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Capítulo 06

Terminamos o banho, voltamos para o quarto, visto a camisa que Nial me deu e me jogo na cama, ele faz o mesmo em seguida, mas me puxa para seus braços.

A ponta de seu dedo roça meu braço com carinho, parecíamos um casal, talvez as pessoas costumam fazer isso, porém todos os caras com quem transei iam embora após gozar, então ninguém poderia me julgar por estar tão desconfiada.

— Sinto que pulamos uma cinco etapas.

— Etapas?

— Você sabe, encontros, primeira transa, apelidos, tomar banho e dormir juntos... — Digo.

— A vida é muito inconstante, você sabe.

Pisco algumas vezes.

Eu não podia me dar ao luxo de me apaixonar, Nial era muito mais do que pedi, mas também poderia ser doloroso, assim como André foi e todos os outros antes dele.

Viro para o lado oposto.

— Boa noite, Nial.

— Boa noite, Cass.

Demorei para dormir, na minha cabeça ainda passava cenas dessa noite, talvez eu nunca mais esqueceria.

No outro dia, acordei com os primeiros raios de sol, deveria ser cedo.

Olhei para a varanda, a noite anterior realmente aconteceu, não foi um sonho, eu continuava aqui. Um sorriso bobo apareceu nos meus lábios, Nial existe e me comeu a noite inteira, mas por algum motivo ele não estava mais ao meu lado.

Levantei nas pontinhas dos pés indo em direção à varanda, o mar estava agitado, a brisa fez meus seios ficarem rígidos.

Der repente, braços passam ao redor da minha cintura me apertando, ele estava lá mais uma vez.

— Bom dia, Nial.

— Bom dia, Cass. — Sussurrou ele no meu ouvido com hálito de hortelã. — O que você gosta de comer de manhã?

— Estou sempre atrasada, então só tomo café mesmo.

— Sinto em poder não te oferecer nem um café, está tudo nas caixas.

Sorrio.

Ele deposita um beijo na minha nuca, meu corpo acorda imediatamente, assim como o dele, senti seu pau pedindo passagem através das nossas roupas.

Apoiei meus braços na varanda e rebolei o quadril, Nial segurou minha cintura me apertando contra seu peito. Ele estava sem camisa, usando apenas uma calça moletom, provavelmente sem cuecas.

— Já acordou pronta...

— Aquela noite poderia ter durado para sempre.

Foi então que a ficha caiu, não pensei na Aysha em momento algum, ela deveria estar morrendo de preocupação.

Arregalei os olhos.

— Droga! — Resmungo. — A Aysha.

— Sua amiga?

Saio em disparada pelo quarto, procurando meu vestido e o resto das minhas coisas. Pego meu celular, estava sem bateria.

— Você pode me levar? Ela deve estar morrendo de preocupação.

— Claro.

— Ela vai me matar!

Olho para ele parado no meio do quarto com as mãos nos bolsos, os músculos ressaltados, me observando procurar as coisas feito uma louca.

Larguei minhas coisas e fui na sua direção, o beijei com toda a intensidade que ele me fez sentir essa noite.

Nial agarrou minha cintura retribuindo da mesma forma, talvez ele também tenha sentido essa onda de eletricidade ou o coração palpitar.

Encosto minha testa na dele.

— Uma foda de despedida? — Pergunto.

— Uma foda de despedida. — Afirmou ele.

Nial sentou na cama comigo ainda em seu colo, suas mãos percorriam todo o meu corpo e sua boca devorava a minha.

Estávamos perdidos no nosso próprio desejo.

Sem muita cerimônia ele tirou seu membro para fora da calça moletom, aproveitando que eu usava apenas uma blusa, me penetrou.

Dessa vez eu rebolava no seu colo loucamente.

Nial subiu a camisa até meu pescoço e sugou meus seios, enquanto me ajudava sentar com o outro braço ao redor de mim.

Durante um pequeno momento o mesmo segurou minha mandíbula, olhando nos meus olhos, diminui o ritmo, pois seu olhar intenso me desconcentrou. Nos beijamos, mais parecia uma despedida. Parecia que eu nunca mais o veria.

Nial gozou sem muito esforço meu, apenas com sentadas moderadas, talvez o beijo tivesse ajudado.

Permaneci em cima dele buscando fôlego, sem mais o que dizer, não tinha mais o que fazer para tentar aumentar o tempo que nos restavam juntos. Ele me abraçou firme, fiz o mesmo enquanto seu membro latejava dentro de mim.

Nial me colocou em cima da cama e foi em direção ao banheiro, se limpar, talvez.

— Você pode levar essa camisa, já que eu arruinei seu vestido. — Gritou ele do banheiro.

Coloquei minhas coisas dentro da bolsa e continuei com a camisa dele, peguei minha bolsa e resolvi esperá-lo lá embaixo.

Olhei mais uma vez a casa, a área da piscina que vai assombrar meus pensamentos durante muito tempo.

— Vamos? — Nial chama já vestido com uma camisa social na cor de lápis e uma calça social preta. Ele olhou bem para mim e sorriu — ainda está sem calcinha?

Eu assenti com um sorriso malicioso.

Nial fecha os olhos com força e arruma sua calça, disfarçando o volume.

— Sua amiga, certo? — Assenti novamente. — Céus, eu queria mais tempo.

Fomos o percusso inteiro em silêncio, só conversamos quando lhe dei meu endereço.

Chegando em frente ao meu prédio, tudo o que queria era dizer-lhe que continuasse o caminho, para me levar mais uma vez para a casa para que transássemos o dia inteiro, mas a vida não era aquele conto de fadas, Nial precisava seguir seu rumo antes de deixar mais lembranças.

Tiro o cinto de segurança.

Vejo ele bater o indicador freneticamente no volante.

— Obrigada pela noite. — Quebro o silêncio. — Foi realmente especial.

Ele sorrir, o sorriso mais perfeito do mundo.

— Eu que agradeço. — Seus olhos miram nos meus. — Nunca vou esquecê-la, Cass.

Olho para minhas mãos, não queria sair de lá.

Sua mão puxa meu rosto para olhá-lo, ele deposita um beijo leve nos meus lábios, se despedindo.

Saio do carro em seguida, passando as mãos no rosto ardido, tentando não olhar para trás. Subi das escadas carregada por uma nuvem, abri a porta do apartamento e fechei com minhas costas, suspirando.

Joguei minha bolsa no chão.

Meu peito doía.

— Sua desgraçada, eu quase não dormi a noite! — Aysha resmunga saindo do seu quarto. — Como você sai assim sem me avisar? Liguei para o seu celular mais de mil vezes, se não atende por que tem um?

Passo as mãos no rosto.

— Descarregou.

Um sorriso bobo apareceu nos meus lábios.

— Cassandra, eu deixei o cara me esperando no banheiro pra ir atrás de você, procurei pela balada inteira e... — os olhos de Aysha semicerram. — Você não parece que teve uma noite ruim, e de quem é essa camisa? O que aconteceu?

Jogo-me no sofá suspirando.

— Se eu disse você não vai acreditar.

— Diz logo!

Contei toda a história para Aysha, com os detalhes sórdidos até o momento que nos beijamos no carro.

Aysha ficou boquiaberta.

— Foi incrível. — Olho de soslaio para ela.

Ela leva a costa da sua mão até a minha testa.

— Você usou alguma droga?

Tiro a mão dela bruscamente em um empurrão.

— Não!

— Um deus grego desceu do céu pra transar com você a noite inteirinha?

Reviro os olhos.

— Por que eu mentiria? Essa camisa, por acaso, é dele.

Aysha pisca algumas vezes, mostrou-lhe os chupões de Nial deixou no meu pescoço, o rosto dela iluminou-se.

— Meu deus, Cassie! Puta que pariu, você fodeu a noite inteira com um galã.

Ela dá alguns pulinhos.

— Quando vão se encontrar de novo?

Meus ombros caem.

— Não pensei nisso.

Ela fecha a cara.

— Como assim?

— Não tenho absolutamente nada a respeito dele, nem o telefone.

Aysha bate a palma da mão na testa.

— Você teve uma puta conexão sexual com alguém e simplesmente não pediu o telefone?! O universo tenta te ajudar e você simplesmente enfia a ajuda no...

— Tá, eu esqueci, mas ele também não pediu.

Aysha balança a cabeça.

— Esse cara pensa que vai fugir assim de você? Depois disso tudo é arriscado você ter engravidado dele, temos que saber até o CPF desse maldito.

— Engravidar sei que não vou, e não vou rodar Nova York por conta de um homem, Aysha. — Levanto do sofá e vou em direção à geladeira, pego o litro de leite e viro na boca.

— Então eu vou!

— Aysha...

— Vou encontrar esse tal de Nial nem que eu tenha que descer até o inferno! — Ela bate a mão na bancada. — Vou iniciar a operação caça ao gostosão dinamarquês.

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