Capítulo 4: Finalmente Casados!
"Você vem com a gente". Falo olhando para o meu futuro marido de soslaio.
Eu sei que estou errada em agarrar assim no seu braço e sei que deveria te perguntar antes, mas eu me recuso veemente a seguir esse caminho sozinha com esse homem no mesmo carro.
- O que você está rindo Trent?
- Nada, só estou rindo porque a sua acompanhante está rindo também. Porque afinal ela está rindo?
- Sinceramente, não sei.
Francamente, acho que sei, mas vou deixa-lo seguir até o carro na nossa frente para te perguntar o que de fato você está rindo.
Agora fala, você está rindo porque eu não quero ficar com ele no carro por medo de que eu possa cair em tentação? Que bobagem!
Pensando bem, acho que não é nenhuma bobagem. Ele é lindo, mas só de pensar que ele estava agora a pouco com a minha prima Juliete naquela pegação, argh, me dá um asco misturado com calafrio só de pensar neles dois juntos. Credo, acho que terei pesadelos com a cena.
Mas, vamos logo para a forca, quer dizer, casamento.
- Vamos minha futura esposa, para o nosso casamento. – Ele sorri de um jeito estranho para mim.
De fato, esse sorriso dele ao abrir a porta do carona, me dá um arrepio. Algo que percorre pelo meu corpo e que esquenta lá embaixo. Ai, minha nossa senhora das piriquitas desenfreadas, me liberta dessa vontade.
Sorrio para ele sem graça, mas sinceramente, acho que esse um ano de casamento de fachada será definitivamente para mim, uma prova de fogo das bem graaaandes.
- Tá, eu sei. Mas agora não tenho como voltar atrás.
Me ajeito no banco colocando o cinto de segurança, o perfume másculo e vil desse homem adentra no carro me inebriando. Sei que você que me acompanha também ficou né de perna bamba, mas, não tenho como discutir. Ele realmente é O CARA, mas se fosse menos arrogante e egocêntrico e claro um belo de um galinha, com certeza poderíamos ter chances.
Ai senhor, o que eu estou pensando. Sai, isso tudo da minha cabeça. Xi, acho que fiz algo que atraiu a sua atenção.
- O que foi, fiz alguma coisa?
- Não. Eu quem te pergunto. Está tudo bem?
- Tudo. Por que?
- É que você está com uma cara engraçada e corada, fora que está aí batendo a sua mão frente ao seu rosto. Achei que estava passando mal.
- Estou ótima. (minto). Agora vamos logo antes que eu desista!
- Tudo bem. Não está mais aqui quem falou.
Ai que ódio. Como eu posso ser tão idiota assim.
Seguimos em silêncio. Até que está um silêncio agradável. Mas há algo nisso que está me incomodando. Vou descobrir o que é.
- Pronto. Chegamos. – Trent fala com um sorriso sarcástico estacionando o carro.
Aff, meu pai com uma cara furiosa, a querida tia Mariana com um sorriso cínico como sempre e para variar a minha querida prima com um bico do tamanho de um bonde.
Me preparo mentalmente e saio do carro após dar o meu suspiro que parece ser o último da minha vida.
- Garota, o que deu nessa sua cabeça oca de fugir nesse dia que é o seu casamento. Quer me matar de vergonha sua desmiolada?! – Meu pai vocifera.
Por estar tão vermelho falando tudo isso, sei que ele está espumando de raiva, mas não vou deixar barato. Quando penso em falar o que quero, meu adorado noivo me puxa pela cintura colando os nossos corpos de lado e eu sinceramente quero sair desse aperto. Ele sorri e fala com o meu pai que logo se acalma.
- Não se preocupe e não culpe minha adorada noiva senhor Bilbord, não é meu amor!
A cara desse cara nem arde, putz é muita cara de pau para uma pessoa só. Eu sorrio e dou uns tapinhas na sua bochecha que pelo peso dos tapinhas, ele faz uma careta de dor, pois estou batendo mesmo para doer.
Olho para os três em nossa frente e não me contenho ao olhar para a cara de sonsa da minha prima mordendo o lábio inferior e comendo o meu futuro marido com os olhos. Sinceramente, não vou deixar barato isso não.
- Na verdade querido, você falou para papai que eu fugi do casamento sem acontecer porque você estava digamos que comendo a minha prima Juju em um dos quartos dessa mansão? Lógico que não! Eu não nasci para segunda opção e muito menos para corna.
- Como é que é? O que a minha filha diz é verdade senhor Hill?
Agora sim ferveu tudo ou melhor o caldo entornou mesmo. Meu pai está agora furioso. Vejo a veia do seu pescoço saltar e meu adorado noivo ficar pálido e sem ação. Até ouvir a voz entojada da minha tia agora madrasta.
- Não fique assim. Deve ter sido algum mal entendido. Vamos acalmar os ânimos aqui não é minha querida sobrinha?
- Na verdade tia Mariana, eu sei bem o que eu vi e ouvi. Mas não me admiro que a minha prima tenha a quem puxar, já que nem bem a sua irmã esfriou no túmulo para estar esquentando a cama do meu pai. Mas agora deixa, já conversamos, nos entendemos e vamos logo acabar com essa palhaçada toda.
- O que quer dizer com isso minha filha?
- Sobre o que papai, sobre a tia Mariana e o senhor ou o casamento?
- O casamento sua insolente!
- O juiz de paz ainda está ai?
- Estão todos e até os convidados, não me diga que... – Meu pai me olha furioso, mas o controlo.
- Sim, vamos nos casar. Agora vá avisar a todos que vamos entrar.
- E você vai assim querida prima? – Juliete me olha com deboche e cara de nojo.
- Não estou pelada, remodelei aquele vestido ridículo que vocês duas escolheram, sim, vou me casar assim, a menos que queiram que eu cancele. Não tenho problemas nenhum com isso.
Meu adorado noivo, já nervoso e com raiva, pega na minha mão e sai me arrastando depois de dar uma bufada e revirada de olhos. Sorrio internamente, pois, me sinto satisfeita por vê-lo tão invocadinho.
Ah, vai, ele fica lindo assim. Até mais bonito e fora que é divertido enfezar alguém.
Ele nos leva até o altar, depois de passarmos pelo extenso corredor de tapete de espelhos, com todos nos observando e cochichando. Trent se vira para todos dando boa tarde, afinal já é quase noite, anuncia a todos que vamos realizar a cerimônia agora pedindo desculpas e blá, blá, blá.
Os seus pais nos olham com ternura e meu pai junto com a cobrana, quer dizer tia Mariana ficam nos seus lugares no altar. a minha adorada prima mordida de raiva, sentada logo na primeira filha. Morra, mocréia. Agora se corroa que por um ano este homem será meu e então, ele estará casando com o inimigo, porque farei da vida dele um inferno.
Um buquê de rosas brancas com vermelhas me entregam, colocam o véu rapidamente com uma cora de diamantes e o juiz de paz inicia a cerimônia.
Confesso, que não estou nenhum pouco prestando a atenção no que ele diz até ele fazer a famosa pergunta.
- Senhor Trent Hill, o senhor aceita a senhora Luana Bilbord como sua esposa, prometendo amá-la, respeitá-la, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, todos os dias das suas vidas?
- Sim.
- Senhora Luana Bilbord, a senhora aceita o senhor Trent Hill como seu esposo, prometendo amá-lo, respeitá-lo, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, todos os dias das suas vidas?
- Sim.
- Agora as alianças. Cada um coloque no seu parceiro de uma nova vida juntos.
E assim fazemos. Trocamos as alianças e agora é isso.
- Pelo poder a mim concedido, eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva.
Ai, como eu sou burra. Esqueci desse pequeno detalhe. Mas agora, não há como voltar atrás. Agora estou aqui, frente a esse homem que me olha como se eu fosse uma presa de um leão.
Ou eu vou ter problemas de coluna, ou terei outro tipo de problema. Ele me puxa de um jeito que sinto a minha calcinha molhar. “Se controla Lua, é só um beijo, se controla”, e com esse mantra na minha mente, eu sinto uma das suas mãos segurando a minha nuca e sem esperar sinto os seus lábios quentes e macios tocarem os meus.
Ai meu Deus, que sensação maravilhosa! Nunca senti isso que estou sentindo, porque o meu coração bate tanto e porque sinto o dele batendo no mesmo embalo. Será que isso é normal?
Todos começam a aplaudir e isso nos faz soltarmos os lábios que agora pareciam colados. Estou sentindo algo estranho em mim, meu corpo todo arde, uma quentura que nunca senti antes. Sou tirada do meu transe com o meu agora marido sussurrando ao meu ouvido e me olhando com um semblante diferente.
- Finalmente Casados!
Minha nossa Senhora, agora estou realmente perdida!