Capítulo 6
P.V. MADISON
– Quem fez tudo isso? – Olhei ao redor vendo o tanto de corpo no local.
– Não, sabemos. – Paulo respondeu.
Chegamos a pouco tempo em um armazém abandonado e quando entramos encontramos uns quinze corpos no chão, e um caminhão grande. Uma carnificina isso aqui e não é tão afastado da cidade. Ninguém ouviu ou estão com medo de falar alguma coisa?
– Estavam transportando algo. – Paulo olhou a parte de trás do caminhão que estava aberta. – Deve ser um carregamento de drogas.
Olhei para ele rapidamente lembrando sobre um tal carregamento que Drake pegou ou melhor roubou. O estranho é que Drake não faz essa bagunça toda, ele tenta ser o mais invisível possível e às vezes só sei que foi ele que pegou um carregamento, porque ele diz para mim. Ao contrário de mim, Drake sempre me deixa informado ou na maior parte das vezes.
– Será que foi um carregamento?
– Pode ser o Archy. – Olhei para trás vendo meu pai vindo ao nosso encontro. – Explodiram um bar e encontraram dois corpos na cidade.
– Mais corpos? Meu Deus. – Falei surpresa.
Dificilmente acontecia umas coisas dessas. Quantas pessoas vão sobrar quando esse Archy for pego?
– Ou o Hays, pode esta envolvido nisso tudo. – Paulo falou.
– Ele não está! – Liam me olhou. – Quero dizer… Por que ele perderia o tempo dele fazendo tudo isso?
– Por que sabemos o que ele faz para se sustentar? – Paulo disse como se fosse o óbvio.
– Sem provas não sabemos!
Paulo revirou os olhos e foi olhar mais a fundo do armazém. Liam se aproximou de mim parando na minha frente.
– Se Drake estiver envolvido nisso eu não vou mover um dedo para ajudá-lo.
– Eu sei, pai…
– E acho bom que você não estrague sua carreira tentando ajudá-lo.
– Não foi ele que matou essas pessoas…
– Só teremos certeza se as provas não apontarem para ele. – Liam disse e saiu para falar com o resto da equipe.
Tenho certeza que não foi Drake, ele pode ter pegado o carregamento e pode até matar pessoas, mas dessa vez não foi ele. Não pode ser.
[…]
Sentei no sofá da minha casa respirando fundo era o horário de almoço e só pensei que depois voltaria ao trabalho meu corpo já começava a reclamar por conta do cansaço. Estou tendo noites mal dormidas e quase não paro para comer. Bem difícil parar com tudo isso que vem acontecendo. Tenho que dar um jeito senão vou acabar ficando doente.
O pessoal de Londres resolveu querer brincar de mandar e para minha tristeza resolveram mandar a gente atrás do Archy. Ainda mais agora que nosso único suspeito, o Gregory, que aprendemos fugiu. E como é um pequeno grupo para resolver esse caso, para não haver problemas, temos que ficar sempre focado e pronto para qualquer coisa. Mas continuo achando tudo estranho. Se esse cara é tão perigoso como dizem, porque não mandarem uma equipe de Londres especialmente para pegar ele?
Fiz um pequeno lanche e saí de casa voltando para a delegacia. Entrei no carro e quando estacionei em frente a delegacia meu celular começou a tocar.
– Quem é vivo sempre aparece. – Falei assim que atendi.
– Sei que estava com saudades, irmãzinha.
– Fala o que você quer?
Jack riu.
– Você me conhece, não é?
– Vinte e dois anos de convivência. – Sorrir.
– Então posso passar uns dias com você…
– Papai, não te quer mais?
Jack bufou.
– Ele resolveu pegar no meu pé como sempre. Prometo me comportar…
– Você deveria prometer algo que conseguisse cumprir.
– Talvez um dia.
Revirei os olhos com sua resposta pelo menos ele é verdadeiro.
– Tá bom. Esteja lá em casa antes da meia-noite.
– Pode deixar, maninha.
– Beijos. – Me despedi e desliguei.
Cheguei na minha mesa minutos depois e como até agora ninguém veio falar comigo sentei na minha cadeira relaxada e fechei meus olhos. Mas não durou muito e logo bateram à porta.
– Princesa, estou atrapalhando?
Suspirei abrindo os meus olhos.
– Já falei para não me chamar assim, Paulo. – Encarei ele.
– Desculpe. – Riu. – Mas não entendi o porquê. Foi por causa do telefonema?
– Também.
– Seu pretendente deve ser muito ciumento.
Você nem imagina.
– Só me chamar de Mandy, como todo mundo.
– Tudo bem. – Ele me entregou uns papéis. – Temos informações que invadiram o sistema central da cidade para utilizarem as câmeras.
Olhei os papéis que falavam o modelo do possível computador, o que olharam e tinha até um endereço e foi o endereço que chamou minha atenção.
– Eu falei que ele estava envolvido. – Paulo disse sorrindo.
O endereço era do Drake.