Quatro
Voltou a se sentar na cadeira muito bem arrumada, ajeitou tudo o que precisava e riu malicioso quando olhou a hora. Era quase meio-dia, Peter sairia para almoçar no restaurante que ela tinha marcado com Kevin, claro, riu de novo quando pensou na noite que chegaria. A porta da sala dele abriu e ela como uma boa secretária ficou de pé para receber seu chefe. Peter ajeitou o paletó no corpo, e ela tinha quase certeza que ele jogava charme de propósito, porque não era típico de um homem demonstrar tanta beleza do nada.
— Senhorita Sobral – cumprimentou, passando pela mesa dela e parou no elevador — Não se esqueça de mais tarde.
— Senhor Johnson? – ela andou devagar até parar na frente dele — Porque toda essa curiosidade? – Perguntou curiosa.
— Porque quer saber?
— Porque a tatuagem é minha. E é meu corpo que você vai ver. – Peter deu um passo pra frente.
— Eu vou ver?
— Claro – juntou as mãos — e não se esqueça de dizer o quanto sou bela e que minhas costas são maravilhosas – jogou charme e voltou pro seu lugar, cruzando as pernas ainda por cima.
**+**
— Demorou – Kevin o esperava no estacionamento — porque demorou tanto?
— Eu preciso contar uma coisa, mas não pode ser aqui – foi pro seu carro e Kevin seguiu.
— Eu também cara, você não sabe quem me ligou assim que cheguei no trabalho – Peter ligou o carro — A Aline cara, aquela mulher.
— O quê? – o carro estancou, os dois foram pra frente e voltaram.
— Ei, Peter, não quero morrer agora, amigo.
— Como assim a Aline te ligou? Ligou pra quê?
— Ah cara, isso é que vamos descobrir hoje à noite – o Johnson ficou olhando pra frente — ela disse que queria sair comigo... E eu disse sim, com certeza minha deusa.
— Eu não quero ouvir isso – ligou o carro de novo, a Aline pensava que era quem pra fazer isso? Será que ela não tinha lembrado do compromisso?
Mas é claro que tinha lembrado oito minutos atrás ela estava insinuando aquilo mesmo, e agora ela tinha chamado Kevin pra sair com ela? Alguma coisa estava errada, e ele ia descobrir.
Quando Peter voltou do almoço, ele não disse nada e nem olhou para Aline, só entrou em sua sala e deixou a porta aberta. Aline agiu naturalmente, e até achou estranho quando ela entrou na sala dele mais de três vezes para dar recados e ele sequer a olhou. Também, achou bom, assim ela não teria que usar outra pessoa para se livrar daquele homem, e que homem. Olhar para ele trabalhar também era uma coisa maravilhosa. Depois de horas, ele tinha bagunçado seu cabelo, tirado o paletó, a gravata tinha sido afrouxada e as mangas da blusa enroladas. Uma tentação de homem tinha que admitir.
Mas como já tinha aprendido também que homem comprometido, não era pro seu bico, ficou calada, sentadinha e fazendo seu trabalho com perfeição. As horas foram passando, e cada vez mais as pernas dela tremiam, não conhecia Peter direito e nem seu temperamento, mas sabia que seria divertido.
Quando o relógio marcou oito horas da noite, Aline desligou seu computador bem a tempo de ver Peter sair da sala dele, olhando fixamente para os olhos dela. Ela não disse nada, pegou sua bolsa e botou no ombro.
— O que vamos fazer agora, senhor Johnson? Ficar olhando?
— Prefere fazer outra coisa? Sair com outro alguém? – Aline levantou de boca aberta, deu a volta na mesa e parou na frente dele.
— Tá querendo me dar um fora, é isso? – Peter dobrou o pescoço para o lado — pensei que quisesse mesmo me ver nua – o homem abriu a boca — não sei pra que me preocupei com a roupa íntima – deu as costas pra ele sorrindo e foi para frente do elevador.
— Eu pensei que... Esquece – ele parou ao lado dela, olhou as costas dela e desceu pras pernas e subiu analisando a bunda. Ele não tinha o direito de se aproveitar do poder que tinha, e nem de exigir alguma coisa daquela mulher no terceiro dia de trabalho, mas as pernas dela eram... Uau. — não vejo marca de calcinha – disse atrevidamente quando a agarrou na frente do elevador, passando a única mão presa na cintura dela, que desceu para a bunda.
— É porque não tem nenhuma – o elevador apitou e ela tirou a mão dele — não se esquece de me dizer obrigado, senhor Johnson – olhou pra ele dando uma piscadela.
— Não vou me esquecer disso.
— PETER! – os olhos de Peter nunca se alargaram tanto ao trombar com Dafne dentro do elevador — meu amor, eu não sabia que você pensava tanto em mim assim – se jogou nos braços dele, Peter a olhou que entrou no elevador, e lá estava Kevin, com a cara de bobo, olhando pra bunda dela — você é romântico demais.
— Não sou – Dafne desceu do colo dele e Peter olhou para ela — o que faz aqui?
— Ai eu sei que queria fazer surpresa, mas a Aline me contou sem querer – ele olhou pra mulher, e depois pra ela — eu nunca disse mesmo, mas como você adivinhou que eu amava encontro duplo? – ele trincou os dentes, mordendo o lábio.
— Toda mulher gosta disso – se abrigou a rir quando ela começou a abanar seu rosto.
— Sim meu amor, e isso compensa a broxada de ontem – deu as costas virando para o elevador e puxou Peter junto. Os dois lá dentro arregalaram os olhos com a frase COMPROMETEDORA de Dafne. — Aonde a gente vai?
— Conheço um lugar ótimo para casais – Kevin falou levantando a mão.
— Não somos casais – Dafne olhou pra ele — Kevin e Aline não são.
— Não seja por isso, senhor Johnson – Aline pegou nas mãos de Kevin, passando uma por sua cintura e a outra apertou — podemos fingir que somos um, não é senhor Araújo?
— É claro. Tudo pelo meu amigo – falava perto demais da boca de Aline.
— Ainda não acredito que você obrigou sua secretaria a sair com seu melhor amigo apenas para me fazer uma surpresa como essa – Peter fez careta olhando pra frente.
— Nem eu.
Peter ficou petrificado olhando para a porta do elevador. Não acreditava que Aline tinha feito aquilo com ele. Peter não estava interessado em Aline realmente, e sim na porra da tatuagem que ela escondia, idiota? Claro que era, mas ele queria saber das flores, queria saber as cores e se pudesse contar cada uma seria melhor. Ela era sim bonita, cheia de si, tinha pernas bonitas, e sorriso era de enlouquecer, até a voz dela o atraia, queria ouvir gemer seu nome, depois do “Senhor Johnson” ela gozar pra ele até não querer mais.
Peter ficou petrificado olhando para a porta do elevador. Não acreditava que Aline tinha feito aquilo com ele. Peter não estava interessado em Aline realmente, e sim na porra da tatuagem que ela escondia, idiota? Claro que era, mas ele queria saber das flores, queria saber as cores e se pudesse contar cada uma seria melhor. Ela era sim bonita, cheia de si, tinha pernas bonitas, e sorriso era de enlouquecer, até que a voz dela o atraia, queria ouvir gemer seu nome, depois do “Senhor Johnson” ela gozar pra ele até não querer mais.
Aquela bagunça ridícula não ficaria assim, ele tinha se comportado até demais com as provocações dela, ele tinha começado, e ela ficou brincando com sua sanidade, usando as roupas curtas e puta que pariu, ficavam sempre bem vestidas naquela bunda, o pano sempre abraçando a carne. Uma tentação.
Passou a mão na calça e olhou para Dafne que segurava sua mão.
— Acho que esqueci minha carteira.
— Como assim meu amor, isso é a primeira coisa que você pega antes de sair? – Peter olhou pra ela sorrindo a porta do elevador abriu.
— Acho que esqueci agora – empurrou ela pra fora e quando Kevin saiu, ele impediu Aline de sair e a porta se fechou de novo, rapidamente. — vamos conversar.
— Não acredito que você esqueceu sua carteira – ela cruzou os braços.
— É claro que eu não esqueci – se aproximou a prendendo na parede — você acha que eu sou algo tipo de brinquedo, Aline, essa porra de brincadeira não me desceu.
— E você acha que eu sou quem? – riu perguntando levantando as mãos — acha que você ia me mandar sair com você e eu ia aceitar numa boa? Pensa que eu sou algum tipo de vadia, que dormir com os chefes e depois é jogada fora? – a porta abriu de novo no último andar e Aline saiu do mesmo — eu nem te conheço.
— Escuta aqui, vou falar de uma forma que você entenda – se aproximou de novo — eu quero mesmo comer você, a porra da tua tatuagem, da tua voz, esses teus olhos são bonitos demais pra eu como homem.
— Como homem? – riu debochada — você é mesmo homem, senhor Johnson? Porque homem de verdade, não deixa a noiva lá embaixo pra vir dizer que quer foder com sua secretária, substituta, secretária substituta – cruzou os braços — pensa cara, isso é assédio contra minha pessoa, eu posso até mesmo, te denunciar.
— Não é assédio quando você também quer – virou as costas voltando para o elevador. — Você vem? – Aline foi e ficou longe dele dentro do mesmo.
Ela tinha que admitir que Peter estivesse certo, ela não era seduzível, mas conseguia se atrair por aquele homem, era bonito, e queria mesmo ver todo o corpo dele quando ele tirou a roupa pra ela. A ela queria. Peter era alto, forte, braços longos e cabelo negro, gostava de sentir a masculinidade do homem, a presença dele é tão importante que ela se sufocava assim que ficava sozinha. Mas não era capaz de dormir com ele sabendo que ele era comprometido.
Já tinha cometido esse erro, e não foi nada bom.
Quando chegaram lá em baixo de novo, saíram cada um pra um lado, Peter chegou direto em Dafne, dando um beijo de tirar o fôlego na sua boca. Aline arrumou o cabelo para o lado e sorriu para Kevin que não parava de babar por ela, podia mesmo ir pra cama com o amigo do chefe. Porque aquele loiro também não era pra qualquer uma. Será que era casado? Solteiro? Não viu aliança, e ele estava babando, é, tem coisa melhor que ficar com o loirinho?
Tem. Ficar com o moreno que beijava sua noiva a dois minutos.
— Peter, vamos embora? – ele parou o beijo, olhando só para Dafne, deu um beijo da testa dela e olhou pro Kevin, só pro Kevin e concordou, pegando a chave do bolso e desligou o alarme do carro.
— Vamos, tinha me esquecido – entrou no carro. Todos iam ao carro de Peter seria melhor e econômico.
Chegaram ao lugar onde ficariam para o encontro duplo de casal, um restaurante bonito, com flores por todos os lados, romântico por assim dizer, as cadeiras e mesas de madeira, cheio de bom gosto e brilhante, limpo. Sentaram em uma mesa bem no meio do restaurante. Dafne estava animada demais naquela noite, nunca tinha visto Peter bancar o romântico, ou querendo agradar ela além da cama, e ficou muito feliz quando recebeu a ligação de Aline, ela falava de uma vez e no final falou “certo Kevin” “sem querer” e Dafne gritou correndo pra todo lado. Peter tinha marcado um encontro duplo pra ela e ele porque ela gostava desse tipo de coisa.
Na sua adolescência, não conseguiu ter porque sua beleza ofusca todas as outras meninas e ela ficava com inveja, não tinha amigos para sair em encontros duplos e saber que Peter se importava com isso era tudo na sua vida, porque assim que botou os olhos naquele homem, se apaixonou perdidamente. Peter não é um homem legal, ou gentil sempre, mas era importante mesmo assim.
Aline sentou ao lado de Kevin, e botou uma mão na perna dele, ele soltou um ruído excitado, olhando pra baixo, pra frente e expirou intensamente, ele tinha que se controlar, não ia agarrar Aline na frente de todo mundo, mas a mão dela subiu, e ele gemeu, dessa vez, chamando atenção do Peter que só riu olhando pra Dafne, cheio de amor. Aline não entendia o que passava na sua frente, a menos de vinte minutos Peter dizia que queria foder com ela e agora nem a olhava, apenas pra sua noiva? Era isso mesmo que ela queria?
— O que vai querer? – perguntou olhando para Dafne, que riu de novo — ou quer que eu escolha para você?
— Você sempre escolhe as melhores coisas, confiou em você – tocou na mão dele, e ele riu, tascando outro beijo em Dafne. Aline ficou olhando pra ele, não sabia o quão cafajeste ele era. Mas não entraria naquele jogo não. Não ia entrar mesmo.
— Kevin – ela sussurrou devagar, olhou para o loiro que estava pra babar — Não acha que devemos ir? Eles estão tão lindos?
— Mas é um encontro duplo, encontro duplo, tem que ter uma dupla de casal – quem respondeu foi Peter olhando pra ela por cima do cardápio. Aline olhou para Dafne que não tirava os olhos do noivo.
— Senhor Johnson – “senhor Johnson” — eu sei que está muito feliz em sair com sua noiva, mas veja bem, vocês iram se casar em breve, acho que deveriam passar mais tempo sozinhos.
— Eu agradeceria Aline – Dafne falou dessa vez — eu adorei a surpresa meu amor. Adorei de verdade, mas acho que Kevin e ela querem aproveitar a noite, se é que me entende. – ele olhou pra Aline.
— Ela tá certa, temos muito que fazer – a cara de indignação de Peter era a pior coisa que podia ver, e Aline, pela primeira vez, temeu se levantar da cadeira.
— Pois é. A, eu vou ao toalete, só um segundo – levantou indo embora, Kevin pegou o celular e levantou, pegando também o paletó.
— Vamos indo, Aline? – ela levantou e Kevin foi na frente, pediria um táxi porque o carro tinha ficado na empresa. — Te espero lá fora.
— Tá bom – ajeitou o cabelo e pegou a bolsa — Até amanhã, senhor Johnson.
— Você vai foder com ele?
— Que linguajar senhor Johnson, estamos em público – ele olhou pra ela — e amanhã talvez você descubra a quarta cor da tatuagem – ele inspirou, furioso — só é perguntar pra Kevin, tá bom?
— Tá bom – ele levantou, sorrindo falsamente e ficou na frente dela — vamos ser sinceros Aline, fale a verdade pra você mesma. Não é só porque eu vou me casar que vou deixar de olhar pra outras mulheres, eu ainda não casei e não sei se vou ficar bom depois de casado. Dafne é importante, mas eu não a amo, e se eu quiser foder com outra pessoa, eu vou. Sou um canalha? Sou. E você vai ser minha, essa brincadeira de hoje não vai ficar barato pra você. Antes de você ir embora eu vou comer você, e isso é uma promessa.
— Uma promessa? – ela deu um passo pra trás.
— Suma da minha frente – mandou, e sentou de novo, ela ficou parada olhando pra ele, e quando viu Dafne se aproximando, virou as costas. Ela não tinha visto Peter lhe olhar com tanta seriedade, se bem que ela nem o conhecia direito, mas aquele tom de voz, a deixou tremendo as pernas.
“uma promessa”.
— Ele falou sério? – ela respirou fundo. — Puta que pariu.
**+**
Na manhã seguinte, Aline acordou sentindo seu pescoço dolorido abriu os olhos e sentou na cama lentamente, querendo entender onde estava e com quem. Foi só olhar para o lado e se lembrou da noite que teve. Percebeu sua nudez, e mesmo assim, não acreditou mesmo que tivesse ficando com Kevin, riu de lado lembrando-se que saíram dali direito para um bar, e Kevin bebeu tanto que quando chegou na hora de mandar a ver, desmaiou de tão bebo. Ela respirou fundo e deixou isso pra lá, se fosse pra acontecer, tinha acontecido a madrugada toda. Deitou de lado e mexeu no cabelo do loiro, ele resmungou alguma coisa antes de abrir os olhos e ver Aline. O rosto dele ficou vermelho e levantou um pouco o pescoço passando a mão no rosto.
— Onde estamos? – foi o que ele perguntou olhando pra ela depois de minutos.
— No meu apartamento alugado, não lembra? – ela se ajeitou na cama, cobrindo os seios, ela mal conseguiu tirar a roupa direito quando entrou no apartamento, mas quando se deu conta, nem a calcinha ela sabia onde tinha deixado, e mesmo assim, Kevin a deixou na mão na hora H.
— Eu não me lembro de muita coisa – ele deitou de novo, enfiando sua cabeça no travesseiro. Aline pensou em dizer que não tinha feito nada, porque ele dormiu bêbado, mas isso podia ferir o orgulho dele, e o dela também. Como ela pode ter levado um cara bebo pro seu apartamento e deixá-lo dormir? Será que ela não era tão assim?
— Ah é? Mas você se lembra do que aconteceu entre a gente, né? – perguntou afiada, ele levantou a cabeça e olhou pra ela se cobrindo com a coberta grossa e branca, ele se olhou, e percebeu que estava nu.
— A gente transou? – perguntou. Ela ficou calada, falar a verdade ou mentir para aquele homem bonito? A fala sério, Kevin era um cara muito bonito, e quando ele tirou a camisa na sua frente, ela sentiu tesão na hora, mas vamos conversar, tinha vacilado muito bonito.
— Loucamente – disse por fim, pegando todo o lençol e levantou deixando o loiro nu na cama, nem se importou, só deitou a cabeça de novo – você vai chegar atrasado se não ir agora, eu vou fazer o café. – falou e saiu do quarto. Andou pelo apartamento sentindo uma sensação de alivio só não sabia por quê.
**+**
Chegou à empresa junto com Kevin, lógico, e se despediram apenas com um beijo no rosto quando ele teve que ficar antes do andar de Peter. Quando as portas do elevador abriram, Aline deu de cara com uma mulher sentada na “sala” de espera, ela riu gentil e se aproximou estendendo a mão.
— Bom dia, sou Aline Sobral, a secretária de Peter Johnson, em que posso ajudá-la?
— Ah que bom hein! – a mulher levantou, jogando a bolsa no ombro — eu tenho um assunto pra tratar com ele, mas ele não chegou ainda, é um negócio importante em Tóquio.
— Bom, ele já deve está chegando, se importa em esperar mais um pouco? – ela foi gentil e a mulher concordou.
Até pediu um café depois de alguns minutos. A mulher parecia muito interessada em sua beleza no momento, tinha repassado o batom vermelho puta duas vezes e chegado o rímel mais vezes. Arrumando o vestido na altura do decote extremamente grande e nem se ligado que embaixo estava pequeno. A porta do elevador abriu e de lá saiu um Peter que parou imediatamente ao ver a mulher sentada.
— Karin – foi como um sopro gostoso, e correu para abraçá-la. Aline ficou em pé vendo os dois se abraçarem, ficou de nariz empinado para saber o que Peter estava falando quando sussurrou alguma coisa no ouvido dela e depois apertou sua cintura querendo descer mais um pouco, mas não fez isso. A mulher beijou o canto da boca dele e se olharam — é um prazer ver você de novo.
— O prazer é todo meu – olhou pra ele e depois para a mulher em pé em frente à mesa da secretária, Aline. Ela assistia a cena com um sorriso sínico. Peter segurou a mão de Karin puxando ela pra dentro da sala.
— Senhorita Sobral, traga algo para anotar o que será dito, é muito importante isso. – falou seco, passando por ela olhando diretamente para Karin e pra tudo aquilo que ela oferecia.
Aline entrou na sala depois de cinco minutos, eles estavam sentados no mesmo sofá, conversando muito perto. Ela falava algo engraçado e ele sorria muito, e quando ela sorria se abaixava um pouco para mostrar mais do decote, e ele olhava sem vergonha alguma. Passou alguns minutos vendo aquela palhaçada até ele dizer que tinham que trabalhar, ela levantou primeiro e foi rebolando até a mesa, e Peter, foi olhando sem desviar o olhar daquele “monumento”.
— Peter, eu separei vários endereços pra você – falou se debruçando na mesa, empinando a bunda ele olhou para o papel.
— Sei, quero montar o mais rápido possível, acha que ficará bom? –perguntou.
— Claro, lá é uma cidade muito bonita e quente – falou olhando pra ele, perto demais, quase esfregando sua bunda no pênis dele — não chega a temperatura que está aqui, mas é próxima.
— Tenho certeza que sim – ele disse e olhou pra Aline de relance — anote isso e marque um almoço com a senhorita aqui – olhou pra ela de novo.
— É um prazer fazer negócio com você. – disse e pegou sua maleta de novo — e espero fazer muitos outros – deu outro beijo no canto da boca dele e se foi, deixando o homem para trás. Quando ela fechou a porta, Peter foi rápido para o banheiro em sua sala, era pequeno e quase escondido.
A secretaria não entendeu nada até o momento, ouviu alguns barulhos de alguma coisa caindo e se preocupou. Deixou a caderneta em cima da mesa pelos papéis de Karin e foi na direção do banheiro a fim de saber o que era aquele barulho todo. Quando chegou na porta ela viu pela abertura que Peter tinha tirado o paletó, a camisa e a calça, estava... se lavando?
— Senhor Johnson – ela tossiu entrando sem querer, ou querendo, ele só olhou pra ela não esboçando raiva, ou vergonha por ela o ver daquele jeito.
— Que foi? Quer me ajudar com isso aqui? – ele falou abrindo os braços — eu odeio aquela mulher, o perfume barato me enoja e sua sedução me enlouquece.
— To vendo – disse e olhou pra ele se virar de novo, admirou o corpo dele de costa, malhado, as coxas grossas, a bumba grande, os ombros largos, era um homem em tanto.
— Se você tirar uma foto vai durar mais – ela subiu da bunda dele para o rosto do homem — mas se quiser tocar, garanto que nunca mais vai esquecer.
— Obrigada, mas vou recusar – deu as costas, as pernas bambas.
— Ei Aline – ela parou e olhou pra trás, ver Peter de frente também era uma tentação demais para seu corpo, ele estava lá, todo bonitão, forte, sarado, do jeito que ela gostava, mas não podia. — pode me fazer um favor?
— Acho que preciso de um ar primeiro.
— E eu posso te dar muito – se aproximou dela bem devagar, a cercando lentamente. Quando parou na frente dela, segurou sua mão, levando diretamente para seu pau que estava duro — tanto posso dar quanto tirar.
— Tudo isso porque viu uma mulher se atirar pra cima de você? – perguntou, mas não tirou a mão de lá, e nem a moveu.
— Tudo isso porque sua minissaia me permite ver mais a tatuagem – ele falou ofegante, e ela moveu sua mão para baixo — caralho.
— Ainda preocupado com minha tatuagem? Será que você pode pensar em outra coisa? – perguntou e foi mais para frente, o olhar negro prendia sua linha de raciocino.
— Que outra coisa eu deveria me preocupar? – ele levou as mãos para os ombros dela e desceu até a cintura. Quando ela sentiu as mãos dele em seu corpo, seus pelos se arrepiaram e sua vagina piscou, querendo as mãos dele ali.
— Senhor Johnson – ela murmurou movendo sua mão para cima e ele se perdeu naquele toque e na voz doce gemendo “senhor Johnson”. Não pode nem mesmo segurar suas mãos quando desceram para a bunda dela puxando ela pra perto do seu corpo e beijando sua boca.