Capítulo 14
No banheiro.
Nydia e Julia estavam dando banho em Molly.
- Mamãe, você está tão legal hoje, você me surpreendeu. - Molly fez uma expressão de surpresa de propósito, seus olhos redondos se arregalaram, sua boca pequena se abriu e ela até piscou duas vezes, especialmente fofa.
- É tão exagerado assim? - Nydia falou com Molly enquanto esfregava suas costas.
Molly assentiu vigorosamente com a cabeça:
- Sim, sim, Rafael e eu estamos prontos para lutar contra a mãe daquele garoto.
- Vocês podem vencê-la?
- Nós podemos vencê-la. Somos muito poderosos. Eu tenho muita força. Se você não acredita, vou lhe mostrar.
Antes que Nydia pudesse reagir, ela viu Molly cerrar o punho e bater violentamente na superfície da água, espirrando inúmeras gotas de água em Nydia e Julia.
- Ah, sua malandrinha, eu e a Julia se molharam.
- Então vamos tomar um banho juntos, mas vocês não podem pegar o patinho amarelo comigo. - Molly abraçou o patinho amarelo em seus braços.
- Isso não é justo, eu tenho que pegá-lo! - Nydia se aproximou para fazer cócegas nela, e ela deu uma risadinha e se esquivou na banheira.
Julia não falou muito. Ela estava tensa o tempo todo, com medo de que Nydia pudesse fazer algo que prejudicasse Molly, mas agora todo o processo estava quente e aconchegante.
Por que a senhora dela estava diferente de antes?
Parecia que ela tinha se tornado muito mais gentil, e seu rosto tinha mais sorrisos.
- Tudo pronto. O patinho está saindo agora.
Nydia enrolou Molly em uma toalha e secou seu cabelo e corpo, depois a trocou por um pijama limpo.
- Molly é tão bonita.
- Porque o papai e a mamãe são bonitos, é por isso que sou bonita.
- Quem te ensinou isso?
- A professora nos falou sobre herança na aula. Rafael e eu herdamos do papai. Se formos malcriados e não ouvirmos, isso também é herança.
- Sua malandra, esse é o ponto. - Nydia bateu de leve no nariz de Molly. - Vamos, seque o cabelo e depois você pode ir brincar.
O cabelo de Molly era macio e sedoso, e secou rapidamente. Nydia secou o cabelo dela até que estivesse seco antes de deixar ela ir brincar.
- Papai, papai, já terminei meu banho. - Molly correu feliz para o escritório, subiu no colo de Cláudio e abraçou seu pescoço com as duas mãos, encostando-se nele e perguntando suavemente: - Papai, a Molly está cheirando bem?
- Bem, você cheira bem. - Ele olhou para Molly e não pôde deixar de pensar em Nydia.
Embora as duas crianças fossem gêmeas, Molly era mais parecida com Nydia, enquanto Rafael era mais parecido com ele.
- Papai, tomar banho é tão confortável, deixe a mamãe te dar banho também.
Cláudio limpou a garganta de leve:
- Sou adulto e posso tomar banho sozinho.
Molly inclinou a cabeça e coçou a cabeça com o dedo mindinho, como se de repente tivesse se dado conta de algo:
- Papai, é porque você é um menino que você é tímido?
Cláudio ainda estava pensando em como responder à pergunta quando Molly perguntou novamente:
- Mas a mamãe é sua esposa, por que você ainda é tímido?
Socorro!
Naquele momento, alguém bateu na porta do escritório.
Nydia abriu a porta e ficou do lado de fora.
- Molly, está na hora de ir para a cama. Não perturbe o papai enquanto ele estiver trabalhando, está bem?
- Mamãe, estávamos conversando sobre o fato de você ajudar o papai a tomar banho, e o papai disse que ele é tímido.
“Eu não disse isso, eu não sou tímido, você está inventando coisas!”, pensou Cláudio.
Nydia pegou Molly dos braços de Cláudio, seus dedos tocando o ombro e a cintura dele, fazendo com que seu corpo ficasse tenso por um momento.
Quando Nydia olhou para ele, parecia haver uma ponta de provocação em seus olhos.
Seria imaginação dele?
Como ela poderia estar provocando ele? Ela só queria ficar longe dele!
- Vamos para a cama e dizer boa noite ao papai.
- Boa noite, papai.
- Boa noite.
Nydia levou Molly de volta para seu quarto e contou uma história para elas dormirem. Rafael não falou muito, mas também não a expulsou, o que foi um grande avanço para ela.
Quando ela saiu do quarto das crianças, viu Cláudio saindo do escritório. Ela sabia que esse era o hábito dele, que geralmente saía do escritório quando planejava tomar um banho e descansar.
Com certeza, seu assistente já havia preparado tudo para ele.
Cláudio era uma pessoa com um forte senso de autoestima e, mesmo que suas pernas não estivessem confortáveis, ele não deixaria que a assistente o ajudasse a tomar banho.
Ao passar por ela, o assistente ficou surpreso e ouviu Nudia chamando pela porta do banheiro:
- Cláudio, você precisa de um serviço de banho?
Em seguida, ouviu-se um som de “clank”.
Nydia e o assistente ficaram imediatamente muito preocupados e correram para o banheiro.
O resultado foi que Cláudio estava sentado confortavelmente na banheira e havia uma barra de sabão no chão.
Oh, meu Deus...
Devido à altura da banheira, Nydia só conseguia ver o peito forte e o abdômen parcialmente exposto de Cláudio. Ela nunca pensou em olhar para a parte superior do corpo de Cláudio antes, especialmente considerando que as pernas dele não estavam funcionando.
- Saia! - Cláudio ordenou friamente.
Nydia e o assistente fizeram contato visual com ele e viram uma ponta de raiva. Eles saíram imediatamente do banheiro.
- Prepare gel de banho para ele da próxima vez, o sabonete não é seguro. - Disse Nydia a assistente.
- Está bem, senhora. - Concordou o assitente.
Mas já havia gel de banho no banheiro.
- Fique de olho e me chame se houver algum problema.
- Sim, senhora. Por favor, prossiga com suas tarefas.
O assistente ficou intrigado desde o momento em que Nydia saiu do banheiro, especialmente quando ela mencionou “serviço de banho”. Era só deixar cair o sabonete?
Toda vez que Cláudio tomava banho, ele era vigiado na porta. Entretanto, esse tipo de situação não ocorria há muito tempo.
Será que as palavras de Nydia estimulou ele?
Seria porque sua esposa estava inesperadamente interessada em seus hábitos de banho e aparência física?
Depois de voltar para o quarto, Nydia pegou um livro de receitas e marcou os pratos que planejava fazer amanhã à noite. Ela queria mostrar suas habilidades culinárias para Cláudio e as crianças.
Depois de organizar o livro de receitas, ela colocou todos os seus livros e anotações médicas sobre a mesa.
Atualmente, era difícil curar completamente as pernas de Cláudio por meio de tratamento médico convencional. No máximo, só era possível melhorar. Portanto, ela precisava estudar a acupuntura tradicional chinesa. Quando estava estudando com seu professor, ele havia tratado com sucesso um paciente com lesões nas pernas que já duravam vários anos.
Ela precisava estudar e pesquisar mais antes de conversar com seu professor. Era importante entender a condição atual de Cláudio. Para entender melhor a lesão na perna, ela precisava dar um banho em Cláudio ou lavar seus pés.