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Emprego impressionante

Depois das suas palavras o celular desliga-se como se tivesse marcado uma maldição. De imediato jogo o telefone ao lado, na cama e continuo a acarinhar o meu gato que me deixa leve sempre que ele estiver no meu colo. Gosto muito deste pet e dei um nome que aprecio, Ashlem, pois sou muito fã da série de livros do Caçador.

— Ashlem, será que Jaque está falando algo bom? Eu duvido muito. — eu digo para o meu gato como se ele fosse capaz de trazer alguma resposta que me faça chegar a alguma conclusão.

Viro e olho para a minha parede cheia de fotografias e imagens dos alvos que considero como pontes para o meu principal alvo. O cansaço e a fome depois de uma noite de uma missão com um passo bem dado, me deixam com a vontade de deixar a minha mente desligar-se por um momento.

A primeira coisa que desejo fazer neste instante é tomar um banho bem quente na banheira e depois ver a questão da fome e por fim outras coisas, porém não menos importantes como o caso de uma meditação.

Ashlem sai do meu colo, pulando para o chão como se tivesse lido os meus pensamentos, pois estou prestes a levantar para me despir e me dirigir ao banheiro.

Começo a me despir ainda no quarto em frente ao espelho onde vejo que, como se fosse um truque de mágica, a minha cintura está cada vez mais fina e o meu corpo está mais para um de modelo. Tiro a minha máscara, peruca, deixando o meu cabelo natural, de uma das minhas cores prediletas, a cor preta.

Tiro as minhas lentes que tornam os meus olhos verdes assim restando a cor verdadeira dos mesmos, castanho.

Depois de ter lavado a minha cara na pia do banheiro, tirando quilos e quilos de maquiagem que levei um bom tempo para aplicar no meu rosto de modo a ficar com uma outra aparência para a minha missão, levo a minha taça de vinho, encho a banheira de água, entro e faço o que chamo de conversa íntima.

O dia amanhã promete mais trabalho e tenho que chegar mais cedo assim como sempre. Viver nesta vida minha necessita de uma pessoa super organizada como eu e agradeço imensamente a Neide por me ajudar todos os dias nessas tarefas de alguém perfeccionista como eu.

Dou goles despreocupados na minha bebida enquanto isso faço de tudo para esvaziar a minha mente que intenta em me fazer refletir sobre as minhas ações, coisa que não quero de jeito nenhum fazer neste exato momento.

Escuto o meu gato miar na porta, na verdade isso eu considero como um ritual, pois sempre quando me encontro no banheiro tomando o meu banho, Ashlem para do outro lado da porta e começa a miar. O Sr. Joy afirma que é apenas um hábito que o animal adotou por ser muito fiel a dona, neste caso eu.

Morando com Ashlem apenas, me sinto muito confortável, porque as minhas missões estão tendo um bom resultado. Agora conto com 20 vítimas e pelo que estou percebendo todos preferiram entregar a própria vida do que do meu alvo principal, fato que mostra o grande poder do homem, mas eu vou encontrar o macho e acabarei com ele, pedaço por pedaço.

De repente durmo e um tiro faz com eu quase pule fora da banheira e também quase despeje o meu vinho jazente na grande taça. Porém, apenas foi uma lembrança em forma de sonho que tem me perturbado por muito tempo que não mais conto.

Levanto da banheira e me dirijo ao espelho:

— Você é uma mulher muito forte e sempre consegue alcançar os seus objetivos, pois você controla a sua própria mente. — digo para o meu reflexo, em seguida me limpo com a minha toalha e saio totalmente nua para o meu quarto onde apenas visto sutiã preta e uma calcinha da mesma cor.

O alarme no meu celular toca indicando que já é a hora de ver o noticiário na TV onde quero ver como vão os casos em que estou envolvida.

Vou até a sala de estar, ligo a TV e a primeira coisa que aparece é:

— Mais uma vez supostamente uma mulher, que ganhou o nome de "A Mulher Misteriosa" volta a atuar e desta vez a vítima foi um deputado que respondia pelo nome de Dário Jorge Look. O que trouxe a conclusão que se tratasse da serrial killer é o fato de novamente terem encontrado uma peça íntima no rosto da vítima, coisa que é considerada como uma espécie de marca pessoal da criminosa. — logo em seguida depois de ter escutado a informação anoto o nome da vítima para fazer as minhas investigações afim de coletar mais evidências que me levem até ao meu alvo.

Tudo na casa está organizado e inclusive a minha refeição que preciso para que dia seguinte me apresente no meu trabalho o mais cedo possível como tenho feito sempre.

Antes de comer a minha comida, sirvo ao Ashlem e assim a gente como um na companhia do outro. Durante o momento mais sagrado na minha mente passa a ideia de não participar da ideia da Jaque porque algo me diz que se trata de uma armadilha, tenho que ser muito esperta caso não, perco todo o percurso que percorri com a esperança de chegar a minha meta principal.

Após terminar de comer faço digestão e por fim vou ao meu quarto na cama descansar. A noite voa em segundos e o meu alarme toca e fica mostrando 4:00 para acordar me preparar para o meu trabalho.

Acordo, escovo os meus dentes, tomo banho e espero um pouco que a Neide chegue na casa para manter tudo em ordem, pois ela tem esse dom, por isso a gente se dá muito bem.

Não passa muito tempo e eu já pronta, Neide toca na campainha, então vou até lá atender.

— Entra, já está na hora de trabalhar e tudo está nos detalhes de sempre, não se esqueça de alimentar o Ashlem e caso algo não corra bem é só ligar no meu novo número de celular. — digo logo que ela entra na casa.

Neide é uma mulher que tem por aí uns 50 anos de idade e desde pequena, ela cuida de mim. Quando me mudei da casa do meu pai, pedi para ela vir comigo para me auxiliar em casa, por conta do meu trabalho, na verdade trabalhos.

— Está bem, minha querida farei isso. — ela diz com toda cama na voz.

Saio com a minha roupa simples, percorro uma distância que leva uns 50 minutos até ao meu trabalho e chego lá, bem cedo. Sou a primeira a chegar depois do meu chefe.

Encontro que as mesas do restaurante já estão organizadas. Então a minha tarefa está prestes a começar, me dirijo ao quarto dos garçons e visto a roupa adequada para o trabalho e por fim coloco o meu avental.

— Oi, Ingrid! Você chegou bem cedo hoje novamente, eu disse que hoje não era preciso. — o meu chefe diz com a sua voz calma de sempre.

— É estar acostumada, chefe. Eu já não consigo chegar num horário diferente, mesmo depois do aumento do salário.

— Entendo. — ele diz. — Antes que eu me esqueça, cá veio a sua amiga e queria muito falar contigo.

— A Jaque?

— Sim.

A resposta do Sr. Luís faz com que a minha espinha fique gelada, pois isso não é nada bom. Muitas questões levantam na minha mente, sendo que a primeira é: Como é que ela teve a informação que sou garçonete e trabalho justamente neste restaurante.

Desde que me mudei da cidade de Orge para aqui, Palace-Koy, ninguém alguma vez veio me visitar, pois eu não contei a ninguém para proteger a todos que eu amo e também a mim mesma, pois estou numa missão de grande risco.

Tenho que fazer algo drástico. Tenho que contratar alguém para arrancar toda a verdade da pessoa que eu considerava melhor amiga. Talvez o seu trabalho seja me entregar aos chefes dela, e eu não vou permitir que isso acontença.

— Muito obrigado, chefe! Eu vou ligar para ela. — eu digo e nesse mesmo instante vejo um homem jovem abrindo a porta.

É um homem bonito, até que esse adjetivo é insuficiente, pois o jovem é simplesmente galã.

Continua...

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