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chapter 7

Dias depois

A sala de conferência estava lotada, todos os conselheiros estavam presentes e esperando pelo anuncio do rei Rustler. Merlina e Alina, estavam ao lado da mãe, Xira, que estava próximo ao Rustler. Rulla estava ao lado do Tarnísio, que permaneciam próximos a ao Hareed. Rulla e Tarnísio, eram guardas reais e braço direito do rei. Diante de todos, Hareed podia enxergar os olhares de todos os nobres. Um olhar de aceitação, mas não de satisfação, pois muitos olharam para o Hareed como um bastardo intruso, por não ser o filho legitimo do rei e da rainha, por ser adotivo. Hareed fora fruto de uma outra união indesejada, ele filho da Rulla irmã do rei Rustler, que com apenas 14 anos foi obrigada a se casar com um rei idoso, que a estuprava todas noites. Rejeitado pela mãe que se tornou viuva, Hareed foi adotado pela Xira e pelo Rustler, que o criaram e amaram como seu filho, mas para alguns Hareed sempre seria um bastardo.

– Agora o monstrinho bastardo será nosso rei! – Sussurrou um dos convidados.

– Rei Rustler devia ter matado essa vergonha! – Alguns convidados sussurravam entre eles.

– Senhores e senhoras, quem não se sente bem nesta sala, esteja a vontade para se retirar!– Rustler afirmou, pois percebeu dos comentários ofensivos e maldosos, em relação seu filho. Os convidados logo pararam de sussurrar e surgiu um silêncio, se havia algo, que o Rustler impunha era respeito e sua voz intimidava a muitos.

– Ilustres Nobres, como sabem, este é o Hareed meu filho! A que eu irei elege-lo como meu sucessor! Ele tem se mostrado preparado para seguir os meus passos, para tomar conta do reino Karnnack e outros mais conquistados por mim e pelos meus ancestrais...

Hareed manteve sereno, firme, mais seguro perante as palavaras do seu pai.

– Desejem uma longa vida ao futuro rei do Reino Karnnack. – Rustler afirmou.

– Longa vida ao príncipe Hareed, futuro rei do reino Karnnack... – os nobres convidados, os guerreiros e outros mais gritaram, louvando o escolhido do rei. Hareed olhou para o seu pai e acenou a cabeça agradecendo e voltou a olhar para o convidados.

– Meus ilustres nobres e guerreiro eu prometo...

– Hareeeeed! – De longe ouviu-se uma voz junto com estorno de abrir a porta. A sala ficou em silencio e os guerreiros da família real ergueram as suas espadas. Rustler apenas colocou a mão na espada, observando um monte de homens vestidos de preto invadindo o castelo, que logo trataram de segurar alguns convidados e apontaram as espadas, fazendo-os de refém. No meio deles havia um que os encarava... Havia vestido de preto, coberto o rosto e deixando apenas os seus olhos verdes vivos que nem esmeralda. Sala de conferencia ficava dentro do castelo e não havia muitos soldados, pois apenas quem conhecia conseguia chegar lá. Dificilmente um estranho conseguia entrar castelo.

Xira pegou o pingente da sua mãe olhando para homem vestido de preto e de olhos verdes.

– Ordene seus homens que parem, ou meus homens mataram os reféns. – O comandante dos homens de preto exigiu. Rustler ordenou os seus homens ficarem quietos, mas o olhar irado do homem o chamava atenção.

Hareed ergueu a espada pronto para defender a quem ousasse atacar a sua família.

– Hareed! – O homem de preto o chama de novo e para metros distantes, enquanto outros homens ainda mantinham alguns convidados como refém. Rustler indignado caminha em sua diração, ficando apenas um metro de distancia. Era como se ele conhecesse o estranho que invadiu o seu castelo. O homem baixa o seu capucho, mostrando o seu o rosto por completo.

Alina segurou o a mão da sua mãe, para que ela não caísse de tanto choque. Ela não podia crer, ninguém podia acreditar se apenas contassem.

– Rounan... – Rustler suspirou passando a mão no rosto do garoto que o encarava ainda furioso. – É mesmo você?

– Sou eu papá... Rounan. – Rounan se curvou perante o seu pai. – Majestade.

Rustler puxou-lhe pondo-lhe em pé novamente e lhe deu um abraço. Um abração de pai, um abraço de saudades, um abraço de amor. Xira uniu todas as suas forças e caminhando até o Rounan, enxergando-o de perto. Rustler deu-lhe um espaço, deixando a sua esposa tocar no filho que achavam que estivesse morto. Estando de frente para ele, Xira segurou o rosto do Rounan e foi recebida com abraço.

– Mamã...

– Meu Rounan... você voltou para casa! – Xira soltou suas lagrimas e deu beijo no pescoço do seu filho. Na cicatriz que o Rounan tinha no pescoço, que ela mesma fez. Mas não precisou disso, não precisou de enxergar a marca de nascença genética e herdada do Rustler, para ela reconhecer o seu filho. Mesmo depois de 10 anos, ela sempre o conheceria e saberia que ele era seu.

– Parece merece mentira que estás aqui! – Alina olhou para o Rounan estando de frente para ele. Ainda permaneciam na sala de conferencia, porém sem convidados, pois is guardas orientaram os convidados a se retirarem. A sala estava vazia, apenas a família real e ainda todos olhavam surpresos.

Rounan olhou para as suas irmãs, para sua mãe e para seu pai. Percebendo o quanto ele ficou distante. Vendo as suas irmãs crescidas, seu pai com mais cabelos grisados e sua mãe mais madura, fez-lhe percebeu o tempo que ele ficou afastado, como se tudo que aconteceu no passado lhe viesse a tona. Ele olha para o Hareed e lhe vem uma fúria sem tamanho.

– Irmão eu...– Hareed quer se explicar mas assusta-se ao ver o olhar sombrio do Rounan.

Rounan ergue a espada e corre em direção ao Hareed, pronto para atacá-lo, mas o Rutsler o segurou impedindo-o. Um pai que estava entre a fúria de um filho para com o outro. Rounan furioso de um passo atrás, olhou para Hareed.

– Você contou o que aconteceu, Hareed!

– O que você está falando, o seu irmão não teve culpa de terem sofrido uma emboscada... – Xira

– Emboscada? Ele contou, que me entregou aos sequestradores? Contou que a mim que deveriam levar porque eu é era o filho legítimo! – Rounan gritou furioso.

Todos olharam para o Hareed sem entender e confusos.

Numa o Hareed e Rounan saíram pelo reino fora, até a floresta caçar animais como formar de orgulhar o pai. Hareed distraiu-se e entrou num local proibido, num local a terra tinha dono e caçou uma gazela. Um dos homens que guardava a terra percebeu e quis atacar o Hareed, mas o Rounan meteu-se na luta para defende-los, mas eles eram muitos que acabaram vencendo dois garotos. Rounan e Hareed não vistos pelo povo, então ninguém conhecia os filhos do rei. Sendo assim, eles foram levados até o dono da terra que os prendeu num cativeiro. Rounan e Hareed não disseram seus nomes e de onde eles eram, pois sabiam que usar isso contra a sua família. Rustler desde que os garotos eram pequenos ensinou-lhes que deviam arcar com consequências. Ensinou-lhes que um homem apenas seria homem se responsabilizasse pelo fez, sem medo e com honra. Ensinou-lhes que a honra e os valores, ninguém compra. Apesar de ele não terem dito nada, deu para perceber mesmo assim o dono da terra pode perceber que eles vinham de família nobre, não pelos gestos, mas pelo jeito de serem.

– Eu odeio essa gentinha da nobreza, se acham sempre a cima dos outros.” – Afirmou o dono da terra encarando-os. – Quem são vocês? Filhos de príncipes, filhos de reis...

Nenhum dos dois respondeu.

– Corajosos! Que tal uma proposta? Quem disser primeiro, será solto e outro morre! Eu não ligo se são nobreza, eu não gosto do rei e daquela rainha uriana mesmo! Por mim a familia real e todos da nobreza podem morrer, assim como os meus ancestrais que um dia foram reis morreram, nas mãos do rei Raigon. – O dono da terra sorriu maliciosamente. – Quem abrirá a boca primeiro?

Rounan e Hareed ficaram em silêncio. Sendo assim, estavam os dois garotos presos num cativeiro, ficaram dias sem comer e passando frio.

– Talvez você devia dizer... – Hareed sugeriu, segurando o ombro do Rounan. – Eu posso morrer, eu não sou nada, sou apenas o...

– Somos irmãos Hareed! Ninguém fala! Saiamos os dois vivos ou os dois mortos, você não solta minha mão e eu não solto a sua... – Rounan afirmou segurando mais firme a mão do Hareed

Os dois acenaram positivamente a cabeça. Aceitando os maltratos do dono terra que invadiram. Depois de dias, sem comer, sendo batidos pelos homens, Hareed desesperou-se gritando e afirmando ao dono da terra que Rounan do rei Rustler. Sendo assim o Hareed foi solto, passando o Rounan para trás.

– Ele me entregou afirmando que eu era o filho legitimo do rei, entregando-me para a morte. – Rounan encarou-o o Hareed. – Mas o planejado não saio como o combinando, não é irmão? Ou melhor criado, não foi o que disse?

Depois do Rounan ter sido torturando, o dono da terra vendeu-lhe, não imaginava que havia prendido o filho de um rei e não estava disposto a sujar as suas mãos. Rounan foi vendido e levado para bem longe da sua casa, percorrendo mares até chegar ao outro lado da terra. Chegado lá Rounan conseguiu fugir, sendo perseguido pelos seus compradores, ele caiu num abismo que daria na floresta negra, da vila florestina. O lugar onde ninguém se atreveria frequentar a não ser que tivesse instinto felino, instinto caçador. Foi nessa noite ondo Rounan foi atacado por lobos, perdendo a consciência e batendo com a cabeça numa das arvores, jogado para morrer de tantas feridas abertas, mas o Travus o encontrou. Travus um viu garoto agil e forte, suficiente para poder comandar e usar como seu fantoche. Levou o colar com pingente de tigre do garoto e incluiu-lhe no clã dos caçadores. Foi nesse momento que Rounan perdeu sua identidade, era filhote de um tigre vagando por outras terras.

– Isso é verdade? – Xira olhou para o Hareed, decepcionada.

Hareed acenou positivamente a cabeça, aceitando o que ele fizera. Ele olhou para o Rounan apelando o seu perdão.

– Irmão eu... – Hareed caminhou em direção ao Rounan, mas é recebido com o peso da mão do Rustler no seu rosto que o faz cair. Deitado no chão, Hareed passando a mão no canto do lábio, limpando o sangue devido palmada forte que levou. Ele encarou o Rustler, enxergando a fúria do seu pai e do seu irmão.

– Pai...

Rustler pressionou as mãos de tanta fúria e se controlando para não lhe dar um murro no seu rosto. Sem dizer meia palavras se retirou da sala de conferencia.

– Eu sabia que você nunca passou de um mentiroso. – Alina encarou o Hareed e se retirou da sala, junto com Merlina que também o encarou-me de cima abaixo. Rounan olhou para o Hareed e cuspiu no chão, mostrando o seu desprezo e sua ira, retirou-se da sala apressando os passos indo na mesma direção que o seu pai.

Hareed se levantou e olhou para a Xira que ainda o encarava, em choque. Podia ver o quão a sua mãe estava decepcionada e nunca lhe doeu tanto, magoá-la.

– Mãmã... – Hareed se aproxima. – Mamã por favor...

– Não! – Xira abanou negativamente a cabeça, dando passos para trás, se afastando, seu coração estava partido. Nunca imaginou que o bebe que ela amou pela primeira que teve em seus braços um dia trairia o outro que bebe que cresceu no seu ventre. Nunca imaginou que surgiria uma traição entre os seus filhos.

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