Pequena Catarina
Logo que viro a curva vejo Edward, o mordomo. Ele está há gerações conosco. Então reparo no nosso carro parado em frente a entrada do castelo. O motorista abrindo a porta. Todos os empregados fazem parte da engrenagem para o castelo funcionar. Faço questão que eles sejam eficientes. Todos bem trajados com seus sapatos lustrosos.
Do carro sai uma mulher. Com certeza é a babá.
Deus! Ela se veste tão mal que não duvido nada que ela tenha pensado em ser freira, ou ter estudado um colégio do tipo. Antes mesmo que ela cumprimente meu mordomo que a espera, estaciono atrás.
Ela vira a cabeça em minha direção e eu sou literalmente nocauteado com o rosto mais perfeito e angelical que eu já vi. Sinto na hora meu corpo aquecer.
Sem maquiagem, mas com esse rosto não precisa de nenhuma na minha opinião. Só então percebo que meu som ainda está ligado e o desligo imediatamente. Saio do carro sem conseguir tirar os olhos dela.
Como uma garota com um rosto desse, está vestida com essas roupas tão austeras?
Isso atiça mais minha vontade de saber quem é ela. Muito mais do que se ela estivesse vestida com uma roupa sexy.
Caminho em direção a ela como um lobo faminto. Passo a mão nos cabelos ajeitando algum fio fora do lugar.
—Olá, você deve ser a babá que contratamos? Natália...
Ela assente, sinto-a nervosa.
—Natália Noam, vossa alteza. —Ela diz de um jeito sério, serviçal.
Eu rio.
—Sem essa “vossa alteza", por favor. Pode me chamar de Luke. Prazer em conhecê-la. —Estendo a minha mão e quando ela me dá a sua, eu me inclino e deixo um beijo na palma dela.
Hum, o cheiro dela me lembra gardênias, intenso, marcante e, no entanto, leve, discreto.
Ela retira logo sua mão gelada.
— O prazer é todo meu. — Ela se curva em uma reverência. Ela me olha novamente.
Sim, tenho diante de mim uma garota enigmática. Tirando seu nervosismo, seu rosto é ilegível.
Alguns empregados surgem para levar a sua mala.
Apenas uma mala? Interessante. Geralmente as mulheres carregam o guarda-roupa.
— Edward, diga a Tereza para nos preparar a mesa com um café reforçado para mim e para a senhorita.
Meu mordomo se inclina.
—Sim, senhor.
Eu volto a olhar essa figurinha intrigante. Ela aperta mais o casaco e só então me lembro do frio.
—Bem, senhorita Noam. Vamos entrar. Aqui está um frio danado.
Ela assente para mim. Eu a toco no cotovelo para conduzi-la e a solto. Subimos juntos os degraus que nos levaram ao grande e majestoso Hall. O chão é com pisos gigantesco brilhoso da cor quase dourada, as paredes são de um bege claro, com ornamentos em dourados.
Entramos na sala principal. Ela está quente, agradável. Ela é grande em frente a ela uma grande escada de madeira escura coberta por um carpete vermelho, o corrimão todo trabalhado o final dele a esculpido a imagem de um dragão. Um grande e majestoso lustre está pendurado no centro dela.
Vejo minha pequena. Minha filha Catarina nos braços de Rosa. Sorrio ao ver minha menina. Vou até ela e a pego no colo. Aperto minha bebê nos braços, sentindo o cheirinho característico do seu sabonete e xampu infantil.