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Casada com o perigoso serpente

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Bell J. Rodrigues
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Resumo

Safira é uma jovem independente, calma e inteligente. Seu pai é um traficante de drogas em uma quadrilha, possuindo o apelido de Aranha Vermelha. Pessoas de fora pensaram que ele havia sido torturado e morto em consequência de ter perdido bens. Mas não foi isso que aconteceu, sua filha sabe a verdade, seu pai é morto por causa do mapa do tesouro bem valioso que outros mafiosos querem. Para vingar a sua morte, ela escolheu cooperar com Fernando, um membro central da Cobra Negra, uma das duas maiores quadrilhas de tráfico de drogas, ele é implacável, decidido, mas não deseja se casar, apesar de possuir várias amantes. O homem ajuda Safira e sua irmã, porém muitas situações acontecem com Safira após ela querer vingar a morte de seu pai.

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1. O primeiro encontro

Sinopse

Safira é uma jovem independente, calma e inteligente. Seu pai é um traficante de drogas em uma quadrilha, possuindo o apelido de Aranha Vermelha. Pessoas de fora pensaram que ele havia sido torturado e morto em consequência de ter perdido bens. Mas não foi isso que aconteceu, sua filha sabe a verdade, seu pai é morto por causa do mapa do tesouro bem valioso que outros mafiosos querem. Para vingar a sua morte, ela escolheu cooperar com Fernando, um membro central da Cobra Negra, uma das duas maiores quadrilhas de tráfico de drogas, ele é implacável, decidido, mas não deseja se casar, apesar de possuir várias amantes. O homem ajuda Safira e sua irmã, porém muitas situações acontecem com Safira após ela querer vingar a morte de seu pai.

1.

O primeiro encontro

Safira estava atrasada para o seu primeiro dia trabalhando em um bar, ela terminava de se arrumar, passando um batom rosa nos lábios e colocava uma roupa qualquer, que era uma saia curta ao meio das coxas, e blusa preta de botões que apertava a cintura da mulher, ela se olhava no espelho e ajeitava os seus cabelos, Safira tinha cabelos negros para baixo dos ombros e franjas que batiam quase em seus olhos, ela ajeitava a sua franja e sorria no espelho se sentindo confiante aquele dia, ela esperava que o seu chefe não brigasse com ela por chegar um pouco atrasada, a mulher corria usando saltos baixos e antes de sair, ela olhava para a sua irmã que estava em seu quarto colorindo um livro que Safira havia comprado para ela, a mulher havia juntado as moedas para dar aquele presente para ela.

Ao sorrir vendo a sua irmãzinha, ela saia dali e via o seu pai xingando algo enquanto falava ao telefone, ela ignorava o seu pai que vivia daquele jeito e saia de sua casa indo para o trabalho, ela sempre arrumava algum tipo de trabalho para que pudesse pagar as suas contas e comprar algumas coisas a sua irmã. Ela andava no canto da rua atenta ao seu redor, já era de noite e as ruas estavam um pouco desertas, ela não gostava daquilo, mas seguia mesmo assim até o bar, que não ficava muito longe da sua casa...

Passando os minutos, Safira chegava, cumprimentava o seu chefe que estava com uma cara amarrada, ele dizia alterado para ela.

--- Se atrasar de novo, está despedida sua folgada, agora vá servir os clientes, anda logo.

A mulher engolia em seco e dava graças a Deus por não ter sido demitida, ela assentia, já pegando alguns copos, colocando na bandeja junto com o vinho e os homens começavam a levantar as mãos pedindo o vinho para Safira.

Ela ia até cada mesa, servindo a todos os homens que estavam ali, pedindo pela bebida, assim que ela enchia os copos deles, os homens sorriam agradecendo e reparando nas curvas da mulher que chamavam a atenção de todos ali...

A mulher seguia para o fundo do bar e assim que servia mais um senhor que lhe chamava, ela via bem ao fundo longe de olhares das outras pessoas, um homem alto, com barba por fazer, alto e com a expressão ameaçadora no olhar, ele estava segurando um homem pela gola da camisa e havia outros homens ao lado daquele homem que pareciam bastantes zangados, Safira se assustava com a cena e percebia que ninguém fazia nada, aquele bar era acostumado a acontecer coisas ali, mas ela não sabia disso, porém entendia que ninguém iria interferir. O homem começava a torturar o homem e perguntava algo que ela não sabia ao certo o que era... Ele parecia furioso, o homem acertava o outro com socos, chutes agressivos. Safira deixava a garrafa de vinho cair ao chão assustando a todos e fazendo com que o homem que esmurrava o outro largasse ele, fazendo o homem agredido cair ao chão, a garrafa de quebrava ao chão derramando o vinho no chão fazendo uma sujeira... Os homens do agressor e o próprio olhava para a garota que estava com os olhos arregalados de medo, ela via as mãos do homem sujas de sangue, o homem que havia sido agredido, corria se salvando das garras do agressor e os outros homens não conseguiam o pegar, ele havia corrido rápido demais fugindo dali.

Os homens com fúria no olhar, iam até Safira com muita raiva e dizia a centímetros de distância dela querendo agredir a mulher...

--- Sua idiota, olha o que você fez... Você vai me pagar... Você nem consegue fazer o seu serviço direto e ainda estraga nossos planos... O homem fugiu sua idiota...

Os homens também não queriam que ela contasse a ninguém o que houve ali... Aquele lugar era próprio para fazerem aquilo, era tudo liberado ali, e Safira havia visto a coisa toda ... Se ninguém salvasse a mulher ela se daria mal... Ela tremia de medo do homem e não conseguia falar nada, o homem a sua frente iria esmurrar a mulher até que alguém o interrompe...

O dono do bar chegava para a defender e dizia ao outro homem...

--- Senhor, não faça isso, eu peço desculpas, isso não vai mais acontecer ela não contará nada, eu prometo...

O outro homem grunhia de raiva e o agressor chegava perto de Safira e dizia olhando para ela sério e a examinando bem, ele a achava bonita, porém... Não fazia o seu tipo...

--- Não ouse contar a ninguém o que houve aqui... Vamos te poupar.

Essa eram as únicas palavras que ele dizia, o homem chamado Fernando olhava para o chefe do local e saia com os seus homens... Safira sentia suas pernas pararem de tremer. E conseguia relaxar o rosto, ela havia congelado de medo, o dono do bar examinava ela colocando a mão na testa e só conseguia dizer...

--- Limpe isso, você agora vai só ficar na cozinha arrumando as coisas por lá. Não quero mais confusão...

Ela assentia sem graça e pegava os itens de limpeza para arrumar aquilo ali...

Ela se sentia melhor por não ter sido despedida...

Mas... Ela já ia sentido um medo enorme daquele homem, ela se perguntava, quem era ele e por que estava fazendo aquilo? Em um bar ainda? Eram muitas dúvidas, mas ela não devia se perguntar sobre isso, não era da sua conta.

Assim que ela havia terminado de arrumar a cozinha do bar, a mulher voltava para a casa, e assim que entrava na sala, ela ouvia o pai parado já cozinha falando no telefone com alguém... Ele xingava a pessoa do lado da linha, mas ele havia ouvido som de passos da filha, ele se virava furioso ao ver que ela estava ali e saia dali indo para o quintal da casa, para que ela não ouvisse.

No fim da noite daquele dia, antes da mulher dormir, o seu pai batia na porta de seu quarto, ela abria surpresa e encontrava o seu pai ali, ele tinha algo em suas mãos, ela olhava curiosa e antes de perguntar ele entendia para ela dizendo sério.

--- Pegue isso e cave em algum lugar lá fora... Faça isso...

Ela perguntava achando aquilo totalmente estranho.

--- Como assim pai, o que é isso??

--- Só faça o que estou pedindo Safira, obedeça o seu pai, merda. Só faça o que eu digo, por favor. – na mesma hora que ele dizia zangado, ele se desculpava e era gentil na mesma frase, Safira não entendia o porque seu pai estava naquele estado, ele estava com o rosto abatido e cansado, o homem trabalhava para o chefe da máfia escorpião venenosa, e mesmo a garota não gostando daquilo, ela sabia que o seu pai estava dando de tudo para conseguir um bom dinheiro para suas filhas.

Ele dizia aquilo olhando mais uma vez a sua filha e saia dali deixando o item na mão dela, era um baú bem pequeno, parecia ser aqueles baús de jóias, ela não sabia ao certo, ele era vermelho e havia brilhos ao redor dele... Ela olhava para aquilo sem saber ao certo o que fazer com o item.

Havia passado os dias após a ordem do pai de Safira, a mulher havia conseguido fazer uns bicos para conseguir um dinheiro, ela levava a sua irmã menor de dez anos para a escola e tentava cuidar sempre dela e lhe dar atenção, sua irmã Kiara a amava, ela se espelhava na irmã, ela havia dito após chegarem na escola...

--- Te amo irmã, até depois.

Safira se abaixava e dava um beijo na bochecha rosada dela.

--- Te amo mais maninha, se cuida tá ?

Kiara assentia e acenava para a irmã e entrava para dentro...

Safira seguia de volta para a casa, ela tinha que voltar e arrumar a casa, era só ela que fazia aquilo afinal...

Assim que ela chegava em casa, ela começava a arrumar o gramado de sua casa, que não era grande, ela molhava as plantas e tentava deixar tudo organizado ali, assim que ele se agaixava, ela escutava um barulho no portão de alguém entrando... Ela via que era o seu pai que não aparecia em casa a dois dias, assim que ela reparava nele, Safira se assustava, ele estava ferido, com o rosto arranhado e havia marcas de facadas pelo corpo, ela cobria a boca com a mão assustada e o seu pai dizia exausto olhando para ela...

--- Filha, quero que faça algo por mim, saia daqui, vai buscar a sua irmã... Vocês tem que sair daqui, e ir para um endereço que está na minha mesa, por favor, essa pessoa vai te proteger e te ajudar, ele é o Kosta, você pode confiar nele, ele mora em outro país, nos Estados Unidos, preciso que vá logo buscar a sua irmã...

Ele gritava e caia ao chão... Safira ficava desesperava vendo o seu pai daquele jeito, ela sabia que algo horrível havia acontecido, ela então corria até a escola de sua irmã que não ficava longe e ia em busca de trazer ela para casa, ela iria ouvir o seu pai e fazer o que ele pedia, ele não era um pai amável na maioria das vezes, mas ela via que ele queria o melhor para elas, por isso ela iria fazer o que ele lhe pedia...

Após alguns minutos com a irmã do lado, as duas entravam para dentro para encontrar o papel que seu pai havia lhe dito, Safira estava nervosa e suas mãos tremiam, mas ela tentava consolar a irmã dizendo que nada estava acontecendo.

Safira havia achado o papel com o endereço e havia o decorado, ela então guardava o papel o colocando dentro do sutiã, e assim que ela iria se ajeitar para sair dali, todos eles escutavam alguém abrindo o portão de sua casa.