4-o contrato de casamento
o contrato de casamento
A mulher dizia olhando para o homem que a fitava com os olhos negros e sérios, ela achava que já o tinha visto em algum lugar, mas não se recordava totalmente...
--- Eu.... Vim pedir a sua ajuda, o meu pai, me pediu para te encontrar, aconteceu algumas coisas... Inesperadas...
A mulher sentia o seu coração doer, ela não havia chorado pelo seu pai por conta de sua irmã, ela foi forte por ela, a mulher nunca foi amável com o seu pai e os dois não trocavam carinho de pai e filha, mas ela se sentia mal com a morte dele, ela só tinha agora a sua irmã, que nem sabia onde ela estava... Seus olhos se enchiam de lágrimas e o homem ali, reconhecendo ela no dia do bar, suspirava fundo e dizia a mulher sem paciência.
--- Ok, vamos conversar lá dentro, me siga.
Ele dizia curto e grosso já andando.
Safira despedia-se da prostituta e seguia o homem a sua frente, que era alto, másculo, de barba por fazer, olhos negros e parecia um tanto misterioso para si ...
Assim que chegavam na enorme mansão dele, ela o seguia para dentro, atravessando o lindo jardim, até a sala de visitas, quando ela entrava e olhava o lugar, via bastante homens armados, ela sabia que ali era perigoso para si, ela não entendia o porque o seu pai tinha dito para ela recorrer aquele homem...
Ele fazia um gesto com a mão para a mulher se sentar, e assim ela fazia, ela ficava sem graça ao ver aquele lugar lindo e ela toda suja com os cabelos bagunçados por conta da correria ...
Sua roupa fedia a cachorro molhado, mas ela já estava seca, só estava desarrumada, ela tentava arrumar os seus cabelos e Fernando Kosta reparava nisso, o quão incomodada ela estava com sua aparência, ele tentava não rir daquilo, ficava sério olhando bem para aquela mulher, esperando ela dizer logo o que queria.
Kosta pedia uma bebida para si e olhava para a outra que não sabia por onde começava...
--- Quer beber algo?
Os olhos dela se arregalavam olhando para ele, a mulher negava sem graça e começava a juntar as palavras, sem saber em como começar a dizer o porquê de estar ali.
Kosta cruzava as pernas, colocava a mão no queixo esperando, tentando ser paciente para com a mulher.
--- Bom, Senhor Kosta, vim lhe pedir ajuda, vou lhe dizer como aconteceu e porque o meu pai me disse para recorrer a você, vou dizer o que houve comigo esses dias ...
Ela começava a contar desde que seu pai foi morto e que tinha gravado o rosto do homem que fez isso, depois ela havia fugido de casa, pegado o mapa do tesouro e corrido com sua irmã despistando os capangas, e depois, ela ia embarcar até EUA, mas os traficantes conseguiram localizar ela, e sendo assim, ela deixou sua irmã no barco para chegar em EUA em segurança e as duas se separaram e ela havia conseguido pular no mar para fingir a sua morte, ou despistar os capangas, e tinha dado certo, até agora, ela dizia que não sabia onde estava sua irmã, que ela estava perdida por aí, e que queria a proteção dele para isso.
O homem ficava indeciso se ajudava, mas ele se lembrava que o pai da garota, o aranha vermelha, havia o salvado uma vez, ele tinha que devolver o favor, protegendo a filha dele daqueles traficantes, ele pensava bem e dizia a garota ...
--- Bom, tenho um divida com o seu pai, eu posso lhe ajudar... E sinto muito por ele, o aranha vermelha era um cara legal.
Ele dizia pegando a sua bebida e levando a boca, Safira assentia com a cabeça e começava a juntar os pontos...
Ela não sabia de onde via toda a história de Kosta, mas o sobrenome dele vinha de sua mãe, a qual Fernando tinha herdado. Ele foi ferido no passado e salvo pelo pai
de Safira, o aranha vermelha.
Safira tinha adivinhado que Kosta era um membro importante
da Cobra Negra através das pistas da mansão. E pelo seu pai ter passado o endereço daquele homem, ela olhando bem para ele, sabia que o homem misterioso e sério era da máfia e que era importante ali, ele era um homem forte e muito saudável pelo o que ela via.
Ela decidia para vingar o seu pai e proteger sua irmã, a se casar com Kosta, em favor de ter salvo sua vida, pois assim estaria mais segura.
Ela lhe dizia afirmando sua decisão...
--- Quero propor algo... Para vingar o meu pai, e o bem de minha irmã, coagito a nos casarmos....
Ao ouvir as palavras dela, Kosta ficou enojado com a coerção e apenas prometeu proteger a ela e a sua irmã
mais nova. Ele não queria casar com aquela garota, ela não fazia o seu tipo e não sentia nada ao olhar para ela, ele só queria devolver o favor ao seu velho amigo, então ele dizia a ela terminando sua bebida amarga.
--- Eu só irei te ajudar, e a sua irmã, iremos a procurar amanhã, vocês poderão morar aqui, até ficarem seguras, sem casamento.
Ele afirmava sério e voltava a olhar pelo salão... Ele achava a ideia da garota absurda.... A se casar.
Safira não gostando da resposta dele, ela colocava a mão dentro do casaco pegando o mapa do tesouro e mostrando para Kosta, que se virava para ela de olhos arregalados, ela queria negociar com ele, ela queria a segurança dela e de sua irmã mais do que tudo, e para isso, ela precisaria se casar com ele e ter acesso aqueles homens para lhe proteger, ela dizia mais uma vez, olhando nos olhos escuros do mesmo...
--- Se concordar em casar comigo por contrato de três anos, eu divido o tesouro com você igualmente.
Ele então se interessava somente pelo tesouro e a respondia com os olhos brilhantes...
--- Ok, tudo bem... -- Ele dizia muito interessado naquele tesouro, o homem estava sendo ganancioso, ele continuava. -- eu vou pedir um advogado que faça um acordo estipulado sobre nosso casamento, não teremos relações forçadas, somente se os dois quiserem, de acordo? O meu foco é a segurança de vocês e a metade do tesouro, somente isso...
Ela assentia concordando, ela não queria ter relações com ele, ela mal o conhecia e os dois... Iriam entrar em um casamento falso... Não era verdadeiro.
Depois de horas...
O advogado robusto de Kosta, chegava com os papéis para os dois assinarem, o homem lia com atenção o contrato e a mulher também lia, concordando com as cláusulas do contrato.
Os dois assinavam o contrato e Kosta dizia a Safira largando a caneta acima do contrato.
-- Agora, irei providenciar os seus documentos para morar legalmente nos EUA. Vou mandar meus homens a procura de sua irmã, não se preocupe...
Vão mostrar o seu quarto e você pode descansar essa noite e tomar um bom banho.
Ele dizia olhando para a roupa que ela usava e os cabelos sujos e bagunçados, Safira se sentia com vergonha, mas dizia com a voz arranhada.
--- Ok, obrigada Kosta.
Ele dizia cerrando seus olhos para a mulher.
--- Você pode me chamar de ... Fernando.
Ela arregalava os olhos percebendo que o chamando assim, seriam íntimos, mas ela iria o chamar assim, pelo contrato que os dois tinham agora.