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Besta, Fera

ALEXANDRE II

Deixo Hanna em seus aposentos completamente satisfeito, se fosse algo fácil, certamente estaria abrindo um sorriso nesse momento, caminho a passos largos ao escritório que outrora pertenceu ao meu pai e agora me pertence, como cada canto desse casarão, eles não souberam horar a familia, aceitaram aberração, meu pai não tinha o direito de acolher o Bento, o pior dos piores exemplos, espero que ele estava mendigando o pão aquele maldito xucro.

Me sirvo de uma boa dose de rum e acendo um charuto cubano, Hanna agora esta embaixo das minhas assas e ninguém vai tirá-la de mim, se for preciso fazer o inferno subir na terra, assim será.

Me delicio com minha bebida, a fumaça do charuto forma uma nuvem com um aroma que aprecio por demais, penso em tudo que arquitetei e nada vai dar errado, não coloquei seguranças em torno da casa, pois isso deixaria obvio que eu estou com Hanna, que eu a peguei, agirei de forma normal e corriqueira, após meu casório, após passar Hanna para meu nome como meu pertence, minha pose, então todos saberão que ela me pertence, que eu Alexandre II sou seu dono.

Quando anoitece é quando se tem poucas pessoa transitando pelas ruas, apenas os desocupado e as rameiras ficam na rua quando escurecem, entro no meu automóvel e sigo para o cais, até os meus galpões, um em especifico, entro e meus meninos já conhecem meu cheiro, não atacam, apenas vem até mim.

_ hora de ir para casa, fera, besta!

Passo pelo pescoço de cada um, correntes tão grossas quanto possíveis e prendo com cadeados.

_ Comportem-se, não quero problemas com corpos essa noite, hoje estou muito contente!

Falo e mostro os dentes numa nova tentativa de sorrir, mas só consigo mover os lábios de cima, acabo me dando conta que me pareço com meus bebês quando estão rosnando.

Da última vez que levei meus bebês para um passeio na madrugada, o dois acabaram atacando um homem que caminhava por nós, praguejei achando que teria que me desfazer do corpo perdendo meu precioso tempo com esse pedaço de bosta infeliz, mas para minha surpresa eles não deixaram nada do infeliz, trituraram até os ossos!

Saio do galpão e meus cachorros entram no automóvel, volto a prende-los, os acorrentando numa parte fixa de aço do carro, o trajeto é tranquilo, quando chego no casarão liberto besta e fera que entram comigo.

Esses cachorros foram arrematados numa viagem que fiz a Itália, fui a negócios e durante um passeio noturno, vi um homem caminhando ao lado de cachorro que mais parecia uma besta assustadora, o tamanho e porte do animal faria qualquer um se tremer igual um maricas, fui até o homem e ele negociava esses animais, de perto o bicho era ainda maior e emitia sons horrendos, eu o quis! O homem me explicou que se tratava de uma raça chamada cane corso e que se eu o pegasse ainda bebê, eles seriam leais a mim e me defenderia como sua própria vida e foi assim que besta e fera entram na minha vida, ainda filhotes tornando dois grandes monstros mortais, ele mataria qualquer um sob meu comando, mas nunca me fariam mal, eles sabem o lugar que ocupo na vida deles: de líder! quando eram menores, eles eram mais indomáveis, agora que estão na fase adultas são extremamente obedientes a mim.

Passa da meia noite quando ouço estrondo na porta.

_ esse paspalho até que demorou!

Me ergo, levantando da poltrona da sala, besta e fera continuam deitados no carpete imóveis sem abrirem os olhos, mas erguem as orelhas deixando claro que estão atentos a tudo que se passa ao redor.

Abro a porta me deparando com dois perdedores.

_ Bento, papai! Não acham que está demasiadamente tarde para uma visita de cortesia?

Falo ironicamente.

_ Desgraça de cortesia!

Papai fala impaciente, parecendo irritado.

_ Você pegou minha neta? Desembucha Alexandre!

Papai fala e Bento completa:

_ Se você tocou num cabelo da minha filha eu te mato aqui e agora!

Bento tem uma pistola nas mãos e eu falo calmamente:

_ A Hanna não está aqui, mas certamente deve ter ido embora da quele antro de podridão por conta própria, você não é o pai dela e nuca vai ser, seu miserável.

_ Vamos vasculhar a casa!

Papai fala e eu dou um pequeno assobio, como raios velozes besta e fera vem até mim ficando cada um do meu lado de atalaia, os cachorros são enormes, sua boca é capaz de decepar um membro facilmente, seus longos e fortes caninos a mostra não deixam duvidas sobre isso.

Bento e papai olham para meus cachorros sem acreditarem.

_ você vive com essas aberrações?

_ todos os dias!

Digo satisfeito.

_ você não vai me intimidar, eu atiro neles!

Bento fala e eu digo de forma ameaçadora e desafiadora:

_ tente a sorte!

Se Bento disparar contra meus bebês, ele pode até acertar uma bala, mas em seguida será devorado em questões de segundos, de forma que não sobrará nem um dos seus ossos se quer, sumirá da terra como se nunca tivesse existido um dia, e ele sabe disso, ele sabe que se atirar em um dos meus cachorros estará comento suicídio, Bento não é tão asno quanto parece, o desgraçado dá um passo para trás recuando, mas ainda me olha com fúria e diz:

_ espero que tenha dito a verdade, se Hanna estiver sendo feita refém por você, nem sei oque faço!

_ sabe o que você vai fazer seu asno? nada!

Digo perdendo a paciência.

_ então pague pra ver!

_ FORA DA MINHA CASA!

Berro perdendo a paciência, besta e fera rosnam só aguardando a ordem para atacar.

_ desgraça de filho...

Meu pai fala mais um monte de ameaças e vão embora, dizendo que vão a guarda da policia exigir uma busca.

_ fracos!

Fecho a portão num sanfonão. Faço um som e meus bebês me seguem.

_ vamos conhecer meu raio de sol, aquela a quem vocês tem que proteger com as próprias vidas.

E assim caminhamos até os aposentos onde Hanna se encontra repousando. Adentro no ressinto e me deparo com meu raio de sol adormecida, Hanna é bela de um jeito que nunca vi ninguém, ser, Hanna é objeto mas belo que já pus os olhos e é toda minha, dentro de uma semana ela carregará meu nome e ninguém mais a poderá tira-la das minhas garras.

Faço um gesto para que besta e fera tomem ciência que precisam protegê-la, eles se aproxima e a cheiram, sem tocar o foucinho em sua pele, em seguida ao som da minha voz eles se prostam perante Hanna usando as patas frontal, nesse momento eu tenho a total certeza que besta e fera nunca machucariam meu raio de sol.

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