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Capítulo 16 Fingir não é crime!

“Honra?!” Essas palavras deixaram Georgia ainda mais confusa. Como assim, honra? A família Adams, em Hiphia, não passava de uma família de segunda categoria, com um patrimônio de apenas alguns milhões, nem chegava a cem milhões, enquanto o Grupo Atkinson tinha investimentos em Hiphia que ultrapassavam cinquenta bilhões.

— Senhora, se você não tiver mais nenhuma dúvida, pode assinar aqui — disse Beckett, apontando para o local da assinatura.

Georgia engoliu em seco, confirmou mais uma vez.

— Sr. Beckett, tem certeza de que este contrato é mesmo com a nossa família? — perguntou ela.

Beckett hesitou por um momento e respondeu.

— O contrato tem algum problema? Se houver, você pode modificá-lo.

— Não, não, não! Está tudo bem! — respondeu Georgia apressadamente, assinando seu nome no contrato.

Ao terminar de assinar e sair da empresa, Georgia ainda parecia não acreditar no que tinha acabado de acontecer. Era como se estivesse sonhando. Ela havia conseguido assinar um contrato com o Grupo Atkinson, e o conteúdo do contrato ainda era totalmente favorável para ela.

Ela ficou sentada em frente à empresa por uma hora, tentando acalmar seus nervos antes de voltar para casa. Ao chegar, não fazia ideia de que toda a família já estava ansiosa à sua espera. Assim que Georgia apareceu na entrada, a avó liderou um grupo de pessoas em sua direção.

— Georgia, como foi a negociação? Conseguiu assinar o contrato? — perguntou a velha, visivelmente entusiasmada.

Georgia olhou para todos atrás dela, ainda um pouco atordoada. Antes que pudesse responder, Emmalynn Hogan, a mãe de Jamie, abriu a boca.

— Mãe, isso ainda precisa ser perguntado? Olha a cara dela, é óbvio que não conseguiu! Se tivesse conseguido, já estaria gritando de alegria desde longe.

— Exato, vovó, eu disse que esse contrato não seria fácil de assinar! — Jamie soltou uma risada sarcástica.

— Então ficamos esperando o dia todo à toa, achando que ela conseguiria.

— Pois é, que desperdício do nosso tempo! — Um grupo de pessoas começou a reclamar, claramente insatisfeitas, enquanto a velha, tinha uma expressão desapontada.

— Georgia, e o contrato? — Ela perguntou.

— Georgia, você conseguiu assinar o contrato? — Scarlett, que estava ao lado, perguntou ansiosamente.

— Ah, sim! — Georgia respondeu, tirando o contrato da bolsa que segurava. — Está aqui!

A velha exclamou surpresa e, cheia de alegria, pegou o contrato. Aproximando-o dos olhos, viu claramente escrito “Acordo de Fornecimento de Materiais com o Grupo Atkinson”.

— Tragam meus óculos de leitura! — ordenou a avó a uma de suas assistentes pessoais.

Pouco tempo depois, ela colocou os óculos e começou a examinar o contrato com muita atenção.

Ela leu e releu várias vezes. Só depois de meia hora, com muita relutância, largou o documento.

— Meu Deus, os santos estão abençoando a família Adams! Isso é uma bênção divina! — Ela disse, emocionada, erguendo as mãos.

Ela então se aproximou de Georgia, segurando suas mãos com entusiasmo.

— Georgia, minha querida, você, realmente, é a melhor de nossa família! — exclamou ela.

— Scarlett, você realmente deu luz à uma filha incrível, e a criou tão bem! — A velha elogiou Scarlett com um sorriso de orgulho. Scarlett, por sua vez, sorriu de volta, alegremente. Ela havia esperado por esse momento por muito tempo, e finalmente poderia se vangloriar diante de todos.

— Isso tudo é graças ao apoio de todos, que permitiram que Georgia alcançasse tanto sucesso. Eu sempre soube que ela me traria orgulho um dia. Às vezes, criar uma filha é muito melhor do que criar um filho — disse ela, olhando para a mãe de Jamie e a mãe de Layla, com um sorriso estampado de vitória no rosto.

Emmalynn forçou um sorriso, mas sua expressão era de total dessatisfação, como se tivesse engolido algo amargo. Por dentro, seu coração fervia de inveja e ódio. Jamie, tinha o olhar cheio de rancor, fixou os olhos em Georgia. Na sua visão, aquele contrato deveria ser dele.

Nesse momento, uma voz masculina soou do lado de fora.

— Parabéns, Sra. Scarlett, meus cumprimentos!

Tony entrou na casa, vestindo roupas elegantes e bem penteado, como se tivesse se preparado cuidadosamente.

— Quem é este? — perguntou a velha, não reconhecendo Tony.

— Mãe, este é o Tony, aquele que enviou presentes para Georgia alguns dias atrás. O pai dele é Bobby Scott, presidente da Cervejaria Sudoeste. Tony foi colega de Georgia na escola. Depois de se formar no ensino médio, ele serviu no exército e acabou de voltar. Para demonstrar seu afeto por Georgia, ele enviou todos aqueles presentes para ela — Scarlett rapidamente o apresentou.

— O quê? — A velha arregalou os olhos de surpresa e, seu corpo estremeceu, ela apontou para Tony. Depois de alguns segundos de observação, perguntou — Então, foi o senhor Tony Scott que enviou aqueles presentes?

Tony apressou-se a segurar as mãos da velha senhora.

— Sim, vovó. Eu realmente gosto de Georgia. Desde o ensino médio, eu sempre fui apaixonado por ela. Durante todos os anos que servi no exército, continuei a gostar dela. Só não esperava que ela acabasse se casando com um homem... menos capaz. Isso não é justo com ela, então decidi lutar por ela.

— Ah! — A velha sorriu.— Quem diria que você é o jovem da família Scott! Realmente, um jovem talentoso e promissor! Já tão jovem e com tantas conquistas. É admirável, muito admirável.

— Imagina, não é nada de mais. Por enquanto, sou apenas vice-comandante na região sudoeste, mas quem sabe em um ou dois anos, posso assumir como comandante principal — Tony respondeu, humildemente.

Na verdade, Tony não era vice-comandante, apenas um subcomandante. Mas a família Adams não sabia disso, e fingir não é crime. O título de vice-comandante já era uma conquista impressionante para eles, e logo muitos começaram a olhar para Tony com admiração. Quando olhavam para Georgia, sentiam uma mistura de inveja e ciúmes.

— Então, essa história do contrato, nem precisa dizer, com certeza foi o Tony que usou suas conexões para garantir que nossa Georgia conseguisse assiná-lo, não é? — Enquanto todos admiravam Tony, alguém perguntou.

Tony ficou momentaneamente surpreso. Conexões? Quais conexões? Ele nem sabia quem era o chefe da família Atkinson.

— Na verdade, eu não queria que Georgia soubesse, mas agora que chegamos a esse ponto, não posso negar. Sim, eu pedi ao chefe da família Atkinson para ajudar a família Adams — Olhando para Georgia, ele sorriu sem jeito e disse.

— Você conhece o chefe da família Atkinson? — Na região sudoeste, o chefe da família Atkinson era uma figura muito influente, um ex-militar com um histórico impressionante e poder considerável.

— Sim, quando eu estava no exército, ele era nosso líder. Ele sempre me tratou bem. Agora que estamos fora do exército, costumamos sair para beber e conversar. Somos bons amigos. Para ele, ajudar nesse assunto foi só uma questão de uma palavra — Tony sorriu e respondeu.

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