Capítulo 5
Qualquer um estava me deixando louco. Ele nem se parecia mais comigo. Faça sexo no meu escritório. Deus, eu até senti ciúmes de Aro.
Respirei fundo algumas vezes e saí, minha mãe estava sentada na minha cadeira e Gabriel estava na sala.
-Gabriel?
—Ricardo, eu estava aqui conversando com a adorável Úrsula.
—Sim, ela é realmente adorável.
— Ah, parem vocês dois, namorados. Respeita-me.
— Mas com muito respeito, Úrsula, você está cada dia mais linda. - Gabriel elogiou e minha mãe riu.
— Você queria alguma coisa, Gabriel?
— Sim. Noah e eu já descobrimos o relatório.
— Ótimo, vamos mãe.
- É claro querido. Até breve Gabriel.
“Até mais.” Ele acenou e saímos da sala, deixando-o para trás.
"Então, onde você quer ir?"
—Ricardo, quem era aquela garota? —Suspirei, esfregando o rosto.
—Ele não era ninguém, mãe.
- Ela era sua namorada?
- Claro que não. Você sabe... bem, eu não tenho namorada. —murmurei e ela sorriu.
— Ok, então que tal comermos comida italiana hoje?
Parece ótimo.
- Há um restaurante não muito longe, La Bella Italia.
- Merda!
-Ricardo!
- Me desculpe mamãe. Lembrei-me que esqueci algo no quarto.
- Vá procurar, te espero lá embaixo.
- Obrigado Mãe. - Beijei sua bochecha e voltei para a sala.
Gabriel já tinha ido embora, o que eu estava grato, não tive vontade de falar com ele. Olhei para minha mesa procurando o número dele, quando vi minha mãe na sala joguei em cima da mesa, eu acho.
Verifiquei meus papéis e nada.
Merda!
Continuei procurando por mais alguns minutos e desisti, Úrsula estava me esperando e o papel parecia ter evaporado.
Bem, talvez não fosse para ser.
E eu nem me importaria.
Gemendo, saí da sala e caminhei em direção aos elevadores.
Carla não saía da minha cabeça, e aparentemente era lá que ela ficaria, porque eu não sabia como encontrá-la e nem sabia se queria.
Ricardo Homero
Olhei para minha mesa com desgosto.
Como trabalhar sabendo o que fiz lá e com quem fiz. Eu nervosamente passei a mão pelo meu cabelo, bagunçando-o.
Essa mulher, mesmo quando não estava por perto, arruinou minha concentração. Tentei evitar a mesa e olhar os malditos relatórios, mas nem isso foi possível, ainda havia um pedaço da página rasgada que me lembrou que havia perdido o número dele.
Não que eu me importasse, mas não gostei da ideia de não poder fazer isso se quisesse. Não que eu quisesse.
Merda! Eu nem sabia mais o que queria.
Levantei já irritado, peguei meus relatórios e fui para o sofá, teria que trocar aquela mesa.
Passei o resto da tarde trabalhando no sofá, analisando alguns projetos. Já passava das nove quando deixei minhas coisas em cima da mesa e peguei meu casaco para sair.
Tirei meu carro do estacionamento, um Volvo prateado, era um dos meus favoritos, e fui direto para casa. Ele estava exausto e precisava ir para a cama com urgência. Segundo a época, Úrsula já havia jantado e deveria ter se retirado.
Por sorte, como já era tarde, não havia trânsito e cheguei rapidamente em casa, fui até o portão, digitando a senha, o portão se abriu e levei o carro até a garagem, colocando-o ao lado de tantos outros que tínhamos. Saí, trancando-o e colocando a chave no porta-chaves junto com os demais, fui direto para o terceiro andar e me tranquei no meu quarto.
Tirei a roupa e fui direto para o chuveiro, deixando a água quente lavar meu cansaço e meus problemas. Lavei-me rapidamente e desliguei, me enrolei em uma toalha e fui para a cama, deitei como estava e fechei os olhos, a mesma prateleira me veio à mente.
O sorriso travesso, os longos cabelos cacheados, o cheiro dele. Sorri, deixando sua memória me envolver e rapidamente mergulhei no mundo dos sonhos.
—Quero Gabriel imediatamente. — Rosnei do outro lado da linha, às vezes a incompetência do Gabriel me exasperava. Eu não sabia por que o mantivemos na empresa.
Não sabia. Úrsula.
Ela não deixou que eu me despedisse dele, disse que meu pai não queria que nos despedissemos do irmão dele. Sim, ele estava certo, mas o velho deveria se aposentar! Já que ele não conseguia mais lidar com suas responsabilidades. O peso morto que era o filho, que só vinha para a agência de viagens, bastava.
— Farei o melhor que puder, Ricardo. —Ele murmurou e eu quase rosnei.
— Não, quero que você faça o impossível, isso tem que estar na minha mesa no máximo na hora do almoço.
-Sim senhor . — ele resmungou e desligou o telefone abruptamente.
– Incompetente. — Deixei-me cair na cadeira massageando as têmporas, a família Homer ainda me causaria um ataque cardíaco nos meus últimos anos.
Meu telefone tocou e, grunhindo, atendi rapidamente.
APELO
- Hum?
— Sr. Homero? - Suspirei.
—Diz senhorita. Stanley?
—Existe uma conexão.
— Eu disse que não queria ser interrompido.
—Sim, isso mesmo, é a mesma garota...
-Que garota? - Meu interesse foi despertado.
— Ah... bem, senhorita. Qualquer? —Ele disse isso como se fosse uma pergunta e eu suspirei.
—É a senhora. Qualquer?
- Sim .
- Pode passar. — Ela suspirou de alívio, não demorou muito para a ligação ser completada e sua voz me fez sorrir por dias.
Ok, foram apenas três dias, mas pareceu muito mais tempo.
— Sr. Insociável.
- EM. Qualquer. - Meu rei.
- Ocupado como sempre?
- Claro.
- Ai que pena. Quero incomodar você hoje. - Sorri novamente.
- Mesmo? Que tem em mente?
—Você sabe exatamente o que me passa pela cabeça, Sr. Homer.
- Eu sei?
— Ah, sim, é igual ao seu. Você sabe, nós dois nus, em algum lugar proibido...
-Qualquer.
— Hmmm, adoro quando você diz meu nome. Mas prefiro que você reclame dele. — Ela deu uma risadinha, me fazendo rir também.
- Você é uma garota terrível.
- Eu sei que você gosta.
—Então por que você ligou?
— Bom, por vários motivos, mas que tal almoçarmos juntos?
— Não sei, ninguém. —Murmurei ansiosamente...
— Ok, então vá se foder, vou ver se consigo almoçar com outra pessoa..
Eu a interrompi
— Ok, garota orgulhosa, eu adoraria.
—Posso almoçar para você?
— Não, só almoço.
“Ugh.” Ele resmungou e eu sorri novamente.
—E quando é esse almoço?
- Agora .
- Agora?
—O que você quer, Sr. Homer? Para que eu possa marcar uma consulta ou o quê? —Ela disse já irritada.
— Bom, talvez eu possa marcar um encontro... — falei, pensando se tinha um encontro, mas não lembrava.
—Ricardo Homer, quem é o dono aí?
- Ei.
—Então pare de ser tão preguiçoso e diga para sua secretária que você vai sair para foder.
-Qualquer! - Meu rei.
-O que seja. Você vem?
- Está bem. Para onde?
- Meu apartamento.
—Não sei se é uma boa ideia.
— Cale a boca, já que você se sente bem, vamos fazer assim, prometo não te atacar e te comer.
— Nossa, grosso. Ok, me dê o endereço logo. - eu disse sorrindo então.
CANCELAR
Assim que ele me deu o endereço, desliguei. Foi uma má ideia ir para a casa dele. Eu não deveria me envolver com ninguém, mas não era um compromisso, e enquanto eu continuasse do jeito que estava, poderia aceitar.
E não havia como isso acontecer de novo, de novo não.
Tentando afastar pensamentos negativos, saia do meu quarto, senhorita. Stanley estava digitando em seu computador.
- EM. Stanley, vou sair para almoçar. Se eles ligarem, diga-lhes para ligarem para o seu celular.
- Sim senhor.
Fui até o elevador, ignorando os bajuladores, e fui direto para o estacionamento. Entrei no carro e fui até o endereço dele, felizmente não era longe e em menos de uma hora eu estaria de volta.
Cheguei no bairro chique, o prédio deles parecia elegante, fui até o lobby e o segurança me deixou entrar. Estacionei e fui até o elevador, apertando o botão do vigésimo andar.
As portas se abriram e entrei no apartamento, bati na porta e esperei, quando a porta se abriu engasguei, meus olhos se arregalaram.
- Corre! — Ela riu e piscou para mim, completamente nua.