Biblioteca
Português

Volkon (Guerreiros Starianos Vol. 1)

88.0K · Finalizado
Dalla Mendes
45
Capítulos
22.0K
Visualizações
7.0
Notas

Resumo

Ele tem um pau azul! Elaine nunca imaginou viver para ver isso, mal sabia ela que as teorias mirabolantes dos filmes de ficção eram reais, mas ela viveu para presenciar uma invasão alienígena. E mais, para trepar com um!

romance

Capítulo 1

A expansão das raças era uma catástrofe, ao menos era assim que Volkon pensava. As coisas tiveram muitas melhoras com a descoberta de novas espécies com vida inteligente, mas pioraram em outro aspectos. Seu mundo não era para amadores, muito menos para humanos enxeridos. Volkon gostava de pensar que estava acima, que era superior, uma vez que os humanos mal dão conta de segurar a merda de um machado fino, instrumento para soldados iniciantes. Sendo assim, não eram merecedores de mais nada, muito menos de um filho seu.

Ele queria esganar Galak, o general mór do projeto de fertilização. Starian, seu mundo, vem sofrendo consequências inexplicáveis sobre sua futura nova geração e para o bem da evolução e continuidade de sua raça, foram eleitos os melhores espécimes para o tal projeto. Ele era um dos melhores, mas discordava com os termos. Volkon se recusa a conviver com humanos. São tolos, medíocres e xeretas, além de não tão inteligentes. Não salvaria a espécie se reproduzindo com humanos, eles condenariam a linhagem, mas ninguém lhe dava ouvidos.

— Volkon, escute minhas ordens. — insistiu o poderoso Galak — Ou, se assim desejar, pegarei seu próprio machado e partirei suas partes, vou esperar você sofrer e o remontarei. E vou repetir o processo incessantemente até que implore por morte ou aceite os termos do projeto. — Galak, general responsável pela seleção dos Starianos, lhe olhava com dureza e ameaça.

Volkon não era um mero combatente, é o capitão Paladimus. Cada raça possui um líder, e ele era um deles. Montado de um histórico poderoso, linhagem limpa e sucesso em sua trajetória, o Stariano era um dos que entraria para a história. Seu mundo precisava de crianças e, tendo Volkon seu histórico, ele foi julgado como um excelente reprodutor.

— General, como capitão dos Paladimus, jamais irei contra nenhum meio de manter a nossa espécie em salvação, mas não está nos salvando com esta maldita ideia. — Volkon, igualmente grande ao destemido Galak, tacava o foda-se para o suporte a sua frente e se revelava contra o projeto — Está acabando com nossa espécie, enfiando nossa linhagem nos buracos do seu traseiro.

O general tentou ter uma conversa amistosa, mas estava difícil e Galak não se deixava intimidar. O campo de força em sua frente mostrava um céu rosado, com as misturas do dourado de uma estrela-sol forte, manchando a paisagem como uma obra prima. No alto da torre experimental era possível ver uma grande parte de Starian, seu mundo, inclusive as áreas pouco habitadas. As crianças Starianas tiveram um número grotesco de baixa, a taxa de natalidade diminuiu absurdamente e o índice dos machos da espécie continua sendo a predominância. Não estavam em estado de calamidade, mas Starian sabia que um dia morreriam apenas por falta de meios reprodutores. Um dia não haveria mais nascimentos em Starian, não era preocupante? Eles apenas deixariam de existir.

— Volkon, tentamos a reprodução artificial e a anos tem falhado miseravelmente. Quando ocupei este posto, este modo foi exumado das chances de salvar Starian, acelerando o processo de contato com outras espécies e aliados. Os humanos foram os únicos que representaram bons testes. E, por sorte, a espécie é gananciosa o suficiente para negociar suas fêmeas a troco de meras tecnologias fúteis. Lhe damos as armas, conseguimos as fêmeas e, agora, você irá salvar a sua espécie. — ordenou altivo.

— Porque espera que eu coloque no mundo uma raça com este maldito defeito? — Volkon estava decidido — Quer que o futuro da nação cresça com sangue traidor? Negociaram fêmea em troca de um metal barato.

— Ele terá o seu sangue, Volkon. Cabe a você induzir a criança no bom caminho. A maldade não existe na inocência, somos nós quem intoxicamos a vida. — As palavras de Galak eram lindas, mas Volkon estava defecando para ele.

— Então coloca seu pau na reta. — cuspiu com firmeza.

— O meu já está. — Galak confessou, também estava temeroso com o experimento, mas não podia jogar anos de pesquisa fora, uma vez que a esperança bateu em sua porta. — Infelizmente, por motivos genéticos, a minha compatibilidade com as fêmeas humanas precisou de mais testes. Como general cabeça dos recrutas do experimento eu deveria ser o primeiro, mas há algo de errado com os resultados. Estou escalonado para uma outra etapa.

— E você vai fazer isso? — perguntou o Paladimus, não acreditando na facilidade com que ele tenha aceitado a tarefa.

— É óbvio que vou. — Volkon não concordou com aquilo, mas ouviu Galak — Dedicamos nossas vidas para o futuro de Starian, ir contra o experimento é ir contra este conceito. Uma vez que tomei cuidado para selecionar aqueles que não possuem vínculo familiar, compromissos e uniões, seu único dever é com Starian. Se não fizer parte do experimento, Volkon, eu irei…

— Vai o quê, me rebaixar? — Ele desafiou Galak

— Será dado baixa direta na sua função. Seu serviços serão dispensáveis, poderá voltar ao seu povo com a vergonha de um dever não cumprido e, com sorte, recomeçar. Temos ótimos seletores para a sucessão de posto do capitão Paladimus, e como um bom capitão é necessário que se lembre o quanto um soldado, mesmo um bom soldado, ainda pode ser substituível. — General Galak tinha tanta firmeza em sua voz, quanto em sua decisão. Ele não queria soltar tamanha frustração na vida de um amigo, sabia que ameaçava um ponto forte no azulado guerreiro, mas esta não era qualquer missão. O futuro de todos os Starianos estava ali.

Volkon fechou os punhos, ele socaria Galak com força o suficiente para quebrar o campo de força e tacar o idiota do alto da torre, e já até podia imaginar o seu grito. Ele seria exaltado, morto, mas o único que conseguiria acabar com Galak em um só golpe. No entanto, mesmo tentado, ele abriu os punhos, não cedeu ao olhar altivo do general e concordou, silencioso. Servir era a vida de Volkon, e tirar o direito de lutar por Starian era o mesmo que tirar sua vida. Galak tinha razão, ele não tinha vínculos, honrou seus ancestrais quando se tornou capitão, não constituiu família e, por tanto, só havia Starian por quem lutar.

— Ótimo. — Galak manteve-se altivo — Guarde o machado, isso pode desencorajar a confiança de sua humana. A terráquea está passando pela quinzena de adaptação, é bom que esteja preparado.

Galak deu meia volta e passou a caminhar, Volkon permaneceu estático, mantendo os braços cruzados e o olhar firme para a saída gloriosa do general. Ele se recusava a adorar os humanos, como muito de seus parceiros combatentes o faziam, já havia até aceitado de que morreria sozinho. Os machos de sua espécie precisavam marcar suas parceiras e, uma vez que não teve sucesso em suas poucas tentativas, decidiu que seu pau não precisava dessa exclusividade.

Por um segundo se imaginou com uma criatura feia como uma fêmea humana e, quando menos percebeu, estava rosnando de desgosto. Ele não estava nenhum pouco animado no que fazia, mas levaria o projeto de modo sério. Era uma missão e assim ele permaneceria vendo a situação, uma vez que seu nome entraria para a história assim que o projeto tivesse um resultado. Volkon seria o primeiro a salvar sua raça da extinção, ao menos sua humilhação valeria de algo…