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Capítulo 3

P.V. DRAKE HAYS

Desci as escadas com rapidez indo para o meu escritório resolver meus assuntos. Assim que entrei vi vários pacotes com maconhas no chão. Esqueci de guardar ontem, fui até minha mesa separando dez em dez. Cada uma ia para um canto ainda teria que ligar para os garotos vim buscar para entregar. Eu poderia mandar meus seguranças, mas para fazer esses tipos de entrega tem que ser pessoas de confiança. As chances de acontecer algo ruim conosco é grande, imagina se deixar com qualquer um.

– Fala, Hays! – Ryan gritou, entrando sem bater à porta.

Esse filho da puta quer morrer.

– Ryan, não é porque você é meu melhor amigo que pode ficar entrando sem bater. E gritando desse jeito.

– Ah, Hays. – Ryan revirou os olhos. – Como se você tivesse fazendo alguma coisa interessante.

– Eu poderia esta transando.

– Mandy, se certificaria de deixar a porta trancada. – Ele respondeu dando de ombros.

– E se não fosse com ela?

– Você? Traindo a Madison? – Ryan gargalhou. – Me conta outra.

Revirei os olhos. Perda de tempo falar com esse daí. Terminando de empilhar os pacotes de maconha. Ryan foi até o meu sofá e deitou, ele ficou me olhando. Mas espera quem é o chefe sou eu, então… parei de fazer o que estava fazendo e encarei ele cruzando os braços. Está na hora de colocar alguém pra trabalhar. Ryan é um filho da mãe também, não se ofereceu para ajudar.

– Pode vindo arrumar essa maconha!

– Ah, qual é, Drake? Pode continuar não ligo, não. – Ryan deu de ombros.

– Vai a merda, Ryan! E levanta essa bunda seca do meu sofá! – Ordenei.

Ryan bufou e quando levantou a porta foi aberta.

– Fala, cunhado! Quanto tempo. – Jack entrou na sala sorrindo.

Só me faltava essa! Vou até minha mesa e sentei na minha cadeira, suspirando. Já prevejo mais problemas vindo.

– O que você está fazendo aqui? – Perguntei.

– Vir ver meu cunhado preferido.

– Sou seu único cunhado.

Jack colocou uma mão no queixo fazendo cara de pensativo.

– Como você tem tanta certeza? – Jack perguntou erguendo uma sobrancelha.

– Porque eu mataria o desgraçado que encostasse na sua irmã.

– Faz sentido. – Ele respondeu e deu de ombros. – Então já que estou aqui… Você bem que podia liberar umas ervas da boa, não é?

Fiquei movendo a minha cadeira giratória de um lado para o outro.

– Não. Sua irmã me mata se souber que te dei…

– Quem disse que ela precisa saber? – Jack deu um sorriso malicioso.

O bom do Jack é que ele não dá muito prejuízo. Sim, dou as ervas de graça a ele. Mas ele usa moderado. Jack aproveita as ervas para fazer trocas nas ruas ou oferecer para essas madames. Resumindo ele está sendo empreendedor com as minhas mercadorias.

– A resposta é não, Jack! E se manda daqui.

Não quero confusão com a Madison por um bom tempo. A gente já demora para se ver e quando vamos nos ver tem que ficar resolvendo esses b.os. Ele continuou ali parado e olhando para maconha em cima da mesa. Olhei para o Ryan pronto para mandá-lo juntar toda aquela maconha e se não fizesse deixaria de fora de vários assaltos, mas meu cunhado tinha que atrapalhar. Sempre é assim.

– O que vocês estão fazendo?

Curioso como sempre. Ryan olhou para mim e logo sorriu fiquei olhando para ele meio confuso, mas logo entendi.

– Preparando esses pacotes de maconha para fazer entrega. – Respondi.

Ryan puxou uma cadeira na frente da minha mesa para se sentar.

– E depois vamos fazer as entregas, sabe? Na casa desses viciados que paga bem. – Ryan disse.

Os olhos de Jack chegaram a brilhar.

– Tipo, vereadores, Gangster, governadores, o prefeito…

– Esse povo aí mesmo. – Afirmei.

– Vocês querem ajuda?

Eu e Ryan sorrimos.

– Pode começa a juntas as maconhas e colocar dentro dos sacos pretos. Dez em dez.

Jack assentiu e começou a fazer o que mandei. Enquanto isso eu e Ryan fomos para o mini bar que tinha ali no meu escritório que por ser bem grande ficamos afastados do Jack, assim ele não poderia ouvir qualquer coisa que a gente fosse falar.

– Hays, ele apareceu na hora certa.

– Verdade, se ele não tivesse aparecido seria você no lugar dele. – Falei apontando para Jack.

– Drake Hays, você acordou de mal humor.

– E você acordou preguiçoso!

– É concordo com você.

Depois de uns quatro copo de whisky, Jack finalmente tinha acabado. Levantei junto com Ryan e pegamos duas sacolas pretas com maconhas. Hora de ir trabalhar.

– Já estão indo?

– Sim, Jacob e Wesley vem buscar o resto depois. – Falei indo na direção da porta.

– Eu posso ir com vocês?

– Oh, isso não. – Parei e olhei para ele. – Você vai para qualquer canto onde eu não esteja.

Se caso Jack aprontar que ele esteja bem longe de mim.

– Poxa, Hays. Não custa nada…

– É, Drake. Deixa o garoto ir. – Ryan falou apoiando Jack ir.

Fuzilei o Ryan com o olhar. Jack é sinal de problema e não estou falando coisa com coisa, e quando você menos imaginar Jack já está arrumando problema. E vai da problema ele ir. Muito Problema. Problema de mais.

– Prometo só ficar olhando e nem falo nada.

Bufei.

– Vamos logo e sua irmã não pode saber disso.

– Pode deixar, Drake. Agora vamos mostrar quem manda em Atlanta.

Revirei os olhos. Já está se empolgando de mais.

[…]

Parei minha Ferrari de frente a casa do prefeito. Sim, ele usa e uma grande quantidade. Não só ele como muito dos seus amigos, quando eles querem levamos para casa do prefeito e ele vai dá um jeito de tirar de Atlanta e fazer negócios em outros países, estados e cidades. Assim ninguém suspeita e a carga vai mais longe sem ter alguém para interferi, no caso é a polícia que estão na espera de alguma falha minha para me colocar atrás das grades. Um bando de iludido, mas reconheço que eles são bons e que deveriam entender que sou melhor ainda.

Saímos todos do carro indo até a porta com olhos do prefeito em nossa direção.

– Hays, você deveria ter vindo pelo fundo da casa. – Evans disse abrindo a porta e olhando para os lados para ver se ninguém além dos seus seguranças estavam vendo.

Me poupa!

– E eu sou cara de entrar pelos fundos?

Adentrei a casa sendo seguido pelos garotos e olhando ao redor, segundos depois ouvir barulho de saltos. A primeira-dama. Olhei na direção do corredor vendo a loira com um corpo chamativo e um grande sorriso no rosto parando no lado seu marido. Estávamos na sala. Senhora Evans raramente vinha falar com a gente, não faço questão. Eles tão precisam bancar anfitrião, estamos aqui apenas para fazer negócios.

– É um prazer revê-los. – Diz a primeira-dama.

– O prazer é nosso. – Diz Ryan.

– Todo nosso. – Diz o idiota do meu cunhado.

Jack a olhava de cima a baixo mordendo os lábios sem disfarçar. Às vezes eu acho que ele se garante demais por estar comigo. É claro que não vou deixar que nada aconteça com ele, mas Jack tem que ter em mente que não passamos o tempo todo juntos. Antes que o prefeito visse essa cena e falasse algo resolvi fazer alguma coisa.

– Então prefeito podemos começar agora? – Chamei a atenção dele.

Quanto antes saímos dali seria melhor.

– Ah, claro! Vamos para meu escritório.

Nos despedimos da senhora Evans e seguimos o senhor Evans por um amplo corredor onde daria ao seu escritório, já conhecia essa casa como a palma da minha mão. Claro que antes de entra em qualquer lugar eu faço uma breve pesquisa, nunca sabemos quando pode acontecer alguma coisa ou quando um aliado vai virar um inimigo. Então saber de alguns detalhes de onde ele mora é de grande favor para gente.

– Fica de olho no Jack. – Cochichei com o Ryan.

– Tá bom.

Andamos mais um pouco, não sei o porquê de ser tão longe o escritório, mas tudo bem o caminho fomos todo em silêncio e ficar carregando a sacola já estava me cansando. Apenas eu e Ryan estava com duas sacolas cheias de maconhas quantidades certas que o prefeito pediu. Entramos no escritório dele e já fui me sentando, colocando as sacolas em cima da mesa. O assunto seria longo e eu queria que tudo acabasse logo.

– Esperem um pouco, vou pega o dinheiro. – Evans disse.

Ele se virou tirando o grande quadro do lugar mostrando um cofre muito fácil de roubar por sinal e mostrar isso para mim está sendo muito burro da sua parte. O prefeito está precisando de uma aulinha sobre segurança. Por milagre Jack ainda não tinha aprontado nada, mas ele está quieto demais. Jack não é de ficar quieto. Olhei ao redor, nada do Jack. Cadê ele? Olhei para o Ryan recebendo um olhar confuso.

– Cadê o Jack?

Ryan olhou ao redor e resmungou.

– Ele estava atrás de mim…

– Ele chegou a entrar?

– Acho que não.

– Eu mandei você ficar de olho nele!

Merda! Eu falei que ele ia aprontar, mas ninguém me ouve. Não deveria ter trago ele. Passei as mãos pelo cabelo ao imaginar o que ele estava fazendo agora. E não me surpreenderia se ele estivesse transando com a primeira-dama. Filho de uma boa mãe! Jack adora uma mulher mais velha, principalmente aquelas que podem bancar eles. De tantas mulher agora tem que se envolver com a mulher do prefeito? Ele não é tão trouxa a ponto de aceitar quieto e ser corno.

– Então essa é a quantia combinada. – Evans foi colocando o dinheiro na mesa.

Peguei uma boa parte para conferir e como ele não é nenhum louco estava tudo certinho quinhentos mil pela maconha mais o que ele receberia depois que conseguisse vender por fora. Conseguimos fazer uma grande distribuição, mas ele não é o único que faz esses serviços para mim. Então ganho bastante dinheiro por hora. Muitos dessa cidade me conhecem pelas minhas boates e eles reconhecem que meu lado empresário é muito bom, outros me conhecem o lado empresário na vida do crime. Sou bom nos dois. E consigo manter uma vida separada, mesmo meu sobrenome tendo poder nos dois lados.

– Por quais lugares vai passar?

Evans arrumou o paletó no corpo e sentou na sua poltrona.

– Primeiro será Londres, ficarei por lá dois dias. De lá vou para Los Angeles e em seguida para Bahamas. – Ele se escorou na mesa. – Acho bom que a encomenda esteja em perfeito estado.

Olhei para ele franzindo o cenho. Esse cara está ficando louco de me ameaçar?

– E se não tiver? – desafiei.

– Hays, o mundo é dos espertos…

– E parece que você faltou essa aula. – Falei levantando e batendo forte na sua mesa. – Porque se fosse esperto saberia que não deve tentar engrossar a voz pra mim. Você sabe que tenho uma fama e honro o que faço.

Evans engoliu em seco e desviou o olhar. Todos sabiam que se falassem um “A” que me irritasse não veria o sol nascer no dia seguinte, mas ainda tem aqueles engraçadinhos que acham que pode mandar em algo sendo que não manda em porra nenhuma. Evans tem que parar de achar que é insubstituível, por que ele é. Quanto antes ele entender isso, melhor. Assim garante mais alguns anos de vida.

– Vamos, Ryan!

Saímos do escritório com Evans logo atrás a cada passo eu e Ryan olhávamos nos cômodos disfarçadamente para ver se encontrávamos Jack, mas nada dele. Chegamos na sala e eu estava torcendo para que Jack já tivesse ido embora.

– Vocês não estavam em três? – Evans perguntou confuso.

Nem precisei responder. Jack desceu as escadas arrumando a roupa com a primeira-dama logo atrás distribuindo beijos pelo seu pescoço. Dar agora perceber que eles conseguiram fazer muita coisa nesse pouco tempo. Vou matar Jack! Falei que iria fazer merda. Os dois pararam no final da escada e arregalaram os olhos por nos ver ali. Mulher burra também, como faz essas coisas com o marido aqui. Olhei rapidamente para o prefeito vendo seus olhos praticamente saindo faísca, puxei Jack pela camisa saindo dali rápido possível com Ryan.

– Você vai me pagar. – Evans sussurrou, mas deu para ouvir.

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