4 - Herdeiro da Máfia Bonzinho
A pior parte das festas por política na mansão Castanho, era a falta de alguém com a cabeça no lugar para conversar. A família que comandava o estado assim como a máfia local, gostava de ostentar tédio completo me consumia, me deixando mais cansada a cada minuto.
Observei Mattheo saindo pela lateral do salão, geralmente eu aproveitaria a oportunidade para uma pequena apresentação de dança que faria todos perceberem como meus pais tinham uma filha linda e talentosa, mas eu não tinha mais seis anos, meus talentos eram outros assim como minhas crenças.
Respirei fundo e segui Theo, a porta dupla de vidro estava quase se fechando quando a segurei, ele não era bom em esconder seus rastros. Do lado de fora estava mais frio, levantei a echarpe dourada até que cobrisse meus ombros.
Dei a volta na piscina e entrei na estufa atrás da casa, uma luz tênue no fundo me atraiu e acabei encontrando-o debruçado na Janela que dava para a floresta.
- Nunca entendi essa abertura – disse de forma casual, Theo me olhou por cima do ombro e logo voltou a posição, fitando a mata escura – sabe, se está sempre fechada e todas as paredes são de vidro, não faz sentido ter uma Janela.
- Não está fechada agora.
- Porque você abriu, mas aposto que estava dois minutos antes.
- Devia tomar cuidado, metade dessas plantes tem veneno suficiente para matar você em minutos.
- Eu não vou tocar em nada que eu não deva – ao dizer isso me aproximei e apoiei minhas duas mãos em seus ombros, apertando levemente.
- Hum, sim. É disso que eu preciso – Theo gemeu cada palavra.
- Tem andado estressado? – perguntei ao continuar a massagem, usando sua camisa de grife para mover meus dedos de forma precisa.
- Você nem sabe o quanto.
- Sabe que pode me dizer qualquer coisa, Theo.
- Não eu não sei. Você não é a mesma, Jane. Tem tempo que notei isso.
- Tem razão – interrompi a massagem quando percebi que ele estava tentando acender um cigarro, encostei na parede ao lado dele, o vidro gelado agredindo minhas costas nuas por um instante.
- Então, o que mudou?
- Eu entrei para o programa de informantes da federal.
Mattheo não respondeu de imediato, ao invés disso deu uma grande tragada e prendeu a fumaça por muito tempo, ele deitou a cabeça para o meu lado e separou os lábios. Eu sorri ao inclinar o corpo mais para perto dele, tragando a fumaça que saia da sua boca.
- Detesto ter que te entregar – disse ele com a voz pastosa.
Soltei a fumaça devagar em direção á Janela.
- Pode fugir comigo.
- Como dois amantes partindo em busca de um romance proibido?
- Ou como bons amigos que querem algo diferente do que foram ensinados a buscar.
- Não, Jane. Você não é filha de um Castanho, tem chances que eu não tenho lá fora. Eu tô preso aqui, com ele.
- Ah pobre garoto rico – minha frase não tinha humor, Theo me olhou por um longo tempo, eu o entendia, com seus ataques e dramas.
Ele se aproximou devagar, colocou a mão em meu rosto, fechei os olhos com o contato quente de sua palma.
- Vai mesmo me entregar?
- Não, talvez eu os entregue a você – nós rimos por um breve momento antes que ele ficasse sério se aproximando devagar de mim, nossos lábios se encostavam em um selinho longo – talvez eu me entregue a você.
- Eu adoraria isso.
O beijo voltou mais intenso, ele pedindo passagem com a língua e eu segurando para aproveitar mais da sua boca, o gosto de cigarro não me incomodou, ao contrário, era tão único nele, uma quebra na perfeição que era Mattheo Castanho.
Ele encostou seu corpo no meu e segurou meu rosto com as suas mãos me beijando cada vez mais intenso, passei meus dedos pelo único espaço de pele que eu podia alcançar, em seu pescoço. Senti-lo me fez suspirar.
- O que você faria se eu a despisse, aqui e agora – enquanto falava, também puxava a echarpe, a tirando do meu corpo lentamente.
- Tendo em vista que não sabemos até quando vamos continuar vivos, eu aceitaria sem reclamar.
Theo sorriu abertamente. Ele era um dos caras mas bonitos que já conheci, mas quando sorria, seu rosto se iluminava de um jeito que era impossível resistir. Beijei seu sorriso, descendo as mãos do seu pescoço pelo peito a barriga.
Theo fez caminho contrário, da minha cintura para os seios, o tecido fino do vestido arrastou nos mamilos e ele deu um pequeno gemido.
- Adoro que você não usa sutiã, fica exibindo esses seios empinados por aí me deixando maluco.
- Não parecia provocado até agora.
Theo desceu beijando meu pescoço enquanto descia uma alça do vestido, meu seio foi exposto e logo senti sua palma no mamilo, esfregando devagar, deixando-o mais sensível. Nesse ponto eu já sabia como ele queria.
Segurei seu pau sobre a calça e o apalpei, Theo ficava duro tão rápido, passei os dedos pela extensão até a ponta, era possível sentir seu calor e ansiedade através do tecido.
Theo levanto meu vestido a medida que descia com a boca encostada no meu corpo, automaticamente levantei uma perna em seu ombro, ele foi rápido e decidido, afastando minha calcinha sem cuidado e levando a boca a minha boceta, fechei a mão em seu cabelo e cobri a boca com a outra mão contendo um gemido que seria ouvido até a casa principal.
Ele não lambeu ou beijou como sempre fazia, parecia com fome, abocanhando tudo de uma vez, se deliciando e chupando com grandes estalos, estremeci com aquele toque, seu rosto se esfregando em mim me levava ao céu.
Acariciei seu cabelo, instruindo a continuar, mais um pouco e eu gozaria assim mesmo, sem nem um dedo sendo penetrado e Theo sabia disso, ele não estava disposto a parar. Com dificuldade, abriu o zíper da calça e puxou o próprio pênis, se masturbando de joelhos sem parar de me chupar, os sons molhados que seu pau fazia me deixando ainda mais excitada.
Agarrei os seios aumentando os estímulos, rodando os polegares nos mamilos como ele rodava a língua no meu clitóris. Meu corpo não suportava mais tanta excitação, senti o formigamento descendo pela minha barriga e se concentrando no meu clitóris, explodindo em um orgasmo intenso que quase me fez cair, por sorte ele estava ali para me segurar.
Theo se levantou e me segurou na parede, levantei a perna em sua cintura e senti seu pau procurando a entrada, ele não usou a mão, se esfregou em mim até encaixar enquanto me beijava e entrou de uma vez, eu estava molhada o suficiente para que escorregasse para dentro.
- Você fica mais apertada assim – ele gemeu as palavras sem parar de empurrar, mesmo com a parede de vidro atrás de mim, seu corpo colado no meu deixava mais confortável.
Agarrei a camisa dele, o puxando para mais perto como se fosse possível, sua ponta esfregava nas paredes enquanto entrava e eu o apertava dentro, fazendo-o sair com dificuldade. Um pequeno truque que o fez gozar em minutos.
Theo me abraçou e apertou os lábios nos meus sem se mover, senti seu abdômen se contraindo e seu pau adquirir veias mais grossas enquanto o esperma passava por elas, explodindo na minha virilha.
Os gemidos cessaram, ficando apenas nossa respiração pesada contra a pele um do outro. Theo não me soltou nem mesmo para guardar seu pau dentro da calça, pelo menos de imediato.
- Você está bem? – perguntei assim que sua respiração voltou ao normal.
- Estou, só com as pernas fracas – ele virou o corpo inclinando mais uma vez na Janela e eu o abracei por trás.
- É, eu causo isso nos homens.
Ele riu fraco, mas não respondeu, apenas começou a fazer carinho no meu braço.
- Está com frio?
- Não, mas quero minha echarpe de volta.
- Está em algum lugar, eu vou achar.
Eu assenti com o queixo apoiado em seu ombro, mas nenhum de nós se moveu, ficar abraçada com ele era como eu pretendia terminar a noite.
O futuro era tão incerto e assustador quanto a mata fechada do outro lado da Janela, mas por algum tempo, ainda que algumas horas, estávamos juntos e seguros.