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Capítulo 3

Capítulo 3

Na delegacia Luizinho está radiante, sorri de orelha a orelha.

— Bom dia Luizinho. — Ana fala. — Que sorriso é esse?

— Estou radiante. — Luizinho responde sorrindo.

— Desembucha logo, não me mata de curiosidade.

— Minha mulher está grávida. — Ele fala radiante.

— Ainnn... Também com duas delícias enfiando nela toda noite, até eu, kkk...

Eles param de rir ao verem um fazendeiro entrando com o rosto todo machucado.

— Posso ajudar senhor? — Ana pergunta preocupada com o homem.

— Minha filha foi sequestrada.

— Luana? Me conte tudo. — Fala Luizinho.

O fazendeiro conta e logo em seguida é encaminhado para o posto de saúde.

Os carros do Sheik entram na garagem do condomínio, Omar e os demais seguem para o elevador individual.

Omar leva a garota desacordada no colo, encontra a empregada ao entrar no apartamento.

— Cuide da garota. — Fala Omar para a empregada ao deixá-la no quarto. — Lhe dê de comer, banho e roupas limpas.

— Quem é ela, senhor? — Pergunta a empregada olhando a moça desmaiada.

— A garota de Hassan.

— É muito bonita.

— Sim. Vou indo, deixarei uns homens na porta caso tenha problemas com ela, deve estar vestida até o príncipe chegar.

Luana dorme o dia todo sob o efeito da droga que usaram nela, no fim da tarde acorda gemendo com dor na cabeça.

— Ahh... — Ela olha ao redor, vê muito luxo. As roupas da cama em que está deitada parece de seda pura. — Onde estou?

Passa a mão na cabeça dolorida sentindo dor

— Ai. — Senta na cama e olha ao redor. — Mais que lugar é esse?

Se levanta e cambaleando vai até a porta e a abre, olha para os lados e nada, silêncio total, anda pelo corredor até chegar numa sala ampla, as janelas são de vidro do chão ao teto, as cortinas são enormes e parecem pesadas.

— Boa tarde senhorita. Como devo chamá-la? — Fala a empregada.

— Quem é você?

— Sou uma das empregadas do senhor Hassan.

— Sou Luana, como vim parar aqui?

— Te trouxeram. Venha... venha tomar alguma coisa.

Luana a segue até a ampla cozinha, muito bem mobiliada sob medida.

— Não estou me lembrando de nada.

— Aqui está senhorita Luana. Suco de amora natural.

— Obrigada. — Toma o suco e se levanta. — Melhor eu ir embora.

— Deve esperar o senhor Hassan chegar.

— Hassan? Quem é?

— Ele é um príncipe Árabe e está ansioso para vê-la.

— Príncipe? Árabe? — Luana franze a testa ficando preocupada. — Você não está me dizendo que estou presa aqui, certo?!

— Bom, não exatamente.

— Então me deixe sair.

— Deve aguardar o príncipe.

— Então estou presa. — Olha ao redor, precisa fugir desse lugar, na sala viu uma porta com trancas, deve ser a saída.

— Quer comer alguma coisa?

— Pode ser. — Está faminta, vai aceitar a comida.

A empregada coloca várias iguarias através a sua frente.

— Aqui está, tabule, homus, kibe cru, charutos de repolho.

— Eca! Não vou conseguir comer isso, misericórdia.

— Acredito que irá gostar. Aqui, comece pelo tabule, é uma salada.

Luana olha desconfiada, mais acaba experimentando.

— Hum...

— Viu? Sabia que iria gostar.

Tirando o kibe cru e o homus, ela comeu muito bem, estava tudo muito gostoso.

— A senhorita está suja de terra, por favor venha comigo.

Tem que fugir agora, acredita que será sua única chance.

— Claro.

Ela atravessa a sala atrás da mulher e corre até a porta, abre e sai, do lado de fora dois homens a segura pelos braços e rapidamente a leva para dentro.

— Me solta, socorro! Ahhhh! — A solta dentro de casa e ficam na porta a olhando. —  Quero sair.

— Sinto muito, não poderá sair. Será melhor vir comigo.

— Eu não quero fazer parte do harém de nenhum lunático. Não sou esse tipo de mulher. — Ela segue a empregada olhando para trás, fica carrancuda o tempo todo. — Isso é sequestro! Não estou aqui por vontade própria.

Ela acaba tomando banho e se veste, a roupa cai quase como uma luva.

— Está linda. — Fala a empregada satisfeita.

— E agora?

— Vamos esperar o príncipe Hassan chegar.

— Ele vai demorar?

— Acredito que está para chegar.

— Cadê as mulheres desse senhor?

— O senhor Hassan não tem harém. Bom pelo menos não aqui no Brasil.

— De onde vem deve ter tantas que nem deve saber os nomes delas.

— Não fale assim senhorita.

— Um lunático que sequestra mulheres deve ser chamado de que então?

— O senhor Hassan é uma pessoa boa.

— Do jeito que fala dele, o homem deve ser mais velho que as pirâmides do Egito.

— RS. — A empregada ri da piada mais logo se recompõe.

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