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Capítulo 05

Angelina Leone

Ao abrir os olhos na manhã seguinte, a primeira coisa que faço é pegar o celular e ver se Beto falou comigo. Fui preenchida por uma decepção enorme ao ver que ele visualizou e não respondeu nada. Tento olhar a última vez que ele esteve online, mas não consigo.

Bufo frustrada! Pior coisa é mandar mensagem para o boy magia, ver que ele visualizou e não respondeu. Fico desanimada na cama por uns trinta minutos, porém tenho que me levantar para conquistar o dinheiro de cada dia.

Ao chegar à produtora, a recepcionista me informou que todos os integrantes do filme estão reunidos na sala de reunião. Conheço todos os presentes, depois que dou bom dia e cumprimento algumas pessoas, meu corpo se direciona para o pretensioso do Beto. Ele sorrir e comenta algo com Drake que não sabe disfarçar e vira o pescoço na minha direção.

Parece até com Bel que falo amiga disfarça e olha para trás, porém ela vira o pescoço na velocidade da luz, e ainda pergunta cadê o boy? Penso sorrindo.

- Bom dia, minha flor de lótus. – Drake sussurra olhando-me descaradamente. Seus olhos percorre todo o meu corpo. Hoje estou vestida com um vestido tubinho azul marinho e saltos pretos, e os cabelos soltos.

- Bom dia. – Falo sorrindo.

- Posso saber o motivo deste sorriso lindo. – Sussurra sem tirar os olhos dos meus.

- Apenas me lembrei de algo, mas nada em especial. – Falo virando-me para Beto.

- Olá, querido. – Falo lembrando-me como Luiza, minha personagem, chama o marido.

- Olá, meu anjo. – Fala exatamente da mesma forma que Robert fala com a mulher.

- Começamos com as gravações e eu não estou sabendo. – Drake murmura. Vejo que ele nos encara com interesse, mas não desvio os olhos do de Beto. Coloco a sacola com o aparelho em cima de uma mesa que está próxima a ele, e falo.

- Eu não preciso que me compre um IPhone, e por isso, não posso aceitar. – Falo e sorrio, esperava que ele fosse falar algo que me convenceria a aceitar, mas não. Ele apenas falou que tudo bem. Juro que fiquei mortificada com sua indiferença e o que me salvou foi o diretor que nos chamou para conhecer o set das primeiras gravações.

Um cenário de uma casa comum e aconchegante foi montado no set, a casa é o local onde acontecerão as primeiras cenas. Sinto um arrepio ao ver o nosso quarto, local onde acontecerão algumas brigas, reconciliações e sexo. Aproximo-me da cama e acaricio o lençol sentido a maciez da seda. Engulo em seco, pois hoje faremos a primeira cena que começará com sexo.

- Agora que todos conhecem o local podem ir se trocar e se preparem para iniciar as gravações. – O diretor fala e meu corpo inteiro esquenta! Não tenho mais como escapar, começarei a viver os melhores momentos da minha vida, e apesar dos sentimentos de aflição e medo, também me sinto ansiosa e eufórica. Uma mistura louca de sentimentos!

Nesta primeira cena que faremos hoje, eu estarei mais um dia na minha casa, depois de ter chegado do meu trabalho. Luiza é uma dona de uma loja de cosméticos no próprio bairro, conhecida por todos os moradores da rua e uma simples dona de casa.

Estou deitada na cama, lendo um livro quando meu marido chega e vai direto para o banheiro tomar banho. Ele pensa que não sinto o cheiro da bebida, porém eu não falo nada. Ele toma banho e se deita ao meu lado. Por estarmos duas semanas sem fazer amor, sinto uma necessidade enorme do meu marido, por isso coloco a mão por debaixo do lençol e acaricio o pau dele que não demora a reagir. Robert se vira na minha direção e em poucos minutos estou em cima dele, fingido que estou montado e sentido prazer...

Na cena que acabamos de gravar o diretor achou melhor que usássemos tapa sexo e que não houvesse nenhum tipo de penetração, pois poderia passar a ideia errada. Pois no início do livro é narrado a forma como Robert e Luiza deixaram o casamento cai na rotina fazendo com que o sexo fosse apenas uma obrigação e não por prazer.

Mesmo sem fazer sexo de verdade, quando fui me trocar sentir como estava excitada pela cena que acabei de fazer. Ter as mãos de Beto pelo meu corpo, seu olhar me seduzindo acabaram comigo. O diretor indicou que assistíssemos o filme, 9 Canções (2004), do diretor britânico Michael Winterbottom, quando o diretor sugeriu o filme percebi a troca de olhares entre ele e Beto, este sorriu com o canto da boca. Seu gesto me deixou intrigada, mas deixei de lado, pois se perguntasse ele não me diria mesmo.

Alberto Fellini

- Aonde vocês vão? – Drake perguntou quando saí da produtora com Angelina.

- Vamos assistir ao filme nove canções. – Falo naturalmente e coloco a mão nas costas de Angelina, abro a porta do carro e ela entra. Quando dou a volta para o outro lado do carro, escuto Drake murmura.

- Você não vale nada. – Fala sorrindo.

Ele diz isso, pois ficou perceptível que Angelina não sabe do que se trata o filme. Irei resumir o que tem no filme, dois jovens apaixonados, bebida, rock, mais ou menos duas cenas de briga e muito sexo, e a cereja do bolo é que os atores realmente transam, e são filmados com detalhes explícitos, porém não é um filme pornográfico, pois não foi feito com a intenção de causar excitação, o diretor se propôs a romper tabus cinematográficos sobre o sexo que estão em vigor há anos.

Irei mentir se disser que não fiquei excitado quando assistir pela primeira vez, pois apesar de ter feito e visto coisas piores no clube, o filme mostra o que dois jovens apaixonados mais fazem, sexo!

- Por que não chamou Drake para assistir com a gente? Angelina pergunta quebrando o silêncio.

- Quero ficar sozinho com você – Sou direto. Não tenho motivos para ficar de joguinhos e esconder o que eu realmente quero.

- Você não devia querer isso. – Fala e vejo que ela olha distante para a janela.

- Sua mulher? – Ela fala depois de respirar fundo.

- Não lhe traria para minha casa se ainda estivesse com ela. – Falo depois que entro pela garagem da minha casa. Olhei em direção ao seu rosto e ela ainda olhava para janela como se buscasse uma resposta para algo. Peguei no seu queixo e virei seu rosto na minha direção. Seus olhos aflitos buscaram os meus.

- Não tenho motivos para mentir para você, mas não se preocupe, vamos apenas assistir um filme. – Falo e vejo que ela fica mais tranquila, porém ela não devia acreditar em mim, pois enquanto gravávamos ela sentiu o quanto meu pau estava duro, e se ficou daquele jeito numa sala com outras pessoas, imaginem como ficará quando estivermos a sós assistindo um filme "inocente".

Angelina Leone.

Não sei quem eu estava querendo enganar! Quando chamei Bel para assistir ao filme comigo, ela me falou que não teria tempo para assistir hoje por causa do trabalho. Então, quando Beto me chamou eu aceitei, porém eu devia ter chamado outras pessoas para assistir com a gente, pois agora estamos sozinhos em sua casa.

Qual a necessidade que o homem tem de morar sozinho numa casa grande destas. Meu subconsciente grita que ele é casado e que provavelmente está mentido para mim, mas eu ignoro-o por completo. Desde o momento que fomos anunciados como integrantes do elenco não ouvir aparição da mulher dele, e a mesma não aparece na produtora e em lugar nenhum, é como se ela não existisse. Minha língua coça para fazer perguntas, mas coloquei na minha cabeça que vamos assistir, e depois de agradecer pela hospitalidade irei embora.

- Não pense demais, Angelina. – Beto fala trazendo um balde de pipoca, uma lata de leite condessado e dois copos gigantes com refrigerante. Vejo que ele mudou de roupa, vestindo apenas uma bermuda e uma camiseta.

- Sua casa é linda. – Falo mudando de assunto. As paredes são pintadas de branco e creme, os móveis são modernos e o ambiente é espaçoso. Sento-me no enorme sofá branco e ao tocar no mesmo vejo que é de veludo e me apaixonei por este sofá no mesmo instante. Ele afastou a mesa de centro e jogou algumas almofadas que estavam no sofá no tapete.

Observo que ele criou um clima aconchegante e intimo para assistimos. Engulo seco! Parece que nos conhecemos há anos. Ele entrega-me o balde de pipoca e diz que fez pipoca de micro-ondas e espera que eu goste. Eu sorrio com sua atenção e me sinto mais à vontade.

Se não fosse a atração que sinto por ele seria tudo mais fácil. Retiro os saltos altos e coloco um travesseiro no meu colo, ele pega o controle da televisão e começa a procurar o filme e depois de achar no youtube ele coloca. Começamos a comer a pipoca e meus olhos estão grudados na televisão.

Comecei a tossi desesperadamente quando ouvir gemidos e a cena que apareceu na tela, um casal transando numa cama durante um show de rock. Beto ajudou-me a levantar os braços e bateu de leve nas minhas costas.

Quando me sentir melhor ele sentou-se novamente, apenas para assistirmos mais uma cena de sexo. Caralho! Estou me sentindo uma idiota por quase morrer engasgada com uma pipoca só por ver uma cena de sexo. Que porra de atriz eu sou! Beto assiste tranquilamente e tento focar no filme.

Fui pega de surpresa, pois o filme não tinha nem três minutos e já estava rolando sexo e este filme foi lançando em 2004, nem cinquenta tons de cinza foi tão rápido. Eu estava completamente tensa no sofá, enquanto via a cena que se passa diante dos meus olhos. A atriz pega literalmente no pau do cara e pede que ele foda ela. Minha excitação aumenta quando noto que as cenas de sexo que estamos assistindo são reais, pois o cara chupa a buceta da mulher e ao assistir ao filme não há como negar, pois, nenhuma edição de vídeo reproduziria algo tão bem assim.

Eu me recuso a olhar na direção de Beto. Meu corpo está travado e colado neste sofá de veludo.

As cenas seguintes são mais tranquilas, mas quando a atriz ler um pedaço de um livro erótico para o namorado ele venda os olhos dela e prende os braços dela na cama. Sei que estas cenas podem ter se tornado cliché, mas os dois fazem a cena de forma tão verdadeira e excitante que sinto minha vagina pulsar de desejo. Engulo seco e consigo ouvir a minha respiração pesada.

Vejo que ele assiste as cenas sem tirar os olhos da tela, nem parece perceber que estou morrendo ao seu lado. A minha vontade é de sair correndo e não voltar nunca mais, porém eu quero mostrar que posso ser tão profissional quanto ele, se ele consegue se controlar eu também consigo.

Eu resolvo fechar os olhos e não sei se isso realmente me ajuda, pois só escuto os gemidos dos autores. Algumas cenas se passam e o que vejo a seguir destrói completamente qualquer raciocínio que eu poderia ter... Os dois estão deitados na cama e ela se move até embaixo e deixa o pênis do parceiro ereto ao lamber seu pau e chupar o ovo, meus olhos veem o pau dele ficar ereto e ela colocá-lo inteiro na boca. A cena me excitou ao extremo, pois ver a excitação no corpo do personagem e vê sua ejaculação acabou comigo. Fui nocauteada e tentei correr para fora da sala não suportando um minuto a mais...

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