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05

Jéssica

Talvez gostar de um erro não é tão bom, mas e quando sentimos vontade de ter aquele prazer novamente, a vontade de fazer tudo do mesmo jeito e até mesmo melhor. Neguei tentando tirar meus pensamentos que insiste na minha cabeça.

A pergunta é, onde fui me meter? Realmente, não sei. Era pra estar orando, mas estou pensando em um sexo que tive com aquele homem.

Joana: Jéssica!- olhei pra minha mãe arregalando os olhos.- Presta a atenção, garota, não tá vendo que acabou.

- Mãe...- engoli em seco, seco mesmo.

Jéssica: Vai logo, sai da frente.- falou nervosa e levantou do banco.

Levantei segurando a bíblia na minha mão e saí do banco a esperando, foi pra bastar alguns segundos e Alan parar do meu lado me encarando em cheio.

Alan: Oi...- sorri forçado.

Joana: Tudo bem? Meu filho.

Alan: Bem... não importam de me sair com vocês?- abri a boca pra falar, porém, minha mãe me cortou na hora.

Joana: Não, não tem não, vamos?

- É, vamos.- caminhei na direção da escadinha saindo com eles.

Alan: Ultimamente o caveirão está sempre na entrada da favela, espero que eles consigam derrubar o tráfico mesmo.- falou cortando o assunto.

Joana: Só Jesus tem dó, eu espero o mesmo...

Hoje é domingo e como sempre a favela estava bem movimentada, bastante pessoas na rua e crianças se divertindo. Complexo da Pedreira é um complexo muito bom de se viver, apesar do crime estar tomando conta, mas é favela onde existe pessoas inocentes, que tem famílias e luta pelo pão do dia a dia.

Alan: Não é mesmo Jéssica?- olhei pra ele de canto.- Não acha o mesmo?

- Sim, acho sim.- falei baixo.

Terminei de caminhar até chegar em casa, entrei andando até meu quarto, assim que bati a porta suspirei fundo e coloquei a bíblia em cima da cômoda. Peguei minha toalha e voltei para o banheiro, tomei um banho rápido lavando meu cabelo e por fim sai, finalizei meu cabelo, vesti minha saia jeans e um blusinha.

Segurei meu celular abrindo as mensagens, fui direto na da Simone.

Simone- Oi, amiga. Topa ir em um baile funk na próxima semana? Vai ser pipoco.

- Tá maluca?

Simone- Nem um pouco, ninguém vai saber. Tu dorme aqui em casa, cara.

Suspirei fundo. Por mais da coisas eu não curto isso, baile funk é onde rola tudo de ruim que uma pessoa pode imaginar, e imagina meus pais sabendo que eu tive a dignidade de ir nisso? Nunca que eu tive a vontade de ir pra essas coisas e não quero ter.

- Acho melhor não.

Simone- Qual é, Jéssica. Para de ser menininha e vamos, precisa sair desse mundinho de fazer coisas certinhas.

Por muitas das vezes deixamos nos levar por pensamentos de amizades e sempre indo pelo caminhos das outras pessoas, um empurrão pra essas coisas e não basta mais nada pra terminar da pior forma.

- Tudo bem...

Respondi apenas isso e bloqueei a tela do meu celular, passei a mão no meu rosto engolindo em seco.

(....)

Jasmim: Não mesmo, sabe muito bem como é. - sorriu.- Nunca me imaginei assim, grávida.

- Para né, Jasmim.- revirei os olhos.- Quero um sobrinho, cara.

Jasmim: Por que não arruma logo uma cria pra tú? Melhor que já mata essa vontade de vez.- engasguei com a água a fitando seria.

- Tá maluca? Eu lá vou ficar cuidando de criança.- neguei.- E eu nem faço essas coisas aí...- ela riu alto me encarando.

Jasmim: Sério que tú é virgem? Qual é, eu não sirvo pra isso não.

- Sério mesmo.- falei olhando pra ela.

Jasmim: Eu tô acreditando em.- sorri negando.

Fiquei o resto da tarde da minha segunda na casa da Jasmim, conversávamos de tudo em referência as coisas delas.

- É... tú sabe que o Guerreiro é amigo do seu marido.- ela me olhou no mesmo momento arregalando os olhos.

Jasmim: Não me diz que está afim dele?- engoli em seco.

- Não... não é isso não.- neguei.- Eu só ia perguntar se ele enfrenta muito o crime, só isso.- Jasmim riu debochada.

Jasmim: Sério mesmo, Jéssica.- negou.- Eu não sei nada disso não, mas tô começando a desconfiar de tú em.

- Desconfiar?

Jasmim: Tá começando a ficar afim de bandido? Sabe como o papai é, sabe como ele reagiu quando eu revelei tudo a eles sobre o G4, imagina ele sabendo de tú que é a "filhinha" dele, só imagina.- fiz uma cara como quem não entendeu nada.

- Foi além, né? Não falei nada disso aí, só perguntei... sabe que não gosto de me envolver com pessoas assim.- suspirei me levantando.

Olhei no relógio e já marcava cinco horas da tarde, precisava ir embora. Como sempre minha mãe ia fazer um questionário das perguntas dela.

- Viajou legal.- sorri forçado.

Jasmim: Sei, sei bem.- negou levantando também.- Só toma cuidado com tuas decisões... e se for fazer algo, faz escondido, ninguém precisa saber de nadinha.- olhei pra ela.

- Eu não faço essas coisas, eu em.- me despedi dela depois de um tempo.

Sai da casa dela com esses pensamentos na minha cabeça e nada queria tirar isso da minha cabeça, ainda mais em relação aos meus pais, cara...

Guerreiro

Pressão de um lado é foda, é foda demais, mané. Quando os gambés inventam de querer derrubar o tráfico, eles insistem até no último momento, perdem as vidas e no final não dá em nada, sabe porquê? Por que aqui é sangue contra sangue, nós não amalera fácil pra nada. Do mesmo jeito que eles são treinados, nós também somos, mermão.

Chefão mandou geral não sair da goma, era de agora em diante, se eles subirem é bala contra bala, sem horário pra parar.

Patatá: Tão de caveirao, querem derrubar nós mesmo.- riu debochado.

Ratinho: Querer não é poder!- falou alto completando as munições.

M.Fuzil: Seja bandido e não amarela, talvez alguma crente aparece por aí e muda a cabeça de certas pessoas.- no final da fala virou pra minha direção e deu um sorrisinho de lado. Nem dei papo pra essa não, nem merece.

Fiquei viajando enquanto eles falavam umas paradas em cima da outra, eu apenas fiquei de canto observando eles, sempre na minha, calado e quieto.

Posicionei meu colete e amassei maneiro, levei as bombas de granadas pra cintura.

A madrugada chegava e o plantão rolava, aqui pode ser qualquer tipo de cargo, quando aciona é geral em cima pra ficar esperto e não deixar os gambés tomar conta. Gosto de quem brota de madrugada mesmo e não pega horário de crianças e morades na rua, é vacilação demais com nossa cara.

Apertei o fuzil na minha mão quando escutei o barulho das rachadas, olhei rápido pra cara de cada um que estava presente no alto, todos olharam assustado pra cara de cada um.

Patatá: É pra matar! Pra derrubar mermo, porra.- posicionei junto com eles na laje.

Estoquei o pente carregado mermo, pode ser quantas vezes possivelmente, mas todas vão ser como a primeira! O medo de virar um cadáver e acrescentando aquele frio na barriga, sem pagar de emocionado, mas sabendo que é bala em cima de bala e que um dia nosso fim vai ser por uma dessas balas.

Patatá: Eles tão forte.- abaixou encarando em cheio minha cara.- Eles tão forte pra caralho.

- É meter bala, porra.- levantei e destoquei o pente de cima daquela laje.

Os moleques não deram trégua e meteram também, meteram bala em cima e gerando aquela troca de tiro, sem tempo e sem pausa.

M. Fuzil: Menor, não.- apertei os olhos olhando o moleque ser varado de bala.

Se fosse somente no peito o colete ainda aliviava, porém, foi na cara mermo, pegou feio. Apenas sustentei meu ódio em cima desses comédias.

(...)

Joguei a água na boca sentindo minha respiração pesada. Três horas seguidas de bala comendo, três horas pra eles não são nada, porém, pra nós é. Perdemos vários, vários menores rodaram feio virando cadáver e dez presos, quem conseguiu fugir, fugiu.

Estava cansadão, virado a madrugada toda e com a mente cheia. Os moleques nem vacilaram mais, ficaram apenas na contenção e eu meti o pé pra goma de manhã já, sol saindo, mermão.

Assim que encostei na goma nem fui pro banheiro, cai direto na cama pra apagar no sono...

....

Já estava de noite e o jornal logo rodava na TV, neguei os pensamentos da minha mente. Rebelião, rolou rebelião no presídio e meu pai estava presente nessa porra.

- Russo...- murmurei engolindo em seco, passei a mão no rosto.

Desliguei a TV no mesmo momento pegando a chave da minha moto e batendo a porta do barraco, fui direto para a moto subindo e dando partida para a goma da minha mãe. Assim que desci já rodei pra dentro a encarando.

Cíntia: Já tá sabendo, né?- riu irônica.

- Tô, eu tô sabendo da parada, porra.- a fitei.

Cíntia: Eu enfrentei asfalto todos dias pra ir ver um condenado, um desgraçado naquele presídio pra ele estar no meio disso! Tentei várias vezes me envolver com um homem melhor e digno, e o que seu pai fez mesmo eu e ele estando separados? Ele me bateu na cadeia e ameaçou vocês de morte, meus filhos... ele ameaçou meus filhos de morte...- forcei meus pulsos apertando com força, passei a mão no rosto dando as costas pra ela e suspirando fundo.- Ele me humilhou... me bateu tanto e olha o que vai acontecer a partir de agora, olha...

Senti ódio, uma menção de ódio enorme na minha mente. Forcei meu pulso dando um murro na parede sentindo minha respiração pesada.

Depois de vários minutos no silêncio ela cortou.

Cíntia: Eu fiquei a madrugada inteira orando por tú naqueles tiros, meu filho...- virei de frente pra ela.- Tú está bem?

- Tô, mãe... eu tô bem.

Cíntia: Mãe?- me olhou sorrindo fraco, olhei dentro dos olhos dela a fitando, engoli em seco.

Rafaela: É o que a senhora sempre foi, né mãe.- entrou na cozinha.- O Ronaldo está no meio, Russo participou da rebelião... Rodrigo.- fiquei parado, não sabia nem mesmo o que desenrolar naquele momento.

Russo... O desgraçado fez o que mais queria dentro esses anos todo de chave de cadeia, apenas aumentando a ficha dele com os gambés, como ele sempre quis.

Jéssica

Alan: Vai falar que não?- me olhou de lado sorrindo.

- Não, não sinto falta de nada não, se liga.- mandei essa séria pra ele que fechou a cara no mesmo momento.

Alan: Qual é, Jéssica...

Não tinha paciência nem um pouco pra aturar essas coisas que ele fala, só fica enchendo a minha cabeça e sabem qual é o pior? Meus pais aceitam ele de boa dentro de casa e não sabem da cobra criada que ele é as vezes, cheio de papo errado pra cima.

Alan: Vamos ajudar eles arrumar a igreja então, vamos...- murmurou saindo na frente, apenas acompanhei ele pelos becos sem falar nada.

Logo que chegamos já estava quase toda arrumada, só faltava ajudar na parte da frente e limpar os bancos que estavam ali, comecei ajudando Alan aos poucos. Alan pediu ajuda pra limpar e minha mãe me ofereceu, tenho ódio quando isso acontece, fico doida com isso.

Fomos terminando aos poucos e a outra mulher logo saiu, restante apenas eu e Alan. Passei a mão no rosto enquanto terminava de passar o pano.

- Droga, porque aquela faxineira ficou doente de novo? Quase toda vez que tem que limpar, ela arruma uma desculpa diferente.- falei sozinha, coloquei o pano de lado olhando Alan que não parou de me encarar.- O que foi?

Alan: Nada, Jéssica.- sorriu de lado se aproximando.- Só que você é muito linda.- levou a mão mó meu rosto passando devagar.

- Tá confundindo as coisas? Eu em.- me afastei negando.

Alan: Qual foi, seu pai fala que eu sou tão pessoa boa e fala que sou ótimo pra namorar...

- Manda ele namorar tú então, cara.- murmurei jogando o pano no balde.

Alan: Se fosse aquele marginal que fica te secando, tú queria né.- riu debochado.

- Sabe que sim.- menti dando um sorriso forçado.

Alan: Para com isso, aquilo não é pra você não, olha como você é, Jéssica... uma pessoa tão boa, acha que um cara como ele que faz tão mal as pessoas, tem chance com você?- negou.- Para com esses pensamentos.

Engoli em seco. Não julgo as pessoas por nada, não julgo por elas tão no crime e nem mesmo ninguém. Nós não sabemos o passado de um pastor, assim como não sabemos o futuro de um criminoso.

Fiquei quieta na minha terminando de arrumar ali dentro, terminamos e já estava quase escurecendo, assim que coloquei meu pé pra fora da igreja senti um alívio enorme de ficar lavando e passando pano.

Como todas vezes que eu saia da igreja eu via Guerreiro na contenção, hoje não foi nada diferente, ele me olhou com o olhar de sempre, encarando de cima a baixo e depois desviou o olhar pra Alan que estava do meu lado.

Alan: O sangue de Jesus tem poder...- cantou baixo, revirei os olhos.

- Para de ficar fazendo graça, cara.- murmurei.

Nem mesmo terminei de chegar em casa e meu celular vibrou nas mensagens, já até imaginei de quem seja.

Guerreiro: Quero tú brotando no meu barraco depois das 21:00hr.

- Eu não sei onde é.

Ele nem perguntou, ele mandou mesmo. Foi alguns minutos e ele mandou o endereço, engoli em seco...

(....)

Passei meu olhar todo pelo quarto, um quarto pequeno, vazio e até mesmo gelado pra caralho, sem ânimo algum. Desviei meu olhar para um espelho que tinha a minha frente, porém, estava todo quebrado.

- Por que me chamou aqui?- me virei de frente pra ele que me encarou e desceu o olhar me medindo, o mesmo olhar de sempre.

Guerreiro: Tira a roupa.- apenas essas palavras saíram da sua boca, olhei pra seus olhos que estava vermelhos.

Olhei baixo, com receio levei a mão na minha saia abrindo o zíper e a descendo, puxei minha blusa pra cima ficando apenas de calcinha e sutiã, olhava baixo pensando no que poderia acontecer comigo, seu olhar não saia do meu corpo a nenhum momento. Levantei o meu olhar encarando, sustentando seu olhar.

Parecia que ele queria algo, mas não tinha coragem de tomar iniciativa então aproximou aos poucos e segurou na minha cintura, levou sua mão direita no meu pescoço e em menos que eu mesma esperava, selou nossos lábios em um beijo com rapidez e desejos, não neguei a nenhum momento, passei minha mão para o seu pescoço aranhando devagar e descendo para sua camiseta a puxando pra colar mais nossos corpos.

Fui descendo minha mão até sua bermuda e passando minha mão pra dentro da mesma, apertei seu pau sentindo ele puxar meus lábios com uma mordida e dando um grunhido de prazer.

Desgrudou nossos lábios puxando a camiseta pra cima e jogando pra outro lado, apertou minha cintura com suas mãos e levou os lábios chupando meu pescoço.

- Eu quero fazer tudo que eu tenho vontade.- sussurrei dando um gemido com seus chupoes.

Suas mãos deslizaram pela minha coxa, coloquei minhas duas mãos no seu peitoral o empurrando pra sentar na cama, ele olhou com desejo me medindo. Fui até sua direção me ajoelhando e desabotoando sua bermuda, passei a mão dando uma apertada e não resisti um sorriso malicioso em meus lábios, com sua ajuda puxei a bermuda junto com a cueca revelando seu pau duro. Pela primeira vez sentir minha boca salivar e me deixando com vontade. Ele estralaçou a mão no meu cabelo forçando contra seu pau.

Guerreiro: Mama então, porra.- murmurou dando um tapa leve na minha cara com sua outra mão.

Passei a língua devagar escutando seu gemido baixo, cai logo de boca e o resto que sobrou eu masturbei com minha mão, não dava tudo na boca, levei até onde dava chupando me sentindo até mesmo molhada.

Ele forçou fazendo eu chupar mais profundo e voltar, assim fazendo o movimento. Ele era dureza pra gozar, então fiz o trabalho mais profundo fazendo ele gozar com vontade na minha boca.

Guerreiro: Engole...- segurou meu maxilar fazendo eu engolir.

Me laventei tirando meu sutiã e puxando minha calcinha pra baixo, sentei direto no seu colo.

- Eu vou de dar mais prazer...- sussurrei levando seu pau até minha entrada e brincando com a mesma, mordi o lábios acompanhando seu gemido de satisfaçao.

Guerreiro: Senta, caralho.- prendi sentando devagar, como estava molhada até facilitou. Joguei minha cabeça pra trás sentindo ser preenchida por seu pau, ele não perdeu a oportunidade e apertou meus seios me levando a vontade enorme.

Comecei a sentar na sequência escutando o barulho do nossos corpos se chocando. Olhei dentro do seus olhos ficando com aquele clima enorme entre quatro paredes, em menos que eu esperasse ele me puxou pra um beijo abafando meus gemidos.

- Caralho...- desgrudei nossos lábios, sussurrando entre meus gemidos. Dei uma rebolada escutando seu gemido baixinho no meu ouvido.

Ele não queria expressar essas coisas, parece que não gostava de expressar a nenhum momento, ou seja, nunca fez uma mulher sentir prazer, somente se satisfazer.

- Eu vou gozar...- mordi os lábios sentindo um tapa forte na minha bunda. Fui diminuindo a sentada aos poucos e gozando.

Guerreiro: Fica de quatro, caralho.- mandou me tirando de cima dele, eu obedeci me virando e ficando como ele ordenou.

Impinei e fechei os olhos sentindo sua mão puxar meu cabelo e em menos que eu esperasse, ele me preencheu com força fazendo nossos corpo se estocarem, apertei o lençol gemendo alto...

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