Capítulo Cinco Continua
Parte 2...
Ele deu uma risada alta e levantou.
— Está querendo desistir, é isso?
‘Se fosse possível”.
Mas ela sabia que não era. Alana já havia gastado uma parte do dinheiro.
— Sei que não posso, não é isso.
— Não deu atenção devida ao contrato? – cruzou os braços.
— Dei... Um pouco – mentiu nervosa, apertando os dedos.
— Tem algo que você quer me contar e está com medo. Eu percebo.
Realmente. Mas como lhe revelar toda a verdade?
— Eu... Nunca fiz sexo – soltou ansiosa e respirando fundo.
— O que? – ele começou a rir — Não precisa fingir. Não tenho fantasia de ter uma virgem. Isso é uma bobagem.
— Não estou fingindo – ela levantou e foi até ele — Eu só não sabia como falar – apertava as mãos — Tenho vinte e cinco anos – torceu a boca.
“Será mesmo?”
Ela tinha dito ao advogado que era experiente.
— Sabe, Aline – ele se aproximou — Depois nós teremos que repassar seu formulário e descobrir se suas respostas batem com a vida real, mas por agora, vamos deixar passar – pegou sua mão e a puxou — Quero um beijo.
Aline encarou a boca bonita que descia sobre a sua. Fechou os olhos e abriu os lábios para receber a língua dele. O modo como ele a abraçava a fazia se sentir querida e segura. E era muito bom.
Quando colaram o corpo ela sentiu o volume duro por dentro da calça e quando ele se esfregou contra ela, estremeceu. De modo algum ele enrolava o que sentia e queria. Ao contrário, era direto.
Devagar as roupas foram ao chão. Não conseguiu ver quem começou a se despir ou se ela foi quem fez todo o trabalho. Tinha a percepção das mãos e bocas que estavam unidas, fazendo cada um a sua parte, mas era muito mais excitante do que ela esperava nessa situação e se deixou levar.
Sua mente só registrava o beijo gostoso. Sentiu o colchão de encontro às costas e viu a expressão de desejo no rosto dele. Ela também se sentia assim e era uma experiência nova, estar nessa situação e se permitir sentir novas emoções.
— Você é muito bonita – ele segurou os seios firmes — Seu corpo é perfeito pra mim, nos encaixamos muito bem, Aline.
Ela que se achava gordinha e de seios pequenos demais, ficou envergonhada e corou. Mas foi muito bom ouvir isso e sentir que era apreciada.
Igor deitou sobre ela e passou a sugar seus seios com calma, quase como uma doce tortura que lhe arrancou suaves gemidos. Não iria fingir, estava adorando a língua dele por seu corpo que reagia a cada toque. Foi espontâneo e verdadeiro.
Igor estava admirado com o modo dela reagir às suas carícias e quando ela pressionou a boca em seu peito e o mordeu de leve, foi sua vez de gemer. Sua mão percorreu a pele macia, buscando mais e tocou o clitóris intumescido pelo prazer e girou os dedos fazendo carícias eróticas.
A sentiu ficar úmida e sorriu com o gritinho liberado. Ela se deixava levar e ele começava a ansiar provar mais do que ela havia atiçado nele.
Quando ele se ajeitou sobre ela, Aline o olhou e se assustou. Nunca tinha visto um homem nu, a não ser em filmes e ele era muito grande. Pelo menos ela achava que era, não tinha um exemplo ao vivo para comparar.
— Não! – ela se apoiou nos cotovelos — Não vai dar – ele gargalhou — Eu estou falando sério, Igor. Olha o seu tamanho e o meu. Tem uma grande diferença.
Foi muito engraçado o comentário. Inocente e um elogio ao mesmo tempo. Ele riu e acariciou seu rosto.
— Você me fez ficar assim, é sua culpa – ele respondeu brincando. Voltou a beijá-la e se ajeitou entre suas coxas. A penetrou devagar e ela estremeceu. Ele parou e a olhou. Parecia desconfortável e nervosa — Quer que eu pare?
— Agora? – ela respondeu zombando da pergunta — Claro que não. Só vai devagar.
Ele ficou aliviado que não quisesse parar, mas mesmo sendo cuidadoso ela gemeu e pressionou as unhas fortemente em suas costas. Um pensamento machista lhe veio à cabeça. Ele era seu primeiro amante. Estava mesmo no lucro.
— Ai... Igor – ela gemeu reclamando, empurrando seu peito.
— Desculpe, mas isso eu não posso evitar.
Ele a beijou várias vezes. Não queria que sentisse dor, mas era virgem e ele era grande em suas proporções. A diferença de estatura entre eles se mostrava agora também. Se moveu com cuidado dentro dela, porém perdeu o desafio de ser paciente e aumentou o ritmo enquanto falava ao ouvido dela coisas que a relaxassem.
Não demorou tanto quanto ele gostaria, mas era a primeira vez dela e seu rosto mostrava que sentia prazer e dor juntos. Conseguiu fazê-la gozar junto com ele e se deixou cair sobre ela, respirando forte e acelerado.
Alguns segundos depois ele rolou para o lado e a puxou para si. Aline deitou a cabeça no peito dele e ficou ouvindo seu batimento acelerado. Estava se sentindo dolorida e ardida. Mas não estava nem um pouco arrependida.
— Você vale cada centavo que peguei.
As palavras dele de modo seco a trouxeram de volta à realidade.
Isso era apenas um acordo de negócios em que ela havia se metido por culpa da irmã. Era sexo puro, sem envolvimento emocional.
Ficou com raiva por ter se deixado levar pelo momento e ter esquecido que não eram mesmo um casal, não havia amor. Saiu da cama depressa e foi para o banheiro. Ouviu-o rindo.
— Por que a pressa? - ele perguntou.
— Quero tomar um banho.
— Boa ideia, vou me juntar a você – ele entrou no banheiro e ela estava enrolada na toalha branca, grande e felpuda — Se escondendo agora? Eu já vi o que tinha pra ver – ele riu.
— Quero tomar banho – ela repetiu.
— Eu também quero – ele puxou a toalha e ela tentou esconder o corpo com as mãos — Você é uma surpresa atrás da outra. Ainda estou excitado e você se esconde... Me deixa ainda mais curioso de seus segredos – ele se aproximou e segurou seu rosto — Que tal uma primeira vez no chuveiro?
Ela ficou com vergonha.
— Pode ser outro dia? – disse sem graça — Estou dolorida - justificou.
Ele se sentiu ridículo. Excitado como um colegial e nem pensou nela. É claro que estava dolorida. Beijou-a suave.
— Tem razão, me desculpe – disse gentil _ Teremos vários banhos pela frente.