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Capítulo 3

Blake Calaram

 

O dia ainda não amanheceu, e eu, ainda não tive tempo, para ao menos tomar uma boa caneca de café, a fazenda hoje está uma correria, pois hoje vamos receber as primeiras pessoas que iram participar do acampamento na cidade fantasma, confesso, que eu estou um pouco nervoso, ainda não entendo como pude, aceitar essa ideia maluca da minha irmã caçula.

 

Porém a ideia a princípio parecia boa, abrir a fazenda para visitação e assim atrair turista para a pequena cidade, que estava passando por maus bocados, financeiramente, colem meu irmão do meio, sugeriu então que fizéssemos um teste, para assim comprovarmos que tudo sairia bem no final.

 

Então depois de muita conversa, entramos em consenso de leiloarmos quatro bilhetes no pequeno leilão da cidade, para assim testarmos a vendabilidade e aceitação das pessoas que ali viviam. e para surpresa o leilão saiu melhor do que eu poderia imaginar, vendemos quatro bilhetes por 50 mil dólares, para um dos fazendeiros da região, o senhor Larsson, que comprou os bilhetes para presentear suas filhas, que eu nem sabia sobre suas existências.

 

Minha mãe ao descobri quem havia comprado os bilhetes no leilão sutou completamente, dizendo que eu deveria me dar outra oportunidade para amor, que devia me casar outra vez, e assim dar uma mãe a minha pequena Valentina, minha princesa é a razão da minha vida. desde que perdi minha esposa, Gessy   era a mulher da minha vida, ou melhor isso foi o que eu pensava naquela época, nunca mais voltei a ao menos cogitar um novo casamento.

 

A perca da minha esposa me tornou um homem frio e distante preso na minha própria dor , eu a amava com todos os seus defeito , ela era uma mulher muito vaidosa sempre bem vestida e maquiada , a única coisa que eu não gostava em minha esposa era sua aversão  ao Texas , ela era uma mulher de cidade grande e nos dois anos de casados , larguei minha terra pra fazer sua vontade ,porém quando a perdi em um terrível acidente de carro um mês após o nascimento da minha pequena, tudo desabou , descobri que ela não era que eu imagina que fosse.

 

Ao mexer em seu celular uma semana após seu enterro, meu coração se rompeu por completo, ao descobrir que minha amada esposa, aquela que eu fazia tudo que estava em meu alcance, tinha um amante e que planejava durante todo o período de nosso casamento me dar um golpe e roubar todo meu dinheiro.

 

A duras penas segui em frente, depois de descobrir que fui enganado durante dois anos. porém tive que tirar forças de onde eu não tinha para criar minha filha, que era a única coisa boa que restou em minha vida, após ser traído e enganado pela maldita mulher que eu amava.

Jurei então nunca mais entregar meu coração a uma mulher, mais as conversas com dona Beatriz, abriram meus olhos para algo que eu ainda não havia me atentado, até aquele momento.

 

Que minha filha precisava de uma mãe, que apesar de meus esforços pra cria-la ela precisava de uma mulher para lhe ensinar as coisas de mulher, e que isso eu não poderia lhe ensinar, passo as mãos pelo cabelo em sinal de frustação caminho rumo a minha casa, tinha saído de casa as cinco da manhã, para checar que tudo está nos conformes, para a chegada das irmãs Larsson e seus acompanhantes.

 

O acampamento terá, a duração de duas semanas, o percurso da casa principal até a cidade fantasma seria feito a cavalo, e teria a duração de três dias de ida e três de volta, deixando assim uma semana para as visitas nas casas da cidade fantasma.

 

Colem e Emma fariam o percurso junto ao grupo e eu seria o guia já que conheço essas terras como a palma de minha mão, minha irmã cuida dos entretenimentos e colem cuidara da segurança do grupo, por conta de animais selvagens e possíveis acidentes já que ele trabalha no pequeno corpo de bombeiros da cidade. subo os degraus da soleira e abro a porta da casa, ouvindo a risada gostosa da minha filha ressoar pelas paredes.

 

Sigo pra cozinha aonde minha pequena tagarela sem parar, com dona Annie minha babá que agora trabalha em minha casa cuidando da minha filha, ao adentrar ao recinto, observo a cena que se desenvolve a minha frente.  Valentina minha pequena de quatro anos, completamente suja de farinha da cabeça aos pés, enquanto Annie a explica como se deve fazer o bolo em questão, valem presta atenção em cada palavra dita por sua babá, sorri orgulhoso da minha princesinha, minha pequena herdou os cabelos loiros de sua mãe, e meus olhos azuis posso dizer que ela é a nossa combinação perfeita, seu jeito doce e espontâneo encanta a todos, e sua língua afiada já me meteu em várias saias justas.

 

-PAPAI – ela grita ao me ver parado na porta da cozinha, com um pulo ela desce do banco alto em que estava, frente ao balcão de mármore e corre em minha direção, me abaixo e a pego no colo ganhando um abraço apertado e um beijo estralado no rosto.

 

- O que a dona Valentina andou aprontando dessa vez, em minha pequena – pergunto a pequena diabinha em meu colo faz carinha de anjo e coloca uma mexa de cabelo atras da orelha, fazendo charme o que sempre amolece meu coração de pedra.

 

- Eu estava ajudando Annie a preparar o café e ela estava me ensinando a fazer seu bolo de café preferido papai – ela tagarela sem parar falando rápido demais para que eu entenda e acenando pra bancada, abri um sorriso ao observar seus trejeitos únicos, apesar de sua pouca idade, minha pequena loirinha fala as palavras com perfeição, e as vezes me corrigia por falar algo errado.

- Já arrumou sua mochila, sua avó deve estar chegando para te buscar -ela assente freneticamente com a cabeça, mais um bico se forma em seus lábios deixando claro seu desgosto, por não poder me acompanhar, logo ela começa a argumentar, tentando me convencer a dar permissão pra que ela vá conosco.

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