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Capítulo 6

Se você quiser identificar alguém, observe a maneira como trata aqueles que são inferiores a ele e não seus iguais.

Era um homem de trinta e poucos anos, rosto rechonchudo e óculos pequenos e quadrados.

Ele falou comigo em russo, mas não entendi uma única palavra de seu discurso.

- Eu não falo russo, digo na minha língua.

- Não tem problema, eu falo inglês! Exclama o sujeito gordinho com um horrível sotaque russo.

Sorrio estupidamente para ele, sem saber mais o que fazer.

- Você está perdido? ele me pergunta.

- De alguma forma

- Siga-me minha mocinha, minha Inga preparou uma delícia de carne bovina!

Embora eu sempre tenha aprendido a não confiar em estranhos, esse estranho me parecia menos perigoso do que Ivan e seus homens.

Nem um nem dois eu o segui e o segui até uma pequena casa geminada não muito longe de onde o empurrei.

Ele abre a porta de sua casa e pendura o casaco no cabide.

- Inga temos uma convidada! ele gritou.

Uma mulher saiu do que devia ser a cozinha, ela estava de avental e lavava a louça à mão.

Ela me chamou em sua língua materna, mas o marido disse que eu falava inglês.

- Bem, jovem, você se perdeu?

- Mais ou menos

- Não se preocupe, você vai nos explicar tudo isso, mas antes de ir sentar, você deve estar com fome.

Com suas palavras suaves e maternais, puxei uma cadeira para sentar. A casa era pequena mas muito acolhedora, estava decorada de uma forma muito kitsch, mas mesmo assim nos sentíamos bem ali.

Quando a chamada Inga entrou na sala de jantar trazia consigo uma panela grande. Ela levantou a tampa e um cheiro tentador escapou. Meu estômago roncou, me lembrando que eu não comia desde que estava na companhia. sofá.

Inga me serviu um prato de ratatouille enquanto o marido perguntava por que ela não tinha feito carne.

- Você nunca está feliz Donatello, suspira Inga.

Começamos a comer, me seguro para não me jogar na comida, estou com muita fome.

- Ei, Knopka, você parece com fome, há quanto tempo você não come?

- Desde segunda-feira

- Olala, é quarta-feira à noite! O que aconteceu com você?

Uma intuição me disse para confiar nessa família que me acolheu então, como se os conhecesse há muito tempo, contei-lhes tudo.

Do começo ao fim da minha história nenhum deles me interrompeu, às vezes Inga soltava "oh" ou "ah" mas ela nunca me interrompeu.

- Foi assim que acabei nesta rua, terminei.

- Meu Deus, Elisabethchka, isso deve ser atroz, minha querida! Ela disse me pegando nos braços.

- Tenho certeza que é uma pegadinha desses delinquentes!

- Donatello cala a boca, não a pressione assim, sua esposa o repreendeu.

- O que ? Perguntei.

- Nada mesmo, conversaremos sobre isso amanhã, no momento você deve estar exausto, venha comigo, vou te mostrar o quarto de hóspedes e te dar um pijama limpo.

Eu sorrio para ela e a sigo.

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