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Capítulo 2 Humilhação e silêncio

Logo de manhã, eu ainda estava dormindo.

Minha sogra entrou direto no quarto e jogou meu pijama sujo no meu rosto.

— Ainda está dormindo? Que nojo, logo cedo assim. E você aí dormindo como se nada tivesse acontecido! — disse ela.

Acordei com o barulho, e levei um tempo para despertar. Percebi que durante a madrugada, a minha menstruação havia descido de repente e acabei sujando o meu pijama. Troquei de roupa no banheiro, esperando para lavar o pijama quando acordasse.

— Ouviu? Levanta logo! — Minha sogra continuou gritando.

Enquanto falava, ela puxou meu cobertor. Como eu estava só de calcinha, o meu corpo ficou completamente exposto.

Fiquei furiosa e envergonhada, tentando pegar o cobertor de volta o mais rápido possível para me cobrir.

Ela pisou firmemente segurando o cobertor, sem se preocupar em me encarar de cima a baixo.

— Somos as duas mulheres, o que tem para esconder? — disse ela.

Nunca me senti tão humilhada. Ela literalmente estava pisando na minha dignidade.

Cobri meus seios com as mãos, tentando manter a compostura.

— Vou lavar as roupas daqui a pouco. Você pode, por favor, sair? — Pedi.

— Uma galinha que não bota ovos e ainda tem vergonha de ser vista! — Minha sogra deu uma risada sarcástica.

Ela saiu do quarto com uma expressão sarcástica, e logo em seguida já estava no celular marcando uma partida de cartas.

Depois de lavar as roupas, fui até a varanda para estendê-las.

Na sala, já estavam alguns parentes jogando cartas e conversando.

— Já tem tempo que Ricardinho está casado e você ainda não tem netos?

— Será que eles têm algum problema?

— Meu filho casou depois do seu, e já vai ser pai.

A expressão da minha sogra era terrível.

— Isso é coisa que se pergunte? Claro que o problema é com a mulher que ele casou. Meu filho é um homem bonito, com uma carreira de sucesso, mas cometeu o erro de escolher uma mulher inútil dessas! — Ela me diminuía sem nenhum pudor.

Eu estava cheia de tristeza e resolvi ligar para Ricardo, buscando por conforto. Mas, para minha surpresa, depois várias tentativas ele não atendeu. Quando ele finalmente voltou para casa, chegou mais tarde do que o habitual, e foi direto para o quarto, rindo para o celular.

— Do que tanto você ri? — perguntei, me aproximando para ver o que ele estava vendo no telefone.

Ricardo de repente ficou sério, bloqueando a tela.

— O que você quer? Só estou vendo um vídeo, para que perguntar? Que chata!

Fiquei em choque. Não esperava que ele me tratasse dessa forma.

Aquela pareceu a gota d'água, e ele tinha encontrado uma desculpa para explodir comigo.

— Eu trabalho o dia inteiro, chego exausto, enquanto você fica em casa sem fazer nada, só irritando a minha mãe. Agora nem ver um vídeo eu posso? — Ele falou ainda mais irritado.

Foi como se eu tivesse ouvido a maior piada do mundo.

— Ficar em casa sem fazer nada? — perguntei. — Ricardo, você realmente acha que eu não faço nada? A roupa da casa não sou eu quem lava? As refeições não sou eu quem faço? E as tarefas...

— É só algumas tarefas domésticas, que cansaço isso pode causar? Você acha que isso é mais difícil do que o meu trabalho fora de casa? — Antes que eu terminasse, Ricardo me interrompeu impaciente.

Eu queria continuar, mas ele pegou o travesseiro e foi dormir na sala.

— Não dá para conversar com você! — ele disse fechando a porta com força.

Eu fiquei sozinha na cama, chorando silenciosamente.

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