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CAPÍTULO 7

Entrei no banheiro, ainda tremendo, com o coração disparado e a mente confusa. Precisava de um momento para mim, para tentar processar tudo o que havia acontecido.

Liguei o chuveiro e deixei a água quente escorrer pelo meu corpo, fechando os olhos na tentativa de afastar o medo que Azrael havia deixado em mim.

Cada gota que caía parecia levar embora um pouco da tensão, mas a sombra dele ainda pairava sobre mim, impossível de ignorar.

Fiquei ali por um tempo que não consegui medir, deixando o calor da água acalmar meu corpo enquanto minha mente tentava encontrar alguma paz.

Quando finalmente desliguei o chuveiro, me enrolei em uma toalha e respirei fundo, tentando reunir coragem para voltar ao quarto.

Mas, ao abrir a porta do banheiro, meu coração quase parou.

Azrael estava ali, parado no meio do quarto, seus olhos escuros fixos em mim.

O susto me fez recuar, e meu corpo inteiro ficou tenso. Abri a boca, tentando dizer algo, qualquer coisa, mas a voz não saía como eu queria.

— Por favor, me deixe em paz...

Implorei, minha voz saindo baixa e trêmula, meus olhos cheios de súplica.

Ele não respondeu. Seus olhos penetravam em mim, como se pudessem ler cada pensamento, cada medo.

Em um movimento rápido, ele se aproximou e me segurou com força, me empurrando para a cama. O choque do impacto fez meu corpo tremer, e eu olhei para ele, aterrorizada.

— Eu... eu vou gritar...

Ameacei, tentando me libertar, mas era como se estivesse presa em uma armadilha. Sua força era implacável, impossível de vencer.

Azrael se inclinou para mim, seu rosto tão perto do meu que eu podia sentir sua respiração.

O tom da voz dele, quando finalmente falou, era calmo, mas carregado de uma ameaça sutil que fez meu coração acelerar ainda mais.

— Grite quanto quiser, Ayla.

Ele sussurrou, seus olhos brilhando com uma crueldade controlada.

— Ninguém vai te ouvir. Eu posso silenciar sua voz, te isolar do mundo.

Um medo profundo se espalhou pelo meu corpo, mas eu lutei para não me render ao desespero.

Tentei me mover, mas era como se ele tivesse tomado o controle de cada músculo, me deixando imóvel, vulnerável.

— Você... você não entende...

Sussurrei, minha voz quase falhando.

— Você não pode me forçar a nada, Azrael. Eu não sou sua, e nunca serei.

Ele sorriu, mas o sorriso dele não trouxe conforto; era uma promessa sombria, uma ameaça velada.

Ele abriu a minha toalha, e deixou o meu corpo inteiro descoberto, eu tentei me mexer, me proteger, mas não consegui.

— Por favor, não tire a minha pureza.

Com os olhos fixos nos meus, ele desceu uma de suas mãos frias até a minha intimidade, e começou a movimentar os dedos lentamente.

Eu senti o meu sexo pulsar, enquanto lutava com toda as minhas forças pra conseguir me mexer.

— Sinta Ayla, sinta o poder que estou tendo sobre você. Não era isso o que você queria? Ser tocada dessa forma?

Eu comecei a sentir algo forte e avassalador tomar conta do meu corpo, e um gemido intenso atravessou a minha garganta, enquanto eu fechava os olhos.

A minha respiração estava forte e descompassada, e finalmente consegui me mexer, enquanto Azrael se afastava.

O corpo dele estava repleto de desenhos, como se fosse tatuagens, elas possuíam um brilho negro, algo que eu não tinha visto nele antes.

Eu peguei a toalha e voltei a me cobrir, enquanto ainda sentia meu sexo pulsando.

— Você não tinha esse direito.

Falei com a voz quase inaudível.

— Eu só faço aquilo que você deseja Ayla.

— Porque esses desenhos apareceram no seu corpo?

Eu senti uma mudança no olhar dele, era como se ele estivesse surpreso com a minha pergunta, ou talvez escondendo algo, mas ele simplesmente sumiu, como se estivesse fugindo da minha pergunta.

O quarto ficou subitamente mais vazio quando ele desapareceu, como uma sombra se dissipando na luz da manhã. Fiquei ali, deitada na cama, com o coração batendo descontroladamente, lágrimas escorrendo se formando nos meus olhos. Eu estava sozinha, mas o peso de sua presença ainda pairava no ar, me sufocando.

Chorei, sentindo uma mistura de alívio e frustração, de medo e uma determinação que começava a crescer dentro de mim. Eu sabia que a luta estava longe de acabar, mas também sabia que precisava ser mais forte do que nunca. Não podia permitir que Azrael tomasse o controle da minha vida, da minha vontade. Eu precisava resistir, mesmo que ele fosse mais poderoso, mesmo que ele fosse implacável.

As lágrimas continuaram a cair, mas dentro de mim, uma faísca de força começou a se acender. Eu sabia que precisava manter essa chama viva, para sobreviver à escuridão que me cercava.

Eu levei a mão até o meu sexo, e notei o quanto eu estava encharcada, aquela era a primeira vez que eu sentia as coisas que senti, que alguém me tocou ali, naquele pontinho, que eu sempre senti vontade de tocar, e eu não tinha a mínima ideia se aquilo poderia ser considerado uma traição as tradições da minha família.

Embora ele não tivesse me penetrado, o meu corpo foi tocado por alguém que não seria o meu marido.

Eu voltei pro banheiro e fui me lavar, e cada vez que eu passava a mão por cima do meu sexo, mas vontade eu sentia de ser tocada ali outra vez.

— Ele está conseguindo. Que inferno, ele vai destruir a minha vida.

— Vou.

A voz do Azrael parecia tomar conta de todo o ambiente, eu não o vi, mas foi o suficiente pra saber que ele ainda estava perto de mim, a me observar.

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