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Capítulo 4

Capítulo 4

Hassan chega no apartamento, entra, está esgotado, seu dia foi muito cansativo, mesmo assim não esquece da garota que deve estar em um dos quartos do imenso apartamento.

— Ele chegou. — Fala a empregada.

— Como sabe? Não escutei nada. Quero vê-lo agora. — Ela diz saindo do quarto Hassan estava para tirar o lenço que lhe cobre o rosto e a visão de uma bela mulher com vestes de sua cultura toma seus olhos.

Luana para na frente dele com as mãos na cintura o desafiando com o olhar.

"Droga, ele é um pouco alto para ser intimidado." - Ela pensa.

Hassan está de óculos escuro, a moça não pode lhe ver as feições.

— Por Allah! - Fala Hassan impressionado com a beleza dela.

"Que voz é essa?" - Ela pensa, fez lhe arrepiar até o último foi de cabelo.

— Quero conversar com o senhor.

Hassan tira as luvas e mostra o sofá para ela se sentar, as mãos dele são grandes, lindas, dedos longos e grossos.

Ela engole seco, tá babando pela voz e agora pelas mãos. Porque tinha que ter uma quedinha por árabes?!

Ele senta ereto, cruza os braços e espera.

— Quero ver seu rosto enquanto conversamos senhor.

Ele nega com a cabeça.

— Pelo menos os olhos. Poderia tirar os óculos?

Ele faz que sim e tira o óculos, ela observa seus olhos.

— E-eu... — Ela gahieja, os olhos dele, parecem sofridos.

— Pode falar.

"Aiiinnn que voz!"

— Quero... quero ir embora.

— Sinto muito, não será possível. — Ele se levanta dado o assunto por encerrado.

— Não estou aqui por minha própria vontade senhor.

— Me chamo Hassan. Seu pai me deu você para pagar a dívida dele comigo.

Lágrimas lhe brotam e a raiva passa por seus olhos.

— É mentira! — Ela grita descontrolada.

Hassan tira o tecido que lhe cobre o rosto e Luana suspira.

— Perdeu a fala? Talvez até a vontade de ir embora, RS. — O sorriso dele a tira de seu devaneio.

"Caralho esse homem é de parar o trânsito."

— Quero voltar para casa.

Ele tira a túnica e fica com camisa sem gravata, calça e sapato social, o olha dos pés a cabeça, Hassan espera ser inspecionado.

— Passei na sua inspeção de qualidade?

— Sim! — Ela responde sem pensar. — Nunca.

— Que pena.

"O que ele pretende?"

— O que quer de mim? Não estou disposta a lhe servir de diversão. Não ficarei em nenhum harém.

Hassan vai até a janela, olhando a noite apenas responde:

— Ficará no meu harém.

— Nunca!

— Será mimada, lhe darei de tudo. Tudo o que o dinheiro puder comprar.

— Não quero nada. Só quero voltar para casa.

— Já disse que não será possível. Ficará comigo. Não tem escolha, agora é minha propriedade.

— Jamais, está entendendo? Jamais! Até parece que sou uma casa ou um carro para ser propriedade de alguém.

— Sabe dançar?

— Como? — Ela não entende a mudança de assunto.

— Dance para mim minha odalisca. — Fala a olhando e cruzando os braços.

— Não sei dançar. Não me interessa dançar para o senhor.

— Você tem muitas farpas. Viajaremos no fim da semana, lá aprenderá a dançar.

Ela entra em pânico:

— O que? Viajar para onde?

— Para a Arábia Saudita.

— Senhor amado onde meu burro está amarrado?!

Ele se aproxima dela, a deixando hipnotizada e diz:

— Vou tomar banho, jantaremos juntos.

Ele segue para o corredor e abre a porta enfrente ao quarto que está usando.

— Vou preparar o jantar. — A empregada sai e os homens ainda estão na entrada.

Luana senta e olha a noite, precisa ser esperta, dar um jeito de contar ao pai.

Vai ver se descobre onde está, tentar sair, decorar algum nome de rua e número. Esse príncipe Hassan é tão sexy, mais demonstrou não ter sentimentos, não pode cair em suas graças.

A muito tempo está sozinha e tem uma quedinha por árabes, passa a mão pelo pescoço, está cansada mesmo tendo dormido a tarde toda com o que fizeram com ela.

Fica o tempo todo no sofá esperando e pensando, até ele aparecer, sexy e cheiroso.

"Ai senhor amado."

Ela o olha todo, ele parece até brasileiro do jeito como está vestido, para na frente dela e lhe estende a mão.

— Venha.

— O que quer? — Pergunta desconfiada.

— Apenas jantar.

Ela aceita a mão e se arrepende, sente como se uma corrente elétrica passasse por seus corpos, seus dedos longos são quentes e a segura firme, nunca sentiu mãos tão macias.

E parece que ele sentiu o mesmo que ela, o brilho de seus olhos até mudaram, a conduz até a cozinha e jantam a comida da terra dele.

— Gosta da refeição?

— É tudo gostoso.

— Que bom.

Luana não puxa mais assunto, seu pai deve estar arrasado sem saber onde ela está, se está bem.

— Algo não a agrada?

— Quero ir para casa. — Ela insiste.

Hassan limpa os lábios:

— Vá descansar. Amanhã seu dia será longo.

— Porque?

— Será mimada durante o dia.

— Eu só quero ir embora.

Hassan suspira, se levanta e lhe oferece a mão novamente, a deixa na porta do quarto.

— Boa noite.

Ela achou que ele tentaria lhe seduzir, entra em seu quarto e fica pensando.

"Se ele a quer em seu harém, porque não tentou nada?"

*Prisão de segurança máxima*

— Você terá cinco minutos para fugir. — Avisa o carcereiro.

— Certo, pode apostar que antes disso estarei fora. — Fala Faruk, o capanga chefe.

— Se descobrirem serei demitido e pior, preso.

— Relaxa, assim que eu sair e encontrar com os meus homens venho te buscar. Irá viajar comigo. Vou voltar para casa, ficarei um tempo por lá.

— De onde o senhor é?

— Sou da Arábia Saudita. Vamos em um vôo clandestino.

Eles combinam onde, quando e como vão se encontrar.

— Cara se você não conseguir sair, sabe que será punido. — Fala o Dr Marcos.

— Prefiro tentar a ficar de mãos atadas. — Fala Faruk.

Dr Marcos ocupa a mesma cela que o Capanga Chefe, mais conhecido em sua terra como Faruk.

— Você pode vim comigo se quiser. Perdi muitos homens quando fui preso. — Fala Faruk.

— Não sei. Já vou ficar por aqui cinco anos, se não conseguir vai piorar minha situação.

— Vai dar certo. Não faço as coisas pela metade.

— É, mais está preso. — Dr. Marcos o lembra.

— Não cometo o mesmo erro duas vezes. Terá tudo o que quiser. Tenho muito dinheiro, uma boa vida fora daqui. Tenho até um harém me esperando. Minhas garotas devem estar com saudades, RS.

— É, essa parte me interessou.

— Terá as garotas que quiser.

— Menos uma. Sou louco por ela.

O carcereiro passa novamente.

— Ei! Ao meu sinal. — Fala o carcereiro. — Na próxima vez que eu passar.

O carcereiro faz seu trabalho, no momento exato ele passa novamente.

— É agora! — O carcereiro vai até o computador e da um jeito de dar pane no sistema, as celas são abertas e as portas da saída também.

Faruk e Marcos se vestem de carcereiros e saem da cela armados.

— Vai caralho! — Grita Faruk.

Correm pelas laterais, para ficarem o mais escondido que puderem das câmeras, em menos de cinco minutos estão fora do presídio.

— Está uma bagunça lá dentro. — Fala Dr Marcos.

— Dane-se eles!

Um carro com a chave no contato está no estacionamento de fora, eles entram e vão embora.

— Caralho, nem acredito que saímos dessa. — Fala Marcos.

Faruk está feliz, suas gargalhadas ressoam pelo veículo e acaba contagiando Marcos.

— Olhe no banco traseiro, veja se tem alguma coisa. — Fala Faruk enquanto dirige.

Marcos vai para trás, acha uma mochila e a vasculha.

— Uma mochila com algumas peças de roupa, dinheiro, tinta de cabelo, parece um salão de beleza. Espuma de barbear, barbeador.

— Sinto falta do meu rosto lisinho. — Comenta Faruk sorridente.

— Eu também.

Faruk dirige até uma mata fechada, lá tem uma cabana e irão trocar de carro.

— Você está dirigindo a horas.

— Já vai amanhecer.

— Estou exausto.

— Eu também. Já estamos chegando.

— O que faremos com esse carro?

— Vamos afundar no rio.

Eles chegam na cabana aos primeiros raios de sol, tiram tudo o que precisam do carro e vão até o Rio mais próximo, eles ficam observando o carro afundar.

— Não se preocupe o rio é fundo. — Fala Faruk.

Na cabana, Faruk procura o que comer, o carcereiro fez um excelente trabalho, não falta nada na cabana, Marcos toma banho e pinta seus cabelos loiros de castanho.

— É ficou bom, disfarçou meus cabelos loiros

— Tem máquina de cortar?

Faruk termina seu lanche e vai aparar os cabelos de Marcos.

Após cortarem, pintarem os cabelos e se alimentarem a tarde, vão para o quarto que tem algumas beliches.

— Estou morto de cansaço. — Fala Dr. Marcos.

— Eu também, mais transaria se tivesse uma garota.

— Ixi, eu também. Faz tanto tempo.

— Imagina eu, que estava preso a mais tempo.

Marcos fecha os olhos já relaxando para dormir.

— Vou te cobrar umas gatinhas. — Fala Marcos.

— Nem vai precisar cobrar. — Faruk também fecha os olhos e dormem até o anoitecer.

 

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