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7

Omar Bazzi narrando

Eu estou no quarto de Amanda Lins e ela está no banho, acredito que ela não espera que quando sair do banho nua vai me encontrar aqui. Eu mexo nas suas coisas sem fazer barulho, não foi difícil entrar aqui, já que a pensão tinha uma construção baixa. Eu já imagino o seu espanto ao me ver.

Ela está me dando um pouco mais de trabalho que o normal e o meu pai não queria ela morta, ele a queria viva, mas não queria que eu o levasse ele ainda porque ele queria saber até onde um jornalista poderia descobrir sobre ele, sobre o grupo extremista, sobre tudo que a gente fazia.

Eu pego uma agenda de anotação em cima de uma cômoda e começo a ler o que está escrito, um monte de coisa relacionado a vida dela. Eu pego na mão as fotos que ela tinha em um porta retrata olhando cada uma delas, ela pequena ao lado de umas freiras, uma de seu rosto que marcava os seus traços, os seus olhos. Eu pego uma cadeira que tinha no lado da cômoda e pego as cordas que eu trouxe na mochila e arrumo na cadeira, eu pego o que colocaria na sua boca e já seguro na mão quando sinto barulho vindo de dentro do banheiro e eu me escondo atras da coluna do lado da porta para pegar ela totalmente de surpresa. Ela abre a porta e sai cantarolando quando ela sai eu a pego por trás tampando a sua boca e ela me encara através do espelho.

- Silêncio, se você gritar eu te mato – ela arregala os olhos e eu consigo tampar a sua boca. Eu a jogo na cadeira – uma das minhas habilidades é conseguir amarrar as pessoas tão rápido – ela tenta se debater, gritar, se mexer na cadeira.

Eu prendo bem os seus pés e as suas mãos.

- Amanda Lins – eu sorrio passando a mão pelo seu rosto – você é ainda mais bonita nua, queria dizer que com medo, mas você não parece estar com medo. Eu te avisei uma vez que era para você parar, mas você continuou, continuou indo atrás de onde não deveria ir, atrás de pessoas que você não deveria ter ido, você quer prejudicar essas pessoas? Quer prejudicar a dona da pensão? Você quer prejudicar a família dos seus colegas de trabalho? Você tão linda com esse rosto angelical quer ser a culpada por tudo? – ela tenta falar. – eu vou tirar a sua mordaça da boca, mas se você gritar, eu atiro em você, na as cabeça. Você entendeu? – eu falo pegando no seu rosto e ela assente com a cabeça.

Eu tiro a mordaça da sua boca e ela me encara.

- Me solta agora! – ela diz firme e eu sorrio para ela.

- Você ainda não entendeu o perigo que você está sofrendo? Na merda que está querendo revirar? – eu pergunto.

- Você dorme tranquilo todas as noites quando pensa quantas vidas você já destruiu? Quantas pessoas vocês mataram? O homem que você recrutou, Habib deixou uma esposa e dois filhos chorando a sua ausência, filhos esperando pela sua chegada e ele nunca mais vai chegar.

- Achei que você era jornalista e não psicóloga, você acha que jogo emocional vai fazer efeito comigo? – eu falo rindo – Amanda Lins é melhor você voltar a escrever sobre receita, planos de emagrecimento, como cuidar de um filho doente, por que é isso que uma mulher faz.

- Seu machista do caralho – ela fala.

- Olha a boca suja – eu falo passando meus dedos levemente pela sua boca e ela me encara. – Esquece qualquer reportagem, esquece qualquer matéria envolvendo qualquer coisa que você pesquisou. Eu te dou uma semana para você sair do Afeganistão.

- Eu não vou embora – ela diz.

- Você não entendeu – eu falo pegando em seu cabelo e fazendo ela me olhar – Você vai embora ou você morre e todos a sua volta vão morrer também, para explodir uma bomba aqui dentro é rapidinho e todos vão pelos ares, é isso que você quer? – eu aproximo a minha boca da dela e dou um beijo na rua boca ela tenta me empurrar, mas não consegue.

- Me solta seu homem nojento, seu assassino sem escrúpulos – ela grita!

E eu tampo a sua boca novamente e passo a mão pelo seu corpo nu.

- Eu poderia fazer qualquer coisa com você agora, mas não vou – eu falo – Você tem uma semana para sair do país, se não até mesmo – eu pego a foto dela com as freiras – esse lugar aqui eu mando explodir, é um orfanato né? – ela me olha nervosa – imagina quantas crianças vão morrer por sua culpa? Quantas crianças podemos trazer para cá? Matar elas ao vivo para o mundo.

Ela tenta gritar, se mexer na cadeira, ela se balança tanto que a cadeira cai fazendo com que ela bata sua cabeça no chão, eu me abaixo e tiro seus cabelos do seu rosto e abro um sorriso para ela.

- Amanda Lins cancele qualquer matéria, no momento que uma matéria sair, tudo o que você ama, conhece ou já tocou vai explodir pelos ares – eu me levanto pegando a mochila e antes de pular a janela eu a encaro – Boa sorte para sair daí em uma semana .

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