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Capítulo 3

7 dias depois.

Na mansão.

Diana narrando:

Acordo com minha cabeça latejando. Ontem tivemos vários problemas na empresa, alguém está burlando nosso sistema e roubando alguns arquivos. Irei me encontrar com um contato que eu tenho da agência especial.

Tomo um banho, e no espelho olho as marcas do resultado do treino dessa semana. Meu treinador soube que eu usei ecstasy e preferiu intensificar o treinamento. Por um lado é bom, distrai minha mente. Coloco uma roupa casual pra me encontrar com o 069 no café, e prendo meu cabelo num coque solto. Estou linda usando um vestido leve e florido. Nem parece que eu matei duas pessoas ontem.

No caminho, ligo pro Enzo.

—Oi amor! Tá ocupado?

— Não, pode falar. Dormiu bem?

— Sim, tô com saudade de você, vamos dar uma volta?

— Hoje tem baile, porque você não vem pra cá?

— Pode ser, te vejo à noite.

— Beijo, se cuida.

Desligo a ligação e estaciono em frente a uma cafeteira localizada no centro da cidade. O local tem duas portas de saída atrás e uma porta grande de entrada na frente, o ambiente está cheio e o aroma de café é intenso.

A decoração é composta de sorvetes e bolos nas paredes. O lugar é pintado de rosa e lilás, exceto as cadeiras, mesas e paredes, que são em tons de amarelo

De longe eu o vejo, escondido com um boné. Seus olhos verdes não passam despercebidos. Caminho até ele, sentando na cadeira em sua frente de costas para a multidão.

— Chegou rápido — ele me entrega uma pasta — vou ser breve, a missão é você matar um cara. Ele trafica crianças e bate constantemente na esposa.

Dentro da pasta contém uma foto de um senhor moreno. Seus cabelos branquiçados caem sobre o ombro, mas seu olhar transmite pura maldade.

— Ok, só isso? — olho rápido pra ele.

— Não — me entrega um pen drive — é sobre o que você me pediu. Descobri que alguém de dentro que está hackeando seu sistema. Observa quem ficaria bem se a empresa arruinar.

—Traição? Dentro da empresa? Não é possível — falo um pouco alto do que deveria, e ouço murmúrios — desculpe.

—Você é esperta, fique atenta e não confie em ninguém — Ele aponta para a pasta — Eu acho que ele está sozinho em casa hoje. Ele tem um apartamento aqui perto mesmo.

— Ok, obrigada.

— Uma mão lava outra — ele dá uma piscada antes de se levantar tenho que ir, eles vão sentir minha falta.

Assinto. A noite vai ser divertida!

Mais tarde, me preparo para a missão, que não pode ter falhas. Estudei o apartamento e a rotina dele. É um homem com 57 anos, casado e não tem filhos. Já teve quatro denúncias dos vizinhos reclamando de barulhos altos e gritaria, mas toda vez que a polícia chega, a mulher nega tudo. Por medo, tenho certeza.

Pego minha arma, coloco um vestido preto tubinho, e um salto agulha preto. Na minha coxa, deixo um suspensório com algumas facas em caso de emergência, e na minha bolsa minha arma.

— Olá, boa noite! Estou com uma hora marcada — o porteiro me olha de cima a baixo.

— Puta? — Confirmo com a cabeça — Qual apartamento? — Ele arqueia a sobrancelha.

— 113 —Com uma das pernas apoiada na escada, abro as pernas pra ele ver minha calcinha — depois te recompenso também, meu cliente não gosta de atraso e tem feitiche de surpresa — dou um sorriso de lado.

Ele lambe os lábios, me olhando com muita luxúria. Esse cara provavelmente tá com teias de aranhas.

— Claro. Vou cobrar, hein? — ele me ajuda a terminar de subir os degraus da escada, colocando uma mão na minha bunda. Dou um sorriso a ele, e me deixa na porta do elevador. Respira Diana, respira, é apenas trabalho.

O andar é a cobertura, e chegando na porta do indivíduo, toco a campainha. Arrumo minha bolsa, passo mais uma camada de batom vermelho e espero até que uma mulher abre a porta. Seus olhos estão cabisbaixos. Ela lança um olhar ríspido na minha direção e termina de abrir a porta.

—Meu marido que marcou?

— Sim — falo baixo.

— Pode entrar — eu entro no apartamento — estranho, ele já teve hora marcada hoje — ela volta pra cozinha, se ajoelha e volta a esfregar o chão. Seus cabelos que pareciam ser loiros estão desbotados, suas roupas velhas e rasgadas.

— A senhora é quem? Onde eu encontro ele? — me agacho perto dela.

— No lugar de sempre, quarto vermelho —aponta pro corredor.

— Faz o seguinte: arruma uma mala pra você, coloca o mínimo de roupa possível, e pega todos os seus documentos — ela senta no chão e me observa —  Eu vim te ajudar, faz o que tô falando, temos pouco tempo.

— Porque? Quem te mandou? — ela junta as sobrancelhas me encarando.

Dou o cartão do 069.

— Meu irmão! — seus olhos se enchem de lágrimas e sua respiração fica mais pesada —  eu pensei que ele não acreditasse em mim. Muito obrigada moça — ela me abraça, limpando as lágrimas — irei arrumar tudo rápido e vou, tem certeza que não quer ajuda?

— Não precisa, agora você está livre! — dou um sorriso a ela, que está se desmanchando em lágrimas.

— Obrigada, obrigada, obrigada — ela me abraça mais uma vez.

— Agora vai lá, que eu vou me encontrar com ele. Seja rápida — ela confirma com a cabeça .

Ela sai para o outro corredor, e eu vou para o quarto onde ele ele está me esperando. O velho acha que contratou uma garota de programa numa agência, é tão vagabundo que faz isso sabendo que a esposa está em casa. Nojo de homem assim. Na porta, arrumo meu cabelo. Ouço uns barulhos na outra ponta do corredor. Ela está linda, arrumada, com uma pequena mala de mão, acenando pra mim. Sorrio e aceno de volta.

— Olá docinho, chegou cedo! — o velho é barbudo, e seus cabelos brancos vão até os ombros. Ele está vestido apenas uma cueca verde de vovô. Eca.

—Minha chefa me pediu, pra eu caprichar com o cliente favorito dela.

O quarto é todo verde, a cama tem lençol verde, o teto, a parede, tapete, tudo verde. Brega.

— Claro. Ela gosta muito de mim. Por favor querida, tira a roupa.

O olho de cima a baixo, e acerto um chute no meio da cara dele. Ele cambaleia para trás.

— Vocês, homens, são tão manipuláveis... só ver uma calcinha — sorrio e solto uma gargalhada — sou eu que vou brincar! — dou outro sorriso diabólico.

Abro minha bolsa, tiro a arma e aponto na sua cabeça.

— Calma, você não queria brincar comigo? Vai perder esse gostosão aqui? — ele diz, dando uma voltinha — quem te mandou?

— Você é um filho da puta mesmo — atiro na sua perna, com o silenciador.

— Sua cachorra, vadia, você me paga — seus olhos fechados, com a mão na perna, ele continua gritando de dor.

— Calma docinho, ainda não acabei aqui — Com ele caído no chão, me abaixo na sua altura e injeto no seu pescoço um sonífero. Pego meu celular e ligo pro 069.

— É só matar? Tem certeza que não posso fazer nem uma tortura? - bufo.

— Por que? Ainda não matou o filha da puta?

— Só matar é pouco pra ele.

— Você que sabe.

— Bandeira branca então?

— Sim.

—Vou precisar que limpem o apartamento depois, ela já saiu.

—Obrigado! Irei ajudar no que eu puder.

Depois de desligar a ligação, pego ele e o jogo na cama. Amarro suas mãos e pernas, aproveitando as algemas que já estavam na cama. Pego meu canivete e corto toda sua perna. Há sangue jorrando por todos os lados. Arranco alguns de seus dedos e dentes, e enfio tudo na boca dele.

Alguns minutos depois ele acorda, desnorteado.

- Acordou, bela adormecida? - bato na sua cara - Você achou mesmo que traficando crianças e batendo na sua mulher, vai morrer fácil? - dou uma gargalhada.

Ele está agitado. Me encara e olha tudo em volta. Quando percebe que está preso, tenta gritar, mas sua boca está cheia de dedos e dentes, presos com uma fita. Ele arregala os olhos, vendo o que tinha na minha mão.

Pego uma garrafa de wisk que tinha embaixo da cama e jogo em todas as feridas. Ele grita de dor, se debatendo.

—Sabe.. geralmente eu não torturo — digo — Só mato, e depois vou embora. Mas com você eu faço questão — dou o melhor sorriso — Depois agradece meu treinador, no inferno, ele que me ensinou tudo que eu sei.

Após acender um isqueiro em cima dele, fico ouvindo os seus gritos abafados e desesperados. Pego minha faca e arranco seus olhos. O sangue escorria abundantemente, manchando o lençol verde da cama. Ele já estava ficando fraco, e os cortes não paravam de sangrar. Ele estava ficando mais branco do que papel. Ainda acho que fiz pouco, pra esse filho da puta. Após ligar pro 069 fazer a limpa no apartamento, ajeito minha bolsa, meus cabelos e vou embora. Meu neném está me esperando, esse babaca me fez demorar.

...

Enzo narrando:

Desde o dia que conheci Diana, ela despertou um sentimento intenso em mim. Admiro muito a mulher que é, por ser extremamente linda, inteligente e meio surtada, que é o que mais gosto dela. É algo que me tranquiliza, até porque pra ter uma fiel, precisa ter estômago pra viver nessa vida comigo, porque não é fácil. Um dia podemos estar bem, e no dia seguinte acontecer uma invasão. E, pelo que percebi, ela é muito boa no que faz.

Erick está trabalhando intensamente na boca. Ele anda meio estressado por conta dos negócios e da família. Eu já ajudei no que podia. O Baile está no auge, o DJ coloca um funk pesadão, e as meninas dançam segurando os copos de bebida. Os vapores estão em volta, cuidando de tudo.

No fundo, vejo ela. Minha morena. Está usando apenas um vestido preto, seus longos cabelos pretos estão soltos, e ela dá um sorriso maroto quando me vê. Quando percebo, já estou caminhando até ela. Seu sorriso e sua energia encantam a todos que passam ao seu lado, e eu observo os meninos babando por ela. As mulheres, pelo contrário, olham de cima a baixo com pura inveja.

Penso o quão estranho é que em menos de um mês essa menina se tornou alguém muito importante pra mim. Dou um selinho nela, e a acompanho até a nossa mesa. Erick está se agarrando com uma mina no sofá do canto.

— Oi meu bem, como cê tá? — sento no outro sofá e coloco ela no meu colo.

— Tô bem. Me atrasei, porque tive que concluir uma missão — dá de ombros.

— Então a mocinha tava trabalhando, e me deixando aqui sozinho? — dou um sorriso.

— Depois te conto melhor, mas era importante. — ela diz ajeitando o cabelo.

Aperto sua perna e com a outra mão, agarro ela em meus braços, a tomando em um beijo muito intenso e gostoso.

— Eh, queria uma bebida. — ela levanta do meu colo.

Estamos a um mês nessa, ela me provoca, e depois se afasta. Essa aí é difícil de levar pra cama, mas irei conquistá- la. Não sei se o que sinto é amor, mas tenho uma admiração enorme e um carinho intenso. Ela trabalha desde muito nova, igual eu, e além dela trabalhar numa área perigosa. Não é qualquer mulher que aguenta tamanha pressão, morte, sangue, violência. Percebi também que ela é toda durona assim, mas no fundo só quer um cuidado e um carinho. É tipo uma auto proteção, para evitar decepções futuras. E isso me lembra alguém.

Entrego ela um copo com cerveja, e bebe num só gole fazendo careta.

— Não tem nada que não seja alcoólico? — diz, fazendo careta.

— Tá, vamos lá embaixo.

Ela começa a dançar no ritmo da música, segurando seus dedos a acompanho até o bar.

— Oi, quero um suco de uva, por favor — ele me olha inconformado, mas anota o pedido.

— Amor, depois eu preciso ir pra casa. Tô muito cansada — ela agradece, pegando o suco, e olha pra mim.

— Tá, vida. Eu te levo pra casa.

—Não precisa, tô de carro — ela termina de beber seu suco — vou só dançar um pouquinho e vou embora.

—Ok.

Vamos pro meio da muvuca e dançamos grudados. Ela me olha com intensidade, enquanto rebola sua raba arrastando sobre meu membro. Cadê movimento muito bem calculado, exalando sensualidade. Essa mina vai me deixar louco! Eu não entendo o porquê me preocupo com ela, até outras semanas atrás, pegava e desapegava rápido. Ela está tirando meu título de macho pegador. Isso vai ser um problema!

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