Cap-1 Alice
Eu ainda me lembro do dia em que perdi meus pais, eu tinha apenas quinze anos quando o Samurai invadiu a minha casa. Nesse dia minha mãe pediu para que eu corresse e me escondesse deles e eu até tentei obedecê-la, mas a curiosidade fez com que eu visse tudo o que aconteceu.
O filho do Samurai, o Alemão, tinha apenas dezessete anos nessa época e estava sendo introduzido no mundo do crime. Sua primeira missão seria executar a minha família e foi isso que ele fez.
Ainda lembro quando nossos olhos se cruzaram, ele colocou a arma na minha cabeça, porém não teve coragem de apertar o gatilho e de fato ele fez a pior merda da vida dele, pois eu cresci e dediquei cada minuto da minha vida me preparando e planejando a morte lenta que ele teria. Penso me olhando no espelho e nesse momento o Muralha aparece. Um dos fatores de seu vulgo deve ser provavelmente por causa dos seus músculos bem saltados. Ele mesmo sendo um homem na casa dos seus cinquenta e poucos anos, ainda tem um físico de um atleta de fisiculturismo e cada músculo do seu corpo é coberto de tatuagens. Tornando dessa forma uma grande divergência do seu corpo com os cabelos e barba grisalhos.
Muralha: Você está pronta, menina?
Alice: Desde o dia em que ele matou meus pais eu estou me preparando para esse dia.
Muralha: Eu vou te colocar no camarote e você faz o resto. Ele tem que te convidar para fazer parte da casa das putas dele.
Alice: Não se preocupe, eu serei bem convincente.
Muralha: Esse fedelho tem que pagar por tudo que fez. Ele diz se aproximando de mim – Você tem um ar de inocência e eu acho que isso vai enlouquecer ele – Ele diz sorrindo e saímos rumo ao baile – Você nunca me viu na vida – O Muralha diz me empurrando para o camarote e assim que consigo entrar já analiso onde ele está.
O mesmo estava no centro, ao seu redor tinha muitas mulheres e eu sabia que seria difícil me aproximar dele, por isso eu peguei uma bebida e fiquei apenas observando o seu comportamento. Não posso negar, ele é bonito aos olhos. Cabelos negros, que contrastam com a sua pele naturalmente bronzeada, olhos castanhos escuros. Com o formato do maxilar favorecido pela barba devidamente feita, um nariz afilado e uma boca bem desenhada que harmoniza todo o rosto, o deixando gato. O corpo mantinha o mesmo nível de beleza, sua altura é por volta de 1,83 centímetros, braços fortes, no qual é preenchido por tatuagens, o que deixa ele mais atraente e sexy. Mas a sua beleza aqui não é o foco, ele pode ser até um gostoso, mas eu vim aqui com um propósito e tenho que colocá-lo em ação.
Eu sabia que eu precisava chegar nele, mas não sabia como iria fazer isso, pois ele estava rodeado de três lindas mulheres e seria difícil olhar para mim. Analisando isso eu me sento no bar para esperar a melhor oportunidade, quando escuto a voz de um dos vapores logo o sorriso vem no meu rosto.
Vapor: Ô Leleco – Ele chama o barman que direciona a sua atenção a ele. – O chefe está pedindo mais bebida.
Leleco: Tudo bem, vou providenciar — Ele diz pegando as bebidas e dar ao vapor e eu encosto segurando a garrafa e digo:
Alice: Deixa que eu levo.
Vapor: Nossa, que gracinha! O chefe vai gostar – Ele diz sorrindo e eu lhe retribuo o sorriso. Seguro a garrafa e vou caminhando bem devagar na direção dele, na verdade, eu tento desfilar bem sensual e ele logo percebe a minha presença. O seu olhar percorre todo o meu corpo até chegar nos meus olhos, onde fica hipnotizado.
Alice: Boa noite, Senhor Alemão. Aqui está a sua bebida.
Alemão: Quem é você? – Ele pergunta seco.
Alice: Me chamo Alice.
Alemão: Você não é daqui, eu nunca te vi aqui.
Alice: Eu não moro aqui, Senhor. Vou me mudar agora.
Alemão: Como chegou no camarote?
Alice: Estou fazendo extra com o barman da festa.
Alemão: Você é bem gostosinha.
Alice: Obrigada, Senhor.
Alemão: Está afim de uma trepada gostosa hoje? – Ele pergunta sendo direto, fazendo as minhas bochechas ficarem coradas e aproveito a oportunidade para tentar seduzir ele com minha inocência.
Alice: Perdão, senhor, mas eu sou uma garota inocente – Digo abaixando a cabeça.
Alemão: Uma garota inocente no meu morro?
Alice: Acho que sim.
Alemão: Meu dia de sorte, já que vou ser o seu único homem.
Alice: Como assim? Eu não estou entendendo – Dou uma de boba e então uma mulher aparece.
– Ô cachorra, sai de perto do meu homem.
Alice: Desculpa, eu só vim trazer a bebida dele – Digo me preparando para sair do local, mas sou impedida por ele.
Alemão: Você fica! – Ele diz segurando o meu braço – Você vai, já cansei.
– Mas benzinho, você disse que o dia hoje era só nosso. Ela diz com uma voz de puta.
Alemão: Desisti, Soso – Ele diz para ela que fecha a cara – Caveira, só leva a Soso para casa.
Caveira: Falou, chefe – Ele diz e sai puxando ela dali e ele logo se voltou para mim e diz:
Alemão: Eu quero você, branquinha.
Alice: Isso seria a maior loucura da minha vida, você não me ama.
Alemão: Você me intriga, seus olhos me lembram os de alguém. Não precisa amar para sentir prazer.
Alice: Eu quero algo especial, Alemão – Digo olhando nos seus olhos.
Alemão: Eu não tenho flores não, patricinha. Sou um favelado, traficante da pesada, não sei amar, não. Eu só sei trepar e com você eu vou fazer gostoso.
Alice: Você quer que eu me entregue assim para você, sem nem ao menos nos conhecermos direito? O que você vai pensar de mim depois? Que sou uma qualquer, que me entrego a qualquer estranho que vejo.
Alemão: Qual foi, Loirinha? Só uma noite. Você e esse seu olhar me intriga.
Alice: Quem sabe um dia desses a gente não tem algo – Digo me levantando e balançando o cabelo. Antes de sair olho para trás e dou um sorriso safado e em seguida pisco para ele. Caminho na direção da saída com um sorriso muito grande. Eu tinha noção de que fiz o trabalho bem feito e de que ele irá me procurar no futuro. Continuo caminhando para fora do baile e ao sair entro no carro preto que me esperava na esquina.
Muralha: E aí? Chegou cedo assim.
Alice: Já fiz meu dever de casa, agora é só esperar.
Muralha: Muito cuidado, ele não tem muita paciência, não brinque muito, pois ele é mais cruel que o pai.
Alice: Tudo bem, eu vou pagar esse preço pela minha vingança. Vou suportar ele e destruir também.
Muralha: Vamos sair daqui — Diz e saímos daquele lugar. Ele me deixa na porta de casa e eu entro indo até ao banheiro.
Tiro a minha roupa e entro no chuveiro tomando um banho relaxante. Assim que saio vou até meu quarto, onde visto uma roupa e me deito na cama analisando qual será os meus próximos passos para a vingança.