Capítulo 5

Eliza Fitzy narrando:

Na manhã seguinte, quando acordamos, tomamos café e arrumamos uma bolsa com várias coisas caso a Maya precise.

Quando estava tudo pronto, pegamos o carro e fomos para a casa da Victoria que já estava pronta e com Luna toda sorridente nos seus braços.

— Bom dia meninas. — diz minha cunhada entrando no carro.

— Bom dia, Vic. — falo já dando partida no carro.

— Bom dia, amiga. — ouço Victoria falar para Joana, as duas estavam no banco de trás, as bebês se olhavam e sorriam.

— Bom dia, my boo. — diz Joana. — pronta para a gente arrumar a casa desse ser no volante.

— Você não está com medo dela dirigindo? — pergunta Victoria.

— Um pouquinho apavorada. — diz Joana e as duas gargalham.

— Ei vocês duas! — falo. — eu sou uma ótima motorista, tá.

— Sim, uma ótima motorista. — diz Joana sorrindo.

— Então, ontem eu conheci a filha da vizinha, e ela é muito fofa. — falo. — a mesma veio me entregar um bolo de boas-vindas.

— Sério? Que fofa. — diz Victoria.

— Como ela é? — pergunta Joana.

— Ela tem lindos cabelos trançados e é negra, seus olhos escuros são fascinantes. — falo me lembrando de cada detalhe daquela pequena garotinha. — muito linda.

— Quero conhecê-la. — diz Victoria.

— Pelo que vi, a mesma passa o dia com sua babá, porque a mãe trabalha. — falo. — não conheci a mãe dela, nem o pai.

— Espero que ela esteja em casa, mas acho que se ela estuda, talvez nesse horário a mesma já tenha ido pro colégio. — diz Victoria.

— Por falar em colégio, quem levou as crianças hoje? — pergunto para Vic.

— Marius levou elas, acredita que a Helena me falou que entrou um garoto novo no colégio e que ele é super bonitinho. — diz minha cunhada. — pedi para ela não mencionar isso na frente de seu pai, meu marido já está ficando velho, um velho bem gostoso, mas mesmo assim está ficando velho para ter esse tipo de notícia, ainda mais sendo que a coisinha rosa dele está gostando de um garoto.

— Informação desnecessária. — falo para ela, não quero saber se meu irmão é um velho gostoso. — é melhor Helena ficar quieta mesmo, mencionei isso ontem pro Cristian sobre a Maya crescer e arrumar um namorado, parecia que eu tinha esfaqueado ele pela cara que ele fez.

— Esses homens sempre dramáticos. — diz Joana.

— Marius sempre foi um santo, tipo, ele nunca foi muito da pegação, então creio que se minhas filhas forem umas assanhadas, é devido ao tio. — diz Victoria. — só quero ver a discussão deles.

— Vai ser divertido. — falo, estaciono o carro no estacionamento subterrâneo do prédio e assim seguimos para dentro em direção ao meu apartamento.

— Isso está uma bagunça. — diz Joana vendo as várias caixas espalhadas pelo cômodo, algumas estão empilhadas no canto da parede para facilitar o movimento pelo apartamento.

— Não mexi em nada, apenas trouxe a mudança para cá. — falo.

— Certo, vamos deixar as meninas brincando no chão enquanto te ajudamos. — diz Victoria.

Minhas cunhadas colocaram suas filhas no chão sobre um paninho que a Vic colocou, da bolsa de Victoria a mesma retirou alguns brinquedos.

As meninas começaram a brincar e assim começamos a arrumar aquela bagunça.

[...]

Depois de duas horas, finalmente o andar de baixo tinha sido arrumado, agora o mesmo já estava ficando do meu jeitinho.

Como as meninas dormiram, acabamos levando elas para meu quarto e colocamos elas sobre minha cama.

— Vamos arrumar seu closet. — diz Victoria.

— Depois podemos cozinhar. — diz Joana.

— Já vou logo avisando que não sei cozinhar muito bem. — falo.

— Eu e Victoria fazemos isso, você pode cortar os legumes. — diz Joana. — sabe cortar, não é?

— Também não sou tão burra. — falo e elas sorriem.

Seguimos para meu closet e ali já tinham várias caixas que tínhamos trazido para cá, começamos a abrir elas.

— Nossa, olha isso my boo. — diz Joana mostrando para Victoria uma lingerie minha.

— Nossa, tão sexy, mas tão pequeno. — diz Victoria. — eu tenho uma buceta bem carnuda, não caberia em mim.

— A minha também é bem gordinha. — diz Joana.

— Estão me chamando de buceta magra? — falo indignada. — eu sofro preconceito até pelo tamanho da minha buceta.

Elas começam a gargalhar.

— Não é isso amiga, para de drama. — diz Vic. — se eu vestisse um desses, o Marius iria ficar louco.

— Eu tenho uma de oncinha que o Cristian goza só me olhando. — diz Joana.

— Parem vocês duas. — falo. — credo, não quero saber da intimidade de vocês com meus irmãos.

— Desculpa, a gente acaba esquecendo que você é nossa cunhada. — diz Joana e Victoria concorda com a mesma.

— Tudo bem, eu também sou amiga de vocês e é normal conversar sobre isso. — falo. — mas fica meio constrangedor por que eu lembro que vocês estão falando dos meus irmãos.

— A gente vai tentar não falar muito sobre isso, vamos conversar sobre nosso relacionamento, mas no sentido sexual a gente vai tentar não mencionar. — diz Victoria.

— Obrigada. — sorriu.

Assim voltamos a arrumar minhas roupas, toda hora elas ficavam falando das minhas lingeries, como tinham algumas ainda com etiqueta, dei de presente para elas.

Fingi não ter ouvido Joana falar que vai usar aquilo para o meu irmão, e que hoje é a vez dele, não entendi essa parte, resolvi não perguntar, pois talvez eu não goste muito de ouvir a resposta.

Quando terminamos tudo, as meninas ainda estavam dormindo, então fomos para a cozinha fazer o almoço.

Como eu não estava cozinhando, fiquei encarregada de ficar vigiando as meninas até elas acordarem.

Quando as mesmas acordaram, eu fiquei brincando com as duas na cama, mais não demorou muito até Joana e Victoria aparecerem para dar de mamar a elas.

Quando minhas meninas já estavam com suas barriguinhas cheias, foi a vez da gente encher a nossa.

Passei a tarde com minhas cunhadas e depois tive que deixá-las em suas casas, quando voltei para meu apartamento estava tudo em silêncio.

Talvez ficar sozinha não seja tão ruim assim, eu sempre morei sozinha e nunca tive problema com isso, porque agora terei.

Resolvo ir tomar um banho e deitar para descansar, amanhã eu teria plantão e seria um dia completamente exaustivo.