Capítulo 2 – O Reencontro
Cinco anos se passaram após a noite em que o rei Ethan, bêbado e drogado, tomou Lydia em seus braços e a violentou. Desse ato selvagem, uma gravidez surgiu, só que não foi uma simples gravidez. Lydia teve quatro filhos do rei, que infelizmente nunca foram registrados com o nome do pai, já que até o dia de hoje Lydia não sabe quem a possuiu naquela madrugada.
Por mais que não fosse do desejo de Lydia ser mãe tão jovem e principalmente daquela forma, a adorável moça amava de paixão os seus pequenos filhos. Eram a sua alegria e razão de viver, seus filhos eram as benções que vieram através de uma maldição. As crianças não sabem que são frutos de um ato violento, para elas Lydia sempre conta a história de que em uma noite magica eles foram postos na barriga dela e assim eles vieram ao mundo. Por serem pequenos demais para questionarem a ausência do pai, as crianças aceitam as histórias contadas por Lydia.
Ela nunca mais pisou no palácio após aquela noite e também nunca mais viu sua irmã. Após descobrir que estava grávida de quadrigêmeos Lydia aceitou qualquer tipo de emprego que surgira na época até o nascimento dos seus filhos, até que por fim, ela conseguiu uma vaga em um cassino por meio período, os horários são somente à noite, o que permite que Lydia cuide de seus filhos durante a manhã e à tarde.
Lydia mora com a sua mãe, Beatriz. Sua mãe sempre sonhara que a filha viveria uma vida mais luxuosa, que com a beleza de Lydia, a sua filha teria conseguido um marido da alta sociedade, porém, após os nascimentos das quatro crianças, Beatriz acha sua filha uma inútil, que só serve para trazer dinheiro para casa.
Antes de ir para o trabalho, Lydia dá janta para os seus quatro anjinhos e se despede deles com um beijo na bochecha de cada um deles.
— Se comportem meus amores, obedeçam a vovó e prometo que quando a mamãe voltar, irei dar mais beijinhos em vocês — Lydia declara com uma voz doce para os seus filhos.
— Não demola mamãe, ficamos semple com saudade de você — o filho mais velho de Lydia responde, a voz da pequena criança é adocicada e até mesmo macia ao seu ouvida. Lydia sente o seu coração apertar com a declaração do filho, ela queria poder ficar e colocar eles para dormir, mas precisava do emprego.
— Prometo que não irei demorar meu príncipe — ela declara sorridente, disfarçando a dor que sente no peito por deixá-los com Beatriz.
Ao sair de casa, Lydia tenta pensar positivo até o trabalho. Suas crianças são sua vida agora e elas são tão espertas, educadas e atenciosas, Lydia tenta se convencer de que está fazendo uma boa criação para os seus filhos.
O cassino fica no centro da cidade, é sempre muito bem lotado todos os dias, com turistas e jogadores da casa que sempre fazem apostas altas. A função da Lydia é recepcionar os clientes da área VIP, lhe entregando bebidas, mais fichas de jogos, sempre atender as necessidades dos clientes para que eles sempre continue gastando dinheiro com apostas.
Ao chegar no estabelecimento Lydia, sua colega de trabalho lhe informa que o seu chefe quer vê-la em seu escritório. Não querendo contrariar seu chefe que sempre deixa que ela saia mais cedo caso precise por causa dos seus filhos, Lydia parte em direção ao segundo andar do cassino, onde fica o escritório. Antes de entrar, ela bate na porta com delicadeza.
— Quem é? — uma voz grossa e estridente grita de dentro do escritório.
— Sou eu, chefe — Lydia se pronuncia, abrindo um pouco a porta antes de entrar.
— Querida, Lydia, entre, entre — seu chefe suaviza a voz ao fazer a ordem. Lydia obedece e fica de frente a mesa de seu chefe.
— O senhor mandou me chamar? — Lydia pergunta um pouco tímida.
— Sim, querida, sim — ele concorda apressado. — Eu preciso que você me faça um favor. É na realidade uma oportunidade para você fazer um valor extra. Você aceita?
— Claro! Claro que sim, chefe — Lydia concorda animada. Qualquer dinheiro que entra para ela é um alívio.
— Ótimo! — seu chefe anuncia alto e se levanta.
Ele vai até um armário que está atrás de Lydia e retira lá de dentro uma roupa provocativa que é composta por uma saia curta de couro preto e um cropped de renda branca quase transparente. O chefe dela entrega aquelas peças de roupas nas mãos de Lydia e depois vai até uma gaveta e pega uma máscara aveludada preta.
— Preciso que você vista isso e vá até a área exclusiva cuidar da recepção de outros clientes — ele ordena.
Lydia fica constrangida com as vestimentas que lhe são oferecidas e seu chefe nota a reação da moça.
— Você é uma das minhas mais belas funcionárias, Lydia. Sua dedicação com os clientes Vips é impecável.
— Obrigada, senhor — ela responde tímida.
— Com essa promoção, você recepcionando clientes mais importantes, eu irei aumentar o seu salário.
A moça reluta um pouco, pensando se deveria mesmo fazer aquilo, porém ela acaba por concordar, Lydia precisa do dinheiro por causa dos seus filhos, não é fácil ser mais de quatro crianças que em um piscar de olhos já crescem muito rápido.
— Tudo bem, senhor. Irei me trocar — ela concorda por fim.
— Ótimo, depois vá para o quinto andar e fique na recepção por favor — seu chefe comunica antes de Lydia sair.
A pobre Lydia veste as roupas sensuais com certo receio, ela sente que está praticamente nua usando aquelas peças pequenas e provocativas. O que lhe dá um mínimo de conforto é a máscara preta que ela coloca no rosto, conseguindo assim esconder sua vergonha de ter que se sujeitar aquilo.
No quinto andar, o rei Ethan e seu melhor amigo vão para o cassino para tratar de negócios com uma empresa secreta. O cassino é o melhor lugar para lidar sobre aquele assunto, porque o rei vai disfarçado, sem toda o preparo que empresas legitimas fazem quando possuem reunião com o rei do pais, no cassino o Ethan é apenas um homem rico como qualquer outro homem ali dentro.
Os dois são encaminhados para uma sala particular, o chefe de Lydia envia uma moça para entreter os seus clientes enquanto esperam para fechar negócios. A moça é nova no serviço e está nervosa, ela tenta agradar o rei Ethan trazendo bebidas para ele e seu melhor amigo, porém a pobre coitada deixa uma taça cair no chão perto dos pés do rei.
— Olha o que você fez, sua imbecil! — Ethan grita com a moça.
— Perdão, senhor! Eu posso limpar, me dê um minuto — a jovem mulher diz assustada, sua voz sai tremula e seus olhos estão arregalados.
— Vá embora, vagabunda! Não sabe servir uma bebida direito, provavelmente não saberá sequer limpar o chão. Suma da minha frente, agora! — o rei das as ordens com gritos.
A funcionaria mortificada obedece o comando do rei e vai direto até o seu chefe contar o ocorrido. O chefe da Lydia não querendo contrariar ainda mais a ira do seu mais novo cliente, decide mandar outra moça.
— Lydia, vá até a sala 12 e sirva os homens que estão lá dentro — o chefe de Lydia comanda enquanto a moça estava na entrada do quinto andar.
— Mas senhor, você só pediu para que eu os recepciona-se aqui, eu não...— Lydia tenta argumentar, mas o seu chefe lhe interrompe.
— Você é a melhor funcionaria que eu tenho para isso, Lydia. Por favor, obedeça.
— Tudo bem, senhor — Lydia concorda contrariada.
A jovem moça, antes de ir até a sala do rei Ethan, passa no bar e pega um champagne caro, quatro taças limpas e coloca tudo isso em uma bandeja e vai em direção à sala 12 onde o rei está.
Ao entrar no aposento, Ethan observar a beleza de Lydia naquelas roupas sensuais. A moça possui cabelos pretos longos com as pontas onduladas que estão soltos, sua altura sem os saltos alto é mediana, ela possui seios fartos mas não muito grandes, os lábios de Lydia são carnudos e formam a letra U na parte superior do lábio, os seus olhos são de um verde esmeralda.
— Mais uma querendo nos agradar — Ethan comenta com desdém ao ver Lydia chegar perto dele.
— Isso é com os cumprimentos do meu chefe, senhores — Lydia anuncia, ignorando a provocação do rapaz.
— Espero que você seja melhor do que a outra moça sem neurônios que veio nos servir — Ethan provoca com humor. — Com certeza você é bem mais bonita do que ela.
Lydia revira os olhos e coloca a bandeja em cima da mesa de centro que se encontrava na frente do Rei. Ao se inclinar para baixo para servir os champagnes nas taças, Ethan observa com desejo a bunda arrebitada de Lydia.
— Gata, não precisa se oferecer tanto assim, eu te comeria sem problema algum — Ethan fala com a voz rouca e risonha.
Isso faz com que Lydia se vire para ele com uma taça na mão e derruba de proposito na roupa de Ethan.
— Você é muito babaca, sabia? — Lydia prolifera revoltada para o rapaz. Ethan se levanta surpreso com a ousadia da garota.
— Quem você pensa que é para fazer isso? — ele grita com ela.
— Alguém que com certeza não dormiria com você nem por um milhão de anos, seu idiota — Lydia grita de volta para ele.
— Olha aqui sua imbecil, você abaixe o tom para falar comigo. Eu posso fazer você ser mandada embora desse lugar em um estalo de dedos — Ethan ameaça enquanto de fato estala os dedos na frente de Lydia.
A garota joga os cabelos para trás, pronta para argumentar e discutir ainda mais com o homem parado na sua frente. Ao fazer esse movimento, o rei Ethan nota uma marca de nascença no pescoço da mulher que chama a sua atenção, é uma pinta no formato de um coração, é pequeno mas para Ethan é familiar aquela marca.
— Eu não me importo de perder meu emprego se isso significa que não irei mais ver essa sua cara de prepotente mimado e arrogante — Lydia prolifera revoltada, porém o rapaz já não está prestando atenção no que ela fala, seus olhos estão focados no pescoço da moça.