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Capítulo 11 Perdeu o emprego

Maggie se esforçou para lidar com o súbito ataque da dívida do cartão de crédito e seus infortúnios iminentes. O fardo da preocupação pesava muito em seus ombros, enfraquecendo sua capacidade de realizar até mesmo as tarefas mais simples.

Enquanto Maggie se apressava para servir a multidão na hora do almoço, sua mente estava cheia de ansiedade. Ela se movia de uma mesa para outra, suas ações eram apressadas e instáveis. O cansaço a ameaçava, dificultando a manutenção de sua precisão e atenção aos detalhes habituais.

Em meio a seus pensamentos caóticos, as mãos de Maggie tremiam e, ao pegar uma bandeja cheia de comida fumegante, ela perdeu o controle e o conteúdo foi derramado no colo de um cliente.

"Você estragou minha refeição e arruinou completamente meu humor!" O cliente olhou para Maggie, sua raiva explodiu e chamou a atenção de todos que estavam por perto.

Um tapa! Na frente da multidão, o homem de meia-idade, com suas roupas finamente feitas sob medida, deu um tapa no rosto de Maggie.

O som agudo do tapa silenciou o restaurante, que antes era animado. Mas para Maggie, aquele breve momento de silêncio foi uma humilhação insuportável. Com tantas pessoas testemunhando sua vergonha, lágrimas brotaram em seus olhos. A sensação de ardência em suas bochechas intensificou seu sentimento de desgraça.

O cliente estava furioso, com o rosto corado de raiva. Ele olhava para Maggie com olhos penetrantes. Ele raspou a cadeira ruidosamente no chão, exalando puro desprezo. "Tenho uma reunião com clientes daqui a pouco. Você acha que eu apareceria com essas roupas imundas? Você sabe quanto custa essa roupa? Mais do que seu salário mensal! Você pode me compensar pelo meu prejuízo?"

"Não, senhor, não foi intencional", Maggie implorou em agonia. Ela esperava que alguém interviesse para ajudá-la. Ela não conseguia mais suportar isso. "Por favor, tenha misericórdia de mim. Não posso pagar a compensação financeira, mas posso lavar suas roupas..."

Finalmente, alguém chegou. O gerente do restaurante se apressou e Maggie viu um lampejo de esperança.

"Maggie, o que você fez?" O gerente se dirigiu a ela, com um olhar tão feroz quanto o do cliente irritado. A esperança que havia se acendido no coração de Maggie se transformou em medo em um instante.

Ele agarrou a manga de Maggie com força e a puxou para perto do cliente, como se estivesse arrastando um frágil pedaço de palha. Apontando para o rosto de Maggie, ele ordenou: "Maggie, você precisa pedir desculpas sinceras por seu erro ao nosso estimado cliente!"

Maggie tentou se defender. "Gerente, posso pedir desculpas pelo meu erro, mas, como o senhor pode ver, esse cliente me atacou fisicamente. Tratar-me dessa forma é injusto. Ele prejudicou gravemente minha autoestima e me submeteu a uma imensa humilhação na frente de todos..."

"Só vejo que você deixou o cliente irritado e que o terno dele foi sujo por sua causa. Maggie, você precisa se desculpar agora, ou vou demiti-la na hora!"

O gerente olhava friamente para Maggie, enquanto o cliente mantinha a cabeça erguida, esperando com arrogância o pedido de desculpas de Maggie.

Maggie lutou contra as lágrimas, sentindo que não tinha outra escolha. Ela precisava do dinheiro e teve que deixar de lado seu orgulho. O tempo parecia estar ficando mais lento, e o ritmo da vida se tornou excruciante. Com o coração pesado, Maggie abaixou a cabeça e curvou a cintura fina em direção ao cliente vitorioso. Risos e zombarias ecoavam do alto, e seu coração ardia como lava derretida.

O gerente deu um conselho: "Mostre respeito, seja mais humilde".

O mundo de Maggie desmoronou; ela teve de abrir mão de toda a sua dignidade. Com palavras trêmulas, ela disse: "Respeitado cliente, ofereço minhas sinceras desculpas pelo erro que cometi com suas roupas. Espero que possa encontrar em seu coração a oportunidade de me perdoar."

Sussurros emanavam dos espectadores ao redor. Maggie manteve a cabeça baixa, sentindo que o mundo inteiro estava girando e que todos a observavam e ridicularizavam.

Mas a provação ainda não havia terminado.

O gerente se voltou para o cliente com um sorriso radiante, demonstrando muita sinceridade. "Respeitado cliente, você pode realmente perdoar o erro dela? O restaurante valoriza muito a sua clientela, e esse pedido será atendido pessoalmente por este funcionário."

A vaidade do cliente ficou muito satisfeita. Ele sacudiu a perna, olhou para a infeliz garçonete e depois se abaixou. "Mas a voz dela estava muito baixa antes; eu não conseguia ouvir nada. Quero que ela peça desculpas em voz alta dez vezes, e quero que todos no restaurante ouçam!"

"Não tem problema", disse o gerente a Maggie. "Peça desculpas em voz alta novamente para garantir que o cliente fique cem por cento satisfeito."

Seus olhos agora estavam cheios de lágrimas e, por mais que ela tentasse se conter, uma lágrima escapava de seus olhos. Ela não suportava mais ser motivo de chacota. Aquele era o seu suor e as suas lágrimas, e ela não queria que ninguém soubesse que estava chorando.

Com os punhos cerrados, as unhas cravadas nas palmas das mãos, ela engasgou: "Sinto muito, por favor, me perdoe... Me desculpe, por favor, me perdoe... Eu sinto muito..."

"Fale mais alto!", gritou o gerente.

"Me desculpe..." De repente, Maggie levantou a cabeça, com o rosto manchado de lágrimas, parecendo desgrenhada, e chocou a todos. Ela havia perdido toda a sua dignidade. Seu espírito havia desmoronado completamente. Ela se recusou a suportar mais humilhações. Ela era uma pessoa com emoções e orgulho. Por que deveria sofrer assim?

Sua voz ficou engasgada quando ela olhou para o gerente e para o cliente. "Sinto muito, mas não posso mais fazer isso. Sim, preciso do dinheiro, mas, acima de tudo, sou uma pessoa com dignidade e respeito próprio!"

Maggie tirou o uniforme e saiu resolutamente do restaurante.

O que ela não sabia era que o gerente do restaurante a observava sair com uma expressão calculista. Assim que ela saiu do alcance dos ouvidos, ele discou rapidamente um número, falando com deferência. "Senhor, a situação foi resolvida de acordo com sua solicitação", informou ele.

Maggie sentou-se em um banco à beira da estrada, com lágrimas escorrendo pelo rosto, misturando-se ao desespero avassalador. No momento em que ela estava nas profundezas de seu sofrimento, um Rolls-Royce luxuoso e alongado parou na sua frente.

A porta se abriu, revelando uma figura alta e imponente em um terno preto. Sua voz era grave e autoritária, quebrando o silêncio. "Meu mestre gostaria de conversar com você em seu escritório."

Maggie piscou de surpresa, com o rosto cheio de lágrimas refletindo confusão e curiosidade. Ela o reconheceu. Ele era o assistente que sempre esteve ao lado do Sr. Barrett.

O Sr. Barrett queria falar com ela?

Maggie piscou de surpresa, seu rosto manchado de lágrimas se misturou com perplexidade e curiosidade. Com uma pitada de apreensão e um vislumbre de esperança, ela se aproximou cautelosamente do carro e entrou.

O interior do carro exalava luxo, com assentos de couro macio e detalhes em madeira polida. Maggie se viu sentada em frente ao homem misterioso que a observava com grande interesse. Seu olhar era aguçado, como se ele pudesse ver dentro da alma dela.

"Peço desculpas pelo convite abrupto, mas meu mestre está muito preocupado com sua situação", explicou o homem em um tom cauteloso, com a voz desprovida de emoção.

A voz de Maggie tremeu quando ela perguntou: "O que o Sr. Barrett quer de mim?"

Um sorriso tênue e enigmático se desenhou nos lábios do homem, revelando uma ponta de intriga. "Tudo será revelado em seu devido tempo. Mas, primeiro, precisamos conversar."

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