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CAPÍTULO 7

Quando voltou para o prédio, subiu de elevador com um sorriso e meio no rosto. As portas se abriram e lá estava ela novamente em sua sala arrumada. Aproveitou para trocar a água da jarra que ficava na mesinha de centro entre dois sofás de espera. Arrumou as cortinas da janela para entrar um pouco de luz quando o elevador se abriu de novo, de costas, Aline viu o Johnson sair e olhar direito para sua mesa, ele ficou olhando sem percebê-la. Aline quis rir quando ele colocou a mão na cintura.

— Senhor Johnson, algum problema? – perguntou se aproximando cautelosamente, Peter se virou para ela e negou com a cabeça — em que posso ajudá-lo?

— Não, nada. Pensei que demoraria mais para voltar – Aline rolou os olhos e andou na direção dele, mas passou direto.

— Senhor Johnson, sei das minhas obrigações, e dos meus deveres, assim também, como sei dos seus. – abaixou um pouco na frente dele para pegar três pastas — isso aqui é para o senhor analisar. Foi deixado logo depois que saiu para o almoço.

Ele recebeu olhando pra ela e abriu à primeira, era o relatório do mês em um de seus vários cassinos deu uma olhada boa e fechou. Aline já tinha sentando e fazia seu trabalho, tranquila.

— Sabe quando Mateus irá embora? – perguntou, perto do rosto dela depois de se debruçar na mesa, Aline olhou para o lado, encarando o rosto do homem grande, bonito, sensual e sem a porra do palito, ostentando o colete preto na camisa branca.

— Amanhã pela manhã.

— Pretende se encontrar com ele novo?

— Claro, hoje à noite – riu. Era mentira, mas ele não precisava saber de nadinha de nada. Peter esboçou um sorriso e jogou de volta as pastas.

— Analise isso, reescreva tudo novamente e me entregue amanhã assim que chegar. – ela olhou pras pastas, não terminaria antes do expediente acabar, ou terminaria?

— Isso é muito. Não acho que consigo terminar tudo, terei que levar pra casa.

— Faça seu trabalho ou você tem algo melhor pra fazer? – ela fechou a boca e entendeu a deixa. Peter virou as costas para ir embora.

— Se você tiver alguma coisa pra me falar, fale agora – Peter parou e virou – eu não sou uma idiota, eu sei o que está fazendo.

— A sabe? – ele voltou quando ela levantou, cruzando os braços.

— Sei, e não vai da certo, porque eu não sou esse tipo de mulher, e mesmo que deixe a porta aberta e mostre o quão forte é, não vai me seduzir, ou conseguir alguma coisa. Isso não me atrai.

— Eu sou noivo, não me importo com você, vou me casar em breve. Não quero nada com você.

— É mesmo, então porque tanto olha pra minha tatuagem? – Peter olhou por dois segundos e fixou nos olhos dela — quer saber – ela deu a volta na mesa parando na frente dele — sei que está curioso, não é a primeira vez que vejo esse olhar.

Peter estava de boca aberta.

— Pra tirar sua curiosidade, eu vou lhe contar – ela virou de lado e levantou três centímetros da saia, Peter mordeu a língua — ela começa aqui, é uma corrente de flores coloridas, – mostrou as primeiras, e depois abaixou a saia. — passa pela cintura, sobe pela costela, cobre todo o meu ombro e desce pela minha costa e termina aqui – apontou ao virar de costas e mostrar a ponta na parte de trás da perna esquerda, Peter passou a mão no cabelo olhando pra bunda dela. — tem só quatro cores. Rosa, amarelo e verde. – seguiu para a mesa.

— Você só disse três.

— O quê?

— Disse que tinha quatro cores, você falou só três.

— Ah, é né – sentou arrumando a saia no lugar — é que a quarta é exclusiva apara quem pratica um esporte interessante em cima da cama. O mesmo que prática, senhor Johnson.

Ela voltou pro seu computador, começando a fazer o que ele tinha mandado, Peter tampou a ereção nas calças e entrou pra sua sala, fechando a porta dessa vez.

Lá fora, Aline começou a rir. Talvez aquilo já bastasse.

**+**

“— E como tá no trabalho?” – ouviu sua mãe perguntar pelo telefone. Tinha chegado tarde do escritório, mas não negaria uma ligação da sua mãe naquele tempo.

— Bem, o chefe parece legal – sentou na mesa de frente pra sopa de verduras que iria tomar.

“— Bem legal, do tipo que não da em cima de você? É um velho, aposto.”

— Mãe! Não é um velho e ele não tem chances de fazer isso – tomou um pouco da sopa — como vai o pai?

“— Ah tá bem. Passa mais tempo lendo jornal do que fazendo alguma coisa dentro de casa, não mudou muita coisa.”

**+**

Ele chegou cansado do dia, mas ainda assim, teve que enfrentar uma briga com Dafne, pelo motivo, ele nem deu ouvido, mas escutou ela falar, falar, e falar enquanto ficava sentada na cama, ela andava de um lado pro outro mexendo as mãos na frente falando do casamento e de como as coisas estão difíceis pra ela fazer sozinha.

— Mas eu vou fazer isso tudo porque eu amo você e nós vamos casar – terminou dizendo isso, e Peter voltaram a prestar atenção.

— Tudo bem, posso tomar um banho agora? – perguntou e levantou ficando mais alto que Dafne, ela começou a desfazer o no na gravata e tirou o paletó.

— Posso fazer uma pergunta?

— Mais uma?

— Peter – ele não respondeu — Aquela mulher que está no seu escritório, não era ela esquisita?

— Não, é muito competente no que faz – lembrou-se de suas investidas que não deram certo e das vozes melodiosa que era obrigado a ouvir toda vez que ela abria a boca — Porque a pergunta?

— Ela me pareceu uma vadia, burra ainda por cima.

— Vadia ou não, quero ela pra fazer o trabalho que Ema deixou – passou pela noiva que não interpretou aquele “quero” como uma coisa profissional.

— Acha ela bonita? – perguntou Dafne seguindo o noivo até o banheiro — me fale a verdade.

— Acho, ela não parece uma mulher comum pra mim? Parece pra você?

— Mais bonita do que eu? – estava escorada na porta e Peter no chuveiro, ele expirou com raiva, falar a verdade poderia o fazer ir dormir no sofá.

— Não Dafne, você é mais bonita – mentiu. Quis nem saber do resto.

Tomou seu banho quente e quando estava satisfeito, saiu do banheiro, e para o seu prazer maior, encontrou sua noiva deitada na cama, completamente nua pronta para ser sua. O sorriso nos lábios indicou que ele queria tanto quanto ela e foi diretamente para cima dos seios grandes os apertou com força subindo beijos molhados pela barriga lisa e sem marcas até chegar à boca marcado de vermelho e beijou.

“Pra tirar sua curiosidade eu vou lhe contar.”

Peter parou de beijar Dafne, olhou pra ela por segundos, teve certeza de que ouviu alguma coisa desistiu voltando a beijar aquela que estava debaixo do seu corpo subindo as mãos por suas costas e trazendo o corpo magro para cima do seu.

“Ela começa aqui, é uma corrente de flores coloridas.”

Ele deixou a boca de Dafne e ela começou o seu trabalho, o que ele mais gostava. Peter deitou a cabeça pra trás tentando se concentrar no boquete que estava pra começar.

“Passa pela cintura, sobe pela costela, cobre todo o meu ombro e desce pela minha costa e termina aqui.”

Ele tinha certeza que Aline estava dentro da sua mente, ele bateu na cabeça, os lábios de Dafne faziam um trabalho bom, mas ele nem sentia quase.

“Tem só quatro cores: rosa, amarelo e verde.”

— Qual é a outra?

— O quê? – Dafne parou o que fazia, e Peter mirou seu olhar nela — qual é o outro o quê?

— Hein? – Ele sentou na cama, olhando pro seu pau, não estava excitado, Dafne sentou na cama, cruzando os braços — Dafne...

— Isso é sério? – ele não respondeu — isso nunca, Peter, nunca aconteceu comigo, ou com você – levantou zangada.

— Não é por minha causa.

— Tá dizendo que eu não sou mais o suficiente? Que não consigo nem excitar o homem que eu vou me casar? – apontou para seu peito — isso é uma loucura, você nunca deu pra trás, e hoje... Sem palavras, Johnson.

Saiu do quarto deixando homem sentando na cama, incrédulo e confuso, ele nunca mesmo tinha dado para trás sempre se jogava no colo dela e fazia tudo o que desejava, mas hoje, naquela noite, os pensamentos dele não estavam na transa presente e sim da que viria, porque ele descobriria qual era a maldita cor que Aline não contou.

— Dafne – ele chamou ela apareceu na porta do quarto, arrumando o roupão no corpo — já pensou em fazer uma tatuagem?

— Como é que é? – rolou os olhos e saiu do quarto indo pra cozinha — Ele só pode tá brincando.

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