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Capítulo 7

Alec solta meus braços, mas eu os mantenho erguidos como se fossem feitos de chumbo. Ele coloca a mão sobre minha boca e eu aceno com a cabeça de forma insensata para ver o que ele faria quando sinto sua mão entrar em minha calcinha e massagear o local onde latejava. Minha cabeça se sacode para trás e eu gemo, felizmente a mão de Alec estava cobrindo minha boca.

Oh, meu Deus!

Aperto minhas pernas ao redor da mão de Alec e suspiro de alívio quando a pulsação entre elas diminui, mas não é o suficiente.

Eu não estava pensando nas consequências. Solto outro gemido sufocado quando Alec penetra em minha carne sensível, beijando-me novamente com urgência, nossos dentes batendo enquanto nossas línguas começam a dançar. Meus pensamentos estavam acelerados, os dedos de Alec me massageando, sua boca me dominando, e eu ainda podia ouvir a vozinha: Faça isso parar, Susannah. Mas eu não queria que parasse.

- Alec... - Arqueio minhas costas e sinto algo se aproximando, mas não faço ideia do que seja.

Alec afasta a mão e retira minha calcinha com urgência. Agora eu estava completamente nua. Não tive tempo de sentir vergonha de minha nudez, pois minha atenção permaneceu no que estava entre as pernas de Alec. Parecia uma cobra, mas não era. Eu já tinha visto um pênis antes, em estátuas e fotos. Mas nos desenhos eles eram pequenos e o que ele estava posicionando entre minhas pernas não era nem de longe pequeno, era enorme, e sim, sim... Agarrei o ombro de Alec e cravei minhas unhas nele ainda mais. No começo estava tudo bem, mas ele começou a penetrar e veio a sensação de queimação. E como doía! Eu estava respirando com dificuldade enquanto a dor persistia, mas depois parou. Abri os olhos e Alec olhou para mim. Percebi que estava chorando quando ele enxugou minhas lágrimas. Algo passa em seu rosto, algo que nunca pensei que veria. Arrependimento.

- O que estou fazendo... - ele passa a mão sobre meu rosto suado e manchado de lágrimas. - Arruinei seu futuro. - Olho para ele sem expressão. Então o velho Alec volta e coloca um sorriso diabólico em seu rosto. -Mas agora que comecei, vou terminar.

E ele terminou de tirar minha virgindade.

Eu estava deitado de lado no chão da biblioteca, meu cabelo estava bagunçado e meus pensamentos também. Nós dois estávamos nus e eu sentia a coxa de Alec contra a minha. Fecho os olhos e vejo meu futuro: ser expulsa do convento por fazer isso, ser negada por meus pais pela vergonha que eles passarão, viver na rua, com vergonha de mim mesma por entregar meu corpo a esse homem que, desde então, no início, só queria uma coisa comigo. Eu soluço e me sento, tentando de alguma forma cobrir minha nudez, agarro meus ombros e choro. Choro pela coisa estúpida que fiz, choro por tudo o que vou passar de agora em diante. Ouço Alec se vestindo, mas não levanto a cabeça, mantenho-a baixa. Estou muito envergonhada. Ele deixa minhas roupas ao meu lado, depois sai da biblioteca e eu desmaio.

A mancha de sangue no chão foi fácil de remover, mas as imagens do que eu havia feito naquela biblioteca não foram. A palavra “usado” não parava de se repetir em minha mente. Ele só estava me usando para sua própria satisfação, não se importava se minha vida seria arruinada por causa dele, eu era o tolo da história e os tolos sempre se ferram.

Enquanto tomava banho, encontrei manchas avermelhadas em meus seios. Esfreguei-me para tentar tirar o cheiro dele e o resultado foi que minha pele ficou vermelha. Olhei para as horas. Eram três e trinta e três da manhã, em duas horas meu mundo desmoronará de uma vez por todas.

(...)

Não dormi nada, passei a noite chorando e, quando o relógio tocou dizendo que era hora de levantar, eu não levantei. Eu me sentia mal, mas não estava doente. Fiquei deitado na cama chorando e, em outros momentos, quase dormindo. Acordei desejando muito que tudo aquilo fosse um sonho, mas a dor entre minhas pernas me dizia que não, não tinha sido um sonho. Por volta das nove horas da manhã, a madre superiora veio me ver e, como não havia trancado a porta na noite passada, ela entrou sem que eu precisasse sussurrar.

- Por que você não apareceu na... Susana? -Ela olha para mim com preocupação. Sente-se na cama ao meu lado, eu também me sento, minhas mãos estão tremendo.

- S-irmã, eu... me desculpe. - Ela abraça minhas pernas.

-O que aconteceu, minha filha? - Abaixo a cabeça, a humilhação me corroendo.

- E-EU, EU... - Eu soluço.

- Você está melhor agora, Susana? - Nós dois olhamos para a porta. A causa de minha desgraça.

Ela veio para rir de mim. Eu me afasto do toque da Irmã Berlinda e olho para o Alecandre com ódio.

- O que você quer dizer de melhor? - pergunta a mãe ao Alecandre, depois olha para mim. Escondo meu rosto, chorando ainda mais.

- Susanna me disse que estava com saudades de casa e, sem querer, disse que também chorava enquanto dormia. - ela disse como se fôssemos amigas há muito tempo. Eu quero fungar, mas não vou deixar isso passar.

- É verdade, Susanna? - Ainda estou chorando. - Oh, querida. Vou ligar para seus pais para que venham vê-la neste fim de semana, está bem? - minha resposta foi um soluço. Esse desgraçado estava mentindo para sua irmã e eu não podia nem negar. - Não fique assim, isso vai passar - ele beijou minha cabeça.

- Posso falar com ela por um minuto, mãe?

- Claro - balancei a cabeça para pedir à minha irmã que não deixasse isso acontecer, mas ela já tinha saído. Alec está olhando para a porta, depois olha para mim e fecha a porta.

- V-Vai embora daqui! - Pego meu travesseiro e o abraço.

- Não vou deixar você sair do convento.

- Isso é culpa sua! Você é pior do que o diabo! Você me usou, minha vida era boa sem você! - Fiquei em silêncio por um momento - Por que eu? Não fiz nada a você e você bagunçou a minha vida!

- Em nenhum momento ouvi você me pedindo para parar - Choro ainda mais porque era verdade.

- Saia daqui. - Eu sussurro.

-Você vai ficar no convento.

- Eu não posso, não mais... Me desculpe, meu Deus! - Tiro o anel de noivado que as freiras estavam usando, mostrando seu amor apenas por Deus. Não era digno dela.

- Ouça-me, eu não vou contar a ninguém o que aconteceu naquela biblioteca, e você também não. Você não vai confessar a Fernando, se quiser confessar, fale comigo.

- Por que você quer confessar? - Ele olha para mim sem entender. -Você se arrepende do que fez comigo?

- Não me arrependo. Só não quero que você vá embora. - Eu bufo, o que soa mais como uma baleia espirrando na água. - Vou pegar seu café.

E me deixou sozinha com meus pensamentos e lágrimas.

- O que é isso?

Parei de chorar há algum tempo.

- Contraceptivo. - Alec ajusta a bandeja em minha cama.

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