Sentimentos adormecidos
Belinda Borges Di Poscoalhi Scannell Do Monte
Sentimentos adormecidos
Quando minha mãe falou que eu tinha um avô, e que era extremamente rico, confesso que não acreditei muito, achei que era efeito dos remédios, que vinha tomando. Um mês antes de minha mãe falece, fui visitá-la no hospital e encontrei uma senhor na casa dos seus 65 anos, não um velho decrepito ou mal-acabado, até que estava bem conservado, alto, com uma bengala na mão, tinha um cabelo comprido preto certeza que pintava, com um cavanhaque, olhos esverdeados muito claro, estava de terno preto, assim achei super estranho entrei no quarto e cumprimentei.
“Boa tarde! Mãe está tudo bem”, falei olhando para aquele, senhor que me olhava dos pés a cabeça.
“Sim, meu amor! Quero te apresentar o seu avô, lembrar que falei”. Olhei para o senhor na minha frente, então era mesmo verdade, eu não havia acreditado na minha mãe devido à alta medicação que vinha tomando, lembrei do dia que ela falou comigo.
O dia estava lindo, havia saído naquele dia, pois tinha uma semana que estava bem melhor, como ela demorou bastante aproveitei dei uma faxina na casa, estava tudo organizado quando chegou um pouco abatida.
“Bel, minha filha, senta aqui, quero conversa uma coisa séria“, estava na cozinha fazendo o nosso jantar, fui até onde estava e sentei no sofá na sua frente.
“Pode falar, mãe, estou ouvindo”.
“ Sabe que essa minha doença está bem avançada, essa melhora repentina, não é bom sinal, sua avó morreu com essa doença e logo será minha vez. Sinto que está próximo minha partida, não quero que cometa, erros ridículos, igual aquele ultimo”. Fala Meus olhos se encheram de lagrimas ao ouvir fala da minha avozinha e sabe que iria perder minha mãe também, não me ajudava em nada.
“Mamãe desculpe, por aquilo foi uma burrice me envolve com aquele tipo de gente, e ainda prejudiquei uma família, querendo salva a minha”.
“Quando eu tinha sua idade, cometi erros, mas aprender com eles, faça o mesmo. Sua avó antes de falece me falou sobre meu pai, que quando viesse a faltar ele me procuraria e assim aconteceu. Sempre perguntou como eu estava conseguindo pagar as contas, seu avô tem me ajudado e quando eu morro, ajudará você, me promete que fará tudo que ele pedir, sem reclamar, mesmo que não goste.
“Como assim que história é essa de avô?”, falo sentindo as lagrimas rolarem pelo meu rosto.
“Prometa Belinda”, minha mãe fala sério segurando minha mão firme, o que me assusta então eu prometo.
“Prometo, mazinha”, falei chorando.
“Ótimo, agora me ajude a arrumar minhas malas, vou para o hospital preciso fica internada. Estava no hospital com seu avô até agora”. Olhei assustada hospital, como assim, sequei minhas lagrimas.
“Como assim, arrumar malas, hospital?, perguntei, levantando completamente confusa.
“O câncer está muito avançado e preciso ir Bel. Gostaria de pode lhe dizer quem é seu pai, mais aquela família é gente ruim, ficará bem só com seu avô, agora me ajude a arruma algumas roupas. Bel quando eu morrer quero que doe tudo, não guarde muita coisa”. Levantou e foi caminhando para o quarto. A seguir e ajudei arrumar sua mala. Fomos direto para o tal hospital, Scan-dor.
“Você lembrar muito a Silvia”. Sua voz me tirou dos meus pensamentos.
“O senhor conheceu a minha avó?”.
“Meu nome é Leonardo Di Poscoalhi, sou seu avô”. Olhei para minha mãe.
Duas semanas após conhecer meu avó minha mãe faleceu, de longe foi o pior dia da minha vida, confesso que sem ajudar do senhor Di Poscoalhi não teria conseguido dar um enterro digno a ela. Os dias foram passando tão triste e sombrio, sinceramente não tinha como fica pior.
Uma batida na porta do meu novo quarto vejo Leonado sorrindo.
“Está na hora de irmos às consultas”. Assentir com a cabeça fui para clínica com ele. Fiz tudo que me pediu, ganhei meu filho e cuidei dele até os seis anos.
Uma bela manhã meu avô me chama em seu escritório e diz que está com uma doença grave e que não quer me deixar sozinha, e por isso me casaria com um Scannell, gelei ao ouvir esse nome tentei argumentar, mas foi em vão.
“Sabe o que aconteceu comigo e Lucas”.
“Não ligue para isso, cuidara de você lhe ensinará tudo que precisa saber. Não precisa ser mulher dele de verdade, é apenas um contrato”.
“E o Henrique?”, perguntei preocupada, não quero que ninguém dessa família saiba dele.
“Continuará no colégio interno e todo final de ano virá para cá fica com seu filho. Assim ninguém descobrirá”, ouço fala.
“Farei o que me pede”, falo cumprindo a promessa que fiz a minha mãe.
“ Toda a minha fortuna, agora pertence a você. Ele é o melhor para lhe ensinar administrá-la. Estou velho e cansado, ainda tem essa doença maldita”, fala. Meu chão se abriu ao ouvir fala dessa doença, perdi minha avó e minha mãe, agora ele, sinto que a vida está jogando comigo e todas às vezes eu perco a partidas o abraço forte, lhe dando um beijo no rosto. Sinceramente eu poderia falar não, e seguir minha vida em diante, mas estou tão cansada de lutar com a vida. Todo esse tempo que passou parece que nada mudou.
“Sei que está notícia torna tudo mais difícil para você, mais acredite em mim, tudo ficará bem, esse casamento é por contrato você não precisar dormir com ele, nada disso, é apenas uma formalidade, ele lhe ensinara tudo que precisa saber”. Ouço repetir mais uma forte crise de tosse, interrompe nossa conversa, busco uma garrafa de água, abro e lhe entrego.
“Obrigada minha filha”.
“Minha mãe disse que era para eu fazer tudo que o senhor pedisse, mesmo que eu não goste das suas escolhas, estou disposta a aprender tudo que o senhor pude me ensinar”.
“Ótimo, esse rapaz é filho de um grande amigo meu, atua no mercado Agropecuário, pode te ensinar muitas coisas, como lidar com nesse mercado, pode ser muito difícil para uma mulher sozinha, mas como esposa dele será respeitada, sei que fez faculdade de Medicina veterinária, mas sua mãe me disse que gosta de moda. Por que não atuar na sua Área?”.
“Fiz alguns estágios, nessa área, trabalhei fazendo free lance, mas não conseguir me efetivar. Então descobrir meu talento para desenhos, minha avó, pagou minhas duas faculdades, quando se foi ficando apenas eu e minha mãe tive que, fechar a de Moda, faltando dois períodos para terminar, tinha uma entrevista marcada, quando a mãe passou mau, toda nossa economia foi nos tratamentos, mais nada resolvia”, falo.
“Entendi, então você parou tudo para se dedicar a sua mãe, uma atitude louvável dos filhos para com os pais”.
“Sim, nessa tentativa fiz algumas burrices, me envolvi com gente que não prestava, peguei dinheiro emprestado e para ajudar minha mãe, magoei Lucas, nosso relacionamento não deu muito certo”.
“Todos nós nessa vida pegamos caminhos errados, mais a questão é o que fazemos quando percebemos que estamos trilhando caminhos tortuosos, continuamos ou paramos. Voltamos e pegamos o caminho certo”. A família do Lucas tem muito dinheiro, e um pai zeloso”.
“Sim, volta a família me deixa envergonhada e com raiva ao mesmo tempo”.
“Por quê?”.
“Nunca trair o Lucas, me aproximei por interesse, mas acabei apaixonada.
Sabia que era o caminho errado, mas apenas seguir,em frente não ligando para o caminho, pois meu objetivo era salva minha mãe. Me vi sendo humilhada escorraçada no altar com um agiota dizendo que era meu marido”.
“Você agiu mal, mas até onde somos capazes de ir para proteger quem amamos?”.
“No meu caso, destruir alguém e fui destruída pelo seu pai. Nunca fiz aquelas coisas de que me acusaram”, falo.
“Chegou ama o Lucas de verdade?”.
“No início me fiz de durona, mais no final das contas gostei, me apaixonei, mas não fui honesta desde o princípio. Minha mãe falava que era uma paixonite”.
“E você o que acha que sentia?”.
“ Eu acho, que com o tempo passou o amor que sentia, pelo menos é o que eu penso, nunca mais o vi. Durante o nosso namoro eu cheguei a ver o Thomas, me sentia esquisita perto dele”.
“Se sentia atraída por ele?”.
“Não mesmo, era algo que não saberia explicar, desculpe eu estou aqui falando do meu passado, o senhor deve esta pensando que sou uma mau-caráter”.
“Ah, minha filha, quem nunca errou, me diga, porque eu te julgaria, se minha história é complicada,até chegar onde cheguei”, diz Leonardo com olhar distante, mais o fato de saber que Thomas afetava sua neta o deixou feliz sinal que tinha feito a escolha certa. Belinda sorriu, conversa com seu avô era bom, fluia naturalmente, bom não conseguia chamá-lo de avó, ou seja, verbalizar em palavras, como acabou de fazer em pensamento.
O caminho até o hotel foi tranquilo, assim que chegamos fomos encaminhados para uma sala de reuniões que tinha dois homens. Estava curiosa e ansiosa para conhecer quem seria seu futuro esposo, assim que a porta foi aberta meu avô entrou, eu entrei em seguida quase tevi um treco quando vi o Sr Germano, por um momento achei que fosse o Lucas sentado ali, como estava atrás do meu avô não conseguia ver direito o outro homem ali sentado. Meu avô cumprimentou o senhor Germano,em seguida ele me cumprimentou. Havia esquecido como ele é assustador vendo na minha frente, era como vive tudo aquilo de novo, estendeu a mão para me cumprimenta, o outro permaneceu sentado, não se levantou para cumprimentar o meu avô, falou permanecendo sentado, seu pai deu tapa na cabeça dele, na hora soltei uma pequena gargalhada sem querer, que logo morreu em seus lábios quando vi aqueles olhos penetrantes nos meus. Já sabia quem era atrás do chapéu de cowboy era o Thomas, o irmão do Lucas que mexia com seus sentidos,estava fudida tinha certeza.
O destino deveria estar tirando sarro da minha cara, A reunião começou, oThomas falava do contrato do nosso casamento, como uma transação de uma mercadoria pelo menos Era assim que eu me sentia. Ouvir quando os termos do Thomas foram lidos por ele a pedido do meu avó, parecia super bom para mim, ele tinha namorada dele, eu teria o meu quarto, o meu carro, uma boa quantia para usar por mês no valor de trinta mil reais, um cartão credito no valor de 25 mil reais é uma pesão bem gorda. Teria que acompanhar ele em festas e eventos sociais, e estudar bastante para aprender com ele. Na verdade, estava pensando nisso mesmo voltar para faculdade e começar um curso novo, quem sabe, administração ou contabilidade, ou as duas emfim, realmente era um casamento de faxada, isso me deixou mais tranquila de verdade, não existia a história de ter herdeiros e amor, sinceramente ele podia até desperta coisas em mais não queria ter envolvimento com ninguém dessa família . Ver os dois homens ali discutindo sobre meu futuro, me deu uma certa raiva, mas suportei calada,quase rir na verdade o riso se formou no canto da minha boca. Quando Thomas falou olhando para mim falando para não espera amor, olhei e levantei uma sobrancelha revirando os olhos.
Para minha surpresa assinamos ali mesmo os papeis do casamento, já sairia daqui casada, Thomas pediu para isso não sair na mídia por causa do Lucas, olhei para ele, será possível que o Lucas pensava em mim ainda? Não seria possível ou seria? Se assim fosse isso estaria o magoando mais uma vez, baixei os olhos quando vi que o senhor Germano me encarava.
Thomas pediu para realizamos a festa de casamento na virada de ano, pois o Lucas estaria de volta confesso que sentir um frio na barriga, que até lá teria conversado com o irmão, não fiz objeção alguma ele fizesse como queira não estou nem um pouco me importando para festa de casamento ouvir aquilo tudo me deixou enjoada, sei que meu avô estava fazendo o que pensava ser melhor mais sei lá, eu sabia o que essa família pensava de mim, não sei se todos estão cientes desse contrato assinado por nós dois, a única coisa que tenho certeza é que isso iria ser problema sem sombra de dúvidas.
Já tem um mês que assinei o contrato de casamento, logo em depois Leonardo precisou viajar a negócios, então resolvi volta para casa da minha mãe, após o falecimento dela não voltei mais para nossa. Estou colocando as coisas dela em umas caixas, pois preciso levar para adoção, me sinto esquisita, parece que estou jogando fora parte da minha mãe. O rapaz da ONG ficou de passar por volta as 16h e 30 falta apenas meia hora. Dar tempo de tomar um banho rápido, e foi o que fiz, tomei um banho rápido e coloquei um short jeans super curto e uma camiseta sem sutiã, não precisava acompanhar os carregadores, já estava tudo separado, a sala, está tão cheia que mau cabe duas pessoas.
O som da campainha ecoou pela casa, dei uma última olhada em tudo a minha volta, era a última vez que estaria olhando para os pertences da minha mãe, me espremi para passar pelo montureiro de caixas e fui atender a porta.
“Boa tarde! É a senhora Belinda Borges?”, perguntou o carregador da ONG.
“Boa tarde!, sim, pode entrar, abrir mais a porta dando passagem para eles.
“São está as coisas?”.
“Tudo que está nessa sala pode levar”, vou está na cozinha preparando um café, sair deixando eles carregando as coisas da minha mãe para o caminhão, e vou preparar o café, assim que preparo levo para sala em uma bandeja, sirvo cada um deles, percebo os olhares deles para meu corpo mais finjo que não estou percebendo, espero beberem, e colocar as xicaras na bandeja, vejo que a sala está vazia, me despeço deles, e vou para cozinha lavar as xicaras, coloco na pia, escuto uma batida na port.” Será que preciso assinar alguma coisa” Penso então falo:
“Deixei a porta aberta”. Grito da cozinha.“Estou na cozinha, pode entrar”, ouço passos vindo em minha direção, viro na direção dos passos,quase tenho um treco, na minha frente parado está o Thomas, ainda bem que eu não estava segurando minhas preciosas xicaras de visita.
“ A porta está aberta, não é perigoso”, questiona.
“Ah é você,na verdade é, sim, eu já iria fechar”, Falo me justificando
“É sou eu, seu marido, por que esperava alguém?”, reviro os olhos, viro de costa e pego o pano de prato para seca minhas mãos.
“Pensei que fosse os carregadores, achei precisava assinar alguma coisa, e sim, com certeza eu não estava esperando você. Quer beber alguma coisa, café acabei de fazer ou água”.
“Aceito o café”, servi, apontei uma cadeira para ele sentar e fiquei em pé de costa para pia, bebeu o café e passou a línguas nos lábios, isso prendeu minha atenção, logo desviei o olhar.
“Ótimo seu café, você deve está se perguntando o que estou fazendo aqui?”, diz.
“Um pouquinho só”, falei fazendo o gesto com os dedos.
“Não sei se sua avó lhe falou, mas o Lucas voltou para festa anual das empresas, e já sabe do nosso casamento”. Quando eu ouvir ele falar que o Lucas estava no Brasil, meus joelhos ficaram mole, sentir um frio na barriga.
“Hum”, foi a única coisa que saiu da minha boca.
“Todo ano tem a festa das empresas Scannell, e como eu havia pedido para o nosso casamento, não sair na impressa, e o seu querida avó lazarento, fez questão de espalhar”.Erguir as sobrancelhas olhando para ele.
“Meu avô lazarento, é assim que você chama, pelas costas”. Pergunto sorrindo.
“Às vezes, nos últimos dias, mais graças a ele nesse nos casaremos. Preciso que venha comigo”, fala me olhando sério.
“Sério?, posso recusar?”.
“Infelizmente não, meu pai vai anuncia a junção das nossas famílias, e a realização do casamento”, fala olhando nos meus olhos, encaro por um tempo logo desvio. Percebo que o seu café acabou.
“Quer mais café?”.
“Sim, por favor, seu café é ótimo”, repetir o elogio.
“Obrigado”, inclinei meu corpo e estiquei os braços para pegar a xícara, vi os olhos dele nos meus seios, na hora meus mamilos ficaram duros, merda "pensei", virei rapidamente as costa e quando voltei estava olhando a minha bunda, que “cretino” disfarçando.
Observo beber o café em duas golada, se levantando e vindo colocar a xícara na pia, ficou tão perto de mim, que o cheiro da loção pós-barba Chegou no meu nariz. Ele ficou me olhando por um tempo, eu olhei para ele e mordi meus lábios, limpei a garganta e falei:
“Que foi Thomas, planejando onde enterra meu corpo depois da festa”, disse rindo um sorriso formou nos lábios dele.
“Sentir faltar dele, quero dizer do Lucas?”.
“Porque está perguntando isso, já se passaram seis anos?”.
“Apenas curiosidade, vocês ficaram juntos por 3 anos e então aquilo”, Ele estava tão perto de mim que quem entra-se ali jurava que tínhamos acabado de nos beijar de tão próximos que estávamos. Sentir o rosto dele se aproximando do meu parecia que ia me beijar
“Thomas, eu acho que é…”
“Boa noite!” Olho em direção à porta da cozinha que fica de frente para sala, vejo o Lucas, gemir baixo, tenho certeza que o Thomas ouviu.
Ver ele assim ali na minha frente fez todo meu corpo, fica mole e perde a voz por um segundo. Thomas me olhou estreitando os olhos, eu baixei meu olhar.
“Boa noite, meu irmão que faz aqui na casa da minha esposa?”,Ouvir aquelas palavras, sentir meu coração gelar. Respirei fundo
“Boa noite! Lucas, tudo bem com você?”, falei, nossa, que pergunta idiota, pensei.
“Sim, não sabia que já tinham casado?”.
“Um mês atrás”. Falo
“Podemos conversar?”.
“Não acho que seja, boa ideia”, Thomas fala. Lucas me olha com aqueles olhos azuis, a única coisa que vejo é dor e tristeza e eu sou a causa disso tudo.
“Ok, estou indo então até mais”, fala saindo. Vejo saindo e me afasto da cozinha para ir atrás dele, Thomas me segura pelo braço, empurro.
“Não, vai atrás dele, será melhor assim”. Olho para ele com os olhos cheios de lágrimas, e puxo meu braço e vou atrás dele, chamando, Lucas que, para na porta, vira para mim, o abraço forte e ele me abraça também. Sem me importar com Thomas com que ele vai pensar e digo para ele só ele ouvir.
“Me perdoar, por favor, me perdoa” me afasto, ele olhar para Thomas e sai sem dizer nada.
“O que foi isso?”, Thomas vem na minha direção parecendo um tigre pronto para atacar.
“Eu precisava falar com ele”, falei secando meus olhos.
“Você está dificultando as coisas, já não o fez, sofre o suficiente?”, falou parando na minha frente.
“Está na hora de você ir também”, falo. Percebo seu olhar de raiva e desprezo. Não precisava me olhar, assim, já me sentia péssima.
“ Depois de hoje você vai direto para casa do meu pai, vai ficar lá até a cerimônia do casamento no religioso”, fala me olhando sério.
“Não vou mesmo”, falo passando por ele indo para cozinha. Thomas vem atrás de mim e me puxar pelo braço e encosta da parede com baque, minhas costas doem dou um grito de dor e susto.
“Não quero que isso se repita, me ouviu, quero você longe do Lucas. Ferrou com a mente dele, então por favor não me faça, se uma pessoa ruim com você”, falou olhando para minha boca.
“Eu, não tive a intenção de mágoa-lo, eu queria que me perdoasse-se, só isso”.
“Fica longe dele, pegue suas coisas agora e vamos”.
“Para onde?”.
“Apenas peque sua bolsa, e vamos, e lembre-se você é minha amada esposa”. Se afastou.