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07 - Henrique Carter

Henrique Carter

Os dias foram se passando e, para a minha surpresa, foi saber que realmente a possibilidade de que o processo no qual o Augusto estava trabalhando tinha o meu genitor presente. E com a ameaça que minha mãe recebeu fiquei ainda mais apreensivo em ter que sair daqui e nos afastar para que ela fique segura, mas se isso for necessário para que ela fique bem, que assim seja.

Tivemos sorte que os amigos do sócio do Augusto tinham muitos conhecidos e que facilitariam a nossa ida para Nova York, o que me surpreendeu foi a dona Carolina, parecia que ela sabia de algo a mais, mesmo tentando me manter o máximo possível neutro, sem me envolver nos assuntos para que ela não puxe uma conversa na qual eu teria que mentir e pelo que a filha dela falou, talvez seja realmente verdade, me lembro de sua doce voz.

“Minha mãe é mafiosa…”

Por vezes me peguei rindo lembrando de Laís falando sobre isso, em como o seu rosto sempre deixou claro o quanto ela não gostava de mim, entre sempre pegarei no pé da amiga da baixinha.

Com a ameça que o James enviou para a nossa casa, dei a ideia do intercambio, isso fará com que ele se mantenha longe de minha mãe e com certeza não me achará aqui. Pelo menos é isso que estou torcendo.

Cada dia que passo na minha nova cidade ao lado da minha mãe, me preocupo de que ele possa querer fazer algum mal para ela, talvez se vingue pelo que aconteceu no passado e não quero que a minha mãe sofra novamente nas mãos daquele homem, ela está tão feliz com o Augusto.

Hoje é o último dia dela aqui em Nova York ao meu lado, minha mãe retorna para Curitiba para seguir a sua vida ao lado do homem que a ama e sei que Augusto vai tratá-la como a rainha que ela é.

Confio cegamente no Augusto, ele jamais faria mal a dona Cleide, já que é possível até para um cego ver o quanto ele é apaixonado por minha mãe.

Enquanto estava arrumando tudo aqui, minha mãe de coração Bia veio para se despedir e trouxe as meninas também, me deixando ainda mais triste.

Mas não nego que estou até mesmo aliviado por minha mãe estar indo embora, porque sei que ela não estaria correndo perigo estado sem mim em nossa casa em Curitiba com o Augusto.

E como a minha conversa com dona Carolina foi esclarecedora, tenho certeza que é questão de tempo que aquele homem apareça na minha frente para querer exigir alguma coisa de mim.

Ver a minha mãe saindo pela porta fez com que um certo desespero me atingisse, mas tento que me concentrar em tudo o que preciso fazer nesse momento, volto para dentro de casa e começo a preparar algo para lanchar já que o que minha mãe deixou nos serviu durante o almoço.

Agora quero apenas tomar um café enquanto leio um pouco da minha matéria para as próximas aulas.

Me sento no pequeno espaço que montamos para meus estudos, preciso me concentra na matéria da prova. Assim que me sento e ouço a campainha tocar, marco onde parei minha leitura. Vou andando com a minha caneca até a porta, não esperava por visitas, deve ser a dona da casa precisando de alguma coisa.

Mas para a minha surpresa, Petter estava ao lado do homem que desprezo, do monstro que torturou a minha mãe por anos e ao lado deles reconheci o pai de Petter.

A surpresa foi tão grande que minha caneca se espatifou no chão quando reconheci os visitantes inesperados, respiro fundo e olho para a pessoa que mais confiava nos últimos tempos.

— Por quê? — Ele se afasta da porta de cabeça baixa.

Sobre o seu corpo, ele tinha um sobretudo preto e estava muito bem-vestido, enquanto eu estava somente com um conjunto de moletom para ficar confortável em casa. Ele se afasta e então o olhar daquele monstro se encontra com o meu.

— Olá, meu filho. — Aquele homem desprezível estava na frente de minha porta e acompanhado do meu melhor amigo. — Está na hora de termos uma conversa, principalmente agora que não tem, mas ninguém vigiando você igual um falcão.

James passa por mim sem ser convidado, retira o casaco e o entrega para o pai do Petter que me olha como se estivesse me analisando ou algo do tipo. Já meu melhor amigo, se mantinha de cabeça baixa e podia ver que ele estava até mesmo envergonhado com o que estava acontecendo naquele momento.

— O que o senhor deseja senhor Carter? — Falo sem demonstrar sentimento algum para esse monstro.

Pergunto assim que ele se senta na poltrona que tenho em minha sala, a sua pose demonstrava que ele tinha mais poder do que devo imaginar, o via olhar para tudo o que tinha na sala e seu olhar para sobre mim.

— Está na hora de iniciar o seu treinamento, porque suas irmãs jamais irão assumir meu lugar ou não me chamo James Carter. — Ele fala com arrogância.

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