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♥ Capítulo 7♥

Isabella Conti.

Três dias depois.

Segunda-feira.

— Ainda vai continuar escapando de mim, preciosa? — Sua voz, carregada de uma sedução inegável, ecoou ao meu redor, fazendo-me tremer involuntariamente.

— F-Fique longe de mim... Você é perigoso. — Meu tom vacilou, enquanto eu tentava manter a compostura diante da sua presença dominadora.

— Acha que eu não percebo que está excitada? — Ele me prendeu contra a parede, sua respiração quente e sensual acariciando minha pele, enviando arrepios por todo o meu corpo. — Seu perfume é hipnotizante, preciosa. Tudo em você é tão... perfeito.

A noção do perigo deveria me afastar, mas ao invés disso, minha excitação crescia a cada segundo que passava.

— N-Não... Ah. — Um gemido involuntário escapou de meus lábios quando seus lábios encontraram os meus.

Seu beijo era feroz, selvagem, mas incrivelmente magnético. Ele me levantou sem esforço, minhas pernas instintivamente envolvendo sua cintura, enquanto nos afundávamos naquele abismo de desejo.

Apesar de saber que era errado, eu não podia negar a ele, nem a mim mesma, o prazer que aquele momento me proporcionava. Suas mãos ásperas percorriam meu corpo com uma urgência palpável, incendiando meus sentidos.

— Você é minha, eu vou te possuir aqui e agora. — Sua voz, carregada de luxúria, sussurrou em meu ouvido, desencadeando uma onda de desejo que me deixava sem fôlego.

— Sim. — Minha voz saiu num sussurro rouco, quase suplicante, rendendo-me completamente àquela paixão avassaladora.

Nossos olhares se encontraram, faiscando com uma intensidade ardente, quando nos preparamos para nos beijar novamente, apenas para sermos interrompidos pelo som insistente do meu alarme.

O que?

Abri os olhos abruptamente, percebendo que estava de volta ao meu quarto, e que tudo aquilo não passava de um sonho ardente e proibido.

— Merda. Isso de novo. — Murmurei frustrada, minha respiração pesada ecoando no silêncio da noite. — É a quinta vez que sonho com esse homem, cacete.

Apesar de ser apenas um sonho, a lembrança de seu toque persistia, deixando-me abrasada por dentro, ansiando por mais, mesmo que eu saiba que seja errado. Não consigo parar de pensar nele, nesse homem misterioso que desperta em mim uma atração proibida e avassaladora.

Por que ele continua a invadir meus sonhos, me tentando com sua presença sedutora? Eu testemunhei um assassinato, deveria estar aterrorizada, mas ao invés disso, me sinto atraída por sua aura de poder e mistério.

Estou agindo como uma louca, sucumbindo a um desejo que sei que é perigoso e autodestrutivo. Eu deveria estar com medo, mas ao invés disso, me sinto envolta por uma sensação de desejo avassalador, uma chama que parece consumir tudo em seu caminho.

Essa atração é errada, eu sei. Mas por mais que eu tente, não consigo negar a faísca que ele acendeu dentro de mim, uma faísca que parece destinada a consumir tudo à sua volta.

Estou parecendo uma louca, eu sei disso. Talvez sejam os meus traumas, minhas inseguranças, ah, eu não sei mais de nada. Devo apenas focar na minha vida agora. Desde que voltamos da boate, a Gabi está de olho em mim. Inventei uma desculpa, dizendo que, quando fui tomar um ar, um cara me assediou. Fico aliviada em saber que ela acreditou. Não quero arrastar a minha amiga para o perigo, já basta eu. Quem diria que a minha vida seria assim? Testemunhei um assassinato e estou tendo sonhos eróticos com o assassino. Que vida boa.

— Isa? Já estás acordada? — Ouço a voz da Gabi do lado de fora do meu quarto.

— Sim, estou.

— Vais querer comer primeiro ou te arrumar? — Pergunta ela enquanto desço da cama e espreguiço o meu corpo.

— Irei tomar um banho primeiro. — Preciso urgentemente, sinto minha calcinha pegajosa.

— Está bem. — Escuto os passos dela se afastando.

Eu realmente espero nunca mais ver aquele homem. Tenho que tirá-lo da minha cabeça, porque é capaz de continuar tendo esses sonhos eróticos. Não quero que a Gabi saiba disso, ela pode questionar até eu acabar falando.

Caminho em direção ao banheiro, retiro meu pijama e o deixo estendido no cabide antes de entrar debaixo do chuveiro. A água quente me envolve, e eu fecho os olhos, tentando afastar as imagens daquele homem misterioso que invade os meus sonhos. Mas é como se ele estivesse gravado na minha mente, seus olhos penetrantes, sua voz sedutora, seu ar de poder. Sinto-me frustrada por estar tendo esses sonhos eróticos com o assassino. Cada toque, cada olhar, parece real demais para ser apenas um sonho. Terminando meu banho, saio do chuveiro e me enrolo na toalha, tentando afastar esses pensamentos indesejados que insistem em permanecer, como sombras teimosas em minha mente.

Escovo os meus dentes, retirando a touca de cetim do meu cabelo e permitindo que ele caia em ondas volumosas ao redor do meu rosto, logo dou uma bagunçada, para dar ainda mais volume. Termino de escovar os dentes e saio do banheiro, me sentindo mais revigorada após o banho. Em busca de uma roupa confortável para o trabalho, opto por um simples vestido azul, que desliza suavemente sobre o meu corpo. Complemento o visual com uma calcinha e um sutiã pretos, escolho minha bota, que não possui salto, proporcionando-me estabilidade e conforto ao caminhar.

Aplico um pouco de perfume em meu corpo, apreciando o aroma suave que se espalha ao meu redor. Pegando minha bolsa com as minhas coisas dentro, saio do quarto e encontro Gabi na sala, organizando sua bolsa.

— Bom dia, Gabi. — A cumprimento.

— Bom dia, amor. O seu café está na mesa. — Sorri agradecida.

Vou indo até a mesa e me sento, já comendo a comida que ela preparou, umas torradas com ovos e bacon e um copo de suco, como tudo tranquilamente. Assim que termino, levei os pratos para a pia, assim que eu chegar eu os lavo, não quero molhar a minha roupa.

— Pronta? — Concordo.

— Sim, estou. A comida estava ótima como sempre. — Ela sorriu.

— Sempre faço gostoso, amor. — Ela provoca, e eu reviro os olhos.

— Engraçadinha. Se quiser provar que faz gostoso, prove com o Tom. — Brinco de volta.

— Eu percebi que o seu amigo está interessado em mim, ele nem disfarça. — Gabi ri, e eu fico surpresa. — Mas quem sabe.

— Gabi! — Exclamo, divertida com sua resposta.

— Vamos, amor. Não queremos chegar atrasadas.

— Você não presta. — Comento, enquanto ela continua rindo.

— Nunca prestei, amor. Lembre-se disso. — Ela me lembra, e eu solto uma risada.

Meu Deus. Já estou sentindo minhas forças irem embora ao imaginar que terei que interagir.

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