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Capítulo 5: Isso não é justo!

Agora que estamos casados, vamos para a forra. É, vamos para a festa que com certeza, minha adorada tia junto com o meu pai, escolheram um dos melhores buffets da cidade. Só que eles não sabem que, uma parte desse menu, euzinha aqui quem fiz no meu estágio.

Que, diga-se de passagem, sou uma das melhores e me garanto. Não é sendo convencida e nem narcisista, mas eu estou sendo realista e devido aos elogios do meu chefe e não, ele não está interessado em mim porque ele é muito bem resolvido com o marido dele, isso mesmo que você ouviu, ele é gay e casado com um belo homem.

A maioria das garotas da minha turma que fazem aulas com ele, já que Jean Paul é um dos mestres que dá aulas de panificação e que seleciona os melhores a estagiarem no seu restaurante, tem uma queda por ele.

Tá, eu confesso. Também já tive uma quedinha por ele, mas nunca imaginei que ele é gay. Jean nunca deu pinta de que gostava de homens e nem tão pouco é casado com um. Só que meu adorado noivo nem pode sonhar com isso. Porque o meu adorado professor e chefe, além do seu querido marido a quem tenho uma profunda amizade, serão os meus “amigos coloridos” para que o querido Trent Hills prove do seu próprio veneno.

Não precisa me olhar assim tá. Eu sei o que estou fazendo e por falar em saber o que estou fazendo, ainda bem que o meu adorado marido está conversando com o meu pai e o dele e eu aqui com você e quem vem na nossa direção, isso mesmo, com um sorriso largo, mas disfarça tá, que estou vendo a baba escorrendo aí.

Lógico que você ia ficar desse jeito, um homem espetacular como esse se aproximando da gente, tinha que dar nisso. Eu sei, eu sei.

Ficou curiosa com esse monte de coisas sobre o Jean né? Então, eu vou te revelar tudo e não esconder nada.

Ele tem 1,85m de altura com um corpo de causar inveja, esses braços musculosos e fortes com certeza é de tanto sovar massas. Os olhos verdes deve ter herdado da mãe, já o rosto esculpido parecendo o Deus Apolo além do belo físico deve ser do pai assim como essa cor deliciosamente bronzeada parecendo um porto-riquenho.

Aff, até o cabelo você quer saber, tudo bem, eu conto também, já que ele está com o seu chapéu de chefe. Ele tem os cabelos levemente grisalhos já que o mesmo tem somente quarenta aninhos, num corte bem moderno. Agora é sério, ele está bem próximo, disfarça pelo menos né minha querida, ou será querido, ah, quer saber, você me confunde tanto que parei de tentar decifrar quem você é.

- Minha querida aluna, não imaginava que você seria a noiva. – Ele me abraça.

Nossa, que abraço. O perfume dele né realmente é uma delícia. Amadeirado com o seu cheiro se misturando, fazendo dele aquele homem vil, ô sorte do marido dele viu. Mas, o marido dele Jonathan, também é um colírio.

- Pois é. – Falo sem a menor emoção forçando um sorriso e retribuindo o abraço.

- Nossa que animação a sua mona, nem parece que casou eu hein.

- Ah Jean, depois te conto porque. Afinal, nem tudo é o que parece.

- Tudo bem gata. Mas nossa, você está um arraso viu. Se eu fosse héteros te raptava.

Rimos juntos. Realmente em meio aos risos, observo algo que me deixa com a pulga atrás da orelha. O meu adorado marido não tira os olhos de mim. Será porque hein, será que ele quer ir embora?

Acho que não. Mas confesso que ele está me olhando de um jeito que sinto medo e um negócio quente ao mesmo tempo. Eu hein.

O que?! Tá maluca! Logico que ele não está com ciúmes ou está?

Acho mais que esse meu querido marido deve estar sim com raiva porque é competitivo isso sim.

- Ai minha querida, eu vou sair de perto viu. – Jean fala olhando para o meu marido rindo.

Como a minha curiosidade é aguçada ao extremo, e não gosta de ser abandonada sem saber o que quer, resolvo sondar o meu querido Jean como quem não quer nada.

- E porque vai sair de perto?

Os seus olhos arregalados me fitam. Nossa, fiquei agora sem graça com essa cara de espanto que ele fez. Será que falei algo errado? Vixe, todo mundo hoje está estranho viu.

- Mona, o seu boy não para de olhar para nós e pelo seu olhar, com certeza é ciúmes.

Não me contenho e dou uma gargalhada. Mais um para me contar tal disparate e piada só pode.

- Amigo, não. Ele pode estar sentindo tudo, mas com certeza não é ciúmes eu garanto.

- Querida pupila, pode estar certa do que eu digo. Ele está sim com ciúmes e muito. Conheço bem aquela cara, pois, não só eu como Jonathan também faz quando ficamos com ciúmes.

Acho que todos estão loucos, mas bem na hora que eu iria falar algo, simplesmente aparece um belo senhor que deve ter uns quarenta ou cinquenta anos com uma voz aveludada me chamando.

Me viro e por uma ironia ou não, é o assistente do meu marido com uma cara de não muito bons amigos. Agora essa viu.

- Senhora, desculpe interromper, mas o senhor pediu para que se troque, para em breve irem para o aeroporto. Vocês irão para a lua de mel de vocês.

Putz, esqueci desse detalhe. Tem ainda essa tal lua de mel. Mas se ele pensa que eu irei deixar que ele me coloque aquilo dele em mim, está enganado. Temos um contrato, e ele vai honrar até o fim custe o que custar. Sorrio amarelo para o seu assistente, coloco meu rosto inclinado de lado e o respondo olhando-o fixamente.

- Pode deixar. Estarei indo até a sala reservada para troca de roupas agora. Obrigada.

- Perfeitamente madame.

Ele me reverencia que nem pra quê isso já que não sou da realeza, mas confesso que me senti a tal agora rsrsrs, se despede dando uma última olhada em direção ao Jean mirando-o de cima a baixo e sai.

Sinto apenas um sussurro ao meu ouvido do Jean.

- Querida vai logo fazer o que o seu boy pediu. Eu vou sair logo daqui senão eu morro e Jonny fica viúvo. Fui!

Quando penso em falar algo, ele já saiu dali apressado.

Dou de ombros, mas é assim mesmo, a vida. Então, você vai me acompanhar. Faço questão disso. Vamos lá, pelo menos não fico sozinha e consigo me distrair um pouco.

A sala até que é legal né. Cheia de flores, até gostei da roupa que deixaram aqui para que eu vista. Um vestido rodado com um belo caimento, de alças grossas. Até a sandália de salto médio escolheram bem. Bom, vou ali no banheiro e já volto. Fica a vontade e come alguns desses doces e salgadinhos que estão aqui nessa mesa.

Minutos depois...

Pronto, agora estou pronta. Até que fiquei linda nesse vestido. Nunca imaginei usar um vestido rosa chá, mas ficou bem mesmo viu.

Ah, desculpa, não sabia que mais alguém havia entrado nessa sala. mas de fato quem é você?

Oi?! Escritora, autora, não tô entendendo!

É alguma brincadeira né, como assim eu não vou contar mais a minha história assim, que palhaçada é essa?

Poxa, isso não é justo! A história da minha vida, minha e agora será contada por você e eu ou meu marido só narramos às vezes, fala sério né.

E você concorda com isso também? Ah, claro como suspeitei. Mas tudo bem, pode contar a minha história, desde que eu ou alguém da minha história que seja fundamental além de mim claro, conte em narrativa a história além de dissertativa.

“Toc, toc, toc”

- Já vou!

Bom, é isso. Apesar que acho injusto, mas tudo bem, conta a minha história e não esquece hein, quero falar em narrativa sempre, ou pelo menos quase sempre.

“Toc, toc, toc”

Aff, daqui a pouco vão colocar a porta abaixo de tanto que batem. Bem, já fui!

- Calma, já estou saindo.

Ao abrir a porta...

- Porque demorou tanto, quem está aí com você?

Eu mereço isso mesmo né. Meu adorado marido dando piti.

- Vamos logo. Não estou com ninguém. Aff, eu mereço viu. – Pego na sua mão e seguro firme arrastando-o para longe dali.

Bem, como sabem, a partir de agora, eu a autora/escritora desse livro, estarei contando sobre a nossa mocinha e o seu marido de fachada, pelo menos é o que querem transmitir. Lógico, que ela vai fazer algumas narrações assim como nosso mocinho da história, mas eu farei os textos dissertativos. Beijos e até o próximo capítulo, a lua de mel kkkkk.

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