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05- A vilã

O verão passou, dando lugar ao outono refrescante.

À noite, Aurora escapava, ela achava divertido passear pelo jardim à noite, principalmente por que quando chegasse o inverno ela não poderia fazer novamente, suas roupas eram leves e ela não tinha casacos. Quando chegasse inverno ela teria que ficar em seu quarto abrigada do frio, esperando que a primavera voltasse.

Aurora sempre odiou o inverno, aqueles meses que ela sempre sofria de frio, ela desejava que esse fosse diferente, as servas a ignoravam e quando ela reclamava só recebia pior tratamento, elas

paravam de trazer comida, naqueles dias Aurora comia as frutas que escondia até elas decidissem voltar.

Isso aconteceu nas vezes que Aurora reclamou do calor sufocante em seu quarto e novamente quando ela protestou por que elas não trouxeram comida. Depois disso ela parou de reclamar por causa do estômago e mesmo quando ela precisava de algo ela

nunca pedia nada, se contentava com o que tinha em seu quarto.

O outono passou em um piscar de olhos, quando o inverno chegou Aurora teve que parar suas caminhadas noturnas, mas de vez em quando, farta de seu confinamento, ela saia para o jardim por um momento e depois voltava .

Uma noite, enquanto passeava no jardim, Alessandro a viu de novo, ele se escondeu atrás de alguns arbustos e se perguntou por que ele havia feito isso. Ele não se

aproximou dela, nem deixou que ela o visse, ele a observava das sombras, vendo que ela estava

descalça e que não estava usando casaco, mas estava enrolada em um cobertor, ele achou que a princesa era extravagante e então ele foi embora.

Aquele inverno não foi tão ruim quanto no reino de Laios para Aurora. Embora não tivesse roupas adequadas para o inverno, o seu quarto era de qualidade e agradável também tinha cobertores suficiente para mantê-la aquecida. Quando o inverno

acabou a primavera começou, mais uma vez Aurora se sentiu feliz por poder voltar às suas caminhadas.

Aurora estava cantando uma música enquanto olhava pela janela da varanda para o lindo jardim cheio de flores, quando uma serva entrou.

– Princesa, hoje está um belo dia porque você não dá uma volta no jardim?

– Claro, Sua Majestade deu sua permissão.

Aurora muito animada saiu do quarto e foi para o jardim, ela estava tão contente que se esqueceu de colocar os sapatos, ela só tinha um par e eles eram desconfortáveis por que eram pequenos demais, por isso ela não os usava.

Enquanto caminhava pelo jardim sentiu a grama fresca em seus pés caminhou pela primeira vez sob a

luz do sol apreciando o lindo jardim de flores que brilhavam.

De repente ela ouviu uma voz femenina que falava com ela, era uma linda mulher de cabelos castanhos, ela usava um lindo vestido vermelho que fazia se destacar entre as flores brancas no jardim.

“ Ela é muito bonita.” Aurora pensou ao vê-la, ela se aproximou e perguntou.

–Você é a Princesa Aurora Venobich, do reino de Laios?

Aurora acenou com a cabeça em resposta.

Aquela mulher riu zombando e disse:

– Eu não posso acreditar que meu compromisso com Alessandro foi quebrado por alguém insignificante

como você .

– Quem é você?

– Eu sou Victória Vampel, fui noiva de Sua Majestade desde que éramos jovens, deveríamos nos casar há um ano, mais por sua causa isso não aconteceu.

– Sinto muito.

Aurora disse sem dar muita atenção ao que a bela mulher estava dizendo.

Victoria ficou irritada ao ver sua indiferença, ela empurrou fazendo Aurora cair sobre as rosas atrás dela, vários espinhos presos em seus braços e costas, outros em seus pés descalços enquanto lutava para sair.

Victoria olhou para ela com um sorriso satisfeito desenhado em seu rosto, ela estava gostando de

ver sua dor.

Aurora pediu ajuda à serva que a acompanhava em sua caminhada porém não moveu um único dedo para a ajudar, disse com indiferença.

– Eu não quero me machucar, foi seu erro cair nas roseiras, levante por conta própria.

Naquele exato momento, Aurora percebeu que tudo isso estava acontecendo, havia sido planejado com antecedência, a serva estava em conluio com Victoria e ela caiu em sua armadilha.

De repente Victoria se jogou no chão e deu um grito de dor, Aurora pensou que ela tinha enlouquecido,

nem ela mesmo gritou daquele jeito quando caiu nas rosas.

Alessandro que estava passando correu em socorro da senhora que estava gritando, quando viu Victoria,

correu para o lado dela e perguntou o que havia de errado, ela mentiu dizendo que a princesa a havia

jogado no chão e que ela havia caído acidentalmente nas rosas.

Até então, Alessandro não tinha percebido que Aurora estava enredada nos espinhos, ele a ajudou a sair dos espinhos, então perguntou a ela .

– O que aconteceu aqui?

Antes que Aurora dissesse uma palavra, Victoria e a serva inventaram uma história em que Aurora era a má e Victoria a vítima, eram duas contra uma, Alessandro

nem a deixou falar quando a julgou.

– Você é como sua família cruel e implacável, você está tão bem no palácio que pensa que tem o direito de

pisar nos outros, desapareça da minha vista nesse momento.

Aurora riu ironicamente, ela nunca tinha estado bem naquele palácio, pisando nos outros, ela riu desse termo por que foram a serva e aquela mulher que eram como cobras venenosas que pisoteou e machucou, mas ele não acreditaria nela, não importa o que ela dissesse, ele pensaria que ela é a culpada.

Aurora se levantou, os espinhos em seus pés cravaram ainda mais e a fizeram sangrar, ela se afastou o mais rápido que pode e voltou para o quarto, ao chegar tirou todos os espinhos que pode com uma agulha, porém haviam outros que ela não conseguia alcançar e não sabia como iria tirar.

Alessandro levou Victoria para o palácio, depois de lhe dar uma xícara de chá para acalmá-la, ele a mandou

de volta a sua casa.

Alessandro chamou o mordomo e disse a ele:

– Jaffar, mande um médico para ver a princesa.

– Imediatamente, Sua Majestade.

O mordomo cumpriu as ordens do Rei sem fazer perguntas.

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