06
Castelo de Gordon
ANNABELLA
Dias depois...
Parada diante da porta dupla que davam acesso ao grande hall do castelo de Gordon. Eu ainda não conseguia acreditar que daqui a alguns minutos, a minha vida mudará para sempre. Mil coisas passavam pela minha cabeça. Meu coração estava disparado e o incomodo que eu sentia na barriga, não ia embora de jeito nenhum.
Fecho os meus olhos e meus pensamentos me levam para o dia que recebi a notícia que mudou o rumo da minha vida.
Senti o mundo todo girar quando ouvi as palavras proferidas pelo Duque. A princípio fiquei em choque. Com os olhos arregalados, fixos em sua direção. Todo o meu corpo ficou paralisado. Meu coração começou a bater cada vez mais forte, mas em um ritmo constante. O desafio silencioso lançado por mim, provocou a tensão súbita e visível no Duque de Gordon. Um longo instante se passou. Eu estava no automático, suas palavras ecoando em minha cabeça.
Não sabia o que dizer ou fazer, porém, fui arrancada dos meus devaneios quando o meu pai não hesitou em dizer ao duque que daria consentimento, fazendo o choque da realidade me atingir em cheio. Soltei a respiração sabendo que toda decisão que tomar a partir desse momento, não terá mais volta. Era óbvio que meu pai estava em êxtase ao saber do interesse do duque, no entanto, aquele homem me atraia como se fosse um ímã e pela primeira vez, eu não fiquei com raiva da atitude do meu pai, pois não poderia negar o quanto estava feliz.
Os dois homens me olhavam fixamente. Talvez essa seja a chance para um recomeço. Sair do mundo de tristeza e solidão que sempre vivi ao lado do homem que me deu a vida. Quando enfim meus lábios se mexeram, eu acabei dizendo que me casaria com o duque, os olhos do meu pai brilhou com grande intensidade, ele parecia estar se segurando para não deixar transparecer o misto de sensações que estava sentido por finalmente se livrar de mim, e principalmente pelo meu casamento com alguém cheio de posses como o Duque de Gordon.
Toda felicidade e empolgação desapareceram de dentro de mim em um instante, quando me lembrei da minha mãezinha. Aproveitando que eles estavam conversando e até decidindo a minha vida, resolvi fazer uma exigência e mesmo com o olhar de fúria do meu pai em minha direção, o meu futuro marido resolveu atender ao meu pedido.
Meus pensamentos foram interrompidos quando ouvi a voz do meu pai dizendo que chegou a hora. A porta se abriu e eu senti minhas pernas vacilarem um pouquinho, abalada pela beleza do homem a minha frente. Com seu traje feito sob medida, cabelo impecável, uma mistura perfeita de elegância, o efeito que ele causava era arrebatador. Ultrapassamos a porta dupla de entrada, branca com flores em relevo que pareciam banhadas em ouro puro. O teto era de vidro oval, tal como a catedral Londrina. O som do violino ecoava por todo o ambiente. Eu me aproximei daquela multidão que olhava para mim, sorridentes... Antes que eu pudesse me dar conta, meu pai já estava me entregando ao duque... Ele beijou a minha mão que estava encoberta pela luva e me conduziu até o altar.
Como no piscar de olhos, a cerimônia passou voando. Ele me conduziu até o meio do salão e começamos a dançar a valsa dos noivos. Os nossos perfumes se misturaram criando um novo aroma. Juntos, nos perdemos em um momento único. Senti seu hálito quente e o aroma de conhaque de sua boca. Todo o meu corpo estremeceu pela expectativa do que iria acontecer. Quando ele uniu nossos lábios e me beijou, meus batimentos aumentaram ao experimentar a sensação daquela boca tão bela tomando a minha.
Algumas horas depois...
Quando todos foram embora, enquanto o meu esposo ficou no primeiro andar, subi com Betha para o nosso quarto. Após tomar um banho preparado com pétalas de rosas, vesti uma camisola de seda branca com mangas de rendas e fiquei sozinha no ambiente. Eu estava tão nervosa que o incomodo que senti mais cedo duplicou. Meu coração parecia que sairia pela minha boca, pois meus batimentos estavam descontrolados. Embora a minha mãezinha tenha me explicado algumas coisas, só de pensar que logo estaria sozinha com ele, sinto todo o meu corpo estremecer. Sou arrancada do meu momento de inlucidez quando a porta é aberta e o duque surge no meu campo de visão. Ele havia mudado de roupa. Seus cabelos estavam molhados, indicando que havia tomado banho. No entanto, tinha algo em seu olhar que fez minha espinha gelar. Henrico, este era o seu nome – ele havia me dito durante a festa – caminhou em minha direção, seus olhos perspicazes estavam fixos nos meus e assim que parou em minha frente, antes que eu tivesse qualquer outra reação, ele segurou firme em minha cintura.
A proximidade do duque provocou-me arrepios por todo o corpo, criando um contraste nítido com o entorpecimento que senti desde a primeira vez que nossos olhares se cruzaram. A deliciosa e inconfundível fragrância, misturada com o cheiro de sua pele me deixaram atordoada. Ele me beijou, cobrindo meus lábios com os seus, em seguida começou intensificar o contato. Fiquei completamente imóvel, não sabia o que devia fazer. Henrico me conduziu até a cama, mas, de um jeito que o beijo não fosse interrompido. Com as pernas bambas e quase sem fôlego, uma onda de prazer se espalhou por meu corpo quando sua boca ardente foi descendo pela minha garganta e suas mãos arrancaram minha camisola, me deixando somente com a peça íntima de cetim. Instintivamente levei minhas mãos de encontro aos meus seios, mas elas logo foram retiradas com brutalidade, fazendo um frio atravessar minha espinha. Seus olhos azuis faiscaram e seu tom de voz soou áspero pelo ambiente.
— Para o seu bem, nunca mais faça isso. Assim como você, eles agora me pertencem.
Dei um grito de dor quando seus lábios abocanharam meu mamilo e o sugaram com força. Antes que eu tivesse qualquer outra reação, ele me deitou sobre a cama, e em seguida se afastou. Tudo estava tão confuso, era como se ele fosse outra pessoa, pois até a sua expressão estava indecifrável. Meus olhos se arregalaram, capturando a imagem do homem a minha frente. Henrico estava nu, com o membro duro e enorme empinado a minha frente. O pânico me dominou ao ver seu tamanho avantajado, em seguida o vi se movendo em minha direção.
Logo ele estava sobre mim, com seu corpo quente e nu. Sua boca deslizava pelos meus seios e foi descendo pelo meu corpo, marcando seu caminho com lambidas na minha barriga. Meus batimentos aumentaram no momento que ele agarrou minha intimidade, deslizando a mão para dentro da minha pantaloon e começou a fazer movimentos com seus dedos bem ali. Ele afastou minhas pernas. Senti instintivamente o impulso de fechá-las, mas fiquei com receio por sua atitude de minutos antes. O sentimento de vulnerabilidade provocado por seu olhar intenso, me fizeram falar.
— E... Eu... Estou com medo.
— Hoje você não vai precisar sentir medo, querida esposa. Então aproveite.
Eu pisquei os olhos, confusa ao ouvir suas palavras. Com um único movimento ele desfez o nó da única peça que cobria a minha parte intima, e abriu novamente minhas pernas para envolver seus ombros. Sentir seu hálito quente na minha abertura, em seguida pressionou o nariz contra o meu sexo e grunhiu ao inalar meu cheiro, deixando-me arrepiada.
— Perfeita.
Eu estremeci ao sentir sua boca em contato com a minha intimidade, eu nunca poderia imaginar que alguém teria coragem de fazer isso. No entanto, a sensação que pairou sobre mim era indescritível. Seus dedos tocaram em um ponto sensível do meu sexo, enquanto ele me devorava com sua boca como se fosse algum tipo de comida. O desejo tomou conta do meu corpo, minhas pernas ficaram inquietas. Eu gemi bem alto, com todos os sentidos aguçados.
"Eu vou morrer" – pensei em desespero com tudo aquilo que estava sentindo.
Algo dentro de mim estava me incendiando. Sua língua se remexia dentro de mim com grande intensidade. Senti o meu ventre se expandir, minha garganta estava em chamas e uma sensação tão boa invadiu o meu corpo. Com a respiração ofegante, meus olhos se arregalaram quando senti a cabeça grande e grossa do seu membro abrir caminho dentro de mim, e então ele me penetrou profundamente, soltando um grunhido animalesco. Um grito estrangulado saiu rasgando a minha garganta, as lágrimas escorriam pelo meu rosto, a dor era insuportável. Meu corpo todo estremeceu. Ele permaneceu imóvel por alguns minutos, com seus olhos fixos nos meus. A dor aos poucos foi se dissipando, ele vendo que eu já estava mais relaxada, começou a mover os quadris para frente e para trás em um ritmo lento e contínuo. Minutos depois, ele começou a me estocar com vigor, eu ainda sentia dor, porém menos intensa. E eu ainda me mantinha imóvel para evitar que doesse mais. Contudo, chegou um momento em que me vi acompanhando seus movimentos, a cabeça do seu imponente membro acariciava terminações nervosas que jamais soube que tinha, seu pênis me penetrando cada vez mais fundo e mais rápido, fazendo meus quadris afundarem no colchão com as estocadas violentas e ferozes. Uma onda de prazer percorreu meu corpo de novo, intensificando-se a cada investida do corpo dele contra o meu.
Novamente aquela sensação boa chegou como uma tempestade dentro de mim, todo o meu corpo se enrijeceu e se contorceu. Ele soltou um impropério e abriu minhas pernas ao máximo, me penetrou mais fundo e então um gemido agonizante saiu da sua boca, despejando sua semente no meu ventre.
Ainda ofegantes, ele deitou sobre mim. Eu estava sem forças, suada e exausta. Mas ao ouvir suas palavras num tom quase ameaçador, fiquei petrificada.
— Ainda não terminamos.