandy começamos a namorar Jack não ia muito com minha cara, vamos dizer que ele tinha medo de perder a irmã já que tinha perdido a mãe, mas com o passar do tempo tudo mudou e posso dizer que além de cunhado é um irmão para mim. Mesmo quando a maior vontade é dar uns tiros nele para ver se sossega o facho.

[…]

– Oi.

– Oi, linda.

– Fala.

– Estou com saudades. – Sentei na cama encostando as costas na cabeceira.

– Hum.

– Mandy, eu estou arrependido. Tá bom?

– Não. – escutei uma falação e logo o barulho foi diminuído.

Coloquei a mão no rosto suspirando. Não será fácil.

– Por que é tão difícil?

– Você teve a chance de dizer não. Agora aguente.

Sorrir lembrando no dia que casamos.

– Eu diria sim quantas vezes fosse preciso. Você sabe disso.

Madison sem um pingo de dúvidas é a mulher que amo mesmo sendo teimosa, chata e irritante. Porém se todos tem sua metade ela era a minha. Ouvir ela suspirar.

– Desde do dia da boate você vem me evitando. – Falei.

– Tenho motivos.

– Mandy…

– Eu não gostei de ver você com elas e também as coisas estão difíceis por aqui. Tenho passado dia e noite trabalhando.

Pela voz dela parecia estar cansada. Mais um motivo para ela vim passar a noite comigo.

– O que tem acontecido aí?

Bufou.

– Drake, não vou te falar!

– Por que? – Perguntei rindo.

– Idiota.

– Amor, vem ficar com seu marido hoje. – Pedi.

Ela suspirou de novo e eu sorri porque ela estava quase cedendo. Eu tinha meus pontos fracos em relação a ela, ainda mais quando envolvia sua segurança, mas sabia que ela também tinha seus pontos fracos em relação a mim. Ouvir mais algum barulho em seguida uma porta se abrindo.

– Minha princesa, você está aí? – Ouvir uma voz masculina. Não era o pai dela. – Oh, vamos temos que ir.

Minha princesa? Quem é o filho da puta que chama minha mulher de princesa? E pior ainda, abriu a boca para falar que é dele?

– Madison, quem está aí? – minha voz saiu baixa, mas o suficiente para ela ouvir.

– Não é nada, Drake…

– Não é nada? Sério? Também não foi nada aquele lance da boate. – Provoquei.

– Mas Paulo não está se esfregando em mim como… Aí merda! – Ela resmungou quando percebeu que falou demais.

Respirei fundo para não gritar.

– Porra! Por que ele te chama de princesa? – Gritei.

– Drake, eu já falei para ele me chamar de Mandy…

– Mandy é o caralho! Seu nome é Madison. – Eu já estava andando de um lado para outro. – Desde quando ele fica te chamando assim?!

– Drake, eu não quero discutir…

– Mas você vai! Ninguém mandou você dá intimidade para esse idiota. – Rosnei.

Que intimidade que ela vem dando para esse cara? Merda. Bateram à porta e fui abrir encontrando um Ryan sério.

– Não chama ele assim.

Ela está defendendo ele?

– Vai defender ele agora?

– Drake, tenta entender…

Parei de prestar atenção quando Ryan me entregou uma caixa parecida com a caixa que o Jacob me entregou na última vez. Por que será que não fiquei surpreso quando entrei um dedão ensanguentado? Apoiei o celular no ombro e a Madison continuava falando para abrir o papel que tinha na caixa.

‘E aí, Hays? Como está? Estava sem nada para fazer e resolvi ir atrás de um tal de Harry. Pelo que sei ele é um dos seus informantes. Ele se manteve fiel a você e não falou nada, então tive que fazer algo a respeito.

Estou de olho em você, fedelho!

Ass: LA’

– Drake, olha vamos fazer assim. Mais tarde eu passo aí e a gente conversa…

– Não vem mais! – Interrompi ela. – Vou ter que resolver umas coisas. Depois nos falamos.

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