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Capítulo 10 Descoberta inesperada

No espaçoso escritório do CEO da Barrett Corporation, Charlie entregou os arquivos da investigação a Aldrich e relatou sucintamente suas descobertas. "Não há nenhuma conexão aparente entre Maggie e o mundo dos lobisomens", disse ele em um tom profissional. "No entanto, descobrimos algo inesperado."

Quando Charlie terminou a primeira parte, Aldrich franziu a testa em confusão. Maggie não tinha vínculos com o mundo dos lobisomens, então por que ela teria uma ligação mental com ele? Isso não fazia sentido. Ao ouvir a segunda afirmação, ele levantou o olhar e perguntou: "Que descobertas inesperadas?"

"Acontece que ela é a sua única parelha", revelou Charlie, com um tom de surpresa. "A genética dela combina com a sua em até 99,99%, o que é altamente incomum."

Aldrich semicerrou os olhos, examinando rapidamente os documentos, depois os jogou de lado com uma ponta de irritação. "Onde o hospital encontrou essa mulher? Uma perdulária que adora comprar bolsas e roupas de grife, como ela poderia estar qualificada para ter um filho meu?"

Antes que Charlie pudesse reagir, Aldrich continuou, com seu tom cheio de frustração. "Isso parece ser uma conspiração completa. Ela recebeu o esperma de um jogador de basquete, mas sua irmã o trocou pela minha amostra. Será que elas estão tentando garantir uma vida de luxo dando à luz um filho meu? Uma mulher tão vaidosa, disposta a abrir mão de sua dignidade por dinheiro suficiente. Ela não passa de uma completa vadia".

Aldrich concluiu com um tom de zombaria. Charlie havia conduzido uma investigação minuciosa, expondo inclusive o hábito de Maggie de estourar o limite de seus cartões de crédito em compras de luxo. Coincidentemente, esse banco era o próprio banco de Barrett, e Maggie estava no limite do prazo de pagamento. Seus cartões de crédito foram repetidamente estourados, usados para várias despesas com roupas e bolsas. Todas essas circunstâncias indicavam que ela estava longe de ser uma pessoa genuinamente gentil.

Ele se lembrou de Maggie implorando em lágrimas por ajuda para resolver a demissão de Alisa. Naquele momento, o desespero e a vulnerabilidade dela despertaram a simpatia de seu lobo. Surpreendentemente, o lobo dele exigiu que ele a ajudasse em seus problemas. No entanto, ela se revelou uma mulher de hábitos tão extravagantes!

Se Maggie tivesse gastado o dinheiro em outra coisa, poderia ter sido mais suportável. Mas todos esses eram itens de luxo, expondo sua tolice, vaidade e falta de autoconsciência. Como um homem de negócios astuto, Aldrich desprezava aqueles que prometiam palavras vazias.

Até mesmo as demonstrações de fraqueza e desespero dela poderiam ter a intenção de ativar os instintos protetores do lobo dele. Se fosse esse o caso, ele tinha que admitir que essa mulher era de fato muito astuta.

Ao ver o descontentamento de Aldrich, Charlie analisou a situação: "Já que ela é uma mulher rica, por que não propomos um acordo de negócios com ela? Se começarmos a procurar um novo parceiro, isso levará muito tempo e poderá prejudicar a próxima eleição com consequências adversas."

Aldrich não queria que alguém como Maggie tivesse seu filho, mas ele precisava urgentemente de um filho. Ainda assim, a incerteza de Maggie o enfureceu. Ele ordenou friamente: "Solicite ao banco que agilize o processo. Uma mulher como ela deve enfrentar algumas dificuldades; caso contrário, ela apenas desperdiçará a bondade de outras pessoas como suas próprias fichas. No entanto, podemos tentar sua proposta".

"Entendido", respondeu Charlie, aceitando as instruções de Aldrich.

Para cobrir suas despesas diárias, Maggie encontrou um emprego de meio período em um novo restaurante.

Maggie trabalhava com esperança, esperando uma gravidez bem-sucedida. No entanto, ela logo se viu sob imenso estresse. Ela mal conseguia acompanhar o ritmo agitado do restaurante, e seu corpo estava começando a mostrar sinais de fadiga.

Viver com um orçamento apertado deixou Maggie fisicamente debilitada, e ela até recebeu uma ligação do departamento de cobrança de dívidas do banco. A voz do outro lado era fria e mecânica, causando arrepios na espinha de Maggie. "Se você não pagar seu cartão de crédito dentro de três dias, nós a acusaremos de fraude no cartão de crédito e você poderá ser presa."

Essa declaração a atingiu como uma bomba, envolvendo-a em pânico. Seu coração acelerou, e sua mente se encheu de cenários aterrorizantes que ameaçavam fazer com que ela se ajoelhasse.

"Por favor, não tenho muito dinheiro no momento. A data de vencimento pode ser prorrogada?" Maggie implorou, com a voz trêmula.

Essa ligação não se tratava apenas de pagamento de cartão de crédito; era uma diretriz de superiores. Depois de lidar com inúmeros devedores que não podiam pagar, eles a interromperam rudemente e disseram: "Sinto muito, vamos seguir o procedimento".

Depois que a ligação terminou, Maggie sentiu-se tonta, as palavras ecoando em seus ouvidos, quase fazendo com que ela desmaiasse. Mas ela se agarrou à borda da mesa, recusando-se a cair.

Naquele momento, um colega atencioso percebeu o medo em seu rosto e se aproximou dela. "Maggie, você está bem?"

A mente de Maggie estava girando e ela se agarrou firmemente à mesa, lutando para encontrar as palavras certas. Depois de várias tentativas, seus lábios trêmulos finalmente conseguiram dizer: "O banco quer que eu pague a dívida do meu cartão de crédito. Não tenho tanto dinheiro em um período tão curto. Se eu não pagar em três dias, eles vão me processar".

Sua colega arregalou os olhos de surpresa. "Você deve muito dinheiro?"

As lágrimas escorreram pelas bochechas de Maggie, deixando dois rastros brilhantes. Ela conteve os soluços e respondeu: "É para alguns itens de luxo. Eu tinha planejado pagar com o salário deste mês, mas o banco não parece disposto a ceder."

"O quê?!" Sua colega ficou surpresa com a compra de itens de luxo por Maggie. "Como você de repente se interessou por essas coisas de vaidade?"

"Eu não fiz isso de propósito, e o dinheiro não foi gasto por mim", disse Maggie, enxugando as lágrimas com a mão, com a voz cheia de dor. "É só que..."

Ela esperava compartilhar seu infortúnio com a colega, mas de que adiantaria? Isso não resolveria seus problemas.

Seu colega ofereceu algumas palavras de conforto e sugeriu: "Se não puder devolver os itens, você pode tentar negociar com o banco, explicando que o comprador original não era você, e ver se eles podem mostrar alguma clemência".

Maggie assentiu com a cabeça.

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