Biblioteca
Português
Capítulos
Configurações

Capítulo Quatro Continua

Parte 2...

Alana a metera nessa confusão, mas ela própria deveria encontrar o melhor modo de sair sem se machucar. Não era uma menina e sim uma mulher.

Cumpriria o acordo maluco, mas iria tentar ser feliz com as opções e tão logo fosse possível sairia disso tudo. Tinha que pensar que ficaria um ano presa ao contrato, mas um ano passava rápido.

Quando acabou de comer ele sentou na poltrona ao seu lado e a encarou.

_ O que? – virou para ele.

_ Não vai me falar?

_ Olha – encheu o peito e soltou o ar devagar _ Eu não sou adivinha. O que quer saber mesmo? – inclinou a cabeça — Se não falar, não saberei.

_ Sobre isto – mostrou uma foto no celular.

_ O que tem? – disse indiferente à foto dela com o pai.

_ Isso foi hoje de manhã – disse entre dentes.

_ Eu sei – devolveu o celular com displicência.

_ E? – ele estava começando a se irritar.

_ Não posso me encontrar com outro homem? - cruzou as mãos sobre o colo.

Igor ficou aborrecido com a resposta e segurou sua mão com força.

_ Não brinque comigo garota. Quem é esse homem?

Ela puxou a mão, assustada com a reação dele.

_ Meu pai – foi honesta. Seu coração disparou.

_ Não disse que seu pai estava fora? – desconfiou.

_ E estava – fechou o cenho _ Mas ele voltou e queria me ver.

_ Está mentindo – esbravejou — Diga a verdade, é melhor.

_ Não estou mentindo – falou alto _ Não sou mentirosa. Ele queria saber sobre o casamento e também me ver, porque faz tempo que não nos víamos... Desde que saiu de casa - respondeu aborrecida com a lembrança.

Igor franziu a testa. Ela parecia triste.

_ E por que ele não foi ao cartório?

_ Meus pais se separaram entre brigas... Não ficam juntos no mesmo local – também era verdade, mas ela que não avisou ao pai — É melhor para minha mãe. E não queria que se magoasse.

_ Não sei se acredito em você – disse ainda desconfiado _ Não parece que seja seu pai.

_ Bem, segundo minha mãe ele é – torceu a boca _ Puxei à minha mãe.

Ele achou graça do comentário e relaxou um pouco.

_ Por que não me avisou?

_ Somos sócios em um acordo. Não é o meu dono - respondeu depressa.

_ Mas todos sabem que somos casados agora. Sua vida interessa aos fofoqueiros de plantão e podem me afetar negativamente.

Ela ficou triste de novo e isso refletiu em seu semblante. Igor a puxou para seu colo. Ela ficou travada.

_ O que você tem?

_ Estou cansada... Emocionalmente.

“E agora nervosa por estar em seu colo“.

_ Desculpe se a acusei, mas você deveria ter me dito do encontro.

_ Vai me vigiar? – baixou a cabeça.

Ele não precisaria, afinal não estavam envolvidos de verdade. Ainda assim não gostou quando Danilo lhe enviou as fotos.

_ Não pretendo fazer isso, mas evite se abraçar com outros homens na rua ou não vai gostar do meu comportamento - avisou.

_ Está me ameaçando? – ela franziu a testa.

_ Eu nunca agredi uma mulher, mas não posso prometer ficar calmo – mexeu em seu cabelo — Se meu nome sair em fofocas desse tipo, pode atrapalhar meu plano. Só por isso está triste?

_ Acha pouco? – ela disse emotiva _ Ainda não me acostumei com a separação deles e agora esse casamento sem... – calou a boca antes de falar bobagem.

_ Sem? – ele segurou seu queixo.

_ Sem a presença dos dois – contornou.

Ela ia falar sem pé nem cabeça e sem o principal. Amor.

_ Não deve se meter na vida deles. São adultos e voce também – ela contradizia o perfil que Orlando havia lhe passado. Parecia mais emocional — Eles que corrijam os problemas. Você é apenas a filha.

_ Eu sei disso, mas é difícil – ele tocou sua nuca de leve _ O que está fazendo? - ela se arrepiou com o contato.

_ Ouvindo você – cheirou seu ombro _ Assim fico sabendo mais sobre quem é, ao invés de ler em um papel. Parece diferente. Está me enganando, Aline?

Ela quase pulou de seu colo, mas se conteve. Molhou os lábios.

_ Eu não – disse em voz baixa sem muita força.

Eles se entreolharam e algo pareceu diferente naquele momento. O desejo aumentou para ele e nasceu para ela. Aline sentiu seu corpo arrepiar com o toque da mão em sua nuca e Igor desejou tê-la ali mesmo.

_ Não gosto que me enganem, bonita – beijou seus dedos _ Teremos tempo para conversar e descobrir mais um do outro. Não tem que se preocupar comigo. Eu sei valorizar as pessoas que estão ao meu lado, porém odeio mentiras.

Ela franziu a testa.

— Mas... Você está mentindo para seus avôs agora.

— Eu sei disso - ficou sério — E detesto o que estou fazendo, mas por eles eu faço tudo. Quero que se sintam felizes... Estão velhos e um pouco de felicidade vai amenizar suas preocupações com o futuro.

Ela engoliu em seco. Essa era a parte complicada desse acordo. Depois vinha a questão sexual entre eles. Só de pensar em ficar sozinha com ele em um quarto seu coração acelerava.

Igor puxou sua cabeça para baixo e colou as bocas. Foi um beijo diferente dos outros. Esse foi mais erótico e Aline respirou fundo.

Sentiu a mão dele alisar suas costas e apertou as coxas, excitada. O beijo aumentou e ela soltou um leve gemido, sentindo que ele enfiava a mão devagar por baixo de sua saia. Parou sua mão em cima da coxa.

_ Sua assistente está aqui – disse ofegante.

_ E daí? – ele riu _ Ela é discreta.

_ Não me sinto à vontade...

Ele ia insistir, mas o rosto dela estava rosado como se estivesse envergonhada. Até que ele gostou. Esperar só atiçava ainda mais seu desejo.

_ Ok – correu o dedo em sua bochecha _ Quando chegarmos então. Agora somos casados e teremos tempo para nos divertir – assegurou.

Ela saiu do colo dele e sentou ao lado, ainda sentindo o desejo que ele despertara em seu corpo e sabendo que logo teria que confessar que não tinha experiência como ele achava.

Seria muito complicado chegar a essa parte. Mas agora já era. E se olha para a frente, nunca para trás.

Baixe o aplicativo agora para receber a recompensa
Digitalize o código QR para baixar o aplicativo Hinovel.