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1-Cataleya Winchester McAll(3)

– O que disseram a ele Katrina? – Pergunto com a voz embargada e enfurecida.

– Eu pedi desculpas, foi no momento da raiva eu juro, eu não queria dizer tudo que disse –diz ainda de cabeça baixa sem responder o que a perguntei.

– O que foi que disseste Katrina?

– Eu disse que ele foi irresponsável, que se preocupou mais com as suas vadias do que com as próprias irmãs. – Sua voz saia baixa, entretanto o suficiente para que eu a oiça.

– Eu não esperava isso de ti Katrina, por favor sai do meu quarto. – Digo baixo e Katrina levantou a sua cabeça e abriu a boca. – queres acrescentar alguma coisa?

– Eu não quero te contrariar, mas por que não usas a sua segunda forma? Se a usasses não teríamos esses problemas.

– Você sabe muito bem o que acontece quando a uso, eu sou a morte Katrina e tu sabes muito bem disso. – Digo a olhando e ela levanta-se e sai do meu quarto sem me responder.

Fecho os olhos cansada eu não queria que isso acontecesse. O David nunca foi irresponsável, sempre cuidou de nós, mesmo distante. Ele é muito cruel com o David e eu sei que o que aconteceu comigo ele ir-se-ia culpar pelo resto da vida, do mesmo jeito que ainda se culpa da minha cicatriz no joelho. Papai deixou ele me controlar enquanto eu tentava andar de bicicleta e por distração minha acabei caindo e ele ainda se culpa por não ter conseguido me segurar. David é muito injusto com ele e eu sei que ele está a sofrer e isso dói-me porque eu não posso fazer nada.

Levanto da cama e vou para o banheiro, preciso urgentemente de um banho. Encaro o meu closet cheio de vestidos, eu acho que tenho mais vestidos que todas as meninas da alcateia. Embora tenha tantos vestidos, tenho mais calças, calções. Levo umas calças de moletom e uma camisa do David e visto por cima da minha langerie vinho e visto umas meias e já estou pronta. Saio do meu quarto e passo do quarto do David, paro e bato na porta.

– Pode entrar pequena – grita e abro a porta entrando.

Assim que entro, vejo David deitado na sua cama com o braço cobrindo o seu rosto. Ando até a cama e me deito ao seu lado.

– Tens que parar de roubar minhas camisas, elas estão acabando – diz em uma advertência que me pões a rir.

– O que posso fazer se sou apaixonada pelo seu cheiro – digo isso batendo meu ombro com o dele. E em um movimento rápido David fica por cima de mim e me observa rindo.

– E eu sou apaixonado pelo riso da minha pequena. – Declara-se ele e começa com as cócegas a fazer-me rir alto.

– Po... por favor...pára... Na…vou...aguentar. – Digo me contorcendo nos seus dedos.

– Quer que eu pare pequena? Então prometa que vai parar de roubar minhas camisas. – eu abano a cabeça em sinal de negação, sem parar de rir. Depois de um tempo David pára me fazendo voltar a respirar e desato os seguintes dizeres: – Isso foi injusto, eu sou muito sensível.

– Eu estou bem – diz depois de um tempo calado.

– Eu também estou bem. – Digo-lhe me virando de lado e o encarando.

– Eu juro que não te deixarei sozinha de novo, nem para ir a casa de banho. – Diz-mês estas palavras tentando ficar sério.

– Nem a casa de banho!?

– Principalmente lá. – aí trocamos olhares e começamos a rir.

– Eu estou faminta – dogo-lhe a acariciar a minha barriga.

– Vamos descer, foram quatro dias sem comer. Daqui a nada viras uma canibal.

Diz isso levantando e parando de costas para a cama. Eu fico de pé na cama e salto para as suas costas enrolando as minhas pernas ao redor da sua cintura e os meus braços circulam o seu pescoço.

– És tão grande David que, às vezes, penso que és o mais velho.

– Eu sou grande, só ainda não aceitaste isso – diz ele metido à gabarola e fazendo-me rir.

Chegamos à cozinha rindo de algo bobo e encontramos nossos pais com uma cara nada boa. David se aercebendo do clima me tirou das suas costas e olhamos para os nossos progenitores preocupados. E David perguntou a eles se aproximando:

– Aconteceu algo?

– Sim! O vosso pai é um cabeça-dura e não quer enxergar a realidade… – Fala mamãe furiosa encarando papai.

– Eu já decidi ela vai e ponto. Eu não vou deixar que ela assuma algo maior que ela – diz papai encarando mamãe também furioso.

– É o destino dela e nós não podemos interferir e seja lá onde ela estiver, ele a achará e você sabe disso Alexandre. – Mamãe sai da cozinha furiosa e papai a segue nos deixando parvos.

Por que sinto que eles estão discutindo pela primeira vez por minha causa? Sussurro baixo com lágrimas nos olhos: – Só um burro para não entender de quem eles falam. Eu não quero causar brigas entre meus pais, parece que estou a destruir a minha família. Sinto que estou a destruir algo dentro de mim.

– Não precisa chorar Cat, não é sua culpa, eles ir-se-ão entender logo. Falarei com eles…– Coloca os braços nos meus ombros me confortando.

– Obrigada David. Eu só preciso ficar sozinha.

Subo as escadas rápido em busca da minha salvação, a única coisa que me faz esquecer de tudo ao meu redor, o meu escape. Entro no meu quarto trancando a porta, passo pela minha escrevaninha e levo o meu bloco de desenho e lápis. Sento-me no sofá da minha sacada encarando a floresta. Começo a rabiscar algo no meu bloco enquanto encaro a floresta. Penso em tudo que aconteceu desde que implorei para ir a festa, agora compreendo os meus pais, a obsessão deles pela minha segurança. Eles querem me proteger dele. O mais engraçado é que sinto que ele é o perigo, mas o perigo dele está atrair-me de um jeito irresistível, me fazendo querê-lo por perto. Os seus olhos tão fascinantes que pareciam tão conhecidos. Eu ainda não entendo o porquê de não o quererem perto de mim e nem a minha conexão com ele. O que tenho certeza é que ele é o perigo e vou fazer o possível para ficar longe dele. Olho para o desenho e vejo a bruxa refletida no meu bloco de desenho. A desenhei tão bem que até me assustou. Passo a mão pelo curativo em meu pescoço, levanto-me do sofá e curvo-me sobre ele para levar o meu bloco. Assim que estou em pé sinto alguém atrás de mim. Meu coração dispara em batimentos mais rápidos e o medo percorre-me o meu corpo da cabeça aos pés. Fico estática segurando minha respiração com medo de me virar. Sinto sua respiração no meu pescoço a deixar-me me mais nervosa.

– Nervosa pycola? – A sua voz soa-me como um trovão a rasgar os céus e deixa-me toda arrepiada.

– Sim! Assustaste-me – profiro estas palavras a virar-me para encará-lo. Seus cabelos despenteados, olhos azuis-cobalto e os lábios em uma linha recta. Ele estava todo de preto, a camisa e os jeans rasgados com um sobretudo.

– Isso acontece por incorporar uma humana frágil. – Sua voz sai com escárnio deixando-me irritada.

– Eu não incorporo nada! Eu sou assim. – E levanto a cabeça para encarar os seus olhos.

– Ainda estou curioso para saber qual é a sua segunda forma. – Continua ignirando o que lhe disse.

– Vais morrer curioso…

– Então irei esperar para sempre porque morrer para mim é algo impossível.

– Mas, o que Você está a fazer aqui? – Pergunto mudando de assunto.

– Senti a sua tristeza e vim ver o que está a acontecer. – Diz me seguindo para o quarto.

– Eu estou bem, podes ir agora.

Coloco o bloco de volta na escrivaninha e sinto sua mão fria na minha cintura por dentro da minha camisa.

– O que estás a fazer? – Pergunto sentindo sua outra mão a acariciar minha barriga.

– Para uma piralha tens um corpo muito tentador. – Diz-me a virar para ele e a colocar suas mãos no meu quadril.

De súbito minha respiração suspende assim que meu corpo colide com o seu corpo másculo. Ele é forte e quase perdi a consciência, mas me recordei do que ele acabou de dizer.

– Eu não sou uma piralha, tenho 20 anos.

– Grande coisa não é?! – Rebate ironicamente.

Abro a boca para respondê-lo à altura, mas sou impedida pelos seus lábios. Ele se movimenta lento para que eu possa acompanhar os seus movimentos. Um pouco relutante, porém passo os meus braços pelo seu pescoço e mergulho os meus dedos no seu cabelo. Sinto suas mãos a apertarem o meu quadril e o movimento dos nossos lábios torna-se mais rápido. Sua língua adentra na minha boca, primeiro estranho, mas nunca pensei que fosse tão bom. Gemo na sua boca quando o sinto chupar na minha língua. Sua mão vai para o meu cabelo aprofundando mais o beijo. Seus lábios descem para o meu pescoço o cheirando e mordiscando, quando sinto o seu corpo tenso e ele se afasta me encarando furioso.

– Porque tem cheiro de um outro macho no seu corpo? – Me enconsta a parede apertando o meu braço.

– Você está-me a aleijar.

– Maxon, meu nome é Maxon e ainda não me respondeste. – Grunhe furioso a apertar cada vez mais o meu braço.

– Por que o interesse, ham? – Lhe pergunto com a voz trémula.

– Porque Você é minha, porcaria. – Grita-se enfurecido e batendo na parede ao meu lado, ao assustar-me sinto lágrimas a descer pelo meu rosto.

– Por que você está assim? – Minha voz sai baixa e com medo.

– Olha para mim. – Pede baixo e eu recuso-me a aceitar. Sinto seus dedos no meu queixo e ele aperta-me levantando a minha cabeça para olhá-lo. E assim que olho para ele me assusto ao ver que os seus olhos não são mais os azuis-cobalto e sim negros, tão negros como a escuridão infinita. E logo, eu soube ali que não era o Maxon.

– É o Cavaleiro Negro.

– Olhe-me sempre nos olhos quando falas comigo – diz-me com uma voz baixa amedrontadora e me arrepiando de medo. – Entendeste pequena? – Aceno afirmativamente com a cabeça.

– Agora me diga, de quem é esse maldito cheiro?

Oiço batidas seguidas na porta. Era a minha mãe doutro lado que perguntava: – O que está a acontecer querida? Ouvimos gritos.

– Você precisa ir embora, eles não podem te ver aqui. – Tento o empurrar, mas ele se recusa.

– Eles? Você tem outro é isso?

– Eu não tenho ninguém. O cheiro é do meu irmão. – Exalto-me enfurecida com ele. Maxon fica em silêncio por um tempo, baixa a sua cabeça cheirando meu pescoço. Minha mãe havia ido embora da porta, poém havia ido chamar o papai que veio logo a dizer:

– Eu vou arrombar querida, fique longe da porta.

Acaricio o seu cabelo e sinto seus beijos no meu pescoço, leves e doces.

– Desculpa o seu Cavaleiro. – Sussurra no meu ouvido e fecho os olhos sentido os seus lábios deixando um beijo casto nos meus.

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