Capítulo 5
Por alguns segundos meus lábios se moveram para o lado, era um barulho lindo e por milhares de segundos, pensando que vinha do ventre da Babi, de um bebê que era meu, foi bom. Seria perfeito se não fosse tão trágico. Balanço a cabeça e volto à realidade, pensando como isso é terrível!
“ Que coisa linda, Babi ” , Carol diz e abraça Babi, que só agora percebi que estava chorando.
—É normal Carol! — ela tenta manter a postura enquanto enxuga as lágrimas — esse choro ridículo foi culpa dos hormônios.
O médico limpa a barriga de Rossana e puxa sua camisa para baixo – ela pode se levantar. Agora vamos falar sobre o que você deve seguir durante a gravidez, para seu bem e do seu bebê.
Entramos no carro e as músicas chatas começaram a tocar novamente. Cruzo os braços e apoio a cabeça no vidro.
—Estou com vontade de tomar um smoothie! — Rossana diz enquanto usa a seta para virar em direção a uma rua.
— Vamos passar em uma lanchonete para vocês comerem alguma coisa — a loira chata dá a ideia e Rossana parece feliz com isso.
—Você pode me deixar em casa primeiro?
— Sua casa fica em outra direção Victor, vai ser rápido — Olho para a morena e reviro os olhos.
—Não custa nada Rossana! Não quero ir a um café com você, você não pode adiar seu desejo por apenas alguns minutos?
Carol geme e se vira para olhar para mim.
- ela está grávida! Você não pode simplesmente adiar o desejo dele. Você sabia que é pecado deixar uma mulher grávida querer engravidar?
—É só por alguns minutos garota!
- Não ! Cale a boca, você é um aproveitador, doador de esperma.
—Você também está amargo! Você esqueceu isso? — Levanto as sobrancelhas e cruzo os braços.
— Vocês dois parecem crianças de sete anos, pelo amor de Deus — Rossana nos repreende e Carolina se vira com mau humor no rosto — Não vou deixar vocês em casa antes do Víctor. Vamos, pare de ser chato e tente ser uma boa pessoa pelo menos uma vez! Você não vai morrer comendo salgadinhos com a gente, afinal é assim que será sua vida daqui para frente.
—Não será nada! Meus pais disseram que estarei presente na vida da criança, não na sua. Só te verei e falarei com você nos dias de consulta.
— Ah, certo, esqueci que filho da puta você é. Eu realmente esperava que pelo menos criássemos um bom relacionamento, talvez pelo bem do bebê, mas você é muito complicado, nem vale o meu esforço.
— como se você fosse uma pessoa muito legal, né Rossana? — Aumento meu tom de voz.
" Você nem me conhece ", ele responde no mesmo tom e olha para trás para me encarnar quando paramos no sinal vermelho. " Você só sabe o que, para você, era necessário saber para me levar para a cama." Típico de um idiota do ensino médio, ele só pensa no próprio nariz e na família que só existe dentro da escola!
- Você fica falando de mim mas eu não tinha duas palavras e você já está espalhada na minha cama igual uma puta! — abre a boca e Carol se vira, me olhando com cara feia. Não me importa!
— VOCÊ ESTÁ ME CHAMANDO DE PUTA? — Rossana grita e ergue as sobrancelhas.
- Sim! Ela não age como se fosse diferente de todas as outras garotas da escola. Eles estão morrendo de vontade de me foder e quando o fizerem, levantem o troféu como se fosse um prêmio!
—Saia do meu carro! —ela abre as portas.
—Você não pode me mandar descer no meio de uma avenida, é perigoso!
—E você realmente acha que eu me importo com você?! — Rossana solta uma risada zombeteira — sai da porra do meu carro Augusto!
Sorrio desafiadoramente para ele e saio do carro, fazendo o favor de fechar a porta.
Passo entre os carros que estavam parados no semáforo até chegar à calçada.
Essa garota é patética, ela não aguenta ouvir a verdade mas joga na minha cara como se só ela tivesse o direito.
Cheguei em casa e fui para a cozinha, estava morrendo de fome. Quando cheguei, meus pais estavam sentados à mesa tomando café.
Sento ao lado deles e começo a comer.
—Como foi o encontro, filho? — minha mãe pergunta e me olha com curiosidade.