Biblioteca
Português
Capítulos
Configurações

Capítulo 4

-Bom dia Naná.

-Bom dia meu filho.

-Você pode pegar algumas roupas de atividades ao ar livre para Alissa e algo para levar, por favor?

“Claro, estarei lá”, diz ele, subindo as escadas.

Minha vida sempre foi assim, faço o que posso pela minha filha, é isso que não sei, a coitada da Natália ou melhor, da Nana nos ajuda, ela é um anjo que caiu na nossa vida.

Também tomo banho e visto roupas confortáveis.

Minha filhinha desce as escadas radiante com um vestidinho vermelho e o cabelo preso em tranças.

-Vamos tomar café da manhã para podermos ir embora.

Depois do café, pego a mochila de Alissa e vamos para a casa dos meus pais, que fica na fazenda.

A viagem se faz ouvindo músicas infantis, e eu me junto cantando a música Frozen.

O cheiro de ar fresco é evidente quando chegamos. Árvores, riachos, cavalos... Tudo cheira a natureza.

“Chegamos.” Alissa grita espontaneamente.

"Então vamos descer, senhorita", eu digo, desligando o carro.

A viagem não é longa, dura alguns minutos.

-Vovô.-Quando olho para lá, Ali está deitada nos braços do avô.

Meu pai e minha mãe mandam na casa, são iguais, não mudaram nada desde a última vez que os vi. Minha mãe, com seus cabelos loiros com alguns fios grisalhos, seu sorriso é divino, o mesmo sorriso que ela usava comigo quando brincávamos juntos quando eu era criança. Meu pai agora está com aquela expressão mal-humorada no rosto, mas ele realmente não tem nenhuma raiva além do rosto, ele é apenas o capacho da Alissa haha.

"Olá avó", diz ele abraçando minha mãe.

-Olá boneca.-ele dá um beijo em Ali.

“Não é a boneca da vovó, é uma princesa”, avisa Alissa, nos fazendo sorrir.

-Você não vai me abraçar, filho?

-Claro mãe.-Eu abraço ela com força e depois meu pai.

-Como vai a vida, filho? -pergunta meu pai.

-Muito bem, né filha?

“SIM, papai.” Ele não conseguia se conter de tanta alegria.

A fazenda é seu lugar preferido, andar a cavalo, fazer doces com a avó e sua melhor diversão.

Ficamos lá o dia todo, almoçamos lá, minha mãe e Ali fizeram geléia de amora, andamos a cavalo... Podemos dizer que foi um dia produtivo.

Eu estava saindo, mas primeiro estava sentado numa cadeira na varanda de casa com meu pai.

-Diga-me, como vai sua vida, meu filho?

Pensei muito, sabia onde eles estavam indo, toda vez que vinha aqui eles falavam sobre “Um novo amor”.

-Sou ótimo pai, não tenho muito tempo durante a semana por motivos de trabalho, mas no final de semana fico com a Alissa.

-Você não se sente sozinho, filho?

-Pai, sinceramente, eu tenho a Ali, estou feliz por mim, minha filha me faz feliz.

Sempre evitei a conversa, a verdade é que depois do que a Laura fez não posso confiar em ninguém, tenho até medo de um dia me apaixonar e acabar me traindo de novo.

"Eu entendo você, meu filho", diz ele, tocando meu ombro.

-Sou feliz como pai, quem sabe um dia alguém que me ama de verdade entre na minha vida?

-Eeeh, quem sabe, meu filho.

-Pai, estou aqui, a vovó nos deu algumas geléias para levar.-Alissa aparece com uma sacola na mão com alguns potes de geléia e a mochila nas costas.

-Que bom filha, vamos então? Você se despediu da vovó?

-Tchau vovó, eu te amo.

“Tchau pequena, não esqueça de sempre trazer seu pai aqui”, diz minha mãe, fazendo Ali sorrir.

“Adeus, vovô”, meu pai abraça.

-Adeus Princesa.

-Olha vovô, você aprendeu.-Ele diz rindo.

-Adeus mãe, adeus pai.

Depois de nos despedirmos voltamos para casa, no caminho para casa Alissa dormiu o caminho todo. Chegamos foi:.

Eu a pego e a levo para o quarto, no final do dia, sábado, no meio do meu precioso fim de semana.

-Olá vovó.

-Olá meu filho, como foi a viagem?

-Correu bem, muito bem mesmo.

Eu digo enquanto bebo água da geladeira. Meu celular começa a tocar e o nome Mathias aparece na tela.

Conexão ativada

-Ele fala.

-Preciso da sua ajuda, irmão.

Aí vem a bomba, de onde ele tirou dessa vez?

-O que aconteceu?

-Preciso que você venha ao hospital Norte, por favor, sofri um acidente e infelizmente meu braço está quebrado, em breve vão me dar alta e preciso que alguém pegue meu carro na rua onde ocorreu o acidente e depois me pegue . Eu no hospital.

-Estou indo embora, mas você teve algo sério?

-Não, só o braço, o carro fica na Avenida Principal, próximo ao shopping Master.

-Ok, vou pegar um táxi e vou pegar suas chaves no hospital, vou pegar seu carro e depois volto para buscá-lo.

-Ok, obrigado amigo, estou te devendo uma.

Conexão desativada

Lá vou eu no sábado tendo que ir salvar o homem adulto da minha amiga.

Chamo um táxi e ele chega logo.

-Nana, por favor cuide da Alissa, vou ter que ir e não tenho certeza de quando voltarei.

-Ok, pode ir sem se preocupar, Tony.

Pego o táxi e poucos minutos depois chego ao Hospital Norte, pelo menos ele escolheu um hospital perto da minha casa para tratá-lo.

Entro e vou direto para a recepção para ver onde fica.

"Às vezes as coincidências podem levar ao seu futuro"

Anna:

-Olha, filha.

Tiro da bolsa uma foto, sempre carrego comigo, uma foto da Alisson quando ela estava bem e feliz.

Entrego a foto para Ángel.

“Foi bom sonhar com ela, mãe”, diz olhando a foto da mãe.

-Eu gostaria de ter a mesma sorte, mas sei que se ela apareceu para você no seu sonho é porque ela quis assim.

-Ela ainda era mãe.

“Sim filha, a mãe Alisson era linda”, digo e sem ver, deixei cair uma lágrima.

Olho a foto nas mãozinhas de Angel.

Alisson era uma mulher linda, sua idade, seus cabelos castanhos claros, quase cor de mel, chegavam até a cintura, e seus olhos eram azuis como o mar, e ela sempre tinha um sorriso no rosto.

TOC TOC

Olho para a porta da prateleira onde batem e então o médico entra.

-Bom Dia.

-Bom dia doutor.

-Como está essa senhora? -ele pergunta a Ángel.

Ela apenas sorri envergonhada.

Ele olha para os dispositivos que estão conectados e depois olha para mim.

-Eu queria falar com você em particular, no meu escritório.

"Claro", eu digo, levantando-me.

“Eu já volto, querido.” Eu beijo a testa de Angel e ela apenas balança a cabeça.

Ao chegar ao consultório, o médico imediatamente me disse para sentar.

-Olá Ana, te chamei aqui para avisar que já tinha saído o resultado do exame da sua sobrinha.

-Você descobriu o que ele tem?

-Sim, descobrimos, depois de analisá-lo muito tempo descobrimos que ele tem uma doença cardíaca.

Quando ele disse que não sabia exatamente o que pensar, eu sabia que era algo que vinha do coração.

-E como podemos reverter isso, doutor? Medicação?

-Bem, infelizmente ele tem um sopro no coração, o que piorou seu problema cardíaco.

-Mas como?

-De acordo com os exames que fizemos, ele apresenta sopro no coração desde que nasceu.

-Mas ela fez todos os exames necessários na maternidade quando nasceu e nada aconteceu.

-O que pode explicar isso se chama erro médico. Ela precisou de uma cirurgia quando nasceu, mas neste caso não foi realizada.

-E agora podemos fazer a cirurgia?

-Bem, porque ele não fez isso, o estado dele só piorou, seu coraçãozinho está muito fraco, várias de suas funções foram perdidas, nem medicamentos nem cirurgia vão ajudar neste caso, seu coração está quase falhando.

-E o que isso significa? -Meus olhos já estavam inundados de lágrimas.

-Que ele tem uma doença cardíaca terminal, seu estado está piorando, ele não tem muitas chances de sobreviver Ana, seu coração está parando, ele precisa de um coração novo.

-E como faço isso?

-Vamos colocá-la hoje na lista de espera para um transplante de coração, a lista é enorme, mas como o estado dela é crítico colocamos ela na frente da fila, agora temos que esperar um doador.

Minha garganta já estava fechada de tanta angústia.

-Sem transplante, quanto tempo resta de vida? -Ele já estava chorando, soluçando.

"Talvez alguns meses", ele respondeu com uma expressão lamentável.

-E quais são as chances de ele já ter um coração?

-Não conhecemos a Ana, ela está nas mãos de Deus, não tem como saber quando alguém vai doar um coração, principalmente o dela, que tem que ser dela, de criança.

-Como eu chego lá?

-Olha, ela não é de correr riscos e é melhor que ela fique no hospital, amanhã vão transferi-la para outra clínica, aquela que tem maior capacidade para receber pacientes lá e internar ela lá.

Depois de mais alguns minutos conversando com o médico, saí do consultório e fui em direção à sala onde Angel está.

Meus olhos não conseguiam conter as lágrimas, minha filhinha estava me deixando, minha única razão de viver.

Entrei no quarto e ela estava dormindo profundamente, tão tranquilamente, como não percebi antes que ela estava com dificuldade para respirar? Cansaço ao brincar... Agora tudo fazia sentido.

Como eu queria trocar de lugar com minha filhinha, minha menininha de coração partido.

A única coisa que pude fazer foi pedir a Deus que aparecesse um coração doador no tempo que temos. Mas como eu poderia pedir a Deus que me enviasse um coração e salvasse minha filhinha? Por causa disso, outra criança morreria e outra família ficaria arrasada.

Baixe o aplicativo agora para receber a recompensa
Digitalize o código QR para baixar o aplicativo Hinovel.