Capítulo 4
-Mais paizinho, me deixa ir com você e meus tios, eu posso ajudar a tia Emma a distrair os convidados, posso ajudar o tio Colem a vigiar para não entrar Bichinho no acampamento – ela fala com aquele olhar de cachorro pidão, abro a boca para dizer que não, porque não era seguro, pois o caminho seria feito a cavalo, mais fecho a boca ao ouvir o som de um carro parando frente à casa. salvo pelo gongo penso, ao colocá-la no chão, minha pestinha cruza os braços irritada sorria ver a cena mais fofa do mundo, do meu mundo.
Caminho até a porta pra recepcionar meus pais, minha mãe é a primeira a descer ela sorri ao me ver e abre os braços pra me receber. Minha família foi minha fortaleza, quando a bomba da traição caiu sobre meu colo, logo após a perca da minha esposa a qual eu amava profundamente.
Me afasto de minha mãe e aperto a mão do meu pai, um típico texano que não é apto a abraços, ele acena com a cabeça e segui rumo a entrada da casa o sigo um pouco mais afastado vejo ele caminhar rumo a cozinha e logo escuto o grito de Valentina e as gargalhadas de meu pai, adentro a sala e me jogo no sofá, passo as mãos pelos cabelos os bagunçando, minha mãe se senta ao meu lado, descansa sua mão em meu ombro, chamando minha atenção.
Me viro para ela que sorria abertamente, sabia que havia chegado o momento da temida conversa, conversa essa que eu vinha evitando a quatro anos. suspiro e me recosto no encosto do sofá, respiro fundo, pronto pra ouvir o que minha mãe tinha a dizer, sabia muito bem que depois dessa conversa minha vida mudaria completamente. só me resta saber se para bem ou para mal.
- Filho acho que agora chegou o momento de ter aquela conversa – dona Beatriz fala em um tom de voz sério e doce ao mesmo tempo, não entendia como ela era capaz de passar um sermão e ainda parecer um doce de pessoa. Assenti em concordância, ela respira fundo e volta falar.
- Filho eu respeitei seu luto. apesar de ter plena certeza de que aquela mulher não merecia nada de você a não ser seu desprezo – abro a boca pra retrucar e ela levanta a mão me interrompendo e continua - não me interrompa garoto eu ainda não terminei, sei que a amava, também sei que ela infelizmente é a mãe de Valentina. mas isso não justifica os atos daquela maldita. – Ela finaliza a frase e me encara, por mais que não goste de admitir minha mãe está certa, assenti concordando com o que ela havia falado
- Olha meu filho eu aguentei durante esses longos quatro anos calada, te vi aqui sozinho criando sua filha passando por um luto que não era seu, mas agora já chega está na hora de seguir em frente com a sua vida, você merece ser feliz. se permita, se dê uma chance, não importa o quanto você esteja quebrado, tenho certeza de que existe alguém por aí, que é completamente capaz de juntas seus caquinhos desse seu coração quebrado e colá-los novamente, sei que existe alguém nesse vasto mundo capaz de curar seu coração estilhaçado.
- Tudo bem mãe como sempre a senhora está certa, eu vou me permitir outra vez – falo em meio a um longo suspiro - quem sabe eu não encontre alguém que me ajude a recomeçar. – Falo me dando por vencido minha mãe abre um sorriso orgulhoso
- ótimo, que bom que concordou comigo querido. agora vamos falar sobre as moças que viram para o acampamento mais tarde, pelo que sua irmã me disse, duas delas são texanas e se mudaram para Nova York para que a mais velha cursasse moda em uma faculdade de lá – droga minha amada irmã caçula já passou o relatório completo pra minha mãe – olha o que eu consegui – ela diz tirando algumas folhas da bolsa que eu nem ao menos havia percebido, ela me entrega, passo os olhos pelas folhas percebendo que era um relatório
Sobre a vida e profissão das filhas do velho Larsson , ao folhear percebi que ali havia quatro folhas , a primeira mulher se chamava Amália Larsson tinha 30 anos e trabalhava com moda , passo a folha depois de observar a bela loira de olhos azuis , a segunda uma bela loira com olhos cor de mel e sorriso encantador e completamente apaixonante, Sarah, ali não especificada seu sobrenome, mais ela deve ser a irmã caçula de Amália , a segunda filha do senhor Larsson , ela era escritora, apesar de parecer uma modelo tamanha era sua beleza. Volto a folhear, noto a terceira mulher.
Meus olhos se demoram na foto, a mulher era dona de doces olhos azuis seu sorriso tímido estampa seu rosto doce e meigo, longos cabelos ruivos emolduravam seu belo rosto, Scarlet esse era o nome da ruiva. ali não especificava sua profissão, muito menos sua idade, o que me faz franzir o cenho, confuso, já que nos dois anteriores contém essa informação, a última folha continha a imagem de um homem Jacob era modelo e tinha 26 anos era o acompanhante de uma das irmãs. devolvo as folhas pra minha mãe e a observo por alguns segundo, a loira encantadora me chamou atenção sua beleza me deixou deslumbrado, por que não ,penso , me questiono por breves segundo, não custava nada tentar, se não desce certo não tinha nada mais a perder, desde que minha pequena não se envolvesse, suspiro soltando uma lufada de ar. não acreditando que eu ia mesmo entrar no joguinho casamenteiro de minha mãe, o pior é saber que dona Beatriz sempre consegui o que quer de uma maneira ou de outra, então resolvo dar o braço a torcer e me permitir conhecer melhor a jovem loira de os de mel.
- Tudo bem, já vi que veio preparada – ela assente – não prometo nada, mas vou tentar – falo minha mãe me abraça, meu pai surge na sala com minha filha no colo e uma pequena mochila jogada em um de seus ombros
-Vamos Beatriz já está quase na hora do almoço e eu estou ficando com fome – meu pai apresa minha mãe que ri ao escutar sua frase, o problema em questão era que meu pai sempre estava com fome.
- Vamos, querida se despede do seu pai – Valentina me abraça e me beija antes de sair pisando duro no chão porta a fora – essa menina está ficando muito espirituosa querido – ri com a frase de Beatriz, me despeço deles com um aceno, vejo o carro se distância da fazenda , resolvo subir e tomar um longo banho pra relaxar , o grupo chegaria as duas da tarde meus irmãos iriam busca-los na cidade em um carros , isso seria tempo o suficiente pra que eu descansasse um bocado.