Capítulo 7
— Não, naquele verão eu não estava de férias com meus amigos. Passei no hospital e depois na fisioterapeuta para voltar a andar. Olha, eu abaixo um pouco minha calcinha para mostrar a ele uma longa cicatriz na minha lateral.
Sharon leva as mãos ao rosto — Por que você não me contou? Eu teria corrido para você -
- Para que? Sentir pena de mim? -
— Para cuidar de você, você sempre fez isso comigo —
“Você não precisa fazer nada em troca, as coisas não funcionam assim”, digo a ele em tom de censura.
—Depois dos meus pais, você é a pessoa mais importante para mim, Gigio. Não preciso retribuir nada para estar ao seu lado - ele faz cócegas na palma da minha mão com os dedos - eu te amo e sempre vou te amar. Independentemente de qualquer coisa que aconteça conosco -
Meus olhos logo se enchem de lágrimas e, percebendo isso, ele levanta a mão para enxugar uma lágrima sorrateira que escorre pelo meu rosto.
Ela sorri com ternura enquanto cruza minha mão com a dela e pergunta docemente – Queremos fazer esse sanduíche? Ainda há muito trabalho de detetive de Conan pela frente...
Eu começo a rir e aceno com a cabeça enquanto ela me leva para fora da sala antes de puxá-la para um beijo na cabeça.
Eu também te amo caranguejo.
Um monstro? É uma visão divina.
Percebo que o cabelo dela está mais comprido, mais fino, provavelmente porque cresceu, e seus quadris estão mais redondos. Ela é linda, absolutamente linda.
Com meus dedos acaricio seu rosto angelical, seus olhos brilhantes e seu sorriso radiante. Como ela pode ser tão linda?
—Giorgio, a pizza chegou! — Ouço gritos lá de baixo, mas continuo encantado, chocado com a beleza de Sharon para articular qualquer tipo de palavra.
Carrego a foto no peito e deito na cama, agora terei sonhos tranquilos até o próximo mês.
PRESENTE
Demoro alguns segundos para me afastar da porta do quarto de Zaira e respiro fundo.
Sempre imaginei, sempre, como seria Sharon sem nada.
Várias imagens se aglomeraram em minha mente: peito alto, peito baixo, mamilo rosa claro, rosa escuro, barriga lisa e lisa, barriga mais curvilínea... Não estou exagerando quando digo que passo meus dias imaginando ela de todas as maneiras possíveis. , mas nenhuma dessas fantasias pode competir, mesmo remotamente, com a realidade.
Seus cachos castanhos caíam em cascata para um lado, deixando o outro lado exposto aos meus olhos vorazes que analisavam a linha do seu pescoço curvo e delicado, descendo até o ombro nu e ainda molhado que realçava sua cor pálida, macia e etérea.
Algumas gotas de água caíram de seus cabelos até o peito, traçando rastros letais pelos seios carnudos, envolventes, macios, altos, de pontas finas e de um rosa tão valioso, raro, precioso, fino. A cintura tão fina que eu poderia envolvê-la apenas com o braço e os quadris, meu senhor, aquelas curvas vertiginosas e voluptuosas que me deixavam sem fôlego.
Ele se levantou tão rapidamente que não consegui captar mais nada com os olhos, embora o que pude ver tenha sido suficiente para mais sete vidas.
Minhas mãos ainda tremem de excitação enquanto dou um passo e tento recuperar minha sanidade. Estou atordoado, confuso, totalmente atordoado com sua beleza, com tanta doçura, magnificência. Eu me sinto bêbado com ela.
Nem percebo que Rosita me dá um tapa e grita - Giorgio, acorda! -
"Rosi", sussurro baixinho, passando as mãos pelo rosto, como vou continuar agora? Minha vida parou ali, junto com minha cabeça e todas as partes do meu corpo.
- O que está acontecendo com você? Estava te procurando para avisar que o bolo está pronto.
— Senhor, leve-me contigo. Leve-me com você: deslizo até o chão contra a parede e fecho os olhos na esperança de acabar com as diversas fantasias catastróficas de nós dois juntos.
- Está bem? Devo ligar para sua mãe? — Rosita pergunta muito preocupada, colocando a mão na minha testa para medir minha temperatura do jeito dela. — Ai meu Deus... você é gostoso Giorgio! -
— Quente... sim, era isso que eu estava — delirando mesmo sem consciência.
—Apoie-se em mim, temos que descer—Rosita me levanta com dificuldade e agarrada a ela descemos as escadas.
- O que está acontecendo? - Rafael pergunta com um pedaço de bolo na mão ao me ver cambalear.
“Rápido, um pouco de água gelada e um pano”, Rosita intervém, colocando-me no banquinho.
— Minha pequena, recupere o juízo — ele imediatamente banha meu rosto, que ficou vermelho e eu rio com os olhos ainda fechados — Você está recuperando o juízo? É impossível, Rosita, terminei.
- O que acontece? — ouvimos a voz de Sharon atrás de nós.
Abro bem os olhos e olhando para ela a vejo com um vestidinho branco enfeitado com flores coloridas e os cabelos desgrenhados como se tivesse... não, Giorgio, chega.
— Ele não está se sentindo bem — Rosita aponta para mim, enquanto Sharon se aproxima um pouco mais de mim e me solta — Ele está fingindo —
Que vadia, me sinto mal por você.
De repente, ele olha para mim e, segurando meu rosto entre as mãos, me observa com uma proximidade muito perigosa.
Prendo a respiração, me perdendo em seus olhos verdes, até que de repente ele se vira e murmura: "Dê o bolo a ele e ele vai cair em si."
— Bolo, rápido. —Rosita manda Rafael que corta um pedaço e me entrega um pouco hesitante.
Não entendo o que diabos está acontecendo, mas aceito o pedaço de bolo e coloco na boca, gemendo imediatamente de prazer.
- Você vê? Eu só precisava de um pouco de açúcar: Sharon mordisca sua fatia como um pequeno hamster.
“Estava a um passo de chamar a ambulância”, murmura Rosita, ainda alarmada.
— Nada que seu bolo resolva — Sharon responde, tomando um pouco de chá.
Estou intrigado com essa combinação e roubo um chá. “Ei, sirva-se de um pouco”, protesta Sharon, olhando para mim.
Ignoro e ao mergulhar um pedaço de bolo no chá descubro outro universo.
— Mas é a melhor coisa do mundo — Bebo o copo inteiro de Sharon, enquanto Rosita imediatamente lhe serve outro para não discutir mais.
Passamos uma hora saboreando o delicioso lanche da Rosita e não consigo parar de olhar para Sharon, não consigo tirar os olhos dela.
Agora que experimentei, quero todo o resto. De imediato.
- Vamos estudar? — Sharon pergunta a Rafael que assente e eles descem dos bancos.
Espero que? Aonde vocês vão juntos?
“Vou me juntar a você,” murmuro, também saindo do banco, mas com o resto do bolo, não vou soltar.
"Vamos estudar grego, não nos divertir, Giorgio", murmura Sharon... Imediatamente olho para ela com o canto do olho. Por acaso você quer me distanciar dela para poder seguir em frente com seu plano misterioso e maligno?
—E quem quer se divertir aqui? Falo muito sério - passo por ela e ao lado do Rafael que me olha surpreso - Mas você não tem nada com você -
— Tudo o que precisamos é de um manual. Vamos? -
—Giorgio, posso falar com você? —Sharon diz, ficando nervosa.
- Claro, me diga -
- Em privado. -
E aqui estamos nós novamente com minha imaginação.
Ele agarra meu braço e me arrasta para um canto da sala onde não tem ninguém, tento com todas as minhas forças não pensar que ele quer sair comigo para me agradar.
- O que vai fazer? Se perder. — ele sibila friamente... direto ao ponto.
- Ei? Entendo que é você quem tem más intenções – respondo, segurando a forma de bolo perto de mim como se quisesse servir de escudo entre mim e ela.
Preciso me segurar em alguma coisa ou não sei para onde minhas mãos iriam.
—Desde quando você se tornou detetive Conan? -
Comecei a rir - Conan sempre resolve seus casos -
- Isso não. -
Levanto as sobrancelhas surpresa com sua determinação — Por que você não quer me contar o que sabe? Eu poderia te ajudar -
- Você? Você está brincando comigo? “Você já quebrou meu celular e roubou minha privacidade”, ele sussurra, aproximando-se do meu rosto.
—Era a única maneira de fazer você falar—
— Você falhou nas duas vezes, Conan falha ou estou errado? -
Isso vai me deixar louco.
— Não quero deixar você sozinha com ele. —Confesso sério.
- Que você tem medo? -
Que eu possa te machucar, que eu possa te tocar, tocar a coisa mais preciosa que tenho no mundo.
—Ela esconde algo grande, você não consegue lidar com isso sozinho—
Um sorriso orgulhoso pinta seus lábios e chegando ainda mais perto de mim ele murmura - Porém, eu posso lidar com você porque você é mais desonesto que ele -
— Sharon... — sussurro, umedecendo os lábios enquanto meus olhos focam nos dela, cheios e brilhantes, prontos para receber uma emboscada minha.
— Giorgio... deixe-me fazer isso — ele sussurra, tentando me convencer com seu olhar penetrante.
— Não posso correr nenhum risco quando se trata de você. Você também... — minha respiração fica presa porque não consigo continuar a frase.
- Também...? —ela me incentiva a terminar de qualquer maneira.
Muito importante para mim.
- Tão estúpido. -