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Capítulo 4

Era uma posição contra a tentação à qual ela tinha certeza de que estava prestes a ceder. Ele nem percebeu que ela o estava seguindo até a beira da estrada, onde uma limusine escura parou atrás deles.

Castro agarrou a maçaneta e abriu a porta para ela, sem tirar os olhos dela.

- Você entrará nessa limusine e, como prometido, eu a levarei para casa, Romy. O que vai acontecer quando você chegar lá é inteiramente com você. Depende única e exclusivamente de você. -

Romy sabia que seu destino já estava selado no momento em que ela murmurou "Ok".

A vida é muito curta. Dê um tempo a você e viva um pouco.

Ela percebeu que não havia mais volta no momento em que permitiu que Castro a ajudasse a entrar na limusine. Ele se sentou no assento de couro ao lado dela e, depois de fechar a porta atrás deles, eles se viram cercados pelo silêncio e por uma atmosfera cheia de forte atração.

- Seu endereço? - ele deixou escapar.

- Harrogate Street, no topo da colina. -

Ele transmitiu a informação ao motorista, depois apertou o botão que levantou o vidro escuro entre os assentos dianteiros e o salão traseiro e, em seguida, voltou-se para Romy. Ela se sentiu presa na escuridão daquele carro de luxo.

- Há duas dúzias de pubs entre a sua casa e a do Jordi em Mayfair. Por que você escolheu um lugar tão longe da cidade? - perguntou ele, olhando para o prédio em uma rua tranquila de Watford, nos subúrbios ao norte de Londres.

- Um amigo nosso da universidade acabou de herdá-lo dos pais. Jordi prometeu a ele que iríamos visitá-lo para comemorar nosso aniversário", respondeu ela.

Os lampiões que iluminavam as ruas lançavam feixes de luz em intervalos regulares e Romy tentou se concentrar nisso.

- E você sempre faz o que meu irmão manda? -

Seus dedos se apertaram na alça da bolsa.

- Você está tentando discutir comigo de novo, Castro? Porque, se bem me lembro, ainda não terminamos nossa discussão anterior. -

- Venha cá, Romy", ordenou ele em voz baixa e intencionalmente rouca.

Ela quase caiu na gargalhada, triunfante com o estremecimento de irritação que a abalou. Ela, no entanto, apenas olhou para ele com uma surpresa virginal.

- Você está brincando, não está? -

- De modo algum. Venha cá", respondeu ele imperiosamente, batendo nos joelhos com a mão.

Ela riu, um riso curto e nervoso.

- Você não está morto, Castro... -

Em um segundo, Castro se lançou sobre ela e jogou sua bolsa no assento ao lado dela. Ele passou a mão pelo cabelo dela e seu aperto foi forte o suficiente para fazê-la olhar para ele. O corpo dele irradiava eletricidade e seus olhos escuros e determinados secaram a garganta dela. Eles se encararam por um longo momento, respirando em uníssono.

- Eu sinto muito. Peço desculpas por minhas suposições nada admiráveis. Não estou com o melhor dos humores esta noite, mas, de qualquer forma, não tenho desculpa para me justificar. -

Essas palavras, profundas e sinceras, conseguiram silenciar momentaneamente o alarme que havia disparado dentro dela.

- Eu... hum... muito bem... - murmurou ela.

Os dedos dele se moveram, massageando suavemente a parte de trás do pescoço dela e fazendo-a estremecer.

- Você está satisfeito com as minhas desculpas? Você as aceita? -

- Isso... Depende. -

Ele levantou uma sobrancelha.

- Do quê? -

- Se você pretende ou não discutir comigo novamente. -

- Não, eu sou uma garota preciosa. Pretendo fazer muito mais... e você sabe disso muito bem. -

- Não sei... -

- Chega de discussão, Romy. É verdade que eu disse que o que vai acontecer depois que essa corrida terminar depende exclusivamente de você. Mas sinto que preciso acelerar um pouco as coisas antes que um de nós perca a paciência. Portanto, a única palavra que precisa sair dessa sua boca linda é sim ou não. Eu amo você, anjo. Você me ama? Meu comportamento nada exemplar esta noite à parte.... Sim ou não? -

Ela perdeu o fôlego. Durante três longos anos, ela havia nutrido uma atração crescente por esse homem que era tão bonito quanto arrogante. Apesar dessa paixão secreta, ela nunca esperou ser capaz de ouvir essa proposta.

Ela sempre acreditou que um dia acordaria e sua paixão simplesmente desapareceria. Ela havia saído com alguns homens como Stephen, que, além de serem infiéis, provaram não ser suficientemente empreendedores, confiantes, altos e... latinos.

A traição de Stephen havia lhe tirado qualquer emoção e ela finalmente entendeu todos os avisos que sua mãe lhe dera desde os dezesseis anos. Uma parte dela desejava desesperadamente reviver aquela apatia emocional, para que isso a distraísse da paixão cega que ameaçava dominá-la.

No entanto, ao olhar Castro Sandemetrio nos olhos, ela não se sentiu nem um pouco apática.

Ele não estava mais comprometido.

Oh, Deus... Castro não estava mais noivo... Ela balançou a cabeça. A vozinha interior, que a advertia de que essa era uma boa ideia, começou a gritar.

Ela engoliu e umedeceu o lábio inferior. Sentiu os dedos dele apertarem seus cabelos. Romy estava prestes a dizer a palavra que a libertaria dessa loucura, mas olhou para baixo. Os lábios macios dele estavam tão próximos que ela queria saboreá-los.

Uma vez, apenas uma vez...

Ela queria senti-lo dentro dela apenas uma vez. Então ela perceberia que aquele homem não era um deus e que a imagem que ela havia formado dele em sua cabeça não passava de um sonho nascido da solidão e da fantasia.

- Romy... -

Ela disse o nome dele como um pedido, com urgência. Ela se sentiu ainda mais atraída. Sentiu um arrepio entre as coxas, no lugar mais secreto de seu ser.

- Sim.

Essa palavra, tão curta, mas tão grande, tão imensa, saiu de sua boca como uma rendição. Castro não precisou de mais incentivo. Suspirando, ele a puxou para mais perto e colocou os lábios sobre os dela em um beijo que misturava poder e prazer e inflamava seus sentidos. A língua dele roçou os lábios dela, provando-os várias vezes antes de separá-los.

Romy estremeceu ao pensar em beijar Castro Sandemetrio, mas esse temor desapareceu quando ele a beijou com mais paixão. Ela tremia da cabeça aos pés, os gemidos eram abafados pelos lábios colados enquanto suas línguas se envolviam na mais erótica das danças.

Ele já havia beijado muitas vezes antes, o suficiente para saber que cada beijo era diferente e que alguns eram melhores do que outros. Entretanto, nada se comparava ao que ela estava desfrutando com Castro.

Cada toque da língua dele provocava faíscas de prazer, fazendo-a implorar silenciosamente por mais. Quando se separaram para recuperar o fôlego, Castro passou um dedo nos lábios.

- Droga, Romy... você é incrível... Bêbada como champanhe... -

Então ele a beijou novamente com paixão. Ele separou os lábios dela com a língua e tomou posse dela novamente. Aquelas palavras a libertaram de uma inibição que ela não sabia que tinha, dando-lhe autoconfiança suficiente para mover as mãos do assento para a coxa.

Castro ficou tenso e Romy sentiu os músculos firmes sob sua mão. Castro se afastou dela para lhe lançar um olhar sombrio, que lhe causou arrepios na espinha. Ele a avisou que estava prestes a chegar ao ponto de não retorno e que estava determinado a levá-la com ele nessa paixão.

Então Romy começou a mover a mão. Ele a agarrou e olhou em seus olhos.

- Se você quiser me tocar, faça isso. -

- Rayan... -

Ele respirou fundo.

- A maneira como você pronuncia meu nome é .... Não sei explicar... é como se você soubesse algo sobre mim que eu não sei... Mesmo assim... -

Ele já havia dito isso em todos os sonhos que teve, em todas as fantasias envolvendo ele e ela, nus...

- De novo... O quê? -

- Diga de novo, anjo. -

- Castro... - sussurrou ela com paixão.

Ele estremeceu e se inclinou novamente para beijá-la. Em seguida, ergueu a mão sobre o braço dela, acariciando sua pele nua, depois a moveu para os quadris, descendo até a cintura e sob os seios.

Ele fez uma pausa, perto demais das curvas que ansiavam por ser tocadas. Romy prendeu a respiração enquanto a atração se tornava cada vez mais forte. Ela o acariciou através do tecido de sua calça cara feita sob medida. Subiu a mão, até tocar a poderosa ereção no zíper.

Deus... o que estava acontecendo com ele? Pela primeira vez na vida, ele estava aparentemente incapaz de controlar seus próprios impulsos. As exigências de seu corpo se sobrepuseram à sua lendária timidez. Ela parou quando ele pulou.

- Não, pequenino... Não pare... Toque-me", ele ordenou.

Ela obedeceu, acariciando-o com a mão, enquanto ele cantarolava contra seus lábios. Então, quando ele tocou seus seios, apertando-os, ela gemeu com o prazer inebriante que vinha daquele toque e daqueles beijos.

Romy nem percebeu quando ele a empurrou para trás, movendo seus quadris para a borda do assento, ou quando desabotoou seu vestido preto e depois o tirou.

Em determinado momento, entre um beijo e outro, ele se ajoelhou entre as coxas dela e começou a tocar as meias de seda com as quais ela havia se entregado em um momento de loucura no fim de semana anterior.

Ele murmurou algo quando chegou ao limite. Passou os dedos sobre a pele nua dela, causando-lhe arrepios na espinha.

"Eu preciso olhar para você, Romy", ele sussurrou. - E tocá-la como você está me tocando. -

Um alarme disparou em sua mente. Um beijo... Era para ser um simples beijo. Apesar disso, ela se viu balançando a cabeça e seu coração começou a bater descontroladamente com a virada inesperada que a noite havia tomado.

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